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Você se considera um dependente afetivo?

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Você é um tipo de pessoa que acha que precisa de outras pessoas para viver, para resolver problemas, para ser feliz? Ou você considera que para existir precisa “daquela pessoa” especial, e fica desesperado somente em pensar na possibilidade de perdê-la ou ser abandonado por ela?

Muitas pessoas desenvolvem em sua vida adulta o que chamamos de dependência emocional ou afetiva. Tentam sem sucesso preencher o vazio interior com a presença de outra pessoa. Isso causa muita frustração, porque mesmo que se encontre uma pessoa que esteja completamente disponível e que faça tudo para ver a outra feliz, a mesma nunca será capaz de preencher todas as faltas e vazios do outro.

Sempre existirão espaços e coisas que somente o próprio indivíduo pode preencher em si mesmo. Em geral, o dependente emocional apresenta uma angústia muito grande ao pensar na hipótese de ser abandonado, como se fosse invadido por uma sensação de que não sobreviveria à tristeza, e que não conseguiria seguir sua vida, recomeçar, pois ninguém seria suficiente para substituir tamanha falta.

Essa sensação causa em geral ansiedade e desconforto, o que traz muito sofrimento a quem a sente. Na maioria das vezes, está ligada a experiências vividas na infância, onde houveram  perdas afetivas, faltas emocionais ou negligência, ou a situações que foram interpretadas pelo indivíduo como sendo assim.

Caso você se identifique como um dependente emocional, é necessário reconhecer essa condição e a necessidade de vencê-la, pois isso te torna eternamente insatisfeito em qualquer relação, independentemente de com quem seja.
Se você não sabe se enquadra-se no rol dos dependentes afetivos, busque sinais que te possam orientar. Por exemplo, você deixa de fazer coisas para estar todo o tempo disponível para o outro? Já deixou de lado amizades porque a outra pessoa pediu, ou para fazê-la feliz? Percebe que não tem atividades individuais, ou outros interesses?

Perceba que nunca será responsabilidade do outro fazer você feliz, essa responsabilidade é somente nossa. Se depositamos essa missão em outra pessoa provavelmente nos decepcionaremos. Você consegue ser afetivamente feliz quando descobre e reconhece seu valor. Para isso, mude algumas atitudes. Faça atividades que deem prazer e que não sejam programadas em cima da rotina do outro, mas individualmente.

Busque momentos de silêncio consigo mesmo, pois ficar em sua companhia em alguns momentos sem medo de que a outra pessoa deixe de te querer é muito saudável. Amor não se mede pela quantidade de tempo juntos! Busque o autoconhecimento para descobrir e curar o que te faz se relacionar dessa forma.
Encare que necessita mudar a maneira de se relacionar, sem autojulgamento, mas sim focado em solucionar o problema.

Psicóloga
Kenya Lucia Ciola
CRP 08/06155
Psicóloga formada pela PUC-PR, Neuropsicóloga, realiza orientação
aos pais e também atendimento em espanhol.
Psicóloga do Projeto Sakura desde 2016.

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