Arquivos investimento - JP Guide https://jpguide.co/tag/investimento/ Site de suporte ao residente no Japão. Conteúdos exclusivos de turismo para quem busca qualidade de vida e boas experiências no país. Thu, 02 May 2024 15:41:01 +0000 pt-BR hourly 1 https://jpguide.co/wp-content/uploads/2022/08/cropped-cropped-logo-jp-32x32.png Arquivos investimento - JP Guide https://jpguide.co/tag/investimento/ 32 32 232509528 Entrevista com Jorge Viana, presidente da ApexBrasil https://jpguide.co/entrevista-com-jorge-viana-presidente-da-apexbrasil/ https://jpguide.co/entrevista-com-jorge-viana-presidente-da-apexbrasil/#respond Thu, 02 May 2024 15:40:48 +0000 https://jpguide.co/?p=32575 No cenário cada vez mais interconectado do século XXI, as relações entre nações assumem uma importância crescente. Em um mundo onde as fronteiras se tornam mais permeáveis e as distâncias se encurtam, surgem oportunidades únicas para colaboração, inovação e entendimento mútuo. Nesse contexto, figuras importantes emergem como verdadeiros arquitetos da cooperação internacional, construindo pontes entre […]

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No cenário cada vez mais interconectado do século XXI, as relações entre nações assumem uma importância crescente. Em um mundo onde as fronteiras se tornam mais permeáveis e as distâncias se encurtam, surgem oportunidades únicas para colaboração, inovação e entendimento mútuo. Nesse contexto, figuras importantes emergem como verdadeiros arquitetos da cooperação internacional, construindo pontes entre culturas, nações e visões de mundo.

Para entendermos melhor este cenário, a revista Guia JP teve a honra de entrevistar o ilustríssimo Jorge Viana, atual presidente da ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).

Quem é Jorge Viana?

Nascido e criado no Acre, nas vastas terras e florestas, Jorge Viana traz consigo não apenas uma profunda compreensão da riqueza natural e cultural de sua região natal, mas também uma visão ampla e cosmopolita do mundo. Sua jornada pessoal e profissional o levou a atravessar fronteiras e a estabelecer laços duradouros com o Japão, uma nação que desempenhou um papel significativo em sua vida e carreira.

Quando se fala de Japão eu tenho uma história muito singular, muito pessoal. Foi o primeiro país que eu visitei saindo do Brasil”, compartilha Viana.

Seu objetivo? Persuadir as autoridades japonesas a financiarem um ambicioso projeto de conservação na Amazônia, em parceria com a Organização Internacional de Madeiras Tropicais (ITTO). “O mercado da Ásia era importante“, enfatiza Viana, destacando a relevância estratégica dessa colaboração.

O sucesso desse empreendimento não só solidificou os laços entre o Brasil e o Japão, mas também pavimentou o caminho para uma carreira política impressionante. Viana serviu como prefeito de Rio Branco, capital do Estado do Acre, e posteriormente como governador por duas vezes. Sua liderança visionária, marcada por um compromisso inabalável com a conservação ambiental e o desenvolvimento sustentável, ganhou reconhecimento tanto nacional quanto internacional.

Nos dias atuais, Jorge Viana desempenha um papel fundamental como membro da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), e atualmente liderando esforços para promover os interesses do Brasil na Expo Universal em Osaka. “O Brasil tem uma conexão de 130 anos com o Japão“, destaca ele, sublinhando a importância dessa relação bilateral multifacetada.

No entanto, a dedicação de Viana vai além dos corredores do poder e das salas de reuniões. Ele também é um defensor incansável das comunidades brasileiras no Japão, especialmente das crianças que enfrentam dificuldades escolares. “Eu senti muito a importância de a gente se colocar à disposição da comunidade”, reflete Viana, destacando sua abordagem centrada nas necessidades das pessoas.

Fortalecendo laços econômicos: A missão da ApexBrasil na promoção das relações Brasil-Japão

No mundo em constante evolução do comércio internacional, a Ásia emerge como um epicentro de oportunidades e desafios. E dentro deste vasto panorama, o Japão mantém uma posição de destaque, desempenhando um papel crucial nas relações comerciais do Brasil com a região.

Até alguns anos atrás, a Ásia era Japão“, relembra Viana, destacando a proeminência histórica do país na região. No entanto, ele observa uma mudança significativa no cenário comercial, com o surgimento de outras potências econômicas como a China e a região da ASEAN (Associação de Nações do Sudeste Asiático).

Apesar dessas mudanças, Viana ressalta a importância contínua do Japão para o Brasil, especialmente em termos de comércio bilateral.

Em 2011, 2012, o fluxo de comércio exterior do Japão com o Brasil era muito mais forte”, lamenta Viana, referindo-se a uma queda no fluxo de comércio entre o Brasil e o Japão nos últimos anos.

Ele observa que, enquanto o comércio com a China experimentou um crescimento exponencial, as relações comerciais com o Japão viram uma diminuição no volume de negócios. No entanto, ele vê na Expo Universal do próximo ano uma oportunidade crucial para revitalizar essas relações.

“A ideia nossa não é só ter uma representação da cultura, da história do Brasil na Expo Osaka, mas sim melhorarmos o fluxo de comércio exterior”, afirma Viana. Ele destaca planos para realizar um encontro dos setores comerciais das embaixadas brasileiras na Ásia, visando discutir estratégias para aumentar a presença e a competitividade dos produtos brasileiros na região.

O presidente da ApexBrasil enfatiza a importância estratégica do Japão como um hub central na região da Ásia. “Por termos a relação que temos, penso que a Expo do próximo ano vai ser fundamental para a gente anunciar boas relações, anunciar um crescimento do fluxo de comércio exterior com a Ásia“, conclui, destacando a expectativa de resultados positivos na construção de uma parceria econômica robusta entre o Brasil e o Japão.

 

Jorge VianaPromovendo o potencial do café brasileiro: rumo a uma nova era de valorização

Quando questionado sobre iniciativas para apoiar na percepção de valor de exportadores de açaí para o Japão, Jorge Viana garante: “Tem, porque nós estamos trabalhando no que a gente chama de Exporta Mais Amazônia¹”, revela.

E é neste cenário de exportações que Viana ressalta o forte potencial do café, juntamente com outros produtos amazônicos como açaí, castanha-do-brasil e cacau, para ter uma presença mais proeminente no mercado mundial.

Viana enfatiza o papel central do açaí nesse esforço, dada sua familiaridade global e sua importância histórica no Japão e nos Estados Unidos: “Primeiro porque ele é conhecido no mundo inteiro, mas falta uma estratégia do Brasil para esse produto“, admite Viana.

Jorge Viana destaca a necessidade de uma abordagem mais abrangente para promover não apenas o café, mas também outros produtos brasileiros de alto valor agregado. “Não tem lógica de a gente não ter uma marca do café brasileiro no Japão“, argumenta Viana apontando para o sucesso de marcas de café de outros países e a falta de uma estratégia semelhante para o café brasileiro.

Viana compartilha sua perspectiva sobre a importância do branding e do valuation de marca para impulsionar as exportações brasileiras de café. Ele ressalta o potencial do Brasil como um dos maiores produtores de café do mundo, mas lamenta a falta de uma estratégia unificada para promover efetivamente o café brasileiro nos mercados globais.

Principalmente pensando no Japão, porque foram os que deram o maior lance neste ano de café do mundo“, destaca Viana, enfatizando a importância estratégica do mercado japonês para as exportações de café brasileiro: “1/3 do café consumido no mundo vem do Brasil. Hoje, de cada 4 xícaras de café que se toma aqui, 1 é do Brasil, e nós não temos uma marca”, finaliza.

Hoje em dia é muito comum em cafeterias ter sempre um café do Brasil, pelo menos”, complementa Thiago Poggio, Ministro-conselheiro da Embaixada do Brasil em Tóquio. Jorge ressalta a necessidade de explorar novas oportunidades de colaboração com empresas como o Starbucks para promover o café brasileiro no mercado global: “A ideia é termos gôndolas com café do Brasil”, prevê Viana.

“É do Brasil, é sustentável, é para o mundo todo” – Jorge Viana

A ApexBrasil tem um plano objetivo para que essas marcas sejam incentivadas a trabalhar em branding valuation?

Viana destaca a importância de criar uma estratégia sólida para impulsionar o branding das marcas de café brasileiras. Ele observa que, atualmente, os produtores de café estão investindo na criação de trades, inspirados pelo modelo das vinícolas europeias de alto padrão. “Bom, os caras contratam os melhores arquitetos, fazem instalações magníficas, tratam o café. Assim, o café é especial“, explica Viana, enfatizando a necessidade de elevar o padrão e a percepção do café brasileiro.

No entanto, Viana reconhece que ainda há desafios a superar. Ele aponta para a fragmentação das marcas de café brasileiras como um dos principais obstáculos, enfatizando a importância de unir grandes marcas do ramo sob a bandeira do café brasileiro para competir de forma mais eficaz no mercado global.

Se a gente conseguir engrenar isso, eu acho que vai dar muito certo“, afirma Viana com otimismo e reiterando o compromisso da ApexBrasil em apoiar o desenvolvimento do branding e da valorização das marcas de café brasileiras, visando fortalecer a posição do Brasil como um dos principais produtores de café do mundo.

Expandindo horizontes: o potencial inexplorado das marcas brasileiras no Japão e o papel da ApexBrasil neste cenário

Jorge Viana

Viana ressalta que, embora o Brasil exporte uma variedade de produtos para o Japão, muitos deles são commodities² que carecem de uma estratégia de valor agregado. “Eu não sou contra a gente trabalhar com commodities, mas os produtos nossos não têm política para eles“, observa ele. “Nós estamos fazendo essas andanças, com o propósito de entender melhor e pensar em intervir para que a gente possa botar nossos produtos aqui, que tragam valor agregado.“, finaliza Viana.

Diante desse cenário, Viana destaca o papel crucial da ApexBrasil em estimular as marcas brasileiras a investir no mercado japonês, revelando planos ambiciosos para fortalecer a presença da ApexBrasil na região, incluindo a possível abertura de um escritório em Singapura. “Há uma decisão nossa de ter um olhar diferenciado aqui para a Ásia“, afirma ele.

Estamos pensando em ter uma ApexBrasil dentro da própria Embaixada, quem sabe fortalecendo o SECOM” ressalta Viana, reafirmando a importância de uma abordagem estratégica e proativa para aproveitar as oportunidades oferecidas pelo mercado japonês.

Como a ApexBrasil pretende atrair investidores japoneses para startups brasileiras e fazer com que as mesmas se desenvolvam no Japão?

Viana destaca os esforços da ApexBrasil para promover o desenvolvimento de empresas inovadoras no Brasil e atrair investidores japoneses. “Nós estamos agora fazendo um trabalho muito forte nessa área“, revela. “Trabalhar com startups passou a ser uma prioridade para nós“, afirma o entrevistado.

Viana destaca Portugal como um exemplo inspirador de ecossistema de startups bem-sucedido, com mais de 80 mil startups em um país de tamanho comparável ao Brasil. “Os números são vergonhosos“, admite ele, ressaltando a necessidade de ampliar o apoio às startups brasileiras.

Para abordar essa lacuna, Viana revela planos ambiciosos, incluindo a criação de um fundo de investimento em parceria com o BNDES e o estabelecimento de parcerias estratégicas com o Sebrae. “Estou muito focado nesse trabalho da ApexBrasil”, afirma ele. “Para mim, essa é uma área fundamental de ser trabalhada.

Além disso, Viana destaca a importância de explorar oportunidades no mercado japonês, reconhecido por seu ambiente favorável às startups. ” Certamente é um país que está aquecido“, observa o entrevistado.

ApexBrasil em 2024: Feiras estratégicas no Japão

A presença do Brasil em eventos comerciais no Japão ganha destaque com a participação essencial da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).

FOODEX

A FOODEX se destaca como uma feira obrigatória para a presença brasileira. “A ApexBrasil organiza diretamente a participação brasileira na FOODEX“, afirma Viana. Este evento, conhecido por promover parcerias comerciais e explorar oportunidades de negócios, é fundamental para posicionar os produtos brasileiros no mercado japonês.

Jorge Viana

SCAJ

Além da presença direta na FOODEX, a ApexBrasil reconhece a importância das parcerias com associações como a BSA, responsável pela participação na SCAJ, focada em cafés especiais. “Se temos essas associações parceiras, provavelmente vamos estar presentes“, destaca o presidente da ApexBrasil.

A ApexBrasil demonstra seu compromisso com o sucesso das feiras comerciais no Japão, destacando o investimento significativo envolvido. “Temos convênio com 54 setores da economia, na ordem de 150 milhões de dólares pelo ciclo“, revela Viana. Esses investimentos visam ampliar a presença brasileira e fortalecer os laços comerciais com o Japão.

 

 

A ApexBrasil desenvolve projetos no Japão hoje somente através do SECOM da Embaixada?

Não, não. A ApexBrasil desenvolve projetos aqui através de setores da economia brasileira“, responde Viana. Parcerias com organizações como a BPA, dedicada à proteína animal, são fundamentais para promover a presença brasileira em eventos como a FOODEX.

Para Viana, a presença da ApexBrasil em eventos no Japão é crucial para garantir visibilidade e apoio às empresas brasileiras, visando fortalecer as relações comerciais com a região.

E quanto às marcas voltadas ao setor de moda, a ApexBrasil tem alguma iniciativa para as marcas desse setor?

Sim. Nós temos um trabalho que é feito também com modas e confecções“, afirma Jorge Viana. No entanto, o mesmo reconhece que há espaço para aprimorar essas iniciativas e direcioná-las de forma mais específica para o mercado japonês.

Jorge Viana

O Japão, em tempos passados, foi considerado o epicentro da moda mundial, onde modelos brasileiras buscavam consolidar suas carreiras. No entanto, esse cenário mudou ao longo dos anos. “O público japonês é muito vanguardista no uso de moda, de costumes e tal. Passou de geração para geração“, reflete Viana, destacando que, apesar das mudanças econômicas e sociais, o Japão mantém sua reputação como referência em design e moda.

Identificando oportunidades de apoio: O papel da ApexBrasil no impulsionamento de novos negócios

Compartilhando as estratégias da ApexBrasil e seu compromisso em promover os produtos brasileiros no mercado japonês, Viana enfatiza “Nosso trabalho com setores é fundamental“, e complementa “Investimos recursos em setores específicos e criamos condições para que os empresários brasileiros possam apresentar seus produtos no cenário global.

Destacando a participação em feiras internacionais, nosso convidado especial explica: “Montamos pavilhões brasileiros em eventos ao redor do mundo, oferecendo aos empresários brasileiros uma plataforma para expor seus produtos. Além disso, estamos inovando ao trazer compradores internacionais para o Brasil por meio do programa Exporta Mais.

Levamos 140 compradores de 54 países para o Brasil, demonstrando o interesse global nos produtos brasileiros. Esse modelo tem funcionado excepcionalmente bem, conectando compradores internacionais com empresários brasileiros“, enfatiza Viana com entusiasmo.

O atual presidente da ApexBrasil ressalta ainda a importância de adaptar as estratégias para o mercado japonês: “Este ano, estamos dedicando um olhar diferenciado ao Japão. Reconhecemos sua importância como segunda maior economia da Ásia e parceiro estratégico do Brasil. Queremos fortalecer ainda mais nossas relações comerciais e culturais com o Japão.

Acredito que teremos boas surpresas neste ano, envolvendo diversos setores da nossa economia. Estamos comprometidos em consolidar e expandir nossa presença no mercado japonês“, finaliza Viana.

 

Brasil na Expo 2025: Estratégias para fortalecer a imagem nacional e impulsionar negócios

Maria Luísa Cravo, gerente de exposições universais na ApexBrasil, revela os objetivos do Brasil em sua participação na Expo, destacando a importância estratégica do evento para o país: “É o maior evento do mundo, são esperados quase 30 milhões de pessoas na Expo, aqui em Osaka, no ano que vem. Esperamos no nosso pavilhão mais de 2 milhões de pessoas”, destaca Maria Luísa.

Desde 2010, o Brasil marca presença nas Expos, buscando não apenas oportunidades comerciais, mas também o fortalecimento de sua imagem internacional. Com a Expo em Osaka, no próximo ano, o Brasil se prepara para receber milhões de visitantes, uma audiência global em busca de experiências culturais e comerciais.

A participação do Brasil na Expo é vista como uma oportunidade única para plantar sementes da identidade brasileira, despertando o interesse dos visitantes não apenas nos produtos nacionais, mas também na rica cultura brasileira e no turismo do país.

É um evento em que a gente pode plantar semente do que é Brasil, instigar um pouco junto aos visitantes, não só japoneses, mas também da região, com relação aos produtos brasileiros, a cultura brasileira, o turismo no Brasil e tudo mais“, afirma Maria Luísa.

Para Jorge Viana “a presença da ApexBrasil, na Expo Osaka, vai ser reflexo dessa mudança, de ter uma presença maior aqui na Ásia e no Japão”, comemora.

Não é à toa que os números do comércio exterior do Brasil foram recordes. O Brasil teve quase 100 bilhões de saldo de dólares, o saldo da balança comercial quebrou todos os recordes na exportação. Foi o segundo endereço do mundo de atração e investimento. Quando caiu 30% no mundo os investimentos estrangeiros, o Brasil cresceu e só ficou atrás dos Estados Unidos“, destaca Viana.

Essa nova postura do Brasil, voltada para a África e presente na Ásia, reflete um movimento de retorno ao cenário internacional, buscando ativamente disputar espaço global. Compreendendo o protagonismo crescente da Ásia no cenário mundial, o Brasil adota uma abordagem diferenciada para a região.

A Expo não é apenas mais uma presença do Brasil, ela é uma ação estratégica. É nessa visão que a ApexBrasil está atuando, com uma dimensão e um desafio à altura“, ressalta o presidente da ApexBrasil.

E como estão os preparativos para a participação da ApexBrasil na Expo 2025?

Com a Expo 2025 se aproximando, os preparativos estão em pleno vapor, com destaque para a construção do pavilhão3 brasileiro, que está em estágio avançado.
Ademar Skalinski, analista de negócios internacionais do setor de exposições universais, oferece insights sobre o progresso até o momento.

O pavilhão tem algumas etapas de construção. Ele passa pelo conceito, literalmente pela construção da casca. E o interior. Então o processo de construção de casca, que é o imediato, está superavançado, com previsão de término em outubro“, destaca Skalinski.

Além do avanço na construção física, o desenvolvimento do conteúdo a ser apresentado na Expo está sendo intensificado, garantindo uma experiência de qualidade para os visitantes. “De agora até outubro vai ser amplificado e aprofundado o desenvolvimento do conteúdo que vai ser mostrado lá“, acrescenta Ademar.

A contratação de mão de obra para trabalhar no pavilhão é outra frente importante, que ocorre em paralelo com os demais preparativos, além da busca por novas parcerias.
A escolha de um modelo de pavilhão construído pela Expo traz benefícios em termos de segurança e agilidade. “Nos dá segurança porque quem constrói é a Expo, então tem toda a segurança de mercado“, explica Skalinski.

Maria Luísa Cravo, em resposta a questionamentos sobre a mudança de estratégia para a Expo 2025, revela os detalhes por trás da decisão: “A oferta do governo japonês por um pavilhão simplificado é menor em termos de tamanho, e eles nos entregam a casca, toda a estrutura. A gente vai ambientar, fazer as fachadas e tudo mais, para que ele não fique parecendo um pavilhão do tipo X, mas sim, que fique parecendo um pavilhão tipo A construído“, destaca Cravo.

A mudança de estratégia, implementada no final de 2023, surge como resposta a uma série de desafios identificados. “Essa coisa da distância, dos custos japoneses, criaram uma certa temeridade do nosso lado“, complementa Jorge Viana.


Jorge revela que o governo japonês expressou suas preocupações, incitando o Brasil a considerar os riscos e desafios envolvidos na construção de um pavilhão do tipo A. “Ou seja, nós acendemos a luz amarela falando que não dá para a gente trabalhar um pavilhão tipo A e daqui a pouco a gente ter problema em não entregar no período certo. Então tinha um certo risco. Tinha um custo também muito elevado, mas não era o custo só, era o risco“, explica Viana.

A gente achou mais seguro esse caminho”, finaliza Viana, enfatizando a possibilidade de trabalhar a imagem do Brasil no mercado da Ásia.

ApexBrasil: O caminho para empresas que buscam internacionalização

É o nosso sonho de consumo. Empresas querendo se internacionalizar, estar presente e avançar”, declara Jorge Viana. E detalha “A ApexBrasil trabalhou em 2022 com 14 mil empresas, no ano passado trabalhando com 17 mil. A meta nossa para 2024 era alcançar 17 mil, e alcançamos já no ano passado.

Com a expansão do número de empresas exportadoras, a ApexBrasil está empenhada em melhorar sua eficácia digital para atender à crescente demanda. O presidente ressalta “Estamos também com outro desafio, que é ver se a gente faz a ApexBrasil ficar mais no digital, com mais ferramentas disponíveis, para podermos atender mais, escalar mais, avançar mais.

Além disso, a ApexBrasil está reformulando o programa PEIEX4 para torná-lo mais eficiente, com o objetivo ambicioso de aumentar significativamente o número de empresas que se tornam exportadoras após o treinamento: “Estamos querendo fazer uma cara nova junto com o Sebrae, para que a gente possa ter mais eficiência e chegar a 40, 50% das empresas que são habilitadas pela ApexBrasil, para que virem exportadoras“.

Jorge Viana enfatiza a oportunidade única no cenário internacional, destacando as mudanças positivas na imagem do Brasil: “O momento é muito oportuno, eu estou muito animado, o cenário político, a presença internacional do Brasil, a imagem do Brasil mudou no mundo“.

Com um foco renovado em sustentabilidade e governança, a ApexBrasil está comprometida em promover uma imagem do Brasil que ressoe positivamente no mundo inteiro.

Este é um chamado para mais empresas brasileiras colocarem seus produtos no mercado global, enquanto o país avança para uma posição de liderança na economia internacional.
Quer saber mais sobre a ApexBrasil e os projetos de internacionalização de marcas?

Acompanhe as redes sociais oficiais abaixo:
SITE:https://apexbrasil.com.br/
FACEBOOK:https://www.facebook.com/apexbrasil 

GLOSSÁRIO
Exporta Mais Amazônia¹: novo programa da ApexBrasil voltado a fomentar as exportações de setores compatíveis com a floresta e com alto valor agregado da Amazônia brasileira.
Commodities²: commodities são mercadorias primárias de origem agrícola, pecuária, mineral e ambiental que fornecem matérias-primas importantes para a produção industrial.
Pavilhão³: espaço apresentado em feiras e exposições mundiais.
PEIEX⁴: programa de Qualificação para Exportação oferecido pela ApexBrasil para que sua empresa inicie o processo de exportação de forma planejada e segura.

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Bernardo Zamijovsky: a jornada de um visionário nos negócios e do marketing mundial. https://jpguide.co/bernardo-zamijovsky-a-jornada-de-um-visionario-nos-negocios-e-do-marketing-mundial/ https://jpguide.co/bernardo-zamijovsky-a-jornada-de-um-visionario-nos-negocios-e-do-marketing-mundial/#respond Fri, 08 Dec 2023 16:18:46 +0000 https://jpguide.co/?p=32171 Nesta edição da revista Guia JP, temos o prazer de apresentar a história e conquistas de Bernardo Zamijovsky, um dos profissionais mais destacados e multifacetados do cenário empresarial. Como diretor executivo da VR Investimentos, ele personifica a fusão da experiência como investidor, empreendedor e executivo, demonstrando um histórico sólido de investimentos bem-sucedidos, saídas estratégicas, fusões […]

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Nesta edição da revista Guia JP, temos o prazer de apresentar a história e conquistas de Bernardo Zamijovsky, um dos profissionais mais destacados e multifacetados do cenário empresarial. Como diretor executivo da VR Investimentos, ele personifica a fusão da experiência como investidor, empreendedor e executivo, demonstrando um histórico sólido de investimentos bem-sucedidos, saídas estratégicas, fusões e aquisições impressionantes.

Mas Bernardo não é apenas um especialista em negócios; ele é um verdadeiro visionário que transcende os limites de sua carreira. Seus feitos executivos são marcados por prêmios prestigiosos em diversas áreas de expertise, desde um Cannes Bronze Lions em publicidade até um prêmio AMAUTA em marketing direto.

Além de sua incrível jornada no mundo dos negócios, Bernardo é um líder ativo no setor de marketing, contribuindo para associações influentes como a ABEMD (Associação Brasileira de Marketing de Dados) e a Câmara-e.net para E-Commerce, moldando ativamente o cenário do marketing no Brasil e além.

Mas sua influência não para por aí. Zamijovsky é também um apaixonado por causas sociais, envolvendo-se profundamente com organizações como: os amigos brasileiros da Universidade Hebraica de Jerusalém e a CBRU (União Brasileira de Rugby).

A entrevista exclusiva com Bernardo Zamijovsky promete inspirar e motivar, revelando os segredos de seu sucesso multifacetado e sua visão única no mercado de investimentos do futuro. Acompanhe a entrevista completa:

Parceria Brasil Japão: potencial de inovação e sustentabilidade e cases de sucesso

O Brasil, reconhecido por sua diversidade cultural e riqueza natural, experimenta atualmente uma revolução silenciosa que está moldando a paisagem empresarial como nunca antes. Nos corredores dos escritórios tradicionais e nas praças de coworking¹, uma nova geração de empreendedores está construindo empresas inovadoras que desafiam as convenções e inspiram o mundo dos negócios, as startups.

Para Bernardo: “Por toda complexidade, por ter muita microempresa, o Brasil é um bom celeiro para você desenvolver startups SaaS²”. Ele aponta ainda para a complexidade do mercado brasileiro, destacando que, embora as leis e integrações sejam diferentes no Japão, este último pode servir como uma oportunidade de distribuição valiosa para soluções SaaS brasileiras.

Trazendo sua brilhante visão de mercado, Zamijovsky destaca uma oportunidade colaborativa entre Brasil e Japão, onde o país tropical pode se tornar um importante “descarbonizador” do planeta, atraindo investimentos em agricultura biossustentável e gerando créditos de carbono.

“Então, você vender créditos de carbono brasileiros para as empresas japonesas, comprar em créditos, para pagar a conta climática, eu acho uma baita oportunidade”, ressalta Bernardo.

Por outro lado, o Japão, como uma ilha, enfrenta desafios de reciclagem, e Bernardo sugere que soluções japonesas de reciclagem podem ser trazidas para o Brasil: “Tem uma empresa japonesa Lime que faz um papel que não usa árvore, e acho que eles poderiam ir para o Brasil”, opina.

Zamijovsky traz em sua trajetória diversos cases quando o assunto é parcerias globais bem-sucedidas. Um exemplo notável é a ALME, uma empresa japonesa que encontrou sucesso no Brasil com sua solução inovadora chamada JOIN, um comunicador hospitalar.

“Eu fui sócio de uma startup com um japonês, sociedade esta em que a gente instalou a tecnologia no Chile, e o nosso grande objetivo era explorar o mercado brasileiro na área de um aplicativo de livros para crianças que monitorava o seu desenvolvimento cerebral enquanto elas liam as histórias”, relembra Bernardo.

Dificuldades e oportunidades no investimento em Venture Capital

Ao longo da conversa, Bernardo tece uma narrativa rica sobre as complexidades e oportunidades que cercam o Venture Capital no Brasil e como o país pode alavancar suas relações comerciais históricas com o Japão para promover colaborações bem-sucedidas.

Com um crescimento notável nos últimos anos, o investimento em Venture Capital no Brasil saltou de uma cifra modesta de menos de 1 bilhão para impressionantes 11 bilhões de dólares em 2021.

Apesar de o Brasil ter uma taxa de juros muito alta, eu acho que levando em consideração a característica de juros do Japão (que é menor), faz com que seja interessante correr risco e investir em Venture Capital”, pondera Bernardo.

Bernardo traz à luz a importância da qualidade da programação e inovação nos dois países: “No ranking de melhores programadores do mundo, o Brasil está em 38º. Sabe em que lugar está o Japão? 6º“. Ele enfatiza a habilidade do Japão em inovação: “Está na frente de países como Alemanha, por exemplo, em qualidade de programação“.

Em sua visão esclarecedora, Bernardo disserta sobre a viabilidade de trazer tecnologia japonesa para o Brasil, bem como sobre a busca ativa por programadores brasileiros para oportunidades no Japão: “Empresas de games brasileiras estão se desenvolvendo bastante para trabalhar para o Japão, porque o Japão é muito melhor no marketing e no publishing”.

Por fim, ele enfatiza a relevância das relações comerciais historicamente sólidas entre Brasil e Japão, apontando para um futuro promissor de parcerias bilaterais nos campos de negócios e inovação: “Com características tão complementares, como as baixas taxas de juros no Japão e as taxas mais elevadas no Brasil, é essencial observar esse fluxo de juros“, conclui com otimismo Zamijovsky.

 

Vínculos culturais nos negócios: raízes ucranianas, judaísmo e cultura hebraica

Ao pronunciar seu sobrenome, Bernardo Zamijovsky faz questão de esclarecer: “O ‘J’ não se pronuncia, é um ‘I’, na verdade. Você pronuncia como um ‘I’'”. Sua identidade, como ele mesmo brinca: “é uma espécie de ‘Silva criptografado’“, e de quem descende de avós ucranianos.

Mas sua herança cultural, e comercial, vai muito além das fronteiras ucranianas: “Eu tenho bastante conexão com Israel. Eu sou hoje do Conselho da Confederação das Câmaras de Comércio de Israel. Tem investimentos que a gente faz no fundo de startups de lá”, explica Bernardo, que traz para o seu modelo de negócio, todos os valores e aprendizados da cultura hebraica.

Bernardo ressalta ainda a notável efervescência do cenário de startups em Israel, um país que, apesar de seu pequeno tamanho, abriga uma quantidade impressionante de startups de alta qualidade. “As startups de Israel são feitas para o mundo, porque Israel é muito pequeno“, afirma.

Para Bernardo, a cultura judaica é intrinsecamente ligada à habilidade de fazer perguntas, sendo esta, uma característica fundamental de sua própria evolução pessoal e profissional: “A nossa cultura judaica é muito de saber fazer perguntas; para nós, a inteligência é muito de perguntar“, afirma.

O empreendedor ressalta que essa mentalidade questionadora é um traço distintivo que também está profundamente enraizado na natureza das startups, onde tudo é alvo de investigação e compreensão, a fim de buscar entender o funcionamento intrincado das coisas.

“Você tem que questionar, questionar e questionar, porque sempre tem uma forma melhor de fazer. Sempre dá para melhorar.” – Bernardo Zamijovsky

Ainda sobre suas raízes culturais, Zamijovsky traça um paralelo fascinante entre a jornada de Israel e as oportunidades de inovação mundial: “Por exemplo, quando você fala de Israel, que era um deserto, e hoje, exporta a água. A Jordânia consome a água de Israel… água salgada que ele dessaliniza, usa e exporta”.

Além disso, o país se destaca na automação de carros, com grande parte da tecnologia nesse campo tendo origem israelense. Além de ocupar a segunda posição no mundo em patentes relacionadas a foodtechs, ou seja, tecnologia voltada para a indústria de alimentos.

Dentro deste contexto, parcerias entre Israel, Brasil e Japão é uma possibilidade viável?

Para Bernardo, há sim um interesse das startups israelenses em adentrarem no Japão, já que dadas as limitações de seu mercado interno tais negócios nascem com uma perspectiva global.

Essa ponte com certeza pode ser construída. Não vejo ninguém fazendo isso de forma profissional”, afirma o empresário. E complementa “Se você desenvolver essa ponte, você vai ser bem sucedido”.

 

Japão na vanguarda no mercado de inovações

Ao ser questionado sobre desenvolvimento e o futuro dos negócios no Japão, Zamijovsky compartilha sua opinião: “Olhando para o futuro, o Japão está muito bem posicionado, o nível de educação das pessoas, a riqueza do país, a capacidade de investir. Vai ser muito difícil para países grandes, no futuro, competirem com países mais concentrados como o Japão”.

Bernardo destaca também o fato de o Japão possuir diversos atributos que o colocam à frente no jogo da inovação. O empreendedor menciona que, devido ao seu tamanho relativamente pequeno em comparação a nações maiores, o Japão pode adotar rapidamente tecnologias como carros e trens elétricos em toda sua extensão geográfica, facilitando a implementação de soluções de mobilidade sustentável.

Durante a conversa, destaca ainda o potencial da agricultura vertical em um país com limitações geográficas, onde a inovação agrícola pode desempenhar um papel fundamental na segurança alimentar.

Então, se tem alguém que está preparado para o ‘inverno’ é o Japão”, conclui Bernardo.

 

Para você, o que é e como alcançar a inovação?

Na visão estrategista de Zamijovsky, criar um mercado do zero é uma tarefa árdua que poucos conseguem. Muitas vezes, o pioneiro que tem a ideia de criar um mercado novo não chega a ver o projeto completo e, em vez disso, abre caminho para outros que aprendem com seus esforços. “Custar caro criar um mercado“, observa o investidor.

No entanto, ele acredita que otimizar um mercado já existente ou aprimorar um processo estabelecido pode ser uma estratégia mais viável e eficaz e explica com um case real de sua trajetória:

A gente investiu em uma companhia que fazia atendimento por e-mail e depois por chat. Então, eu lembro que, no começo dessa inovação, você tinha que chegar para as empresas e falar “olha, você tem atendimento por telefone”. Então agora, os seus clientes estão na internet, você também vai ter que ter atendimento por telefone e por chat, porque eles estão no site, no celular”, relembra.

No início, convencer estas empresas a adotar essa inovação era um desafio, pois exigia investimentos adicionais na infraestrutura de atendimento. “Era difícil convencer alguém a gastar mais“, relembra Bernardo.

Porém, ao longo do tempo, a inovação evoluiu. “Agora, seu atendimento pode ser totalmente automatizado“, destaca Bernardo. Essa evolução demonstra como otimizar um mercado existente pode ser uma estratégia mais acessível e eficiente do que criar algo inteiramente novo.

Nas palavras do empreendedor “A inovação que economiza, que acelera processos, isso é inovação. Inovação para dar certo tem que tornar mais eficiente, mais rápido, mais escalável, mais barato, senão ela não vinga”.

 

Principais requisitos para uma empresa entrar no radar de investidores

Para Bernardo Zamijovsky, investir em uma empresa não é apenas uma questão de intuição ou oportunidade. Ele segue um processo meticuloso de avaliação, onde cada etapa é fundamental para determinar o potencial de investimento.

Primeiro, a gente olha o seguinte: ‘Qual o problema que se resolve?’. E aí, queremos entender, como investidor, ‘Qual o tamanho desse problema?’, porque o tamanho do problema é o potencial desse negócio. Problemas pequenos vão criar empresas pequenas”, afirma o estrategista.

Essa abordagem pragmática coloca a solução no centro das atenções, exigindo que as empresas demonstrem como suas propostas são únicas e capazes de abordar questões significativas.

Já na segunda etapa, é essencial decifrar o modelo de negócio da empresa. Para Zamijovsky, entender como a empresa gera receita e lucro é fundamental para determinar sua viabilidade em longo prazo.

Como último, mas não menos importante critério, Bernardo traz luz à importância de conhecer o “time por trás do negócio”. Ele indaga “O teu time é o time que vai para ganhar esse jogo?”. Ou seja, mesmo que a ideia e o modelo de negócio sejam promissores, a execução depende diretamente da equipe que está por trás do projeto.

E como podemos aprimorar este olhar para enxergar oportunidades de negócio?

Para Zamijovsky, esse discernimento não é algo que se adquire da noite para o dia. É fundamental estudar e compreender profundamente as tecnologias necessárias para a inovação. “O dinheiro flui, então a gente tem que entender onde estão essas mudanças”, explica.

Bernardo enfatiza que, ao entender profundamente as tecnologias e os processos envolvidos em um setor, é possível identificar oportunidades de investimento que podem resultar em economias significativas e melhorias na eficiência. Esse olhar afiado é um dos pilares que guiam suas decisões de investimento bem-sucedidas, e isso é resultado de muito estudo.

Por exemplo, nos anos 90 eu comecei a entender que tinha um negócio que estava surgindo, chamado internet. O que eu fiz? Investi nos modens. Vem a internet, vai ter que conectar e todo mundo vai ter que comprar modem”, exemplifica.

E finaliza: “E aí, você entendendo esse ciclo, começa a entender melhor também o que você vai investir privado e o que você vai investir público”.

Qual setor ainda pode ser “disruptado”?

Para Bernardo Zamijovsky, a resposta é clara: todos os setores estão sujeitos a transformações contínuas e constantes.

Toda empresa do mundo vai ser de tecnologia. Não é que vai ser ‘disruptada’. Vai ser constantemente ‘disruptada’. Melhorias contínuas e de repente tem um salto. Isso é natural o tempo todo“, enfatiza Zamijovsky.

Neste cenário, o empreendedor destaca como a evolução tecnológica pode afetar até mesmo setores tradicionais que antes pareciam imutáveis. Um exemplo disso é a indústria de papel carbono, que, em um passado não muito distante, era uma das maiores do mundo. Hoje, praticamente desapareceu devido à digitalização e à eliminação da necessidade de documentos impressos.

Agora, nem apertar o botão mais no elevador você precisa. Você já programa dentro. Até o botão do elevador está perdendo emprego”, brinca.

Esses exemplos ilustram como a disrupção tecnológica está presente em todos os aspectos de nossas vidas, transformando gradualmente a forma como fazemos as coisas. Portanto, para acompanhar o ritmo acelerado do progresso tecnológico, é fundamental que empresas e indivíduos estejam preparados para se adaptar e inovar constantemente.

 

Para você, existe algum setor que pode ser “disruptado” no Brasil por um estrangeiro?

Usando o exemplo de David Vélez, o cofundador da Nubank, Zamijovsky enfatiza que a inovação não se trata apenas de inventar algo completamente novo, mas também de executar com excelência e eficiência. “Veles não inventou o que ele fez, só fez muito bem feito. Tinham pessoas que começaram antes que ele”, argumenta.

No entanto, o investidor também expressou suas preocupações com a dependência excessiva do Brasil em seu setor agrícola e a possível ameaça de disruptores estrangeiros.

Segundo Bernardo, “Eu acho que o Brasil tem que investir o tempo todo em reinventar a agricultura brasileira, porque nós temos uma dependência muito grande na nossa agricultura. E pode ser que a fazenda vertical de Tóquio, de Pequim e de Londres, seja o maior concorrente da agricultura brasileira, porque não precisa mais importar nada que se produz localmente em tecnologia”.

Essa dicotomia entre a promessa de ser o celeiro do mundo e a ameaça de ser superado por inovações estrangeiras é um desafio que o Brasil enfrenta, exigindo uma maior atenção em inovação e na adaptação contínua para garantir seu lugar no cenário global.

 

Análise do cenário atual: investidores brasileiros de capital de risco (VC) na Ásia

Nas últimas décadas, o Brasil tem se destacado como um dos países emergentes mais promissores em termos de tecnologia e inovação. Com uma crescente cena de startups e empreendedores talentosos, o país tem atraído investidores locais e estrangeiros. No entanto, quando se trata de investidores brasileiros de capital de risco (VC) com visão global e interesse na Ásia, a situação é complexa e está sujeita a várias influências.

Bernardo explica que, nos últimos anos, o foco de muitos investidores globais se voltou para a China, tornando-a um epicentro de atividades de VC. Entretanto, o cenário de negócios chinês enfrenta um momento delicado com lockdowns prolongados e mudanças nas regulamentações de VC que afetaram o mercado.

Em suma, o cenário de investimentos brasileiros de VC na Ásia é complexo e está em constante evolução. Enquanto a China enfrenta desafios, outros países asiáticos, como o Japão, podem se tornar destinos atraentes para investidores brasileiros em busca de oportunidades globais.

Para Bernado, “O índice de inovação no Japão é excelente. Devem ter projetos de energia interessantes, que atrairão capital. Já atrai, mas eu acho que é só vender melhor”, finaliza de forma visionária.

 

GLOSSÁRIO

Saas²: Software as a Service, traduzida ao pé da letra para o português, significa “software como serviço”. O termo trata-se, na prática, da disponibilização de soluções tecnológicas por meio da internet, dispensando a manutenção de hardwares e/ou softwares.

 

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Desvendando Israel

Neste artigo, abrimos espaço para expressar nosso apoio inabalável às vítimas do recente atentado terrorista que ocorreu em Israel, no último dia 7 de Outubro de 2023. O atual conflito na região, marcado por uma série de ataques sem precedentes provocados pelo grupo palestino Hamas, trouxe à tona uma questão de longa data, o conflito entre israelenses e palestinos.

O conflito em Israel, que persiste há décadas, representa uma complexa interseção de interesses, história e geopolítica. O trágico episódio que abalou o mundo ressalta a necessidade de compreender as nuances desse cenário e as implicações tanto locais quanto globais.

Nesta matéria, exploraremos os fatores subjacentes que culminaram nesse conflito e analisaremos seu impacto potencial em questões econômicas e de investimento. À medida que investigamos as origens desse conflito e as perspectivas para o futuro, buscaremos entender como os mercados financeiros podem ser influenciados e quais oportunidades e riscos podem surgir como resultado dessa situação.

É imperativo que a comunidade empresarial global esteja ciente desses desenvolvimentos e esteja preparada para responder de maneira informada e estratégica.

 

Origem e história do Estado de Israel

Geograficamente localizado no extremo leste do Mar Mediterrâneo, Israel se autodeclara um Estado independente em 14 de maio de 1948. Segundo informações do Consulado-Geral de Israel, este evento crucial derivou de uma resolução das Nações Unidas de novembro de 1947. O plano consistia em dividir a região da Palestina, anteriormente parte da província otomana, entre Israel e um Estado que unisse a população local de língua árabe.

Todavia, logo após a fundação de Israel, o país se viu confrontado com a chamada Guerra da Independência, em que Egito, Jordânia, Síria, Líbano e Iraque atacaram o território recém-estabelecido. Esse conflito se prolongou por 15 meses e resultou na perda de cerca de 6 mil vidas israelenses.

Atualmente, Israel se configura como a única nação judaica da Era Moderna, com uma população de aproximadamente 9,15 milhões de habitantes. Apesar de ter firmado acordos de paz com Egito e Jordânia, Israel mantém conflitos em curso com a população palestina em territórios como a Faixa de Gaza e a Cisjordânia.

Geograficamente, Israel abriga Jerusalém, cidade histórica reverenciada por várias religiões globais, como o cristianismo, o judaísmo e o islamismo, cidade sob controle israelense desde 1967.

Como nação, Israel experimentou prosperidade significativa ao atrair imigrantes judeus de diversas origens com amplos conhecimentos, bem como substanciais aportes financeiros provenientes de personalidades judias após a conquista de sua independência.

Ademais, contribuições da Alemanha como forma de reparação pelo Holocausto do regime nazista, somadas a subsídios e assistência proveniente dos Estados Unidos, desempenharam um papel fundamental no desenvolvimento do país, levando Israel a ocupar a posição de 22ª economia global, de acordo com o ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento da ONU, entre 191 nações.

Conflitos em Israel

 

Cronologia de Gaza: evolução territorial e transformações

Aninhada à beira do Mar Mediterrâneo, a Faixa de Gaza, um estreito território com cerca de 41 quilômetros de extensão e uma média de 10 quilômetros de largura, desempenha um papel singular na intricada tapeçaria do Oriente Médio. Este solo testemunhou uma história rica e, simultaneamente, marcada por tragédias.

A Guerra dos Seis Dias, em 1967, testemunhou a aquisição de Gaza por Israel, juntamente com a Cisjordânia e Jerusalém Oriental, estabelecendo uma soberania que se prolongaria por décadas. Durante esse período, uma série de conflitos e tensões se manifestaram, culminando na retirada israelense em 2005.

Entretanto, a retirada israelense não resultou na estabilidade esperada. O grupo islâmico Hamas, classificado como organização terrorista por várias nações, incluindo Israel e os Estados Unidos, tomou as rédeas de Gaza em 2007, redefinindo a região como um território autônomo separado da Cisjordânia, sob o controle da Autoridade Palestina.

Essa mudança de poder trouxe consigo uma série de desafios, incluindo conflitos intermitentes com Israel e a imposição de um bloqueio que impactou profundamente a economia e a qualidade de vida dos palestinos da região, que convivem com escassez de recursos, instabilidade política e conflitos recorrentes.

Israel

Kibutz: os motores econômicos na fundação de Israel

Parte fundamental da história e cultura de Israel, os kibutzim (plural hebraico de kibutz) são comunidades coletivistas rurais onde os membros compartilham recursos, responsabilidades e valores. Essas comunidades surgiram nas primeiras décadas do século 20, antes mesmo da fundação do Estado de Israel.

Os kibutzim desempenharam um papel crítico no desenvolvimento e no fortalecimento do país. Em um território muitas vezes árido e desafiador, essas comunidades promoveram a agricultura e a autossuficiência. Eles também contribuíram para a construção de infraestrutura e para o aumento da população judaica em Israel.

Os princípios subjacentes aos kibutzim, como cooperação, igualdade e sustentabilidade, influenciaram a cultura israelense de maneira profunda. Além disso, essas comunidades serviram como um experimento social que demonstrou a capacidade de superar adversidades e prosperar por meio da resiliência coletiva.

Startup Nation: Israel como berço de resiliência, inovação e oportunidades

Com mais da metade de seu território coberto por desertos e convivendo diariamente com a escassez de água e conflitos latentes, Israel, paradoxalmente, tornou tais restrições como catalisadores no florescimento de uma economia vibrante e um ecossistema de inovação de destaque.

Israel, também conhecido como a “nação das startups“, tem cerca de 1.748 deste modelo de negócio, uma média de uma para cada 5 mil habitantes. Em contraste, o Brasil aparece com 1.199 startups, uma média de uma para cada 180 mil habitantes. O ecossistema israelense é adornado com 25 unicórnios (startups avaliadas em mais de 1 bilhão de dólares), superando os 19 do Brasil.

Startup

Dentre alguns fatores que influenciam no ecossistema de inovação único de Israel, a cultura de prontidão militar traz aos jovens de Israel acesso a tecnologias militares de ponta, o que frequentemente desencadeia ideias inovadoras e projetos de pesquisa e desenvolvimento.

A amplitude de pesquisa e inovação no cenário israelense, aliada ao suporte de capital de risco, contribui para o sucesso das startups do país.

A força da religião judaica também é um fato interessante no que se refere ao senso empreendedor e inovador israelense. Os princípios e ensinamentos judaicos têm uma influência profunda no comportamento da população, incluindo o empreendedorismo, moldado pela conscientização coletiva e pela resolução de problemas, valores que têm raízes na Cabala e nas tradições judaicas.

Em um país pequeno e muitas vezes conflituoso, a mentalidade de pensar global e atender às necessidades mundiais é uma abordagem natural. Desde a infância, israelenses são incentivados a questionar e explorar ideias.

Essa mentalidade crítica culmina em uma nação altamente adaptada à inovação, onde desafiar o status quo é parte do DNA, impulsionando a nação a liderar a inovação global e a enfrentar desafios complexos com inovação, resiliência e determinação.

Israel: oásis de inovação em meio à escassez hídrica

A escassez de água é um desafio global cada vez mais premente. No entanto, Israel, um país que enfrenta uma das escassezes hídricas mais severas do mundo, destaca-se como um exemplo notável de como a criatividade, inovação e tecnologia podem ser usadas para superar essa crise.

O país israelense adotou uma abordagem multifacetada para gerenciar sua água com eficiência, maximizando seu uso e minimizando o desperdício, com implementações de sistemas de dessalinização da água do mar, reciclagem de água, uso de sensores avançados para monitoramento e irrigação precisa, bem como a realização de práticas de conservação e conscientização pública.

A tecnologia de dessalinização, por exemplo, permitiu a Israel transformar água salgada do mar em água potável, tornando-a uma das líderes mundiais nessa área, exportando até mesmo para regiões vizinhas como a Jordânia. Além disso, a reciclagem de água é uma parte essencial da abordagem israelense, com água tratada sendo reutilizada para fins agrícolas e industriais.

Fonte: The Knesset Research and Information Center: Israeli Water Sector – Key Issues, 2018.
Fonte: The Knesset Research and Information Center: Israeli Water Sector – Key Issues, 2018.

Mas e como o mundo pode aprender com Israel a abordar a escassez hídrica?

A ênfase na inovação e tecnologia, juntamente com uma mentalidade de conservação, é um modelo que pode ser aplicado globalmente. À medida que a escassez de água se torna uma ameaça crescente, as soluções adotadas por Israel servem como um farol de esperança, mostrando que é possível enfrentar esse desafio complexo com resiliência e engenhosidade.

O legado de Israel na gestão hídrica oferece lições valiosas para um mundo que busca soluções sustentáveis para as crises hídricas em crescimento.

Israel para o mundo: lições importantes a serem seguidas

O sucesso de Israel no enfrentamento da escassez de recursos hídricos, na criação de um vibrante ecossistema de startups e na transformação de adversidades em oportunidades é digno de admiração e aprendizado. A capacidade de reunir uma comunidade diversificada e promover um ambiente de inovação deve servir como um modelo para o mundo.

Israel é uma aula de inovação. Desde a diversidade de religiosos fervorosos que dividem o mesmo espaço até os famosos Kibutzim, que de forma coletiva e democrática conseguem vender tecnologias por bilhões de dólares.

Israel encarna o espírito da cidadania ativa e o desejo constante de inovação. É um lugar onde desafiar a ordem estabelecida significa transformar momentos de crise em oportunidades significativas. A nação é forjada na noção de preparação, liderança e, acima de tudo, na força de uma comunidade unida trabalhando em conjunto para alcançar um objetivo compartilhado: a vitória.

Curiosidade

Chiune Sugihara: o herói desconhecido que moldou a história de Israel

Em tempos sombrios durante a Segunda Guerra Mundial, quando a sombra do Holocausto nazista se estendia sobre a Europa, surge um herói improvável provando que a compaixão e a coragem podiam vencer a adversidade.

Chiune Sugihara, também conhecido como “o Schindler japonês”, desempenhou um papel transformador na história de Israel, apesar de muitos desconhecerem sua notável contribuição.

Sugihara, um diplomata japonês que servia como vice-cônsul na Lituânia, ousou desafiar ordens diretas de seu governo e emitiu milhares de vistos para judeus em perigo, permitindo que escapassem do Holocausto. Seu ato heroico resultou em aproximadamente 6.000 vistos emitidos em apenas algumas semanas, proporcionando aos judeus uma rota de fuga para a segurança. Assim surgiu a lista de Chiune Sugihara.

A ação corajosa de Sugihara levou muitos judeus a encontrar refúgio em lugares como o Japão e, posteriormente, em Israel após a guerra. Seu legado perdura como um exemplo notável de altruísmo em meio à adversidade.

 

 

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Yokkaichi, Japão – Durante o início do feriado Obon (Finados), muitos brasileiros optaram por reservar o sábado (12) para absorver insights valiosos em palestras de investidores realizadas no evento “Sua Virada de Chave,” organizado pela Tokai Invest em Tsu (Mie). Este encontro reuniu cerca de 1.000 participantes com o objetivo de inspirar aqueles interessados em adentrar o mundo financeiro, especialmente nos mercados Forex e criptomoedas, ou até mesmo iniciar uma transformação em seu estilo de vida.

Os palestrantes selecionados para o evento incluíram Roberto Nacaya, o mentor por trás dessa iniciativa, juntamente com Lilian Imoto, Flávio Kozaki, Wagner Sussumu, Marisa Mori e Daniel Omine. Nacaya, ao explicar a escolha desses palestrantes, enfatizou a importância de uma comunidade que cresce unida: “Se continuarmos apenas focando em nós mesmos, acabaremos ficando para trás em relação a outras comunidades. No entanto, se nos apoiarmos mutuamente, cresceremos juntos,” disse ele.

Flávio Kozaki, o primeiro brasileiro a se destacar como trader profissional em Forex no Japão, foi o primeiro a compartilhar suas experiências. Após se mudar para o Japão em 2011 e aprender japonês para obter sua carteira de motorista, Kozaki acabou mergulhando no mundo financeiro. Ele relembrou os tempos difíceis em que se sentia desencaixado em seus empregos e como tropeçou em um livro sobre mercado financeiro em uma livraria. Essa casualidade o levou a explorar o mercado de ações antes de se aventurar no Forex. Kozaki enfatizou a importância dos detalhes e como essa mentalidade se aplica não apenas aos investimentos, mas a todas as áreas da vida.

Daniel Omine, um programador e engenheiro de sistemas com 25 anos de experiência, revelou como conquistou fortunas tanto no Forex quanto nas criptomoedas. Com sua visão das criptomoedas como o “ouro digital,” ele destacou a disciplina e a consistência como fundamentais para manter os ganhos nesses mercados voláteis.

A psicologia do investidor foi abordada por Marisa Mori, uma terapeuta com 20 anos de experiência em Programação Neurolinguística (PNL) e Hipnose Clínica. Ela destacou a importância de dominar a mente para alcançar uma vida plena e próspera, incentivando as pessoas a acreditarem em sua própria capacidade de superar obstáculos.

Lilian Imoto, esteticista e educadora da Tokai Invest Group, compartilhou suas experiências pessoais, incluindo momentos difíceis em sua carreira, como a perda de seu primeiro negócio de esteticista devido a questões de licença e seu subsequente divórcio. Ela enfatizou que, embora o dinheiro seja importante, a família é mais valiosa.

Wagner Hayashida, dono da Susumu Group e ex-caminhoneiro que encontrou sucesso como trader em Forex, advertiu sobre o perigo de investir em áreas desconhecidas e destacou a importância de ter conhecimento antes de arriscar o dinheiro.

A última palestra ficou a cargo de Roberto Nacaya, fundador da Tokai Brazilian Jiu-jitsu e da Tokai Invest. Ele compartilhou suas experiências desde a adolescência no Brasil, quando já demonstrava habilidade para ganhar dinheiro. Ele enfatizou a importância de evitar dívidas que não se encaixem no orçamento e a necessidade de comunicar-se com os credores quando se está endividado.

À medida que os participantes absorviam as lições e perspectivas compartilhadas durante o evento, ficou claro que a jornada para o sucesso financeiro e pessoal é uma estrada que pode ser trilhada, desde que se tenha a coragem de começar. Assim, o “Sua Virada de Chave” não apenas iluminou o caminho para o mundo financeiro, mas também acendeu a chama da transformação de estilo de vida para muitos presentes.

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Entrevista exclusiva com o time Captable https://jpguide.co/impulsionando-startups-atraves-da-conexao-com-investidores/ https://jpguide.co/impulsionando-startups-atraves-da-conexao-com-investidores/#respond Fri, 15 Sep 2023 22:00:32 +0000 https://jpguide.co/?p=31967 No mundo empresarial contemporâneo, as startups estão emergindo como as protagonistas indiscutíveis de uma nova era econômica. O que começou como uma tendência disruptiva há algumas décadas, agora se transforma em um movimento global que está redefinindo a maneira como fazemos negócios. E é em meio ao mercado ascendente das startups e à busca por […]

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Gustavo Piccinini Guilherme Enck Paulo Deitos Leonardo Zamboni Foto de Carlos Macedo
Gustavo Piccinini Guilherme Enck Paulo Deitos Leonardo Zamboni Foto de Carlos Macedo

No mundo empresarial contemporâneo, as startups estão emergindo como as protagonistas indiscutíveis de uma nova era econômica. O que começou como uma tendência disruptiva há algumas décadas, agora se transforma em um movimento global que está redefinindo a maneira como fazemos negócios.

E é em meio ao mercado ascendente das startups e à busca por apoio financeiro de investidores neste modelo de negócio que ideias de mercado inovadoras ganham vida, assim como a plataforma Captable.

Fundada em 2019, a plataforma vem se destacando por sua capacidade de conectar investidores de todos os portes a startups visionárias. Através do seu know-how em inovação e tecnologia, a Captable tem transformado a forma como negócios em estágio inicial acessam recursos essenciais para que possam alcançar novos patamares e fazer com que seus negócios ganhem escala.

Para entender um pouco mais sobre esse (novo) movimento de mercado e como a Captable vem se destacando não só no mercado nacional, como internacional, a Guia JP entrevistou o time por trás de todo esse sucesso.

Leonardo Zamboni, um dos sócios fundadores da Captable, explica o que é a Captable: “Nós somos uma empresa que conecta investidores a startups e startups a investidores, atuando nas duas pontas como intermediário destas relações”.

“Estes investimentos estavam mais restritos, e agora, com algumas liberações da CVM¹ nos últimos meses e algumas evoluções nossas permitiram que hoje, efetivamente, possam ser feitos investimentos através dessa plataforma pública da Captable de qualquer lugar do mundo”, finaliza.

A Captable, uma figura central no cenário de investimentos em startups no Brasil, teve sua origem em uma jornada de empreendedorismo e inovação. Iniciou-se em 2008, período em que o cenário de captação de recursos para startups no Brasil ainda estava em fase inicial, sendo esta uma época na qual faltava um ambiente propício para o florescimento dessas jovens empresas.

Em 2013, Paulo e Leonardo embarcaram em uma empreitada própria lançando uma startup e obtendo um sucesso notável, conquistando clientes de peso como a Arezzo e o Agibank em tempo recorde. No entanto, rapidamente se depararam com um obstáculo comum a muitas startups:

“A gente perdia esses clientes quando a gente crescia demais porque entrava no setor de compliance², de suprimento de compras, porque os contratos passaram a ficar mais robustos”, relembra Zamboni.

Assim, uma jornada se iniciava em busca de capital para sustentar o crescimento e ganhar credibilidade no mercado. No entanto, a busca por financiamento não foi tão simples quanto se imaginava. O mercado na época estava repleto de ofertas desfavoráveis, como propostas de investimento que exigiam participações significativas em troca de quantias modestas.

Mas Paulo e Leonardo persistiram na empreitada. Em busca de novas soluções, cada um seguiu seu próprio caminho: “Eu (Leonardo) fui morar na Ásia, inclusive, mais para conhecer esse novo ambiente de negócio que estava acontecendo. O Paulo se tornou diretor da Associação Brasileira de Fintechs, e aí passou a ter uma proximidade muito grande com os reguladores da CVM e do Banco Central, líderes do mercado de capitais aqui dentro do Brasil”, conta.

A partir dessas conversas e experiências que surgiu a ideia de abrir o mercado de capitais a empresas de menor porte, permitindo que startups acessassem investimentos. A expertise de Paulo colaborou com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para criar regulamentações que possibilitariam essa abertura.

À medida que esses desenvolvimentos aconteciam, eles se aproximaram da comunidade de empreendedorismo, incluindo a StartSe, que estava atraindo investidores do mercado financeiro tradicional para o cenário de startups. A visão de unir o conhecimento do mercado financeiro com o empreendedorismo de startups se concretizou, e a Captable foi criada para fornecer acesso a esse mercado de capitais em crescimento.

Leonardo ressalta: “Colocamos de pé a Captable para que mais empreendedores tivessem acesso a esse mercado de capitais, rompendo as barreiras de coisas que foram muito difíceis para nós e que tivemos que depender do nosso Network”.

A Captable surge então com a missão de conectar empreendedores com negócios promissores a investidores ávidos por oportunidades de investimento em startups, com foco em derrubar as barreiras que dificultaram a captação de recursos para empreendedores fora dos grandes centros, e o acesso a investimentos para um público mais amplo.

“Quando estamos falando de Brasil, principalmente, um fundo com uma boa performance costuma ter a cota mínima em 500 mil dólares. Isso é inacessível para a grande maioria dos investidores brasileiros. Então a gente vem com essa ideia de unir empreendedores com negócios de grande potencial, mas ainda sem a visibilidade do mercado, para ter esse acesso ao capital, com investidores que também tinham esse apetite para entrar nessa modalidade de investimento”, explica Zamboni.

Em suma, a Captable democratiza o acesso ao mercado de capitais, tornando-o mais inclusivo e acessível a todos os interessados em fazer parte dessa emocionante jornada de investimento em startups, de forma simplificada e menos burocrática.

StartSe e Captable

Uma parceira crucial para o estágio inicial da Captable, que começava a se firmar no cenário, a StartSe desempenhou um papel fundamental na ampliação da sua visibilidade. “A gente ainda era uma empresa nascente, com um nome ainda menos aparente dentro do mercado, e eles (StarSe) tiveram um papel fundamental, porque o público que a StarSe conversa é o público que a Captable busca trazer”, afirma Leonardo.

A StartSe tinha um relacionamento estreito com executivos experientes e trazia consigo um profundo conhecimento adquirido ao longo do tempo, que era extremamente valioso para as operações das startups. Com essa parceria, a Captable teve a oportunidade de se beneficiar, o que ajudou a impulsionar seu crescimento inicial.

Com o passar do tempo, a Captable ganhou sua própria relevância no mercado e fortaleceu suas bases. Segundo Leonardo: “Fomos caminhando com as próprias pernas. E hoje dá para dizer que a StartSe mantém a posição de investidora dentro da Captable, mas o dia a dia já não é mais tão ligado como foi anteriormente”.

 

Brasil: o novo “El dorado” das startups

No horizonte econômico global, o Brasil emerge como um terreno fértil e promissor para investimentos em startups. Com sua vasta população, recursos naturais abundantes e um cenário tecnológico em crescimento constante, o país sul-americano se destaca como um campo de oportunidades que não pode ser ignorado.

Mas o que faz do Brasil um mercado tão atraente para investidores, especialmente no contexto efervescente das startups? 

Para Zamboni, embora Estados Unidos e China tenham ambientes mais maduros, a curva de crescimento talvez não seja mais tão exponencial, enquanto que o Brasil oferece um cenário único de possibilidades.

O cenário brasileiro viu o surgimento do Venture Capital³ de forma bastante modesta até o início de 2015. Foi nesse período que a primeira geração de fundos começou a ganhar destaque, muitos deles com apoio público, como o BNDES4 e a FINEP5, impulsionando essas iniciativas.

“Esses fundos deram essa primeira pernada, apoiaram vários negócios, em que alguns deram certo e outros deram menos certo. E agora, estamos na segunda e na terceira geração desses empreendedores, com uma maturidade de mercado bastante interessante, embora ainda no início”, complementa Leonardo.

Outro fato de grande relevância para esse cenário é o destaque brasileiro na adoção massiva de tecnologia. A penetração de celulares é um exemplo claro, com uma média de mais de um aparelho por habitante no país. O acesso aos smartphones e à tecnologia em geral é uma realidade para grande parte da população, criando um ambiente fértil para o surgimento de soluções inovadoras e a expansão de startups.

Leonardo acrescenta ainda a preferência dos jovens pelo trabalho em startups: “A preferência deles do mercado de trabalho futuro é em startups e não mais no mercado financeiro, como era anteriormente. Então, também tem esse interesse do mercado de trabalho de talentos migrando para essa área de empresas tecnológicas”.

Mapa das oportunidades: os setores emergentes que prometem no investimento em Startups no Brasil

No vasto território do mercado brasileiro, repleto de desafios e oportunidades, as portas para os negócios estão sempre abertas em diversas frentes. A pluralidade de setores é inegável, e o potencial de crescimento é amplo em todos eles.

No entanto, quando olhamos para o fator de rentabilidade e as tendências que moldam o cenário, um setor se destaca: as fintechs6.

Em meio a esse cenário crescente, torna-se crucial mapear as oportunidades presentes e futuras dentro do mercado de startups e investimentos. Para isso, Zamboni destaca mais dois segmentos com fortes promessas no potencial de investimento no país:

“O Brasil tem uma dinâmica do agro muito forte. Claro que pelo tamanho territorial é difícil porque tem a dinâmica do presencial ainda normalmente no agro, mas a oportunidade é gigante para aqueles que conseguem furar essa bolha”.

Outra tendência que vem ganhando espaço nesse cenário é a busca por oportunidades no mercado da sustentabilidade. Esse movimento envolve a descarbonização de processos industriais, o fomento à logística reversa e a promoção da reutilização de materiais.

Leonardo ressalta: “Acho que tudo isso tende a crescer bastante, e aí entra a parte de logística, de deixar isso mais fluido, talvez”.

O potencial inexplorado do venture capital no Brasil

O Brasil, com sua vasta extensão territorial e uma economia diversificada, sempre foi considerado um terreno fértil para oportunidades de investimento. No entanto, quando se trata do mundo das startups e do venture capital, o país ainda está no início de sua jornada. Embora tenha havido progressos notáveis nos últimos anos, é evidente que este mercado brasileiro tem espaço significativo para crescer e amadurecer.

“Quando a gente começa a ver startups mais relevantes, ver histórias de investidores que conseguiram multiplicar seu capital ou construir uma carteira relevante dentro do venture capital, isso traz cada vez mais gente para o jogo. Além disso, essa parte regulatória que propiciou empresas como a Captable a acessar uma quantidade maior de investidores ajuda bastante dentro do Venture Capital”, ressalta Zamboni.

Entretanto, o cenário de Venture Capital brasileiro enfrenta desafios significativos, com um dos maiores obstáculos sendo a taxa de juros excepcionalmente alta que o país enfrenta. No Brasil, a referência é sempre a renda fixa, em que os investidores podem obter retornos substanciais com riscos consideravelmente baixos.

Isso cria uma barreira para tornar os investimentos em startups atrativos, já que precisam superar essa marca de rentabilidade para conquistar os investidores. “A gente teve um salto aí de 900 mil para mais de 5 milhões de investidores. Então tem bastante gente, mas isso é menos de 3% da população brasileira. Assim, ainda tem um espaço gigante para investidores entrarem nessas alternativas diferentes de investimento”, reafirma Leonardo.

 

Do PowerPoint à realidade: o caminho das startups na captação de recursos

No vasto e desafiador terreno das startups, a captação de recursos é um dos primeiros e mais cruciais passos rumo ao sucesso. Esse território torna-se ainda mais desconhecido quando levamos em conta jovens empresas, muitas vezes lideradas por empreendedores sem histórico prévio em operações de startups, e que buscam o know-how necessário para tornar suas ideias visionárias em realidade.

A jornada começa com recursos próprios, familiares e o apoio de amigos, mas à medida que o projeto ganha vida, a busca por financiamento se torna premente.

Nas palavras de Zamboni “Depois que ele já tem isso em operação, já mostrou que ele achou um produto, achou um mercado, que aquilo tem uma capacidade de escala e que, sim, vem crescendo nos últimos períodos, aí um player como a Captable é o ideal para ele procurar”.

Ou seja, quando uma startup já provou seu valor, encontrou seu nicho e demonstrou um potencial escalável, a Captable emerge como uma aliada poderosa no processo de aceleração e expansão do negócio.

Mas como esse empreendedor encontra ou é encontrado pela Captable? 

A estratégia da Captable nesta seleção é marcada por uma abordagem dual. A maioria das oportunidades chega por meio de empreendedores que descobrem a plataforma e a procuram, ávidos por uma chance de crescimento.

Em outros casos, a busca parte da própria plataforma em busca de empreendimentos promissores, especialmente quando investidores indicam nichos específicos de interesse. “Nossa equipe realiza pesquisas no mercado em busca de negócios que tenham potencial para escalar caso receba um aporte”, afirma Zamboni.

Mas este trabalho de “caça às startups promissoras” não é algo fácil. Segundo Leonardo, muitas delas ainda não estão sob os holofotes da mídia especializada e estão em estágios iniciais de operação, o que dificulta a identificação. Ele complementa: “São muito menos oportunidades ativas do que aquelas que chegam até nós, principalmente referenciadas por alguém da nossa network”.

Leonardo compartilha ainda que a Captable adota critérios abertos na identificação de startups com potencial escalável, pois não é um fundo de investimento tradicional, mas sim uma plataforma diversificada.

Entretanto, Zamboni enfatiza algumas considerações importantes: “Não temos o hábito, por exemplo, de realizar rodadas de captação com startups em estágios extremamente iniciais, assim como também avaliamos se os empreendedores estão comprometidos em tempo integral com o negócio, pois buscar capital de terceiros requer dedicação total”.

Segundo o entrevistado, em estágios iniciais, é crucial que as startups não comprometam uma parte substancial de sua participação com investidores anjos ou indivíduos que não desempenham um papel direto na operação. Isso evita complicações na busca por financiamento futuro.

Quando essa situação é identificada, a abordagem da equipe da Captable é consultiva, procurando convencer investidores anteriores a ajustar suas participações para garantir o crescimento sustentável da startup. Isso não é um critério de exclusão, mas sim uma oportunidade para alinhar interesses e aprimorar as perspectivas de captação de recursos em longo prazo.

Para Leonardo “Esse não é um critério de exclusão, mas sim uma área em que podemos contribuir significativamente para aprimorar as perspectivas de captação de recursos da startup, alinhando melhor seus interesses com os objetivos de crescimento em longo prazo”.

O risco de ceder uma grande parcela da empresa

Como dito anteriormente, muitos empreendedores movidos pela necessidade de capital podem estar dispostos a ceder uma parcela significativa de seu negócio em troca de investimento. No entanto, Leonardo alerta como essa abordagem pode ser arriscada e prejudicial ao futuro da empresa.

“Se esse investidor já tem uma parcela muito grande logo no início da operação, os demais investidores que porventura possam se interessar neste negócio não vão fazer investimento por entenderem que a empresa não vai conseguir mais tomar capital no mercado, permanecendo com o mesmo tamanho ou crescendo de maneira orgânica e local.”

Para tanto, Zamboni ressalta a importância do Stage Finance, referente às diferentes rodadas de financiamento que uma startup pode buscar, como investimento-anjo, pré-seed, seed, série A, série B e assim por diante, entendendo a dimensão de cada negócio.

Já na outra ponta, alguns investidores podem impor condições rigorosas, tais como direitos de voto significativos ou até mesmo restrições pessoais ao empreendedor, o que pode prejudicar a flexibilidade e a saúde geral da startup.

Nesse contexto, o papel da Captable é justamente ser o intermédio entre investidores e startup, atuando de forma consultiva e também protegendo ambas as partes, para que o negócio se torne sustentável a médio-longo prazo e que a empresa atinja seu potencial pleno.

 

“A Captable é uma bola no meio-campo. Não somos pênalti para nenhum lado.” – Leonardo Zamboni

 

Captable como ferramenta escalável de negócio

Já vimos o quanto o mundo das startups é um ecossistema crescente e repleto de oportunidades, atraindo investidores ávidos por participar desse capítulo na inovação empresarial. No entanto, entender como a participação em uma startup funciona, principalmente por meio de ferramentas como a Captable, é essencial para os investidores.

Para entendermos como esse processo flui, Zamboni explica: “O investimento dele ocorre tudo via plataforma, então é tudo de maneira online centralizada. Essa é uma exigência regulatória de que tudo ocorra no ambiente regulado, que é a plataforma de investimentos. Então, o investidor passa a ter acesso a essas informações da startup e é chamado em eventos específicos para tomar algumas decisões, principalmente quando isso envolve a entrada de novos investidores ou de um comprador para aquela startup”.

Para Leonardo, os empreendedores necessitam dessa autonomia de escolha para o crescimento de seus negócios, ou seja, impor um controle excessivo sobre cada decisão estratégica, com um grupo de investidores intervindo em todos os aspectos, pode sufocar essa agilidade vital que faz parte do modus operandi das startups.

Leonardo finaliza: “Então, essa é a participação do investidor. Ele não tem uma participação ativa votando, tomando decisões dentro da startup, mas ele tem acesso a essas decisões tomadas”.

E como funciona o movimento de saída dos lucros investidos através da plataforma? 

A essência dos investimentos na Captable é frequentemente encontrada no formato de mútuo conversível. Nesse contexto, a plataforma introduziu seu próprio contrato, conhecido como a “nota conversível em participação sectária”. Esse contrato representa uma forma de investimento coletivo, no qual um grupo de investidores se reúne para apoiar a empresa em condições similares, mas com segregação em lotes distintos.

Greg Schneider, que também compõe o time Captable, exemplifica: “Então cada investidor investe seus mil reais e adquire um lote desse investimento. Esse, juridicamente é um mútuo, é um empréstimo de dinheiro. Você está emprestando dinheiro para a empresa. E você tem como obrigação principal retornar esse dinheiro com juros, uma correção em cima, que nas nossas captações a grande maioria é o 100% do CDI8”.

Após o período de cinco anos, quando ocorre o encerramento da oferta, o contrato atinge seu vencimento natural, e para os investidores, surge uma escolha importante: eles têm o direito de receber seu capital de volta ou optar por converter seu investimento em participação societária, transformando o valor investido em capital social da empresa. Isso os transforma em acionistas, com uma parcela do negócio.

“Nós exigimos que as empresas se tornem sociedade anônima. Faz parte da maturidade de uma empresa que vai ter seu capital pulverizado, até para o próprio resguardo dos investidores, a modalidade sociedade anônima”, salienta Greg.

Mas existem também os casos em que esse vencimento do investimento ocorre anteriormente ao vencimento natural, conhecidos como evento de liquidez.

De forma prática, Greg explica: “É quando a empresa recebe um investimento que nós determinamos como investimento qualificado, seja por uma superação de um milestone ou de um piso, que em regra é duas vezes o valor da captação… Em caso de alienação de controle, o controle da empresa é em regra quando ela (empresa) vende mais de 50% das suas ações ou cotas, ou seja, entregou aquele poder de gestão da empresa para outro. E aí acontece esse investimento antecipado”.

Greg relembra ainda uma forma de mecanismo de saída, conhecido como Drag Along: “É quando a empresa recebe uma proposta de compra com um preço prefixado, que em regra é três vezes a avaliação da empresa no ato da oferta”, e complementa: “Quando a empresa, lá na frente, recebe uma proposta de compra de participação, cujo preço tenha triplicado, o empreendedor tem o direito de arrastar os investidores na aquisição dessas cotas”.

Graças a Captable, todo esse procedimento pode ser conduzido de maneira ágil e direta, permitindo que os investidores manifestem suas preferências de maneira conveniente e centralizada.

Exemplos de casos de saída e rentabilidade

De maneira prática, a saída de um investimento ocorre quando o investidor encerra seu envolvimento com uma empresa, alcançando, assim, o retorno financeiro esperado. Esse processo pode se desenrolar de diversas maneiras:

1-            M&A (Mergers & Aquisitions) Fusões e Aquisições: nesse cenário, outra empresa adquire as operações da empresa na qual o investidor havia aportado capital. Durante esse processo, o comprador pode também adquirir as participações dos investidores.

2-            Venda para Fundos: em rodadas subsequentes de investimento, os fundos envolvidos podem adquirir as participações dos investidores que haviam investido na empresa em estágios anteriores de seu desenvolvimento.

3-            Oferta Pública Inicial (IPO): quando a startup atinge um nível de maturidade suficiente, ela pode optar por realizar um IPO, o que implica na venda de suas ações em bolsa de valores.

4-            Recompra de participação: em alguns casos, os empreendedores ou a própria empresa podem recomprar as participações dos investidores, geralmente a preços atualizados.

Leonardo compartilha que a Captable já conta com exemplos de casos de saída bem-sucedidos, nos quais startups foram adquiridas por empresas maiores, onde a plataforma atuou como intermediária protegendo os interesses de todas as partes envolvidas, garantindo que as transações fossem conduzidas de forma transparente e justa.

“Tivemos uma saída muito bem-sucedida aqui na Captable, sendo que o intervalo entre a primeira rodada de captação de investimentos até a saída ser concretizada foi de apenas oito meses. Neste caso específico, consideramos que a saída foi um sucesso, pois isso gerou um ganho significativo tanto para os investidores como para o empreendedor, que colocou uma liquidez bastante interessante no bolso”, comemora Zamboni.

Captable como ferramenta para investidores

No cenário competitivo de captação de recursos, a transparência é a moeda mais valiosa. Antes mesmo de finalizar um investimento, os investidores têm à sua disposição uma página de oferta na Captable repleta de informações abrangentes e detalhadas.

Tudo é minuciosamente documentado, com diligências contábeis e jurídicas exibidas, complementadas pelo parecer dos parceiros responsáveis por essas avaliações. E para tornar a experiência do usuário mais positiva, Leonardo explica outras ferramentas disponibilizadas na plataforma:

“Também durante o período de captação, a gente usa uma ferramenta que é o Fale com CEO…, um grupo destinado àquela oferta específica em que o CEO da startup estará ali de maneira aberta, respondendo a todo mundo que faça os questionamentos para ele. Todos os investidores têm acesso a todas as informações que estão circulando dentro desse grupo de WhatsApp”, e finaliza “É um grupo aberto para que todos possam participar”.

Após o encerramento do processo de investimento, a Captable oferece uma governança centralizada diretamente em sua plataforma. Nesse espaço, os investidores encontram uma riqueza de informações essenciais para acompanhar o desempenho de suas participações.

É uma oportunidade para os investidores avaliarem se as promessas estão sendo cumpridas ou se surgiram desvios no plano estratégico.

Além disso, a Captable inclui um fórum no qual os investidores podem interagir não apenas com os empreendedores, mas também entre si. Esse espaço é propício para discussões, troca de informações e colaboração, permitindo que todos os envolvidos participem ativamente da jornada da startup e compartilhem seus insights e perspectivas.

Para Leonardo, essa interação é crucial para novas formas de negócio “E muitas vezes, pelas interações, pelos contatos desse empreendedor com esses investidores, ele identifica alguns potenciais ali dentro, até para participar, de repente, de um conselho da empresa ou de um comitê consultivo sobre algum assunto específico. Então eles também usam ali como um aquário para trazer esses investidores com maior conhecimento a fim de adicionar o chamado smart Money7 para dentro da empresa”.

É fundamental destacar que, na Captable, o tratamento dispensado a todos os investidores é imparcial e equitativo, independentemente do valor investido. Não há diferenciação de direitos com base no montante investido, o que significa que não é necessário um aporte de um determinado valor para ter acesso direto ao CEO ou a vantagens exclusivas.

E é essa abordagem flexível que abre espaço para inúmeras histórias de sucesso e parcerias colaborativas que impulsionam o crescimento das startups.

Captable e CVM88: mudanças nas regulamentações

Em julho de 2022, entra em vigor a CVM 88, trazendo mudanças significativas e aproximando o mercado de startups ao mercado de ações de forma inovadora.

Mas a Captable já vinha se preparando para mudanças neste mercado?

A resposta vem de Zamboni “Nós tínhamos essa atuação bastante próxima ao regulador, principalmente na figura do Paulo, que participou não só das fintechs, mas de diversas organizações representativas do mercado. Ele tinha bastante proximidade com o regulador do mercado, então nós já entendíamos que essa era uma evolução que iria acontecer. E aí, sempre estudando sobre o mercado, olhamos lá pra fora e encontramos alternativas de blockchain9 e tokenização10”.

Estudos de mercado e pesquisas minuciosas permitiram que a Captable estivesse à frente das mudanças que estavam por vir. “Em 2021, a CVM colocou de pé uma consulta pública sobre alterações da norma vigente naquela época. E aí ficaram alguns meses com aquela consulta pública rolando, até que em maio de 2022, a CVM divulgou quais seriam as regras desse mercado que passariam a valer a partir de 1º de julho. Então nós já estávamos com o arcabouço, e todas as pesquisas de mercado simplesmente operacionalizaram isso”, complementa Leonardo.

Investir no Brasil de qualquer lugar do mundo: regulamentações

Para os investidores que estão no exterior e têm interesse em explorar o crescente mercado brasileiro, compreender o processo e as regulamentações de como investir é essencial. E é neste cenário que a Captable se torna uma ferramenta democrática e indispensável.

De forma acessível, a plataforma disponibiliza aportes a partir de 1000 reais, cerca de 29 mil ienes. “Hoje, a partir de mil reais, você pode investir em uma estatal. Esses mil reais dão direito a uma compra de um lote de ações”, afirma Greg.

E como esse processo funciona no âmbito internacional? 

Até meados dos anos 2021 e 2022, realizar operações de investimento transnacionais costumava ser uma tarefa desafiadora, envolvendo a prestação de declarações ao Banco Central e o preenchimento de um formulário conhecido como RDF (Registro de Declaração Eletrônica).

Entretanto, uma mudança significativa ocorreu no cenário brasileiro: “Nós tivemos, ali no final de 2022, a promulgação de uma lei que se chama Novo Marco Cambial. Essa lei flexibilizou bastante investimentos de menor porte”, explica Greg.

Ou seja, hoje, no Brasil, tendo um parceiro de câmbio que realize pequenos registros dessas atividades, a forma de trazer dinheiro de fora, no Brasil, tornou-se mais fácil.

Outra grande vantagem para a Captable, que funciona como uma intermediária é a possibilidade de uma conta-garantia internacional: “A Captable recebe o investimento numa escrow account, uma conta-garantia que é onde a Captable deixa o dinheiro depositado durante o curso da captação. Com esse novo marco regulatório, existe a possibilidade de nós abrirmos uma conta-garantia internacional, o que não acontecia antes”, esclarece Greg.

“Claro, é preciso fazer o fechamento do câmbio, e nós temos uma empresa chamada Meu Câmbio, que é a nossa grande parceira nessa empreitada, que faz todo o processo quase que automatizado”, complementa.

Greg ainda sintetiza “Nós simplesmente passamos a informação da conta e você vai ao banco e faz um depósito, como se estivesse fazendo um depósito para qualquer compra, e aí você consegue fazer o investimento direto no Brasil”.

Mas e quando o assunto é a internacionalização e a democratização dos investimentos? 

O cenário das startups no Brasil está passando por uma transformação significativa, impulsionada pelas recentes mudanças na regulamentação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O impacto dessas mudanças é profundo e promissor, abrindo novos horizontes de crescimento e internacionalização para empresas inovadoras.

Uma das mudanças mais notáveis é a possibilidade de receber investimentos de qualquer lugar do mundo em uma captação. Isso significa que as startups brasileiras agora podem distribuir ofertas globalmente, proporcionando acesso a investidores de todos os cantos do planeta.

Além disso, a facilidade proporcionada pela abertura de contas internacionais reduz custos de transação e burocracia, tornando o processo de captação mais acessível e eficiente.

 

“A gente democratiza o investimento para esse investidor estrangeiro.” – Greg Schneider

 

Investimento estrangeiro em startups brasileiras: desafios e oportunidades

De acordo com Greg, investir em startups brasileiras tornou-se uma jornada mais simples para os investidores estrangeiros ou para aqueles que são brasileiros, mas que vivem no exterior. “O processo é facilitado e 100% auxiliado pela Captable, desde o depósito inicial em uma conta escrow até a manutenção do investimento. Os contratos e notas conversíveis são registrados em nome do investidor, com controle de titularidade exercido pela plataforma, semelhante a um serviço de escrituração”, sinaliza.

O momento do exit ou conversão de investimento também foi simplificado, explica Greg: “O dinheiro é enviado de volta para o investidor estrangeiro de forma eficiente graças a serviços de remessa simplificados, eliminando a necessidade de declarações burocráticas ao Banco Central”.

Outra mudança vem para os investidores estrangeiros que não precisam mais ser registrados na CDE (Cadastro Declaratório Eletrônico). Em vez disso, basta fazer a prestação de informações a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) sobre os investimentos realizados. As operações cambiais necessárias são tratadas de forma eficaz pela Captable, tornando a declaração de imposto de renda uma tarefa relativamente tranquila.

Independentemente das mudanças políticas, a inovação e o investimento em startups permanecem descorrelacionados com o cenário macroeconômico. A inovação continua acontecendo, e as startups continuam surgindo, independente das flutuações políticas e econômicas.

No entanto, a governança e a proteção das startups são fundamentais para a estabilidade do mercado “A criação de mecanismos que protejam o investimento e garantam a continuidade das startups é essencial para atrair capital estrangeiro e manter o ecossistema de inovação robusto”, ressalta Leonardo.

 

Olhar promissor sobre o crescimento das startups brasileiras

O cenário das startups no Brasil tem se mostrado cada vez mais promissor, e a Captable está se destacando como um catalisador desse crescimento. Consolidando-se atualmente como uma das principais plataformas de investimento em startups, e recentemente anunciando a marca de mais de 100 milhões de reais investidos no mercado primário através da plataforma, com 64 rodadas concluídas e quase 8 mil investidores, a plataforma se estabeleceu como um player influente no ecossistema de startups brasileiro.

De acordo com Leonardo, muitas das startups que captaram investimentos na plataforma estão prestes a alcançar um estágio de crescimento significativo: “O tempo necessário para que essa curva de crescimento aconteça é crucial, e alguns investidores estão prestes a se surpreender muito positivamente pelo retorno de seus investimentos.”

Perspectivas futuras

Os membros da Captable também compartilharam suas perspectivas sobre o futuro da plataforma e o que a diferencia no mercado. Eles enfatizaram as parcerias institucionais como um dos principais diferenciais, permitindo que os investidores participem ao lado de grandes players do mercado.

Outra área de destaque é a internacionalização de startups brasileiras com investidores no Japão desempenhando um papel crucial nesse processo.

“A Captable está facilitando conexões entre empreendedores brasileiros e investidores em solo japonês, abrindo portas para oportunidades de crescimento em ambos os mercados.” – Leonardo Zamboni

À medida que o ecossistema de startups continua a prosperar, a plataforma segue construindo alianças estratégicas e promovendo a internacionalização das startups brasileiras, oferecendo oportunidades emocionantes tanto para investidores quanto para empreendedores que buscam impulsionar o sucesso de suas startups.

Com um compromisso contínuo com a seleção de ativos de qualidade e parcerias estratégicas, a Captable está pronta para desempenhar um papel fundamental na jornada das startups brasileiras em direção ao sucesso global.

RODAPÉ:

CVM¹: Comissão de Valores Mobiliários: desenvolver, regular e fiscalizar o Mercado de Valores Mobiliários, como instrumento de captação de recursos para as empresas, protegendo o interesse dos investidores e assegurando ampla divulgação das informações sobre os emissores e seus valores mobiliários.

Compliance²: é a política de garantir que o negócio estará em conformidade com as leis e regulamentos de um país.

Venture Capital³: venture capital, ou capital de risco, é uma modalidade de investimento com expectativa de crescimento rápido e rentabilidade alta.

BNDES4: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social é uma empresa pública federal, cujo principal objetivo é o financiamento de longo prazo e investimento em todos os segmentos da economia brasileira.

 FINEP5: Financiadora de Estudos e Projetos é uma empresa pública brasileira de fomento à ciência, tecnologia e inovação em empresas, universidades, institutos tecnológicos e outras instituições públicas ou privadas.

Fintechs6: a palavra fintech é uma abreviação para financial technology (tecnologia financeira, em português). Ela é usada para se referir a startups ou empresas que desenvolvem produtos financeiros totalmente digitais.

Smart Money7: é o “dinheiro inteligente”. Ou seja, o aporte de conhecimento e networking feito por um investidor, além do dinheiro.

CDI8: o CDI é um índice do Brasil de atualização monetária, que é o Certificado de Depósito Interbancário.

Blockchain9: a tecnologia blockchain é um mecanismo de banco de dados avançado que permite o compartilhamento transparente de informações na rede de uma empresa.

Tokenização10: a tokenização é o processo de converter algo de valor em um token digital utilizável em uma rede blockchain.

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#19 Leonardo Zamboni – Democratizando o investimento em Startups no Brasil. https://jpguide.co/19-leonardo-zamboni-democratizando-o-investimento-em-startups-no-brasil/ https://jpguide.co/19-leonardo-zamboni-democratizando-o-investimento-em-startups-no-brasil/#respond Tue, 07 Mar 2023 14:36:30 +0000 https://jpguide.co/?p=30868 Neste episódio você vai conhecer mais sobre o dinheiro e as criptomoedas. Fernando Ulrich escreveu o primeiro livro em português sobre BITCOIN e nos explica os conceitos dessa revolução IMPARÁVEL. Ele será a atração principal do EXPOTALKS JAPAN 2022, e um Workshop limitado que você pode garantir seu ingresso no site https://expotalksjapan.com

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Neste episódio, conversamos com o Leonardo Zamboni, Partner e CRO da Captable https://captable.com.br uma plataforma que dá oportunidade aos investidores PF se unirem aos “tubarões” em pedaços de Startups. E também para Startups acessarem os investidores do varejo.

Leonardo nos conta sobre sua trajetória no mercado e como a Captable está “democratizando” o acesso a esses investimentos de alto risco, mas que podem mudar o mundo para melhor com escala e replicabilidade.

E para entender mais como funciona o ecossistema de Startups, a J1Seeds (J1株式会社) promove o evento Brazil Startup Pitch pela primeira vez na cidade de Hamamatsu no Japão.

Confira https://j1seeds.com/brastar/

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