Em outubro foram realizadas as eleições presidenciais de 2022, tanto no território brasileiro quanto no exterior. Na jurisdição do Consulado-Geral do Brasil em Tóquio, houve votação em duas cidades: em Oizumi votaram eleitores das províncias de Gunma, Tochigi e Nagano; e, em Tóquio, eleitores das demais províncias desta jurisdição.
Compareceram à votação em primeiro turno, no dia 2/10, 13.205 eleitores de um total de 28.706 aptos a votar, sendo 6.318 em Oizumi e 6.707 em Tóquio. Isso significa um comparecimento às urnas de 53,37% em Oizumi e de 39,76% em Tóquio, ou uma média global de 45,37%. O segundo turno terá ocorrido após o fechamento desta edição, mas a expectativa é de que número semelhante de pessoas tenha comparecido às urnas.
A organização do pleito em duas cidades e em dois turnos demandou do Consulado planejamento prévio, esforço considerável e coordenação estreita com a Justiça Eleitoral. Os preparativos iniciaram-se há mais de um ano, com estimativas de custos e prospecção de locais adequados para acomodar com segurança o elevado número de eleitores.
Felizmente, ambos os locais de votação escolhidos se mostraram capazes de receber um evento deste porte. Em Oizumi, foi utilizado o já tradicional Bunkamura, que abrigou 32 seções eleitorais agrupadas em 16 mesas receptoras de votos. Já em Tóquio, o Belle Salle Takadanobaba recebeu 57 seções, agrupadas em 24 mesas de votação. Este último, em particular, mostrou-se ideal para a realização das eleições devido à amplitude dos ambientes internos e externos e à sua localização central e de fácil acesso por trem.
Ao longo do processo eleitoral, foi notável o crescente número de cidadãos brasileiros no Japão que não dominam o idioma português, sobre os quais também recai a obrigação de votar. Pensando neles, procurou-se ao máximo fornecer instruções, sinalização e pessoal bilíngues. Esta tem sido uma preocupação constante do Consulado, de modo a melhor atender a esta parcela da comunidade brasileira, não só durante as eleições, mas também na prestação de serviços consulares, sejam eles presenciais, por correios ou por meios digitais.
Por fim, cumpre ainda um agradecimento efusivo: não teria sido possível realizar um evento deste porte sem o trabalho incansável de todos os funcionários do Consulado e sem a valorosa colaboração da Embaixada do Brasil em Tóquio, do Conselho de Cidadãos e de todos os mesários e voluntários que se mobilizaram para as eleições. No total, foram 244 pessoas envolvidas para garantir à comunidade brasileira o exercício do voto, e cada uma delas foi fundamental. Vale destacar também o trabalho das equipes de terceirizados e o apoio das autoridades, tanto de Shinjuku e Oizumi quanto de Brasília, que se mostraram imprescindíveis. Por isso, a todos nosso muito obrigado.
Consulado-Geral do Brasil em Tóquio
音楽フェスで見つけるブラジル
静岡県掛川市で毎年11月に開催しているFESTIVAL de FRUE(フェスティバルジフルー)は2022年で開催は6回目!今年前半には、同じ運営の下、東京でのFRUEZINHO(フルージーニョ)。ポルトガル語を知るひとはニヤッとしてしまう縮小辞の使い方!FESTIVAL de FRUEの縮小版で3アーティストによる1日限りのライブとなりました)や大阪、名古屋でのFRUEZINHO出演アーティストによるライブツアーなどによって知名度は上がりつつも、掛川は広い会場なのでのびのびと音楽が楽しめるのは魅力の一つです。
音楽だけではないのがFRUEの特徴の一つです。
「フェス飯」と言ってしまうとあまりいいイメージがないかもしれませんが、FRUE の魅力として、フードブースのレベルが非常に高いことも挙げられます。昨年の FESTIVAL de FRUE 2021では、有名カルチャー誌の取材もあり、FRUE のフードブースに特化した記事が公表されるなど、「FRUEと言えばごはんがおいしい!」というのも定着してきています。
この背景にいるのがフードプロデューサーです。実は食だけでなく、ブラジルに詳しいこの方の存在で、各所に「ブラジル」の要素が見られるのもGuia JPの読者の方にはきっと響くのではないでしょうか。フードエリアにあるメインバーの名前はBar Curupira(バークルピーラ)という名前!ビールやワイン、焼酎、日本酒に混ざってカシャッサもあるのです。
今年は、地元静岡のクラフトビールとともにブラジル食材を使ったオリジナル商品を作るなど、普通にブラジルに関係するものがちりばめられていて、それを発見する楽しみがあります。
音楽好きがたどり着くフェスとも言われており、少し玄人向けの音楽ラインナップではありますが、音楽を浴びながらおいしいお酒と食事で非日常を味わいつつ過ごす2日間を体験してみてはいかがでしょうか。都内からだと新幹線で掛川まで行けば、会場まではすぐ!公共交通機関でサクッといけるのもよいところです。
次号ではどんな「ブラジル」が発見できたかご報告したいと思います。
ブラジルと日本をつなぐ国際交流団体 Kimobig Brasil
Identidade cultural: Gaijin?
Atualmente residem no Japão cerca de 211 mil brasileiros em condições legais (dados coletados em 2021 pela Polícia Federal). Sendo assim, é a quarta maior comunidade de brasileiros vivendo fora do Brasil. A imigração de brasileiros para o Japão teve seu auge nas décadas de 80/90.
Há uma grande diferença do Japão dos anos 80/90 para os dias atuais, tanto os japoneses quanto os brasileiros passaram por processos de adequações à cultura um do outro. Com a ajuda da tecnologia e das leis desenvolvidas das necessidades da comunidade brasileira, ocorreram possibilidades desses brasileiros se sentirem mais próximos à sua cultura de raiz, serem mais acolhidos no país no setor de saúde clínica e mental, nas questões jurídicas e trabalhistas, gastronomia, lazer, educação, comunicação e muitas outras.
Quem foi para o Japão na década de 80/90 (como é meu caso) se surpreende com tantas possibilidades que o Japão desenvolveu para os brasileiros. Dentre muitas estão a aquisição de imóvel próprio, empreendedorismos diversos e inserções em universidades. Porém, até chegarmos nesse Japão atual passamos por um árduo processo de adequações e choques culturais que ainda são motivo de discussões sobre qualidade de vida e saúde mental.
O reconhecimento de nossa identidade cultural é essencial. Os brasileiros têm a espontaneidade, alegria e sempre dá aquele jeitinho para tudo; porém, também temos uma grande e bela ancestralidade japonesa em nós: de honra, de respeito e de muita dedicação em tudo que se faz, e a vivência nessa sociedade japonesa, que é um misto de preservação de tradições e desenvolvimento de alta tecnologia.
Somos uma junção de culturas, às vezes somos mais brasileiros, outras mais japoneses, e essa é nossa a identidade cultural, ou ao menos grande parte dela.
Essa diversidade única nem sempre é bem compreendida, até por nós mesmos, por vezes. E ao se discutir sobre saúde mental, é importante desenvolver o autoconhecimento e saber lidar com os obstáculos que essa identificação nos traz, além de desenvolver possibilidades dessa condição ser essencial para adequações e socializações, enfim, melhorar a qualidade de vida e saúde mental.
Lotti Ilidiana Teixeira é psicóloga (CRP 06/105358) do Projeto Sakura.
Gabinete do Japão aprova orçamento extra de ¥ 29 trilhões
Meta é reduzir as contas de serviços públicos
O gabinete do Japão aprovou na terça-feira, 8, um orçamento extra para o atual ano fiscal no valor de 29,09 trilhões de ienes.
O dinheiro irá para um pacote econômico projetado para aliviar a dor das famílias e empresas com o aumento dos preços, agravado por um iene mais fraco.
Para garantir o financiamento necessário, o governo emitirá títulos no valor de 22,85 trilhões de ienes, colocando a restauração fiscal em segundo plano, apesar de sua dívida já ser mais que o dobro do tamanho de sua economia.
A principal característica do pacote econômico é reduzir as contas de serviços públicos para as famílias japonesas.
Uma família poderá economizar cerca de 45.000 ienes entre janeiro e setembro, quando o pacote, destinado a reduzir os preços da eletricidade e do gás, além da gasolina e do querosene, for implementado.
Espera-se que o governo apresente o plano de orçamento extra ao parlamento em meados de novembro para aprová-lo antes que a sessão atual termine no início de dezembro.
O tamanho total do pacote econômico será de 71,6 trilhões de ienes, que inclui 39,0 trilhões de ienes em gastos fiscais do governo e dos municípios locais.
Situação grave
Diante de uma tendência de queda nos índices de apoio público, o primeiro-ministro Fumio Kishida destaca os esforços de seu governo para amortecer o golpe nas famílias do aumento dos preços ao consumidor, que saltaram 3% em setembro, a maior alta em três décadas.
“Não devemos hesitar em gastar o que for necessário em tempos de emergência para proteger os meios de subsistência das pessoas no Japão“, disse o ministro das Finanças, Shunichi Suzuki, depois que o plano orçamentário foi aprovado pelo gabinete.
“Também é verdade que a situação fiscal de nosso país está se tornando ainda mais grave”, acrescentou Suzuki, alertando que os gastos “massivos” em modo de crise não podem durar muito, com a saúde fiscal do Japão já em apuros.
O gasto total no atual ano fiscal chegará a 139,22 trilhões de ienes, marcando o terceiro maior valor já registrado.
Fonte: Kyodo
Lula é eleito presidente do Brasil
Bolsonaro se torna o primeiro a não conseguir a reeleição
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o novo presidente da República do Brasil. Ele venceu o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição no segundo turno das Eleições Gerais de 2022. Ele venceu após a disputa mais acirrada desde a redemocratização e uma campanha marcada pela polarização, guerra nas redes sociais, batalha religiosa e episódios de violência.
Esta é a primeira vez que um ex-presidente volta ao mais alto cargo do Executivo na história do Brasil. Também é a primeira vez que um mandatário não consegue a reeleição.
Às 19h56 de domingo, 30, com 98,91% das urnas apuradas, Lula foi considerado eleito pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) após receber 59.563.912 votos (50,83% dos votos válidos), contra 57.675.427 votos (49,17% dos votos válidos) de Bolsonaro.

Mais tarde, já com 99,99% das seções eleitorais apuradas, Lula alcançou 50,90% dos votos válidos, com 60.345.107 votos, contra 49,10%, ou 58.205.718 votos. Esta foi a disputa mais acirrada da redemocratização.
¨A partir de 1º de janeiro de 2023 vou governar para 215 milhões de brasileiros, e não apenas para aqueles que votaram em mim. Não existem dois Brasis. Somos um único país, um único povo, uma grande nação”, disse Lula aos apoiadores e jornalistas, logo após o anúncio do resultado.
Campanhas
Bolsonaro é o primeiro presidente a não conseguir ser reeleito. Mesmo tendo lançado mão de diversas medidas para aumentar a popularidade e tentar ampliar as suas chances.
Uma delas foi a chamada PEC ¨Kamikaze¨. Aprovada em julho, a proposta possibilitou a criação de um pacote de benefícios sociais, ao driblar a lei que proíbe criar despesas em ano eleitoral. A medida permitiu, por exemplo, o aumento do Auxílio Brasil (de R$ 400 para R$ 600). Também implantou uma ajuda a caminhoneiros e taxistas. Esses repasses, no entanto, valem só até o final do ano.
Nas redes sociais pipocaram denúncias de assédio eleitoral em empresas. A prática é ilegal e uma tentativa de influenciar o voto de empregados por meio de ameaças, pressão, coação e promessas de benefícios.
Lula apostou na construção de uma frente ampla que reuniu inclusive ex-adversários políticos, como o próprio vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB). O presidente eleito demonstrou ter apoio popular mesmo diante de escândalos de corrupção das gestões petistas e reforçou a capacidade de articulação política.
Artistas, músicos, celebridades brasileiras e internacionais declararam apoio a Lula. Na reta final, o petista teve a seu lado candidatos que haviam sido derrotados no primeiro turno das eleições 2022, como Simone Tebet (MDB) e se reaproximou de Marina Silva (Rede).
Currículo
Luiz Inácio Lula da Silva, 77 anos, é natural de Garanhuns (PE) e concorreu pela coligação Brasil da Esperança (formada por FE Brasil (PT/PCdoB/PV)/Solidariedade/Federação PSOL-Rede/PSB/Agir/Avante/Pros).
Presidente da República entre 2003 e 2010, ele é casado com Rosângela Silva, a Janja, e tem como vice-presidente o médico e ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin.
Torneiro mecânico, líder sindical e membro fundador do PT.

Ao deixar o Planalto, tinha aprovação recorde e conseguiu eleger a sucessora, Dilma Roussef (PT), que esteve à frente do Executivo entre 2011 e 2016, quando sofreu impeachment.
Lula retorna 12 anos após encerrar seu segundo governo e três depois de sair da prisão, onde ficou 580 dias.
Condenado pelo ex-juiz e senador eleito Sergio Moro, o petista foi preso em abril de 2018. Ele deixou a carceragem, em Curitiba, em novembro de 2019, depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou inconstitucional a prisão em segunda instância.
Em março de 2021, a Corte anulou as condenações impostas por Moro, que foi ministro de Bolsonaro e agora o assessorava na campanha, mesmo tendo deixado o governo acusando Bolsonaro de interferência no Ministério da Justiça.
Fontes: UOL, Terra, Globo, Twitter
Japão vai vacinar menores de 5 anos contra o Coronavírus
Serão distribuídas 7 milhões de doses
O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem Estar do Japão começou nesta segunda-feira, 24, a distribuição de vacinas contra o COVID-19 para crianças de 6 meses a 4 anos.
Serão distribuídas cerca de 7 milhões de doses, que serão entregues até o final de novembro. A vacinação pode começar assim que as doses forem entregues.
Funcionários do Ministério informaram que as crianças vão precisar de três injeções, cada uma contendo um décimo da dose administrada aos adultos.
As duas primeiras doses serão administradas com três semanas de intervalo e a terceira dose, pelo menos oito semanas após a segunda dose.
O Ministério expandiu o programa de vacinação para incluir crianças de 5 a 11 anos em fevereiro. Em julho, a Pfizer solicitou a aprovação da vacina para crianças de 6 meses a 4 anos, que foi liberada pelo Ministério da Saúde este mês.
A Pfizer disse que os testes clínicos foram realizados quando a variante Ômicron era predominante no país e confirmou que a vacina foi 73,2% eficaz na prevenção do início da infecção, sete dias após a terceira dose.
Os efeitos colaterais incluem febre de 38º Celsius e diminuição do apetite, mas a maioria deles foi leve ou moderada.
As autoridades dizem que as vacinas não são obrigatórias. A decisão deve ser tomada por cada pessoa ou pelos responsáveis legais.
Fonte: NHK
Governo anuncia fim dos cartões de seguro de saúde
My Number vai incorporar essa e outras funções
O governo japonês planeja abolir os cartões de seguro de saúde no outono de 2024, incorporando-os ao cartão de identificação ¨My Number¨.
O ministro da Transformação Digital, Taro Kono, fez o anúncio na quinta-feira passada, 13, após reunião com o primeiro-ministro Fumio Kishida, com o ministro da Saúde, Kato Katsunobu e com o ministro de Assuntos Internos, Terada Minoru.
Kono disse que os cartões servirão como um passaporte para a criação de uma nova sociedade digital.

O governo está considerando quais medidas tomar em relação aos cidadãos que não terão o ¨My Number¨ até o momento em que os cartões de seguro de saúde forem abolidos.
Entre as vantagens de usar os cartões como certificados de seguro de saúde, as autoridades destacam que o ¨My Number¨ pode automatizar a recepção em instituições médicas por meio de um sistema de reconhecimento facial e permitir que médicos e farmacêuticos visualizem informações como registros de receitas e exames médicos especificados com o consentimento do paciente.
No entanto, apenas cerca de 30% das instituições médicas e farmácias instalaram leitores de cartões apropriados. O ministério da Saúde planeja exigir que eles introduzam os sistemas a partir de abril de 2023.
Outra dificuldade é que apenas cerca de 20% da população registrou o ¨My Number¨ para uso como certificado de seguro de saúde.
O que é
O ¨My Number¨ é um sistema de carteira de identidade lançado em 2016. Ele contém um número de 12 dígitos para cada cidadão e estrangeiro residente no Japão e pode incorporar uma série de dados pessoais, como informações relacionadas a impostos e previdência social.
O objetivo do governo do Japão é ter quase todos os cidadãos com o ¨My Number¨ até março de 2023.
O ministro Kono acrescentou que o governo antecipará sua data inicial de março de 2025 para combinar as funções da carteira de motorista com o ¨My Number¨.
Vale ressaltar que as autoridades não estão planejando abolir as carteiras de motorista existentes.
Fontes: NHK, Kyodo e Japan Today
Como funciona o passaporte da vacina no Japão?
Com o aumento da número de vacinados mundo afora, os países começam a organizar formas de voltar a aceitar a entrada de pessoas que moram no exterior em seu território. Muitos países têm criado “passaportes da vacina” que estão sendo usados como pré-requisitos para quem pretende visitar outros países a negócio ou mesmo a passeio. No Japão, o documento se chama Sesshu Shomeisho (接種証明書), algo como “Certificado de Vacinação”. Ele é diferente do Sesshuzumisho (接種済証) — e de seu similar Sesshu Kirokusho (接種記録書) — que é o cartão com dois selos autenticados, entregues logo após o recebimento de cada dose.
O que é o Sesshu Shomeisho?
É um novo documento emitido pelas prefeituras municipais que certifica que a pessoa portadora tomou as doses recomendadas da vacina contra o novo coronavírus. O Sesshu Shomeisho (接種証明書) é diferente do Sesshuzumisho (接種済証) e do Sesshu Kirokusho (接種記録書), entregues no momento em que o cidadão toma a vacina. A principal diferença é que o Sesshu Shomeisho é bilingue — japonês e inglês. O objetivo é que ele possa ser apresentado para as autoridades internacionais, no momento da entrada em um país estrangeiro.
Para que serve o Sesshu Shomeisho?
Ele serve como comprovante, perante às autoridades estrangeiras, de que o seu portador tomou as doses recomendadas da vacina. Alguns países do mundo estão abrindo suas fronteiras para cidadãos estrangeiros imunizados contra o novo coronavírus. O Sesshu Shomeisho foi criado para que os residentes no Japão possam comprovar que tomaram as doses recomendadas das vacinas disponíveis no país — Pfizer e Moderna. Por isso o documento está sendo chamado de “Passaporte da Vacina”. Com ele, é possível entrar nos países com os quais o Japão firmou acordos — 34 nações até o momento. Isso não quer dizer que o portador do “Passaporte” não tenha que seguir as exigências do país que irá visitar e cada país tem a sua própria lista, dentre elas a obrigação de apresentar um exame negativo para o coronavírus. O governo japonês divulga aqui os países que estão aceitando o Sesshu Shomeisho.
Que informações estão contidas no Sesshu Shomeisho?
O documento contêm, além dos dados pessoais da pessoa portadora, as informações do imunizante recebido, a data e o país de vacinação.
Quem precisa solicitar o Sesshu Shomeisho?
Pessoas que pretendem viajar para o exterior são aconselhadas a solicitar o “Passaporte da Vacina”. No entanto, cidadãos brasileiros que pretendem retornar ao país — definitivamente ou a curto prazo — não são obrigados a portar o documento. Porém, vale lembrar que muitas cidades brasileiras estão adotando restrições de acesso a espaços fechados para pessoas não vacinadas. Neste caso, o modo mais fácil de provar que você tomou a vacina no Japão é tendo um documento em inglês que comprove a imunização. Mas vale ressaltar que o Brasil não tem acordo para o reconhecimento do “Passaporte da Vacina” japonês. Em outras palavras, vai valer o bom senso das autoridades no Brasil.
Onde posso solicitar o Sesshu Shomeisho?
O “Passaporte da Vacina” está sendo emitido pelos municípios. Você deve solicitar o seu na prefeitura da cidade onde recebeu a imunização. Cada prefeitura está adotando uma forma de fornecer o passaporte. Em muitos casos, a pessoa solicitante envia os documentos exigidos pelo correio e recebe o passaporte do mesmo modo. Poucas prefeituras estão aceitando os pedidos por via digital — apenas 18 entre as mais de 1700 municipalidades do país, segundo o Nikkei Shimbun. Hamamatsu, na província de Shizuoka, é uma das cidades que está aceitando solicitações de passaporte online.
Como é feita a solicitação do Sesshu Shomeisho?
Na maior parte dos casos, a pessoa interessada envia os documentos solicitados pelo correio, junto com um formulário de solicitação do “Passaporte da Vacina” devidamente preenchido. O formulário, em inglês e japonês, está disponível para download no site dos municípios. No entanto, algumas prefeituras estão emitindo o documento por solicitação presencial. É o caso de Oizumi, na província de Gunma, por exemplo.
Quais os documentos exigidos na solicitação?
• Cópia da página de identificação do passaporte;
• Cópia do comprovante de vacinação Sesshuzumisho (接種済証) ou do Sesshu Kirokusho (接種記録書);
• Cópia de um documento que funcione como comprovante de residência (Zairyu Card, Carteira de Motorista, My Number Card, dentre outros);
• Formulário de solicitação devidamente preenchido;
• Envelope preenchido com nome e endereço, com selo de ¥84, para o envio do “Passaporte”.
O pedido também pode ser feito por representação. Neste caso, é necessário incluir uma procuração simples, assinada pelo solicitante, cujo modelo também costuma estar disponível no site das prefeituras.
Quanto custa a solicitação do Sesshu Shomeisho?
Nada. A emissão do documento é gratuita.
O Japão vai exigir o Sesshu Shomeisho de nós, residentes?
Não necessariamente. Se for necessário comprovar a imunização, basta apresentar o Sesshuzumisho (接種済証) ou o Sesshu Kirokusho (接種記録書), entregues logo após a vacinação. Porém, quem viajar para o exterior pode ter vantagens ao apresentar o “Passaporte da Vacina”, como desconto de tempo na quarentena. Mas isso vai depender, também, do país de onde o residente estiver retornando.