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Hamamatsu recebe mais uma edição do Bossa Brasil

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O palco do Bossa Brasil recebe, no próximo dia 10, os cantores Roberto Casanova e Mika da Silva. Organizado pelo Consulado-geral do Brasil em Hamamatsu, o evento mensal tem como objetivo promover a integração entre brasileiros e japoneses através da música e da gastronomia.

Lançado no dia 12 de novembro, o projeto recebeu em sua primeira edição o Duo Sammity, formado pela cantora japonesa Michiko Watanabe e pelo violonista e cantor brasileiro Samuel Fujimura. Segundo a organização, o evento inaugural atraiu personalidades e empresários de Hamamatsu, conhecida como a “Cidade da Música” pelos japoneses. Com uma população de quase 800 mil habitantes, Hamamatsu é o maior município da província de Shizuoka e abriga a maior população verde-e-amarela dentre as cidades do arquipélago. Quase 10 mil habitantes de Hamamatsu são brasileiros.

Hamamatsu recebe mais uma edição do Bossa Brasil

Roberto Casanova é conhecido da comunidade brasileira por ter sido, em 2009, campeão do Nodojiman, uma competição de cantores amadores de todo o país. Mesmo sem falar japonês à época, o brasileiro encantou os jurados e o público da emissora pública NHK com seu carisma e talento musical. Depois do concurso, Casanova lançou discos e continua se apresentando com um repertório de músicas japonesas e brasileira. Já a japonesa Mika da Silva é apaixonada pela música brasileira e se tornou conhecida no Japão como intérprete de MPB. A artista venceu o Press Awards como melhor cantora japonesa de música brasileira no Japão por três vezes. Mika e Roberto são casados.

Além da parte musical, o evento conta com o Cachaça Corner, no qual os visitantes podem degustar cachaça e caipirinha gratuitamente.

O evento vai ser realizado no dia 10 de dezembro, às 19 horas, na Cervejaria Mein Schloss, no centro de Hamamatsu. A entrada é franca, mas o consumo no restaurante da casa é obrigatório.

 

SERVIÇO

Bossa Brasil em Hamamatsu
evento musical
data: 10 de dezembro de 2021
horário: Início às 19 horas
local: Cervejaria Mein Schloss (Hamamatsu Beer)
endereço: Hamamatsu-shi, Naka-ku, Chuo 3-8-1
reservas pelo telefone 053-452-1146
traje: casual

Lámen ao natural

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Minami-oi é um bairro que fica nas cercanias da estação de Omori, uma região relativamente fora do radar dos turistas estrangeiros. O único “atrativo” da região costumava ser o Aquário de Shinagawa, tipo de espaço que eu parei de visitar porque me dá dó ver os bichos ali confinados. Mas ali fica uma das casas de kakigori que eu mais gosto em Tóquio, a Necogoori, e foi assim que eu tive contato pela primeira vez com o Homemade Ramen Muginae.

Meu companheiro de jornada lamenística, o chef Carlos Fukuy, que me apontou o espaço, ainda antes de iniciarmos a lista Michelin. Estava fechado. Depois dessa visita, eu não conto mais nos dedos as vezes em que comi no Necogoori e, mesmo com a intenção de fazer a dobradinha lámen + kakigori, bati com a porta na cara do Muginae. Já acabei até parando na casa irmã, que fica a uns 10 minutos de distância a pé, o gostoso Aomugi.

A pequena fila na porta me dava alguma esperança de entrar mas a lista de reserva no cavalete que fica na entrada me dizia um sonoro “não”. Então, vai a primeira dica: se quiser visitar o Muginae, chega cedo. O restaurante libera a lista na porta às 9 da manhã. Quando cheguei por volta das 11:30, o horário mais cedo disponível era 14:05. O espaço é pequeno? Sim. Mas não é só isso. O Muginae é incrivelmente popular e há uma razão para isso.

Para ser justo, bom deixar claro que a primeira delas é que o lámen é realmente excepcional. A casa oferece dois tipos de lámen somente: shoyu e niboshi/iriko, com sopa feita com base em filhotes de sardinha secos. Fui neste último, que é um ingrediente bem mais difícil de controlar, já que seu sabor é forte e marcante. Pedi a versão tokusei (especial), com todos as coberturas possíveis. Por incrível que pareça, o sabor da sopa é rico em umami, com notas de azeite de oliva que não é adicionado diretamente o caldo mas, sim, na feitura do iriko, o qual é banhado em um salmoura feita com folhas de oliveira.

Kuroge Wagyu Meshi, arroz com cobertura de carne de boi marmorizada japonesa (foto: Roberto Maxwell)

A massa, por sua, vez é delicada na textura e saborosa ao paladar, um verdadeiro agradado produzido diariamente na casa, justificando o “home made” do nome. Já as coberturas são um espanto. A começar pelo cubinho de carne marmorizada wagyu, que aparece com gordura suficiente para fazer presença no prato, mas no tamanho certo para não ser enjoativo. A carne bovina faz um belo par rosadinho com o char siu de porco, cozido lentamente por imersão em água, um ponto que costuma assustar o pessoal por aqui. (Me consultei com um especialista que me explicou que a carne é preparada num termocirculador e por isso conserva a cor rosada, embora esteja completamente cozida.) Suculenta e muito saborosa, a carne de frango completa a tríade de proteínas animais da tigela, presente em fortes e no recheio do wonton. Na parte vegetal, a alga seca traz ainda mais umami, enquanto o broto de bambu menma vem com uma doçura delicada e toques de cebola e cebolinha comprida trazem crocância e frescor. A surpresa vem por conta de pequenos pedaços de amêndoa.

Dito isso, vem a cereja do bolo. O Muginae é um restaurante que tem uma preocupação extra: oferecer uma comida completamente livre de conservantes e aditivos químicos. Por isso, utiliza ingredientes muito bem selecionados, de produtores que compartilham a mesma forma de pensar. Sendo assim, a casa estampa com orgulho o fato de trabalhar somente com ingredientes naturais. Tudo num ambiente bem inclusivo, acessível aos estrangeiros, com menu em inglês. Comer em um dos nove lugares do Muginae, sob os olhos do chef Akihiro Fukaya, foi uma das melhores experiências desta aventura que tem sido provar os 20 lámens citados no Guia Michelin 2021. Hoje categorizado como Bib Gourmand, se seguir como está, o Muginae não deve demorar muito a ganhar a sua estrela.

SERVIÇO

Homemade Ramen Muginae
Tokyo-to Shinagawa-ku Minamioi 6-11-10 [mapa]

Budismo e psicologia

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O Budismo surgiu na Índia e logo se expandiu pelo Oriente, especialmente na China, Japão e Tibet. Seus fundamentos foram formulados pelo primeiro Buda, Sidarta Gautama, que nasceu no ano 623 a.C. O objetivo dos ensinamentos deixados por Buda é superar o sofrimento, dukka, também traduzido como insatisfatoriedade. Essa insatisfação ocorre, sobretudo, porque nos apegamos àquilo que nos faz bem e sofremos terrivelmente quando perdemos o que nos mantinha em condições satisfatórias.

Por essa razão, costuma-se dizer que o desejo seria a causa do sofrimento, mas na verdade é o apego, ou seja, atribuímos valor a uma situação que nos faz feliz e, consequentemente, passamos a temer a dissolução desse contexto favorável. Essa alternância entre alegria e tristeza permeia toda a nossa existência.

Para superar o sofrimento, segundo o budismo, precisamos ter a experiência de si, que se dá de forma mais profunda e sensível através da meditação. A prática meditativa nos leva a conquistar maior liberdade em relação aos nossos próprios condicionamentos, abrindo caminho para a transformação dessa experiência de um lugar menos vulnerável. Esse lugar nos permite reconhecer a interdependência e a impermanência de todos os acontecimentos e de todos os seres, de modo a nos reposicionar com mais criatividade e (auto) compassividade em relação a eles.

O autoconhecimento como forma de autotransformação aproxima o budismo da psicologia e, por essa razão, são muitos os estudos* que tratam dessas similaridades.

Por exemplo, ambos os campos de saberes estão ligados às práticas, entendidas como meios de intervir na realidade, de modo a encontrar formas mais efetivas para lidar com os problemas.

A premissa de que é mais importante a maneira com que lidamos com os fatos, do que os fatos em si, corresponde aos objetivos desses dois campos de saberes distintos.

Nesse sentido, busca-se em ambas as abordagens práticas, formas mais espontâneas e menos rígidas de experenciar a vida, ampliando a visão de si e do horizonte existencial.

Mesmo considerando as diferenças, podemos afirmar que tanto a meditação quanto a psicologia buscam a redução do sofrimento através do autoconhecimento, visando a transformação e a conquista de uma existência mais livre.

*Sobre a aproximação entre a psicologia ocidental e o budismo ver Mark Epstein.

Lámen fulgurante com estrela Michelin

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Quando o Tsuta recebeu a primeira estrela Michelin dedicada a um restaurante de lámen, as reações foram diversas. Por um lado, os puristas disseram que o guia estava decadente e, portanto, buscando meios de chamar a atenção para um negócio que via sua relevância indo por água abaixo, em especial por conta dos mecanismos de avaliação de restaurantes como o Yelp. Mas teve gente que viu um movimento de deselitização que já vinha colocando em cheque a pompa e a circustância que envolvem a alta gastronomia. No ano seguinte, os críticos e comensais mais dedicados estavam ansiosos para saber se a casa perderia sua estrela e ocorreu algo ainda mais inesperado: não só o Tsuta manteve sua estrela como uma nova entrada foi registrada, com o Sosakumen Kobo Nakiryu.

Isso foi em 2017, faz uns anos que o Tsuta nem é citado no Guia mas o Nakiryu segue firme e forte, não só com a estrela mas, também, no coração dos fãs. Minha visita foi no início da tarde de um domingo chuvoso. A fila estava “dobrando o quarteirão” o que, no caso, quer dizer que se quebrava na esquina e seguia do outro da rua. Como sempre despreparado para intempéries, fui socorrido pelo trabalhador do restaurante que vinha constantemente anotar quantas pessoas estavam na fila. Ele me trouxe um elegante guarda-chuva preto. Omotenashi que diz, né?

Depois de quase uma hora na fila, pude me sentar no balcão do restaurante. A equipe trabalha em silêncio, embalada por uma estranhíssima trilha de versões bossa nova do Guns’n’Roses. (Bossa nova, Guns’n’Roses… Juro que fiquei imaginando o Johnny Massaro vivendo o Exterminador do Futuro numa versão meio Ipanema, meio Chapéu Mangueira. )

Trilhas à parte, o lámen que chega à mesa é à prova de distrações. O prato-assinatura da casa é o Tantanmen, um lámen picante. Não sou exatamente um fã de pimentas, então fui de Shio, sal, na versão “tokusei”, ou seja, com todas as coberturas possíveis. Além disso, pedi o char siu gohan, arroz com o porco marinado da casa. Na primeira tragada da sopa já é possível entender porque o Nakiryu é um restaurante de tanto sucesso. O umami é predominante neste lámen com base em mariscos e outros frutos do mar. Leve mas com personalidade. A massa, finíssima, também é um primor, do ponto ao paladar. Daí entram as coberturas que são o ponto forte do prato. O porco marinado com um ponto de cozimento sensacional, resistência à mordida sem ser duro e um sabor que nos leva à China. Do mesmo modo, o wonton de camarão com o recheio muito bem preparado. Ali dentro daquela simples massa recheada estava um camarão que poderia muito bem ser parte de um prato de qualquer restaurante de alta gastronomia.

Lámen fulgurante com estrela Michelin
Além do lámen, a casa serve outros pratos como este com arroz e carne (foto: Roberto Maxwell)

Essa riqueza de sabores e detalhes explica bem o fato do Nakiryu ter recebido — e mantido — a estrela Michelin e, por mais que o guia hoje esteja sujeito a muito mais críticas do que antes, não se pode negar sua importância dentro da indústria e como referência para pessoas que não moram no Japão e não têm acesso às excelentes e mega especializadas publicações de gastronomia, com críticos que não só atuam no país como conhecem a fundo a cena de restaurantes de Tóquio, uma tarefa hercúlea. Para vocês terem uma ideia, o Nakiryu até aparece nas listas da TRY, por exemplo, revista que elenca os melhores lámens de cada ano por categoria. Mas nem de longe a casa é unanimidade. No fundo, as listas dizem algo sobre a cena, mas dizem muito mais sobre si mesmas. Ainda assim, são uma excelente curadoria que não deve ser desprezada. No mais, para mim foi uma experiência imensa ter provado os 20 lámens destacados no guia. Hoje posso dizer que conheço um pouco melhor o panorama toquiota deste prato que não tem glamour, mas é uma genuína representação da gastronomia popular contemporânea da maior megalópole do planeta.

SERVIÇO

Sosakumen Kobo Nakiryu

Tokyo-to Toshima-ku Minamiotsuka 2−34−4 SKYMinamiotsuka [mapa]

Saber dizer não

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Alguma vez você já se viu fazendo algo contra sua vontade por “não saber” dizer não? Já mentiu para as pessoas com quem se relaciona, como inventar compromissos ou desculpas, toda vez que não queria fazer algo que era solicitado, com receio de magoar o outro, ou por medo do que o outro pudesse pensar a seu respeito? Já deixou de dizer não, a fim de agradar os outros, deixando de lado seus compromissos? Saiba que esse comportamento pode ser prejudicial e até levar a questões psicossomáticas.

É uma característica do ser humano o desejo de se sentir aceito e de evitar situações em que possa ser rejeitado. Por isso, o receio de frustrar as expectativas de alguém é, em certa medida, natural, contudo existe um limite entre se doar e o completo se anular, dizendo “sim” para tudo. São várias as possíveis origens desse comportamento, uma delas é a autoestima baixa e a história de vida, algumas pessoas ficam presas ao rótulo de boazinhas, de maneira que ao falar “não”, acabam se vendo em situação de constrangimento, pois aquela resposta não era esperada. Dizer sim para o outro, quando essa resposta não está de acordo com o que quer, é dizer não para os próprios desejos, o que pode levar a uma angústia, ansiedade, se desdobrando em diversos problemas de saúde física, mental e emocional.

Perceber que tem esse hábito é o primeiro passo, buscar entender o que te leva a dizer sim, analisar e trabalhar emocionalmente tal questão, torna a mudança de atitude mais consciente e duradoura. Também é importante compreender que você é o protagonista da própria vida e tem direito de falar não, e isso pode não ser tão catastrófico quanto a sua fantasia (a respeito do que o outro vai pensar/sentir). Aprender a colocar limites saudáveis e dizer “não” quando realmente quer, descobrir quais sentimentos positivos o “não” pode também trazer ajuda. É possível começar com pequenas ações no cotidiano, com pessoas que tenha mais facilidade em dizer não, sem se sentir desconfortável, e assim ir ganhando mais segurança para dizer não em situações maiores. Isso o tornará uma pessoa mais sincera consigo mesma, consequentemente trazendo mais estabilidade emocional.

Vanessa Lima é psicóloga (CRP 08/27797) graduada pela Universidade Tuiuti do Paraná (UTP), tem pós-graduação em Gestalt Terapia pelo Instituto Gestalt de Curitiba.

A ocasião faz o profissional

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Entramos no penúltimo mês do ano e em um momento que, ao que tudo indica, a vida começa a voltar à normalidade. Começamos a traçar nossas perspectivas e objetivos para 2022 cheios de esperança e munidos da grande experiência que os dois últimos anos nos proporcionou.

Nossos jovens, em especial os que estão terminando o ensino médio, anseiam por suas cerimônias de formatura ao mesmo tempo em que sentem-se inseguros sobre os passos que darão daqui para frente. Seja seguindo os passos de seus pais ou trilhando um caminho totalmente novo, esse é o momento de planejar antes de decidir.

Aliás, “planejamento” foi a palavra chave da 5ª Feira de Educação que realizamos no último dia 7 de outubro. Praticamente todos os convidados a interagirem com os estudantes das escolas brasileiras situadas em nossa jurisdição frisaram a importância do planejamento para continuar os estudos. E temos que concordar que o planejamento é fundamental também para a formação da poupança familiar, para o sucesso de empreendimentos, para a solidificação da carreira profissional e até mesmo para adquirirmos bens com segurança financeira.

Por isso, gostaria de destacar a importância do planejamento de investimento em educação superior e profissionalizante por parte de nossos jovens e de seus responsáveis. Ao organizar a Feira, percebemos o grande interesse de universidades e outras instituições educacionais em ter os estudantes brasileiros como seus futuros alunos. Essa demanda vem acompanhada de vagas direcionadas a esses estudantes, bem como de exames de admissão diferenciados e facilitados. É fato que essas instituições, em sua maioria particulares, visam lucro com novos alunos. Uma matéria, que tem como fonte a Kyodo News e que foi repercutida em diversas mídias japonesas no final de setembro, relatou que novas matrículas em cursos de quatro anos em 46,4% das universidades privadas japonesas foram menores do que a quantidade de vagas oferecidas. A diminuição populacional e a impossibilidade de ingresso de estudantes intercambistas vindos do exterior são atribuídas na matéria como prováveis causas para a queda nos números.

Considerando que momentos de crise são transformados em oportunidade por visionários, essa, talvez, represente a ocasião ideal para os estudantes brasileiros no Japão se capacitarem nas modalidades técnicas e/ou universitárias a fim de garantir o ingresso no mercado de trabalho formal em um futuro próximo.

Sabemos da seriedade do problema que o declínio da taxa de natalidade causa à sociedade japonesa. Há mais de uma década que o país vem sofrendo com a diminuição de sua população. Com isso, o mercado de trabalho sofre com a falta de mão de obra em todos os setores e, portanto, além dos trabalhos braçais, cada vez mais o Japão necessitará de profissionais especializados em todas as áreas. Nossos jovens têm todas as condições para ocupar essas vagas de agora em diante.

Aproveitar a oportunidade que está a nossa frente, planejar o investimento em educação e traçar objetivos claros podem ser o caminho para a realização dos sonhos de nossos estudantes e a chance de a comunidade brasileira atingir um patamar de prestígio dentro da sociedade japonesa, assim como aconteceu com os imigrantes japoneses no Brasil.

 

João de Mendonça Lima Neto

Cônsul-Geral do Brasil em Tóquio.

Assumiu o Consulado-Geral do Brasil em Tóquio em fevereiro de 2018.

Graduou-se em filosofia e economia pela Universidade de Sofia nos anos 70 e serviu como diplomata na Embaixada em Tóquio nos anos 90.

Como Embaixador, serviu em Hanoi e Abu Dhabi e como diplomata em Paris, Assunção, Londres e Xangai.

Seu hobby é fotografia.

Publicou vários livros e textos.

Você sabia? Tóquio tem uma das maiores redes de rodovias expressas do mundo

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Quase 14 milhões de pessoas vivem na província metropolitana de Tóquio (東京都/Tōkyō-to, em japonês). Se incluirmos aí a Região Metropolitana, ou seja, a área urbana contígua diretamente no entorno de Tóquio, o número de residentes chega a mais de 37 milhões. É a maior zona urbanizada do planeta! Dá para imaginar, então, que um dos maiores desafios dessa megalópole seja a mobilidade.

Você sabia? Tóquio tem uma das maiores redes de rodovias expressas do mundo

Entre as coisas que mais surpreendem quem visita a capital japonesa, além da rede de transporte público, são os engarrafamentos. Ou melhor, a quase inexistência deles. A metrópole criou um sistema viário eficiente, jogando a circulação pesada de veículos para vias elevadas (ou subterrâneas) chamadas de kô-soku dôro (高速道路). São autoestradas expressas e pedagiadas, usadas principalmente por veículos a serviço, mas acessíveis para automóveis e motocicletas particulares.

 

Na região mais central de Tóquio, foram criados anéis rodoviários expressos interconectados que ligam os diversos bairros. Esse sistema é chamado de Shutoko (首都高), uma abreviação da expressão em japonês para Vias Expressas Metropolitanas da Capital. São mais 300 km de estradas, na maior parte elevadas, com algumas seções subterrâneas. A Shutoko tem limites de velocidade entre 50 e 80 km e o preço do pedágio varia de acordo com a distância percorrida e o tamanho do veículo. Os preços são considerados relativamente elevados para pessoas físicas mas a possibilidade de circular rapidamente entre uma parte e outra da metrópole atende bem aos interesses das empresas, já que as rotas são conectadas também com as rodovias nacionais que ligam o país de norte a sul.

 

Você sabia? Tóquio tem uma das maiores redes de rodovias expressas do mundo

 

Apesar da praticidade, as vias expressas de Tóquio foram pensadas numa época em que a concepção de espaço urbano tinha um outro olhar sobre os carros. Assim, os anéis rodoviários foram construídos de uma forma que pouco consideravam o espaço das pessoas. Um exemplo de como a problemática é percebida nos dias de hoje é o caso da Ponte Nihonbashi, um marco histórico da capital japonesa. É desta ponte que se contam as distâncias de Tóquio com relação a todos os demais locais do Japão.

 

Você sabia?

Construída inicialmente no século 17, a Nihonbashi cruza um dos muitos canais existentes na área mais central de Tóquio e fica numa região que se desenvolveu através da presença de artesãos e comerciantes, que migraram em massa para a então nova cidade de Edo, transformada do dia para a noite no centro militar do Japão. Dinâmica, a área foi crescendo e se transformando junto com o país e, atualmente, é uma região com prédios inspirados no neoclassicismo europeu e novas construções de arquitetura imponente, mas elegante. A ponte também teve várias formas ao longo do tempo. A atual é feita de pedra, em dois arcos. Mas pouca gente consegue notá-la. Como as vias expressas aproveitaram os espaços dos canais para evitar custos de remoção, um dos viadutos foi construído exatamente em cima da ponte, decretando sua quase invisibilidade. Projetos para a remoção do elevado já foram pensados mas esbarram num problema: custos.

 

Uma solução que vem sendo aplicadas nas vias mais recentes é a construção abaixo do nível do solo. Tem funcionado, em termos de impacto no ambiente social. No entanto, a longo prazo, a ideia mais realista é mesmo focar na diminuição da frota de veículos, investindo, principalmente, na reestruturação do espaço urbano para que os deslocamentos sejam reduzidos ao mínimo possível.

NARA – Patrimônios da Humanidade

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Repleta de natureza e história, a província que viu o nascer do Japão que conhecemos hoje

 

Quando se fala da história da Terra do Sol Nascente, Kyoto é a primeira grande referência. Não tinha como ser diferente já que a cidade foi capital do país por mais de mil anos. Mas nada do que admiramos em Kyoto existiria da forma que existe se não houvesse Nara. Distante cerca de uma hora da antiga capital milenar e da Osaka dos mercadores, Nara foi o primeiro lugar onde o budismo formou raízes. E elas foram tão profundas que estão lá até os dias de hoje. Não é à toa que a província tem duas regiões tombadas pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade, na capital Nara e nas montanhas de Yoshino. Nesta edição, o GUIA JP vai te levar para conhecer esses lugares. Vem com a gente!

NARA - Patrimônios da Humanidade

 

A primeira capital permanente do Japão

O período foi curto, apenas 74 anos, a começar de 710. Mas a cidade de Nara, capital da província, é tida como a primeira capital “permanente” do Japão. Em outras palavras, Heijo — como a cidade era chamada — foi escolhida e se desenvolveu com a intenção de encerrar um ciclo histórico em que cada imperador que subia ao trono escolhia uma localidade para ser a capital do país.

Era a época que o budismo começava a se firmar no Japão, trazido da China por estudiosos de ambos os países. Nara se tornou um dos mais importantes polos da nova religião na Terra do Sol Nascente. Acontece que os monastérios cresceram demais e se tornaram poderosos a ponto de incomodar o monarca. Foi quando a corte decidiu sair de Nara e se mudar, inicialmente, para Nagaoka e, depois, para Kyoto, de onde reinou por mil anos.

Nara perdeu o poder político, mas a importância religiosa continuou e é visível até os dias de hoje. Templos e santuários são os principais pontos turísticos de Nara. O Todaiji é o mais conhecido deles. Em seu entorno fica o Parque Nara, o Santuário Kasuga, o Museu Nacional de Nara, dentre outros pontos interessantes da antiga capital.experiência única.

NARA - Patrimônios da Humanidade

Nara – Todaiji

Construído no ano de 752, o Todaiji foi mais do que um templo. Em sua época de ouro, ele era considerado o equivalente a uma faculdade. Aspirantes vinham de todos os lugares do país para estudar no Todaiji. O complexo era tão grande — e poderoso — que, pode-se dizer, foi a principal causa da saída da corte de Nara. Os prédios remanescentes não representam, nem de longe, a real extensão do Todaiji nos seus primeiros séculos de existência.

Com pouco mais de 25 metros de altura, o Nandaimon — algo como “grande portal sul” — é a entrada na área do templo a partir do Parque Nara. A construção de madeira foi inaugurada em 1203. Dois guardiães de madeira também fazem parte da obra. As estátuas representam os Nio, divindades guerreiras. Toda a construção é tombada como Tesouro Nacional do Japão.

O Daibutsuden, o prédio principal, é a maior construção de madeira do mundo. Ainda assim, sua área construída atual de 2878 m², datada da virada do século 17 para o 18, é apenas ⅔ do tamanho original. A construção impressiona já de fora. Mesmo a uma certa distância é difícil enquadrá-la na lente do telefone celular. Mas é dentro que se pode perceber sua dimensão, em especial a altura (48 metros). O espaço abriga uma das maiores estátuas de bronze de buda do Japão — o “Daibutsu” do nome quer dizer “Grande Buda”. A imagem de 15 metros de altura representa Vairocana, que fica no centro na mandala dos Cinco Budas da Meditação. A posição das mãos da estátua significa “não tenha medo”.

O salão é cheio de outras estátuas de diversas épocas, além de uma maquete em que é possível entender a extensão do templo em sua época dourada. Outro ponto de destaque é um dos pilares do templo que tem um buraco do tamanho da narina da estátua. A longa fila no local se explica pela crença de que, ao passar pelo buraco, o indivíduo ganha a Iluminação na próxima vida. A ver.

NARA - Patrimônios da Humanidade
A casa dos cervos

Símbolos de Nara, os cervos selvagens que circulam pela cidade também são considerados Tesouro Nacional. Atualmente, cerca de 1200 animais vivem no Parque Nara e arredores. A localidade é considerada a casa dos cervos por mais de 1300 anos. Adorados como mensageiros dos deuses, os ruminantes são protegidos por lei há séculos. Até 1637, era crime passível de pena capital matar um deles.

Em duas ocasiões, os animais quase desapareceram do parque. No século 19, com a Restauração Meiji, eles foram considerados indesejáveis. Registros mostram que, no ano de 1873, o rebanho chegou a apenas 38 cabeças. Após a Segunda Guerra Mundial, como resultado da caça ilegal, o número de veados no parque também foi a menos de 100.

Apesar de viver em proximidade com os humanos, os cervos de Nara são animais selvagens. Os visitantes são encorajados a oferecer aos animais as bolachas vendidas no local. (Elas são preparadas especialmente para eles, portanto são alimentos seguros.) Porém, é preciso cuidado. Seja cortês com o animal. Brincadeiras como oferecer e tirar o lanchinho costumam irritá-los. Evite carregar as bolachas no bolso. O faro dos cervos é bom e eles costumam ir atrás de quem esconde a ração. Além disso, não deixe as crianças sozinhas com os animais, nem as force brincar com eles.

Mas os veados não são a única atração do Parque Nara. Na primavera, parte da área fica coberta de cerejeiras rosadas. Além disso, o amplo espaço é excelente para fazer fotografias e brincar com crianças.
Quem tem interesse por arte sacra também não pode deixar de visitar o Museu Nacional, que também está localizado no parque. O espaço tem uma das mais belas e ricas coleções permanentes de arte budista do Japão. Vale a visita.

A casa dos cervos

Na seara dos deuses da Terra

Junto com o budismo, o xintoísmo forma a dupla de religiões mais praticadas pelos japoneses. Na realidade, uma não exclui a outra. Desde a chegada dos ensinamentos de Buda no século 7 que as duas religiões estão lado a lado no escopo da fé dos japoneses. Não é incomum ter espaços xintoístas dentro de templos budistas, apesar da separação oficial entre as duas religiões ter sido imposta pela Restauração Meiji. Diferente do budismo, o xintoísmo não tem escritos sagrados transmitindo os ensinamentos. O ideário gira em torno dos fenômenos da natureza, que são tidos como manifestações divinas. Essa conexão com o entorno não considera homem e natureza como elementos distintos.

O Kasuga Taisha é o principal santuário de Nara e fica a poucos minutos de caminhada do Museu Nacional e do Todaiji. Ele também foi construído no século 8 como instrumento de proteção para a capital que estava se formando. O Kasuga era, também, o santuário protetor do clã Fujiwara, o mais poderoso do Japão na época.

O espaço é composto por diversas construções salpicadas numa área extremamente arborizada. Até um Jardim Botânico existe no local, com todas as 250 espécies de plantas descritas no Man’yoshu, a mais antiga coletânea de poemas do Japão, publicada no século 8. Muita gente visita o local nos meses de abril e maio para ver as glicínias em flor.

Embora pequeno, o prédio principal do santuário tem enorme valor arquitetônico. Tanto que seu estilo de construção é conhecido justamente como kasuga, com a fachada principal construída no lado de uma das empenas e formando uma varandinha. Charmoso com suas lanternas, o espaço merece a visita.

Na seara dos deuses da Terra

A montanha de cedros

Localizado a cerca de 1 hora e 40 da capital, Yoshino é uma das localidades mais mágicas da província de Nara. A localidade é conhecida como um dos mais interessantes destinos de primavera do Japão. Isso porque o Monte Yoshino é coberto por cerejeiras — fala-se de 30 mil pés — que explodem em cor-de-rosa no início de abril.

A localidade também é conhecida pela produção de cedro. A atividade extrativista já gerou muita riqueza para a região, bem como problemas ambientais. No momento, a ideia tem sido desenvolver a economia de forma sustentável, incluindo aí o turismo. No sopé da montanha, às margens do Rio Yoshino, fica uma das atrações criadas para revitalizar a cidade, fazendo homenagem à economia local. Trata-se da Yoshino Cedar House, um projeto arquitetônico conjunto entre o Airbnb, o arquiteto Go Hasegawa e a comunidade da região.

 

A montanha de cedros

Construída majoritariamente de cedro, a casa é feita com 28 tipos de madeiras da região, todas extraídas e beneficiadas por trabalhadores locais. A arquitetura também faz uma homenagem aos estilos japoneses de construção. O telhado, em formato de triângulo isósceles, é inspirado nas casas tradicionais de Yoshino. Já a fachada, que fica no lado oposto das empenas, é formada por um engawa, um espaço que fica num intervalo entre o interno e o externo da casa e lembra uma varanda. No interior, tanto a mobília quanto boa parte dos utensílios também são feitos de madeira. Um luxo!

O sistema de administração é diferente dos outros imóveis do Airbnb. Como a casa não é uma propriedade comum, não há um anfitrião. A Yoshino Cedar House é gerida pela própria comunidade através de uma cooperativa. São 31 pessoas que se revezam no serviço de receber os visitantes e 40% da renda da propriedade é revertida para os projetos da comunidade. Como a casa não fica perto de nenhum ponto turístico, é bom planejar bem. No entanto, a estadia é uma excelente oportunidade para quem procura experiências fora da rota.

A montanha de cedros

Flores na montanha

Mas a grande atração de Yoshino é, sem dúvida, o “festival” cor-de-rosa criado pelas flores de cerejeira no início da primavera. Para ver bem as flores, é preciso subir o Monte Yoshino, o que pode ser feito de ônibus, a partir da estação ferroviária que leva o nome da cidade. Vale a pena visitar alguns dos templos e santuários da região.

O Kinpusenji é o mais importante deles. Yoshino é uma montanha sagrada para os praticantes do budismo Shugendo, uma escola esotérica que se originou no Japão como uma mistura de crenças budistas, xintoístas, taoístas e animistas de outras origens. Parte do sítio tombado pela UNESCO como Patrimônio Histórico da Humanidade, o templo foi fundado na segunda metade do século 7. Com 34 metros de altura, o salão principal é a segunda maior estrutura de madeira do Japão. Dentro dele, três estátuas de Zao Gongen — o protetor das montanhas de Yoshino — podem ser apreciadas. Para os fiéis, a visita é uma oportunidade única para agradecer pelas maravilhas desfrutadas na província de Nara.

Flores na montanha

Por que meditar?

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Talvez você se faça essa pergunta porque, provavelmente, tem ouvido falar bastante sobre meditação atualmente.

De fato, a meditação é uma novidade para nós ocidentais porque a nossa cultura não tem essa prática disponível, nem na tradição familiar ou religiosa, nem nos hábitos e costumes sociais.

Mas a cultura da meditação é muito antiga, temos registros arqueológicos em argila de pessoas meditando em lótus, de 3000 anos antes de Cristo, encontrados na região da Índia. Em lugares como Japão, China, Índia, Nepal, Vietnã e Tailândia, por exemplo, o ato de meditar faz parte da cultura, e é passado de geração a geração pela família e pelas tradições religiosas, especialmente Budismo, Taoísmo e Hinduísmo.

A tradição religiosa ocidental é representada principalmente pelo cristianismo e nesta tradição, o ato de meditar foi perdendo seu espaço ao longo dos anos, embora alguns santos católicos como São Thomas de Aquino, Santo Agostinho e Santa Teresa D’avila, utilizavam a meditação em suas práticas de oração contemplativa.

A descoberta da meditação como forma de encontrar o bem-estar, no entanto, é recente, e estabelece relação direta com a ciência. Há cerca de 35 anos, alguns cientistas resolveram investigar a meditação e se surpreenderam com os resultados satisfatórios que ela apresenta. O médico americano Jon Kabatt Zin é um dos precursores dessas descobertas, quando desenvolveu um protocolo científico com meditação para a redução de stress em pacientes com dor crônica. As revelações favoráveis à meditação apresentadas nesse estudo chamaram a atenção da comunidade científica que, desde então, envolve-se cada vez mais com pesquisas que exploram a atividade meditativa, buscando, sobretudo, atestar seus benefícios para a saúde geral e a melhora da qualidade de vida.

A meditação mais usada no Ocidente é a Meditação Mindfulness, ela tem origem nos fundamentos filosóficos deixados por Buda e sua aplicação não apresenta vinculação religiosa. A prática consiste em permanecer em silêncio durante alguns minutos diários, sem interagir com os pensamentos e direcionando a atenção para um foco, chamado de âncora atencional, para onde dirigimos a atenção toda vez que nos distraímos do momento presente. A âncora atencional pode ser a respiração, o tato, a audição, a visão, enfim, os sentidos que nos ancora no momento presente.

Dentre os principais benefícios de Mindfulness, podemos destacar: a) calma, desenvolvemos a habilidade de estabelecê-la e, a partir dela, regulamos várias funções e emoções; b) controle da ansiedade, tanto para preveni-la, quanto para tratá-la; c) foco, toda a atenção plena treinada durante a prática vai para a vida, melhorando nossa atenção, concentração e memória; d) bem-estar psicológico, porque aprendemos na meditação a regular nossas emoções, tornamo-nos menos impulsivos e ganhamos espaço para escolher a melhor resposta emocional.

Mas o principal benefício da prática de Mindfulness, segundo a ciência, é a lucidez. Costumo brincar que o Buda se iluminou e que nós encontramos a gambiarra da iluminação através da meditação. A lucidez nos permite lidar com os fatos e situações com muito mais clareza, sem esforço, porque ganhamos visão para lidar com qualquer situação.

Como veem, são muitos os benefícios. Aprender a meditar é, portanto, uma prática que todos merecem incorporar em suas vidas.

 

Viviane Giroto

Especialista em Psicopedagogia, Psicomotricidade e Sciences et Techniques du Corps – ISRP – Paris, France

Ph.D. em Psicologia pela UFRJ

https://vivianegiroto.com.br/

Terapia – Um ato de coragem

Aproveitando o finzinho de Agosto, mês em que comemoramos o dia do Psicólogo (27/08), e o mês de prevenção ao suicídio no decorrer de setembro, resolvi falar hoje sobre a importância da psicologia do ponto de vista do profissional: é comum ouvirmos nossos clientes nas primeiras sessões dizerem que não sabem o que vão falar, ou que tinham medo de buscar um psicólogo com medo de julgamento. E eu vou contar para vocês agora o que eu respondo para eles: É PRECISO TER CORAGEM PARA PROCURAR AJUDA!

Não vai no psicólogo quem tem problemas, pois no fundo, e em diferentes contextos, todos temos problemas; vai para a terapia quem quer resolvê-los, e isso exige CORAGEM! O psicólogo fica orgulhoso com cada pequeno ato de coragem do seu cliente, desde a iniciativa de nos mandar uma mensagem, até ver as mudanças comportamentais que os levaram a buscar a psicologia, incluindo o aumento de autoconhecimento, autoestima, melhora nas suas relações amorosas e sociais, entre tantos outros benefícios.

Este texto, então, tem um único objetivo (que alguns podem achar bem audacioso): desmistificar a figura do psicólogo, tirar de você que está aqui lendo este texto a ideia de que o psicólogo é uma pessoa que não erra, que sabe todas as respostas, que julga, que não sofre… E não sermos essa pessoa considerada “perfeita” é fundamental para a criação de vínculo com os clientes (que pode ser você, por que não?) quando esses tomam a iniciativa de nos procurar.

Por isso, se ao ler esta matéria você ficou curioso(a) para saber como é falar com um psicólogo, ou conhece alguém que esteja precisando, entre em contato com a nossa equipe que eu e os nossos psicólogos ficaremos felizes em presenciar seus atos de coragem de perto!

 

Psicóloga
Yohana Barros Alécio
CRP 08/27803
Psicóloga formada pela Universidade Tuiuti do Paraná
Mestra em Educação pela Universidade Federal do Paraná

Psicóloga do Projeto Sakura.

Projeto Sakura – Atendimento psicológico no Japão

www.projetosakura.com.br