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Da meditação ao tatame – Conheça a profunda ligação entre Zen e Jiu-Jitsu!

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Jiu-jitsu

É comum a associação de esportes de luta com violência, sangue ou força bruta. Mas, contraditoriamente, o jiu-jitsu é uma prática que surgiu do budismo, carregado pela filosofia do zen que, em poucas palavras, surgiu pela busca da autodefesa.

O jiu-jitsu carrega consigo muita história. Estudos relatam que a origem do esporte é proveniente da Índia e surgiu pela necessidade dos monges budistas, os defensores da paz, de se protegerem de ataques dos bárbaros mongóis de forma não agressiva. Desenvolveram então, técnicas de autodefesa baseadas nos princípios do equilíbrio, sistema de articulação do corpo e das alavancas para derrubar e dominar o oponente. Essa arte marcial é o  jiu-jitsu, que foi assim nomeado, pois vem das grafias jujutsu ou ju-jitsu. (jū – suavidade, brandura; jutsu – arte, técnica).

Com a expansão do budismo, o esporte percorreu parte da Ásia e chegou ao Japão, onde samurais usavam o jiu-jitsu em campos de batalha, caso perdessem suas espadas. Tais técnicas defensivas foram tão fundamentais a ponto de se tornarem secretas no Japão. Secretas até o uso de armas de fogo entrarem no cenário de guerra. Todavia, as artes marciais voltaram a ser apreciadas ao decorrer do tempo, tornando-se por muito tempo a luta mais praticada do país.

No Brasil, o jiu-jitsu começou no início do século XX, sendo a versão mais aceita a que o esporte nasceu a partir do Judô, quando o japonês Mitsuyo Maeda especialista do esporte e defensor das técnicas do jiu-jitsu, também conhecido como Conde Koma, foi enviado ao país com o objetivo de difundir a arte. Em sua visita ao Brasil, conheceu o empresário Gastão Gracie, com quem teve muita afinidade e em virtude passou a ensinar o Judô para o seu filho mais velho Carlos Gracie, que por sua vez passou os ensinamentos para seus irmãos.

O judô, assim ensinado, passou por adaptações pela família Gracie, desenvolvendo assim o jiu-jitsu brasileiro, conhecido no exterior por BJJ (Brazilian Jiu-Jitsu). Tais adaptações dão ênfase a técnicas de luta de solo, que foram desenvolvidas através de práticas e experimentos, uma vez que perceberam que aqueles com menor porte físico estavam em desvantagem contra adversários de maior porte. Assim sendo, na luta de solo, a técnica mais eficiente passou a ser a alavanca, que permitia aos atletas usarem a força do adversário contra ele mesmo. Em outras palavras, a vantagem estava com aqueles que usavam as técnicas de forma efetiva, independente do porte físico.

Contudo, com o passar do tempo outras técnicas foram se aprimorando e surgindo, como por exemplo: imobilizações, chaves e finalizações. E assim o jiu-jitsu praticado atualmente pelos brasileiros acabou se diferindo um pouco do tradicional, porém o conceito que o esporte é viável para todo tipo de porte físico é mantido até hoje.

Desta forma, o jiu-jitsu como todos os esportes pode causar certas lesões, porém pode-se afirmar que esta arte marcial além de ser um esporte seguro e provir da filosofia zen, auxilia na autodefesa, perda de calorias, socialização, autoconfiança, alívio de estresse, entre outros benefícios.

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