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Toyota e Honda farão cortes na produção de veículos

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Motivo: falta de chips

 

Toyota e Honda anunciaram novos cortes na produção de veículos. A justificativa das duas montadoras é a falta de chips semicondutores causada pela pandemia do Coronavirus.
Na quarta-feira, 21, a Honda informou que em Outubro vai reduzir a produção de carros em até 40% em duas fábricas no Japão.
A redução revela os problemas que as montadoras vão enfrentar para tentar aumentar o volume de produção no segundo semestre do ano fiscal, até o fim de março do ano que vem.
Honda cortará 40% da produção (Foto: Honda)
Duas linhas na fabrica de Suzuka (Mie), reduzirão a produção em cerca de 40% no início de outubro. Na unidade de Saitama, no mesmo período, o corte será de 30%.
Mas essas duas fábricas também serão afetadas ainda neste mês de setembro. A montadora vai reduzir a produção de veículos na planta de Saitama em cerca de 40% e na de Suzuka em aproximadamente 20%.
A produção da Honda nessas duas plantas tinha voltado ao normal em junho, após uma redução anterior. No entanto, logo em julho, ela começou a fazer novos ajustes na produção.
Toyota
Na quinta-feira, 22, foi a vez da Toyota Motors anunciar que o volume de produção global em outubro será de cerca de 800 mil unidades, menor do que programado inicialmente, de 900 mil por mês, entre setembro e novembro.
Por enquanto, a previsão de produção anual de 9,7 milhões de unidades para o ano fiscal que termina em março de 2023 permanece sem mudanças.
O total das 800 mil unidades se divide em 550 mil de produção no exterior e 250 mil no Japão.
Empresa produzirá menos em Outubro (Foto: Toyota)
A Toyota suspenderá as operações de 10 linhas de produção em sete fábricas no Japão por até 12 dias.
O impacto da paralisação da produção será de 70 mil unidades.
Calendário
As fábricas e linhas que serão fechadas no Japão em outubro são as seguintes.
Fábrica de Motomachi
Linha GR: dias 3 e 4
Fábrica de Takaoka
Linha 2: dias 7, 8, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 17, 18, 19 e 20
Fábrica de Tsutsumi
Linha 2: dias 8 e 15
Fábrica de Tahara
Linha 1: dias 8 e 15
Linha 3: dias 6, 7, 8, 14 e 15
Fábrica de Kyushu Miyata
Linhas 1 e 2: dias 8 e 15
Fábrica da Toyota Shokki
Linhas 301 e 302: dias 8, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 17, 18, 19, 20 e 21
Fábrica de Hamura (Hino)
Linha 1: dias 6, 7, 14, 21 e 28
Fontes: Kyodo e NHK

 

Mundo enfrenta alta de preços

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Inflação, guerra e Coronavírus contribuem para crise

 

A inflação é um problema para todos os países. O aumento do preço de matérias-primas, principalmente do petróleo, por causa da invasão da Ucrânia pela Rússia, tem pressionado os preços no mundo.

Além do conflito, a pandemia do Coronavírus na China provocou hiatos de produção, afetando fábricas em vários países, como o Japão.

Em pesquisa divulgada no último dia 15 de setembro, o Brasil ficou em 8° lugar no ranking de países com maior inflação pela consultora McKinsen & Company.

Segundo a consultora, o País tinha uma expectativa de inflação em torno de 5% para 2022. Porém, em junho, esse percentual já havia dobrado, chegando a 10%.

A Ásia está vendo uma mudança menos severa: a inflação indiana é de cerca de 7%, apenas um pouco acima das projeções; e a Coreia do Sul está em 5%. Na China e no Japão, a inflação permanece com índices baixos.

 

Alimentos mais caros em todo o mundo (Foto: Pexels)

 

Lituânia, Estônia, Letônia, República Tcheca, Polônia, Eslováquia e Hungria são os sete países com índices de inflação mais altos que os registrados no Brasil. Outros países da América do Sul, como Chile e Colômbia, aparecem com índices mais baixos.

Reportagem do Japan Today nesta segunda-feira, 19, faz um levantamento do aumento de preços de vários produtos.

Combustíveis e macarrão

A invasão da Ucrânia pela Rússia, o terceiro maior produtor de petróleo do mundo, elevou os preços do petróleo bruto.

O principal contrato internacional, o Brent North Sea, chegou a quase US$ 140 por barril, mas agora caiu para menos de US$ 100.

Os preços na bomba seguiram o exemplo, subindo para mais de dois euros por litro nos países da zona do euro e acima de cinco dólares por galão nos Estados Unidos, antes de cair nas últimas semanas.

O gás natural também ficou mais caro, especialmente na Europa, onde os preços da eletricidade atingiram níveis recordes na Alemanha e na França.

Os preços da energia subiram 38,3% na zona do euro em agosto em relação ao mesmo mês do ano passado.

A guerra elevou os preços dos alimentos porque ela interrompeu as exportações de grãos da Ucrânia, um importante fornecedor de trigo e óleo de girassol para países ao redor do mundo.

Em maio, a Allianz estimou que os preços das massas subiram 19% na zona do euro nos 18 meses anteriores.

No Canadá, outro grande exportador de trigo, a embalagem de 500 gramas subiu 60 centavos em julho em relação ao mesmo mês do ano passado, para C$ 3,16, segundo dados oficiais.

O feijão, um alimento básico do prato do brasileiro, custou quase 23% mais em agosto do que na mesma época do ano passado.

Carnes e cerveja

Com os grãos mais caros, a alimentação do gado encarece e os agricultores, por sua vez, aumentam seus preços.

A carne suína, a mais consumida na China, custou 22% mais em agosto do que no ano passado.

As autoridades chinesas estão considerando explorar suas reservas estratégicas de carne suína pela segunda vez este ano para estabilizar os preços.

 

Cervejas estão mais caras (Foto: Edward Eyer – Pexels)

 

Na Argentina, os hambúrgueres de carne moída são populares, pois seus preços são tradicionalmente baixos, mas aumentaram três quartos nos últimos 12 meses.

O país tem atualmente uma das taxas de inflação mais altas do mundo, com 56,4% nos primeiros oito meses do ano.

As cervejarias foram atingidas não apenas pelo aumento dos preços dos grãos, mas também pelas latas de alumínio e garrafas de vidro para suas cervejas.

De acordo com estimativas da Bloomberg, a AB InBev, a maior cervejaria do mundo cujas cervejas incluem Budweiser e Corona, aumentou seus preços em 8%.

 

Fonte: Japan Today, R7 e UOL Economia

 

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A comunidade brasileira no Japão em números

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O Ministério da Justiça do Japão divulgou, no dia 15 de julho, as estatísticas mais recentes acerca dos cidadãos estrangeiros residentes no país, inclusive com números detalhados sobre a comunidade brasileira. Os dados são referentes a dezembro do ano passado e podem ser consultados pelo código QR ao final da página.

Logo de início, é possível perceber a continuação da tendência de saída dos cidadãos brasileiros do território nipônico, iniciada a partir da pandemia de covid-19. O número crescia consistentemente até dezembro de 2019, mas começou a diminuir na medição seguinte, em junho de 2020, e segue assim nas jurisdições dos três Consulados.

Atualmente, 204.879 brasileiros vivem no território japonês, o que equivale a 7% de toda a população estrangeira no país. Destes, 55.310 (27% da comunidade brasileira) vivem na jurisdição do Consulado-Geral em Tóquio e estão distribuídos sobretudo entre as províncias de Gunma, Kanagawa e Saitama. O restante encontra-se nas outras catorze províncias sob jurisdição de Tóquio, oito delas com menos de 500 cidadãos brasileiros em cada, a saber: toda a região de Tohoku, mais as províncias de Hokkaido e Niigata.

A proporção entre homens e mulheres permaneceu relativamente estável ao longo dos últimos cinco anos, cerca de 54 e 46% respectivamente. Já se analisarmos a evolução por idade, percebe-se uma tendência consistente de envelhecimento. Até 2019 registrava-se aumento do número total de pessoas em todas as faixas etárias, mais significativo entre os cidadãos com mais de 60 anos. De 2020 em diante, o número de brasileiros até 59 anos passou a cair, enquanto o de pessoas com mais de 60 segue crescendo. Atualmente, 22% dos brasileiros no Japão têm até 19 anos; 67% têm de 20 a 59 anos, e 11% têm mais de 60 (em dezembro de 2020, os idosos eram 9,9% de nossa comunidade).

Por fim, quanto ao tipo de visto, observa-se que 55% dos cidadãos brasileiros no Japão são detentores de visto permanente, e aproximadamente 33% têm vistos temporários. Cerca de 8% vivem no país como cônjuges ou filhos de japoneses, e pouco mais de 2% como cônjuges de residentes permanentes. Outros tipos de vistos somam menos de 1% do total. Ao analisarmos a evolução dos números ao longo dos últimos cinco anos, percebe-se, apesar de algumas oscilações, tendência de aumento dos cônjuges de residentes permanentes e diminuição dos portadores de visto de engenheiro, especialista em humanidades e trabalhador de serviços internacionais.

Os números do Ministério da Justiça do Japão descrevem, portanto, uma comunidade cuja idade média se eleva progressivamente, ao passo que diminui em termos de número total – situação não muito distante do quadro geral japonês. O Consulado acompanha com atenção a evolução desse quadro, com o intuito de adequar a prestação de serviços ao perfil cambiante da comunidade, em sintonia com os princípios de modernização da Administração pública e padronização dos serviços consulares brasileiros mundo afora.

Consulado-Geral do Brasil em Tóquio

Governo fará nova distribuição de dinheiro

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Outras medidas são esperadas para Outubro

 

O governo japonês anunciou na sexta-feira, 9, um novo pacote de ajuda para lidar com a inflação acelerada. O programa prevê a distribuição, em dinheiro, de 50.000 ienes (US$ 350) para cerca de 16 milhões de famílias de baixa renda, além de medidas para manter os preços da gasolina e do trigo importado nos níveis atuais.

O primeiro-ministro Fumio Kishida também orientou a elaboração de um pacote econômico mais abrangente no próximo mês de Outubro, já que os economistas esperam um crescimento mais lento para a terceira maior economia do mundo devido aos preços de importação mais altos, atribuídos em grande parte à guerra da Rússia na Ucrânia e à queda do valor do iene.

¨Para realizar a aprovação dentro de um ano com certeza, é preferível convocar a sessão da Dieta em outubro, com antecedência¨, disse um alto funcionário do governo.

A decisão de elaborar o pacote de ajuda chega em um momento crítico para Kishida. Ele enfrenta alguns dos maiores desafios de seus cerca de 11 meses no cargo: a queda do apoio público em meio ao anunciado funeral de Estado para o ex-primeiro-ministro Shinzo Abe e os laços do partido no poder com a controversa Igreja da Unificação.
Governo quer estimular o consumo (Foto: Unsplash)

Kishida disse: ¨É uma das principais prioridades do governo proteger os meios de subsistência e os negócios das pessoas em meio a um aumento global de preço. Vamos dar passos ousados, ​​sem problemas¨.

Várias medidas

O governo gastará cerca de 900 bilhões de ienes para dar 50.000 ienes para famílias de baixa renda isentas do pagamento de imposto residencial.

Para ajudar a reduzir os custos de combustível, o governo manterá seus subsídios aos atacadistas de petróleo até o final deste ano.

Para o pacote de alívio, o governo usará fundos de reserva no orçamento do Estado para o atual ano fiscal. Juntamente com as medidas contra o Coronavírus, espera-se que cerca de 3,5 trilhões de ienes sejam usados ​​dos fundos.

O preço do trigo importado será mantido em seu nível atual, na esperança de evitar novos aumentos de preços em alimentos básicos, como pão e macarrão.

O governo manterá os custos dos alimentos compostos nos níveis atuais entre outubro e dezembro para ajudar os agricultores.

 

Fonte: Kyodo

 

Mandioca é destaque na difusão da gastronomia brasileira no Japão

 

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Aipim, macaxeira, maniva, pão-de-pobre, uaipi: nomes tão diferentes que se referem a uma única raiz que se tornou a base da alimentação de milhões de brasileiros: a mandioca. O ingrediente se tornou o tema do “Brasil em Sabores”, um projeto do Ministério das Relações Exteriores para a promoção da gastronomia brasileira no exterior.

“O estudioso da gastronomia brasileira Câmara Cascudo chamava a mandioca de ‘A Rainha do Brasil'”, conta o chef e pesquisador Paulo Machado aos influenciadores e jornalistas japoneses que participaram de um almoço na Residência Oficial do Embaixador do Brasil no Japão, uma das ações do Brasil em Sabores. Machado desembarcou na Terra do Sol Nascente para apresentar a cozinha de sua região, a Centro-Oeste. Para a ocasião, ele preparou um menu no qual a mandioca apareceu em todos os pratos, das entradas à sobremesa.

Chef Paulo Machado, do Mato Grosso do Sul para o Japão (foto: Roberto Maxwell)

Participam do projeto quatro outros países. Além de Paulo Machado, estão envolvidos os chefs Morena Leite (Região Nordeste, em Angola), Saulo Jennings, (Região Norte/Peru), Janaína Rueda (Região Sudeste/Turquia) e Manu Buffara (Região Sul/Estados Unidos). A mandioca, cuja utilização e cultivo no Brasil são herança dos povos indígenas, foi o tema em comum para as ações em todos os países.

Cada chef escolheu ainda um pupilo que fica atuando na Residência Oficial do Embaixador do Brasil em cada país, oferecendo treinamentos de gastronomia brasileira para a equipe da residência e outros profissionais durante um período de aproximadamente dois meses. Para o Japão, veio como chef-pupilo Lucas Caslu, que é descendente de okinawanos e está em sua primeira viagem pela terra dos seus ancestrais. “Está sendo incrível. Muita experiência nova, muitas quebras de paradigmas. Cada refeição tem sido uma experiência nova”, diz.

 

Comida pantaneira

Nascido em Campo Grande (MS), Machado usou a raiz em versões autorais para pratos populares da gastronomia do Centro-Oeste brasileiro. O almoço oferecido aos jornalistas e influenciadores japoneses, foi aberto com uma chipa frita — espécie de pão de queijo — recheada com creme de queijo fresco. A iguaria veio acompanhada por uma bebida refrescante feita com mandioca, algo que surpreendeu os comensais. A degustação seguiu com o chipaguaçu de milho, uma espécie de torta que lembra um suflê menos aerado. Ambos os pratos são parte da influência paraguaia na região.

Drinque de mandioca que impressionou os comensais (foto: Roberto Maxwell)

O menu foi em frente com o caribéu, um ensopado de mandioca com carne seca. Como prato principal, foi servida uma picanha oreada (curada ao sol) com vinagrete acompanhada de arroz de pequi, feijão e farofa. Já as sobremesas vieram em dois momentos: uma mandioca frita com furundum (doce de mamão verde com açúcar mascavo) e um pudim de mandioca. À mesa, ainda, vinhos brasileiros da Casa Valduga, uma vinícola do estado do Rio Grande do Sul.

Boa parte dos insumos utilizados nos pratos, incluindo a mandioca, podem ser encontrados no Japão. A raiz, aliás, virou a marca registrada de muitos brasileiros que vêm deixando o trabalho nas fábricas japonesas para atuar na agricultura.

Os pratos surpreenderam os comensais, dentre eles o youtuber japonês Tsuyoshi Yamaguchi. Casado com uma brasileira, ele não é iniciante na gastronomia verde e amarela e costuma apresentar pratos do Brasil para a família e para os amigos japoneses, compartilhando suas reações em seu canal, o Olá Guti. Foi a primeira vez que Tsuyoshi provou a comida do Centro-Oeste brasileiro. “Estava tudo muito gostoso”, disse o jovem num belo relato à mesa, em português e japonês.

Chipaguaçu, influência paraguaia na gastronomia pantaneira (foto: Roberto Maxwell)

Educação e difusão

Outra ação importante envolveu um projeto educacional para levar a culinária brasileira para as salas de aula. Paulo Machado, Lucas Caslu e Arnaldo Lorençato, crítico de gastronomia e editor da revista Veja São Paulo, foram até a Hattori, uma das mais tradicionais escolas de gastronomia do Japão, para uma atividade especial com os alunos da instituição. Cerca de 100 estudantes ouviram atentamente as instruções dos professores e, em seguida, reproduziram alguns dos pratos do menu criado por Paulo Machado. “Fiquei impressionado com a precisão e a perfeição dos trabalhos deles após a aula”, conta o chef.

O trio também apresentou os preparos para cozinheiros de um grupo de restaurantes que topou participar de uma ação promovida pelo portal GuruNavi para destacar a gastronomia brasileira durante o mês de outubro. Cada casa irá oferecer um ou mais pratos inspirados no menu criado por Machado. O chef, que tem visitado alguns dos restaurantes, diz estar impressionado com a forma como os japoneses absorveram os pratos. Num deles, especializado em ostras, a equipe local criou uma coxinha recheada com o molusco e cogumelos da estação, acompanhada de um molho feito com missô.

Outra ação independente está sendo realizada no restaurante The Sky, do New Otani, considerado um dos hotéis mais elegantes de Tóquio. Com curadoria de Lorençato, o bufê da casa traz, até o final de setembro, pratos como o cuscuz paulista e a moqueca baiana, legítimos representantes da culinária brasileira. “O cuscuz, por exemplo, é receita da minha mãe”, diz o crítico, que conta que esta é a primeira vez que um país é destacado no menu do restaurante.

Cuscuz de camarão, receita brasileira no menu do The Sky (foto: New Otani/divulgação)

A presença do Brasil no The Sky também se dá na carta de bebidas. Dois drinques estão à disposição dos clientes, dentre eles a Komepirinha, uma versão da caipirinha feita com o shochu, um destilado japonês. A base do coquetel é produzida pela Kanemasu, uma fábrica da província de Niigata que, como a república brasileira, comemora 200 anos de existência em 2022.

O crítico de gastronomia Arnaldo Lorençato criou um menu especial para o The Sky (foto: Roberto Maxwell)

Gran chefs

O projeto também criou um espaço para que a comunidade brasileira no Japão fosse representada. Um dos almoços contou com a participação dos vencedores do Burajiru Gran Chef, uma competição de gastronomia organizada pelo Consulado-geral de Tóquio com o apoio das demais representações diplomáticas brasileiras no país.

Herculano Rotondano, Lucas Yamauchi e Bruno Ouchi — vencedores da primeira, da terceira e da quarta edição do concurso — puderam trabalhar com Lucas Caslu e com a equipe de cozinha da Residência do Embaixador por um dia. Os ganhadores também fizeram um treinamento online com o chef-pupilo e puderam aprender mais sobre a culinária pantaneira e a realidade atual do mercado gastronômico no Brasil.

Vencedores do Burajiru Gran Chef com Lucas Caslu (foto: Roberto Maxwell)

A quinta edição do concurso será realizada no mês de novembro, em Tóquio, e deve fechar com chave de ouro a série de eventos gastronômicos do Ano do Bicentenário da República no Japão.

Japão muda regras de isolamento do coronavírus

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A decisão aconteceu na noite de quinta-feira, 8, depois que o painel consultivo do governo se reuniu e aprovou os planos na tarde do mesmo dia.

Segundo as novas medidas, o período de isolamento de pacientes sintomáticos será reduzido de 10 dias para 7 dias.

E o período para pacientes assintomáticos será reduzido de 7 dias para 5 dias, se o resultado do teste for negativo.

As restrições ao movimento de pacientes com COVID-19 em recuperação em casa também serão facilitadas. Aqueles que mostraram pouco ou nenhum sintoma por mais de 24 horas poderão sair para tarefas essenciais, desde que tomem os cuidados necessários.

O painel também aprovou o plano do governo de introduzir um sistema simplificado de notificação de novos casos em todo o país, a partir de 26 de setembro.

Yamagiwa Daishiro, ministro responsável pelas medidas de combate ao Coronavírus, observou que o número de infecções está diminuindo em todo o país, e a carga sobre o sistema de saúde também está mostrando sinais de redução.

 

fonte: NHK

 

Brazilian Day Japan entra para a história

Evento reuniu mais de 25 mil pessoas

 

Em 7 de setembro completam-se os 200 anos da Independência do Brasil. Em comemoração, nos dias 3 e 4, foi realizado o Brazilian Day Japan em Hamamatsu (Shizuoka).

O evento, organizado pelo Consulado-Geral do Brasil em Hamamatsu e pela Promotion Brasil, reuniu cerca de 25 mil pessoas nos dois dias.

Foram mais de 16 horas de música.

A programação contou com mais de 40 atrações de música, dança e capoeira. Vários ritmos desfilaram no palco do evento, além de performances que representaram o Peru e o Japão.

Os apresentadores da festa foram o MC Jhony Sasaki, muito conhecido pela trajetória aqui no Japão e que veio especialmente do Brasil para o evento, e Isabella Martins.

Acompanhe a seguir, um balanço do que foi a maior festa brasileira em solo japonês.

Sábado, dia 3

Apesar das chuvas que caíram durante toda a semana, o sábado, 3, amanheceu ensolarado. O Brazilian Day Japan 2022, que chegou a ter a realização questionada por causa da situação, começou sem maiores problemas e superando as expectativas.

De manhã, uma entrevista coletiva reuniu representantes da imprensa de várias partes do Japão, para ouvir as palavras do Embaixador Aldemo Garcia e de Mario Makuda, da Promotion Brazil, responsáveis pela organização do evento.

 

Entrevista coletiva dos organizadores (Foto: Alexandre Ezaki)

 

Também participaram o apresentador Johny Sasaki e a grande estrela da festa, o cantor e ator Toni Garrido. Além deles, o representante da Ethiopian Airlines para o Japão, Solomon Abreha, marcou presença. A empresa é uma das patrocinadoras do evento.

O Cônsul explicou que a ideia da festa surgiu há cerca de um ano, pouco tempo depois que assumiu o comando do Consulado-Geral do Brasil de Hamamatsu. ¨Queríamos marcar os 200 anos do Bicentenário da Independência com uma grande festa popular¨, disse.

 

Toni e Sancler (Foto: Alexandre Ezaki)

 

Makuda lembrou que o Cônsul não é estreante em Brazilian Day. Ele plantou a semente da festa no Canadá, quando atuava naquela cidade, levando na época a diva Ivete Sangalo.

Por causa da pandemia do Coronavírus e da economia fragilizada, a maior dificuldade para a realização da festa foi obter o apoio financeiro das empresas. ¨Estamos batendo na porta delas desde março para conseguir essa parceria. E que hoje se consolida com a realização¨, explicou Makuda.

Toni falou da alegria de voltar ao Japão e contou sobre a primeira vinda dele ao país, no Sumitomo World Pop Festival, em 1988. ¨A primeira viagem de avião da minha vida foi direto para o Japão¨, relembrou.

Quando Makuda entrou em contato para trazer Johny ao evento, o apresentador disse que queria trazer um amigo. Convidado, o amigo topou na hora. Esse amigo é Toni Garrido. ¨Ele é um irmão que a vida me deu¨, disse o MC.

Toni emendou informando que ama demais o Japão e já veio para cá outras vezes. ¨O Japão prova que tudo pode dar certo. Pra mim, como visita, aqui é sempre perfeito. A diferença de colaboração coletiva, aqui, é muito grande¨, elogiou.

 

Realidade virtual real (Foto: Alexandre Ezaki)

 

O Cônsul disse que pedirá ao prefeito da cidade, Yasutomo Suzuki, para incluir a festa no calendário oficial de Hamamatsu.

No final da coletiva, foi a hora dos presentes para Toni. O artista plástico Sancler Julio de Paula deu ao cantor um par de tênis especialmente customizado.

E o artista Evaristo Omido, conhecido por suas obras de arte, deu um quadro de presente ao Toni, que o deixou sem palavras.

Cerimônia de Abertura

A abertura oficial foi realizada às 13h de sábado. Mas antes mesmo, as apresentações começaram no palco principal.

A cerimônia começou com a apresentação de wadaikos (tambores japoneses) tocados por alunos do Colégio Mundo de Alegria. Em seguida, passistas de escolas de samba agitaram a galera, com a ginga brasileira.

 

Apresentação virtual da Jujuba (Foto: Alexandre Ezaki)

 

Em seguida discursaram os prefeitos de Hamamatsu, Yasutomo Suzuki; de Iwata, Hiroaki Kusachi; de Fukuroi, Noriyuki Oba; e de Kosai, Takeshi Kageyama; o deputado Ryu Shionoya; e o Cônsul-Geral do Brasil, Aldemo Garcia.

A surpresa no discurso do Embaixador foi a apresentação oficial da mascote da comunidade brasileira no Japão: a Jujuba, uma arara azul, criada pela adolescente Melissa Hiramoto, de 17 anos.

Com apoio da equipe de criação da J1 Stock, do empresário Emmanuel Caceres, a mascote foi desenvolvida e em 2 meses ela estará circulando pelo Japão. A apresentação da Jujuba, então, teve que ser virtual.

Domingo, dia 4

No domingo, 4, milhares de pessoas assistiram a um dos melhores shows musicais já apresentados no Japão. Toni Garrido desfilou clássicos da música brasileira e fez todo mundo dançar e cantar na apresentação dele no Brazilian Day Japan 2022.

O show com o líder do Cidade Negra encerrou de maneira apoteótica a festa brasileira em solo japonês.

Ele subiu ao palco e logo na primeira música deu pistas de como seria. ¨Onde você mora?¨, do CD ¨Sobre Todas as Forças¨, o primeiro com Toni nos vocais, trouxe aquele gostinho de saudade e de amor.

A partir daí vieram mais clássicos: ¨Me chama¨, ¨Primeiros erros¨, ¨Óculos¨. A galera não conseguia parar de cantar ao som de músicas que marcaram a vida de várias pessoas.

 

Toni fez todo mundo cantar e dançar (Foto: Alex Santos - Assessoria de Imprensa)

 

Humilde e carismático, ele deu chance para músicos da comunidade, sempre destacando o potencial de cada um. Isso aconteceu por exemplo com a Banda Dahu, que além de apresentar o show próprio, foi a banda de apoio de Toni.

Sentindo-se abraçado pela comunidade, Toni não teve medo, desceu no meio da multidão, andou, cumprimentou, tirou fotos.

Depois subiu na torre de apoio da equipe de filmagem e áudio, cantou mais duas músicas e voltou para o palco, de novo entre a galera. ¨Pessoal da segurança, como a gente combinou, não precisa de segurança¨, avisou.

Garotas e prêmios

O Brazilian Day Hamamatsu teve mais de 20 expositores, com barracas e food truck de alimentos, produtos e serviços.

Um dos eventos mais aguardados pelo público foi a escolha, difícil, da Garota Brazilian Day 2022. A grande campeã foi Ayumi Morimitsu; em segundo lugar ficou Eduarda Moreira; e em terceiro, Tais Imai. Elas receberam as respectivas faixas e fotos com o cantor Toni Garrido.

 

As vencedoras do Garota Brazilian Day (Foto: Alex Santos - Assessoria de Imprensa)

 

A vencedora recebeu ainda ¥100 mil em dinheiro, uma passagem de ida e volta ao Brasil, 2 jantares de gala no Focus Brasil e ensaio fotográfico em Okinawa com passagem e estadia tudo incluídos. As fotos serão feitas por Alex Santos com maquiagem de Paula Kondo.

A segunda colocada ganhou ¥50 mil, ensaio fotográfico e 2 vouchers no Barbacoa. E a terceira colocada recebeu ¥30 mil em dinheiro e ensaio fotográfico.
Também teve o sorteio de uma passagem aérea, oferecida pela Ethiopian Airlines. A ganhadora foi Katia Aoki, moradora de Tochigi.

Para concorrer a um automóvel Honda Fit preto, ano 2021, bastava comprar a camiseta oficial do evento e preencher um simples cadastro. E a grande vencedora foi Viviana Shiroma, de Shizuoka.

Coleta seletiva

O Brazilian Day não foi somente festa. A preocupação ecológica foi uma constante para os organizadores.

Uma das medidas adotadas foi a de instalar dois locais de coleta seletiva de lixo
denominados de ¨Eco Station¨.

Neles foram colocados cestos de lixo para recolher material plástico,
vidro, lata de alumínio e lixo queimável.

 

Lixo totalmente reciclável (Foto: Alex Santos - Assessoria de Imprensa)

 

Segundo a Comissão Organizadora, nos dois dias de evento foram recolhidas seis toneladas de lixo, tudo devidamente separado.

A empresa responsável pelo serviço também deslocou voluntários para
limpar os corredores do evento.

Agradecimento

Em nota publicada nas redes sociais oficiais do Brazilian Day Hamamatsu 2022, os organizadores publicaram um agradecimento especial.

Diz a mensagem: ¨Chegou ao fim, e só temos uma coisa a dizer: MUITO OBRIGADO.

Dedicamos nossa gratidão a você, que participou do evento como telespectador; a você, que vestiu a camisa verde e amarela e serviu como voluntário no evento; aos artistas e apresentadores, que engrandeceram e fizeram brilhar o Brazilian Day Hamamatsu; aos patrocinadores, por acreditarem na importância da propagação da cultura brasileira; e aos colaboradores e staff, por fazer o festival fluir de forma tão organizada e harmônica.

Sem vocês, esse evento de grande sucesso não seria possível!¨.

Crianças vão receber dose de reforço da vacina contra Coronavírus

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Vacina contra a Ômicron pode começar antes do previsto

 

O Ministério da Saúde do Japão aprovou nesta terça-feira, 30, o uso da vacina contra o Coronavírus da Pfizer para doses de reforço em crianças de 5 a 11 anos.

Um painel de especialistas havia aprovado a vacina na segunda-feira, 29, que foi ratificada agora pelo Ministério.
A vacina da farmacêutica norte-americana é a primeira a obter autorização do Ministério para ser usada como reforço para a faixa etária.
As crianças na faixa dos 5 aos 11 anos foram vacinadas com as duas doses em fevereiro.
O ministério planeja que as crianças recebam a dose de reforço da Pfizer pelo menos cinco meses após a segunda dose, como acontece com os adultos.
O governo ainda vai discutir quando começará a fornecer as doses aos governos locais.

Espera-se que o Gabinete aprove já em setembro, uma portaria que obrigaria as pessoas a se esforçarem para que seus filhos de 5 a 11 anos recebam a dose de reforço da vacina contra o Coronavírus.

Ômicron

Também na terça-feira, o governo divulgou que pode começar a inocular o público especificamente contra a variante Ômicron até o final de setembro, em vez de meados de outubro, conforme planejado anteriormente.

As empresas farmacêuticas americanas Pfizer Inc. e Moderna Inc. solicitaram ao Ministério da Saúde a produção e venda de suas vacinas COVID-19 adaptadas para a variante altamente transmissível. Um painel de especialistas do Ministério deve discutir em breve o pedido.

O ministro da Saúde, Katsunobu Kato, enfatizou em uma entrevista coletiva na terça-feira que o governo vai trabalhar duro para que a inoculação adicional aconteça mais cedo do que o planejado.

Essas vacinas têm propriedades derivadas da subvariante BA.1, bem como do vírus original que se espalhou no início da pandemia. Autoridades afirmam que elas funcionam de forma eficaz contra a subvariante BA.5, agora predominante no Japão.

 

Fontes: NHK e Kyodo

 

Sorria! Você está no Inside Out Kobe

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No pequeno estúdio montado no Parque Meireken, às margens da Baía de Kobe, o grupo de voluntários bilingues recebem o público que vai chegando curioso. Crianças e adultos, as pessoas vão chegando meio ressabiadas no espaço em forma de container. Ainda sérias, elas entram no pequeno cubículo, que lembra uma das máquinas de fotos automáticas super comuns no Japão, só que mais espaçosas.

Menos de um minuto depois, o clima é outro. Mais relaxadas, as pessoas saem empolgadas, como se tivessem acabado de fazer uma travessura. Do lado de fora da “caixa”, as carinhas sorridentes explodem em gargalhadas quando um pôster em tamanho gigante vai se revelando aos poucos, saindo de uma impressora escondida, com a foto tirada dentro do estúdio. Alguns fazem careta, outros posam mais sérios. Mas as reações de alegria e surpresa são sempre as mesmas.

Os pôsteres gigantes impressionam os retratados (imagem: Inside Out Project/cedida)

“É como se fosse um bebê quando se vê no espelho”, diz Damariz Damken parte da equipe do Inside Out Project em Kobe. “Este é um projeto sobre pessoas e comunidades. As pessoas se vêem nas fotos e se reconhecem. Esse auto reconhecimento é parte da experiência humana”, explica ela.

Criado pelo artista urbano francês JR, o Inside Out Project chama atenção por onde passa. A ideia é convidar as pessoas para fazerem retratos com um fundo de bolinha em pequenos espaços transformados em estúdios. Os visitantes entram no estúdio e a cortina se fecha. Lá dentro, elas estão a sós para posarem com quiserem, desde que não escondam o rosto e, principalmente, os olhos. O projeto já passou por mais de 120 países, incluindo o Brasil. É a terceira vez que o Inside Out Project rola no Japão.

A entrada no pequeno estúdio de forma tão despretensiosa cria uma mágica que se amplia ainda mais quando as pessoas se dão conta de que os pôsteres com suas imagens irão ficar expostos na cidade por alguns meses. “Numa cidade, a gente sempre vê os prédios. A ideia do Inside Out Project é justamente trazer as faces dessas pessoas, que geralmente estão dentro das construções, para fora delas”, prossegue Damariz.

Os pôsteres formam painéis que ficarão em exibição por alguns meses na região portuária (imagem: Inside Out Project/cedida)

Um senhor, que tirou a foto há dois dias, voltou para conferir o painel que está sendo formado na fachada de um dos edifícios do Porto de Kobe. Ele não encontrou a própria foto e foi pedir explicações. Os voluntários dizem que as fotos estão sendo coladas e que a dele vai entrar. “As pessoas querem se sentir parte”, diz a brasileira Meg Yamagute, que também trabalha no projeto.

O estúdio de Kobe fica até o dia 27 e a ideia é continuar imprimindo as fotos dos visitantes. A participação é gratuita e todos os pôsteres serão utilizados em painéis que já estão sendo exibidos no Parque Meriken, no Porto de Kobe. Confira e prepara a pose.

SERVIÇO

Inside Out Project Kobe
até 28 de agosto de 2022
das 11 às 19 horas
Parque Meriken [mapa]