Frases parecidas com significados diferentes. Somos doutrinados desde criança a justificar nossas atitudes, a encontrar os “porquês” de tudo. Por que fizemos errado? Por que fizemos certo? Por que não fizemos? Por que deveríamos ter feito?
A pergunta por que, remete ao passado, como se fôssemos encontrar os motivos pelo que fizemos ou pelo que não fizemos, causando na maioria das vezes muitos conflitos. As pessoas que buscam justificativas para tudo, geralmente entram em um processo de autossabotagem, no triângulo de culpa (quem é o agressor?), vítima (quem foi injustiçado?) e super-herói (quem vai salvar?). Quantas pessoas você conhece que ficam sempre se vitimizando? Ou, por outro lado, aquelas que acham que sabem de tudo? Ou que querem ajudar os outros a todo momento?
Quando nos perguntamos “para quê?” remetemos ao futuro buscando o que nos motiva a fazermos o que fazemos. Se você quer parar de se justificar e encontrar o real motivo das suas atitudes, basta trocar as perguntas de “por quê?” por “para quê?”. Veja os exemplos abaixo.
Por que comprei? Para que comprei?
Por que eu como carne? Para que eu como carne?
Por que ir? Para que ir?
O questionamento “para quê” pode ser usado em qualquer tempo verbal, buscando sempre a visão para o futuro.
Todos os nossos comportamentos estão ligados a um motivador interno. Se você acha que se motiva com uma questão externa, preste atenção no ganho interno que você tem com isso. É esse ganho que te move! Isso é chamado de ganho secundário, o ganho que realmente temos, acima daquele que achamos ter. Parece complicado, mas é bem simples. Acompanhe este raciocínio.
João está na dúvida se compra um celular novo ou se fica com o atual e se pergunta POR QUE deve comprar o celular novo? As respostas prováveis serão do tipo, “porque tem uma câmera melhor”, “porque a diferença de preço é pequena”, “porque é mais rápido” etc. Agora, João se pergunta PARA QUÊ comprar um celular novo? As respostas prováveis serão “para utilizar no trabalho”, “para gravar vídeos em 4K”, para otimizar o fluxo de trabalho etc.
Perceba que a única forma de João não justificar a compra do aparelho novo, mas identificar se ele é realmente necessário é se perguntando “PARA QUÊ?”.
Quando encontramos os motivos pelo que fazemos ou pelo que não fazemos as coisas tudo se torna mais claro. Saímos do mundo de ilusão onde buscamos suprir uma coisa pela outra e vamos para o mundo real identificando o que é necessário para sermos prósperos e felizes. A prosperidade está nos questionamentos do que é e não o que eu quero que seja.
E você? Faz os ajustes da vida real ou está vivendo no mundo da ilusão?