Arquivos meditação - JP Guide https://jpguide.co/tag/meditacao/ Site de suporte ao residente no Japão. Conteúdos exclusivos de turismo para quem busca qualidade de vida e boas experiências no país. Tue, 21 Feb 2023 17:52:55 +0000 pt-BR hourly 1 https://jpguide.co/wp-content/uploads/2022/08/cropped-cropped-logo-jp-32x32.png Arquivos meditação - JP Guide https://jpguide.co/tag/meditacao/ 32 32 232509528 Relaxe, nada está sob controle https://jpguide.co/relaxe-nada-esta-sob-controle/ https://jpguide.co/relaxe-nada-esta-sob-controle/#respond Thu, 24 Feb 2022 19:40:00 +0000 https://jpguide.co/?p=16995 Essa afirmativa, embora seja um fato, costuma gerar desconfianças, no que se refere à nossa responsabilidade de fazer as coisas acontecerem com planejamento, tentando evitar erros futuros, nossos e dos outros. Contudo, nada pode mudar o fato de que não controlamos nada. Na melhor das hipóteses, somos bons estrategistas. Já parou para pensar que ao […]

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Essa afirmativa, embora seja um fato, costuma gerar desconfianças, no que se refere à nossa responsabilidade de fazer as coisas acontecerem com planejamento, tentando evitar erros futuros, nossos e dos outros. Contudo, nada pode mudar o fato de que não controlamos nada. Na melhor das hipóteses, somos bons estrategistas.

Já parou para pensar que ao planejarmos uma nova conquista, projeto, enfim, estratégias para realizar nossos planos, levamos pouco em consideração as nossas limitações e das pessoas envolvidas? A consideração de que não depende só da gente costuma gerar um desconforto, porque queremos controlar e, de certo modo, temos expectativas de superar as nossas vulnerabilidades. Assim, ao invés de assumirmos responsabilidades, assumimos a ilusão de que podemos controlar.

O controlador sofre terrivelmente ao assumir a posição de ter que dar conta de tudo e de todos, e a expectativa de que isso está em suas mãos faz com que ele se sinta, repetida e continuamente, muito insatisfeito consigo mesmo e com os outros, afinal, os outros, na visão do controlador, também poderiam ser controlados por ele.

Abrir mão do controle não significa deixar de ser responsável ou de lutar para que as coisas funcionem, significa abrir espaço interno para acolher aquilo que fugiu ao nosso controle como algo que poderia acontecer. Talvez a diferença entre responsabilidade e controle seja a forma com a qual reagimos diante do inesperado, desconhecido e não planejado. Para nos recuperarmos rapidamente de uma frustração e seguirmos em frente com as nossas responsabilidades, sem ferir e nem nos ferirmos, precisamos ter a compaixão e a autocompaixão do nosso lado.

A compaixão e a autocompaixão são muito importantes porque nelas cabem nossas limitações e as limitações das pessoas, e esta aceitação amplia a capacidade de agir em direção daquilo que desejamos com muito mais lucidez e menos desgaste. Compreender que errar e não ter realizado algo como desejávamos faz parte o tempo todo. Além de nos tornar mais flexíveis, isso nos dá a liberdade para seguir adiante mantendo o nosso propósito de conquista, fazendo os ajustes que experiências anteriores e fracassadas nos ensinaram.

Já pensou no tempo que gastamos remoendo, ruminando o que não deu certo e carregando a culpa de nossas falhas, as quais nos punimos indefinidas vezes por uma mesma situação? Relaxe, libere o criticismo e acolha a gentileza e a autogentileza.

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Por que a meditação é considerada um treino mental? https://jpguide.co/por-que-a-meditacao-e-considerada-um-treino-mental/ https://jpguide.co/por-que-a-meditacao-e-considerada-um-treino-mental/#respond Tue, 25 Jan 2022 17:23:08 +0000 https://jpguide.co/?p=16838 A meditação pode ser entendida como uma ferramenta para conseguir estabelecer a calma. O uso dessa ferramenta, contudo, pressupõe uma prática constante, sem a qual não é possível usá-la. Nesse sentido, o treino é imprescindível. Quando paramos alguns minutos diários para meditar, mantemos em forma a atenção, que é a responsável para nos sustentar no […]

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A meditação pode ser entendida como uma ferramenta para conseguir estabelecer a calma. O uso dessa ferramenta, contudo, pressupõe uma prática constante, sem a qual não é possível usá-la.

Nesse sentido, o treino é imprescindível. Quando paramos alguns minutos diários para meditar, mantemos em forma a atenção, que é a responsável para nos sustentar no momento presente durante a meditação. Quando deixamos de ter a regularidade da prática, perdemos qualidade de atenção e temos dificuldade de nos manter focados no presente.

O treino mental na meditação é comparado com o treino físico: quando estamos em forma fisicamente, desempenhamos nossa atividade física com menos esforço e mais resultado, ao passo que se estamos fora de forma, sentimos cansaço e dificuldade para executar a mesma atividade, e muitas vezes, nem conseguimos executá-la.

Com a meditação é parecido. Ao meditarmos diariamente sustentamos a familiaridade com os nossos aspectos mentais, que são os pensamentos, as imagens, as lembranças e as emoções. Através dessa familiaridade, é possível perceber a distração, momento no qual deixamos de estar presente no agora. Isso ocorre quando conversamos com os pensamentos, por exemplo. Agora, se estamos em forma, percebemos a distração e recuperamos facilmente a atenção plena. Meditar é esse constante monitoramento de perceber e liberar as distrações.

Esse movimento da mente é incessante, não conseguimos parar de pensar na meditação, como muitos imaginam, mas desenvolvemos a habilidade de nos diferenciar de nossos pensamentos, observá-los com atenção e sem interação, ou seja, sem construir histórias com eles. Com isso, os pensamentos perdem o poder de nos distrair e conseguimos ampliar os espaços entre um pensamento e outro, o que é extremamente prazeroso e revigorante.

Somente uma mente treinada consegue superar a distração na prática, caso contrário, estamos suscetíveis a nos misturar com nossos conteúdos mentais, criando realidade com eles o tempo todo e deixando de estar presente.

É um treino simples, no sentido de que são poucos minutos diários — 20 minutos é o suficiente —, e pode ser feito em qualquer lugar, basta se recolher atentamente, estabelecer uma postura ereta e confortável, fechar os olhos para favorecer a introspecção e usar a sua atenção para se manter inoperante em relação aos seus conteúdos mentais.

O que comumente é considerado difícil na meditação é não fazer nada. Sim, temos dificuldade de parar, mas para que a nossa mente funcione bem, precisamos desenvolver essa habilidade, senão estaremos sujeitos às intempéries da mente.

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Por que meditar? https://jpguide.co/por-que-meditar/ https://jpguide.co/por-que-meditar/#respond Wed, 22 Sep 2021 13:36:53 +0000 https://jpguide.co/?p=16209 Talvez você se faça essa pergunta porque, provavelmente, tem ouvido falar bastante sobre meditação atualmente. De fato, a meditação é uma novidade para nós ocidentais porque a nossa cultura não tem essa prática disponível, nem na tradição familiar ou religiosa, nem nos hábitos e costumes sociais. Mas a cultura da meditação é muito antiga, temos […]

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Talvez você se faça essa pergunta porque, provavelmente, tem ouvido falar bastante sobre meditação atualmente.

De fato, a meditação é uma novidade para nós ocidentais porque a nossa cultura não tem essa prática disponível, nem na tradição familiar ou religiosa, nem nos hábitos e costumes sociais.

Mas a cultura da meditação é muito antiga, temos registros arqueológicos em argila de pessoas meditando em lótus, de 3000 anos antes de Cristo, encontrados na região da Índia. Em lugares como Japão, China, Índia, Nepal, Vietnã e Tailândia, por exemplo, o ato de meditar faz parte da cultura, e é passado de geração a geração pela família e pelas tradições religiosas, especialmente Budismo, Taoísmo e Hinduísmo.

A tradição religiosa ocidental é representada principalmente pelo cristianismo e nesta tradição, o ato de meditar foi perdendo seu espaço ao longo dos anos, embora alguns santos católicos como São Thomas de Aquino, Santo Agostinho e Santa Teresa D’avila, utilizavam a meditação em suas práticas de oração contemplativa.

A descoberta da meditação como forma de encontrar o bem-estar, no entanto, é recente, e estabelece relação direta com a ciência. Há cerca de 35 anos, alguns cientistas resolveram investigar a meditação e se surpreenderam com os resultados satisfatórios que ela apresenta. O médico americano Jon Kabatt Zin é um dos precursores dessas descobertas, quando desenvolveu um protocolo científico com meditação para a redução de stress em pacientes com dor crônica. As revelações favoráveis à meditação apresentadas nesse estudo chamaram a atenção da comunidade científica que, desde então, envolve-se cada vez mais com pesquisas que exploram a atividade meditativa, buscando, sobretudo, atestar seus benefícios para a saúde geral e a melhora da qualidade de vida.

A meditação mais usada no Ocidente é a Meditação Mindfulness, ela tem origem nos fundamentos filosóficos deixados por Buda e sua aplicação não apresenta vinculação religiosa. A prática consiste em permanecer em silêncio durante alguns minutos diários, sem interagir com os pensamentos e direcionando a atenção para um foco, chamado de âncora atencional, para onde dirigimos a atenção toda vez que nos distraímos do momento presente. A âncora atencional pode ser a respiração, o tato, a audição, a visão, enfim, os sentidos que nos ancora no momento presente.

Dentre os principais benefícios de Mindfulness, podemos destacar: a) calma, desenvolvemos a habilidade de estabelecê-la e, a partir dela, regulamos várias funções e emoções; b) controle da ansiedade, tanto para preveni-la, quanto para tratá-la; c) foco, toda a atenção plena treinada durante a prática vai para a vida, melhorando nossa atenção, concentração e memória; d) bem-estar psicológico, porque aprendemos na meditação a regular nossas emoções, tornamo-nos menos impulsivos e ganhamos espaço para escolher a melhor resposta emocional.

Mas o principal benefício da prática de Mindfulness, segundo a ciência, é a lucidez. Costumo brincar que o Buda se iluminou e que nós encontramos a gambiarra da iluminação através da meditação. A lucidez nos permite lidar com os fatos e situações com muito mais clareza, sem esforço, porque ganhamos visão para lidar com qualquer situação.

Como veem, são muitos os benefícios. Aprender a meditar é, portanto, uma prática que todos merecem incorporar em suas vidas.

 

Viviane Giroto

Especialista em Psicopedagogia, Psicomotricidade e Sciences et Techniques du Corps – ISRP – Paris, France

Ph.D. em Psicologia pela UFRJ

https://vivianegiroto.com.br/

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