Arquivos finanças - JP Guide https://jpguide.co/tag/financas/ Site de suporte ao residente no Japão. Conteúdos exclusivos de turismo para quem busca qualidade de vida e boas experiências no país. Fri, 26 Apr 2024 21:10:03 +0000 pt-BR hourly 1 https://jpguide.co/wp-content/uploads/2022/08/cropped-cropped-logo-jp-32x32.png Arquivos finanças - JP Guide https://jpguide.co/tag/financas/ 32 32 232509528 Longevidade empresarial: Explorando o potencial do factoring com a A-Little https://jpguide.co/longevidade-empresarial-explorando-o-potencial-do-factoring-com-a-a-little/ https://jpguide.co/longevidade-empresarial-explorando-o-potencial-do-factoring-com-a-a-little/#respond Fri, 26 Apr 2024 21:10:03 +0000 https://jpguide.co/?p=32551 No mundo empresarial, a gestão eficaz do fluxo de caixa é essencial para o sucesso e a prosperidade de qualquer empreendimento. Em meio a esse cenário desafiador, uma prática financeira ganha destaque: o factoring1, ou fomento mercantil. Para entendermos melhor o conceito desta prática, a revista Guia JP teve a oportunidade de realizar uma entrevista […]

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No mundo empresarial, a gestão eficaz do fluxo de caixa é essencial para o sucesso e a prosperidade de qualquer empreendimento. Em meio a esse cenário desafiador, uma prática financeira ganha destaque: o factoring1, ou fomento mercantil.

Para entendermos melhor o conceito desta prática, a revista Guia JP teve a oportunidade de realizar uma entrevista exclusiva com Renan Mizuguti, responsável pela A-Little, empresa que opera neste segmento em Aichi, Komaki.

Mas afinal, o que é o factoring e como a A-Little está redefinindo esse conceito?

Renan explicou que o factoring é uma operação na qual uma empresa vende suas faturas ou recebíveis a uma empresa especializada, conhecida como empresa de Factoring ou Fomento Mercantil no Brasil.

“Imagine que você emite uma fatura para um cliente, mas precisa de capital imediato. Em vez de esperar 30, 60 ou 90 dias para receber o pagamento, você pode vender os direitos dessa fatura a uma empresa de factoring. Essa empresa compra a fatura com um desconto, proporcionando-lhe capital de giro imediato”, explica Renan.

Renan explica que as práticas de factoring elaboradas pela A-Little seguem basicamente em dois modelos de contrato:
“Um deles envolve um acordo entre três partes, o que tende a ser mais vantajoso para quem está vendendo suas faturas, pois oferece uma maior segurança para nós, que estamos adquirindo esses recebíveis”, e finaliza “e tem o modelo em duas partes, onde você que está responsável por receber e por me repassar o valor recebido”.

Mercado de Factoring no Japão: Taxas, Riscos e Competitividade

“A legislação que regulamenta o factoring no Japão difere daquela que governa as regras de empréstimo”, explicou o profissional Renan, ressaltando ainda a existência de contratos específicos, como o “recourse factory”, que operam dentro do escopo da legislação de empréstimos e instituições financeiras.

Por outro lado, Renan explica que o factoring “sem recurso” está sujeito a uma legislação distinta. Essa diferenciação é fundamental para compreender os diferentes tipos de contratos e os riscos associados a cada um.

Ao abordar as taxas praticadas no mercado de factoring japonês, o especialista revelou que a média gira em torno de 20%: “Essas taxas são cobradas devido ao maior risco envolvido para a empresa de factoring”, esclarece Renan. Isso permite que essas empresas ofereçam capital de giro imediato em troca de uma taxa competitiva.

Entretanto, Renan enfatiza que a A-little busca oferecer taxas mais vantajosas, especialmente para empresas locais e de pequeno porte, visando aumentar a competitividade no mercado. “Estamos trabalhando com uma média de 10 a 15%”, revela o entrevistado.

Gerenciando riscos no mercado de factoring

Questionado sobre como a empresa lida com o risco associado aos clientes estrangeiros, o especialista destacou a complexidade dessa questão: “É um pouco difícil de mensurar esse risco”, afirma Renan.

Ele explica que, para avaliar o risco, a empresa realiza uma análise minuciosa da origem dos pagamentos: “Conforme eu faço a análise, quando se tem uma boa origem do histórico e se é um bom pagador, temos mais confiança de fechar esse contrato com o meu cliente”, afirma o empresário. Essa abordagem permite uma tomada de decisão mais fundamentada e uma redução do risco associado às transações.

Além disso, Renan ressalta a importância de analisar cuidadosamente as entradas e saídas de capitais para garantir uma maior segurança nas transações. Essa análise criteriosa é essencial para proporcionar uma base sólida para os contratos realizados entre as partes envolvidas.

Eficiência e transparência: O processo de verificação da A-little Factory

Em média, depois que a empresa deu entrada no pedido, quanto tempo demora para essa verificação?

“Com toda a documentação correta entregue a nós, eu peço três dias. Em alguns casos, eu consigo fazer até no mesmo dia”, afirma Renan. Essa abordagem rápida e eficiente é fundamental para atender às necessidades dos clientes e garantir transações suaves.
O empresário também explicou que a análise do pedido depende do valor envolvido. Essa adaptação à complexidade de cada transação demonstra o compromisso da empresa em oferecer um serviço personalizado e ágil.

“Em casos de empresários estrangeiros que não entendem a língua, eu anexo tradução, porém, o contrato em si é em japonês”, explica Renan. Essa abordagem permite uma comunicação clara e eficaz entre as partes envolvidas, garantindo uma compreensão mútua dos termos e condições do contrato.

Requisitos e critérios para aplicação em Factoring

Para garantir uma transação bem-sucedida, compreender os critérios e requisitos para aplicação nesse tipo de serviço pode ser fundamental.

“Nós preferimos trabalhar com pessoa jurídica, com hold-in. Porém, nós trabalhamos também com autônomos”, explica Renan. E complementa: “Tem que ser hold-in, ou seja, tem que ser uma empresa jurídica, precisa ter um tempo mínimo de empresa, e avaliamos também se tem imposto atrasado ou não”. Esses critérios fundamentais visam garantir a elegibilidade e a viabilidade das transações de factoring.

Consultoria especializada: A abordagem da A-little para empresas

No turbulento mundo dos negócios, enfrentar desafios financeiros é uma experiência comum para empresas de todos os tamanhos e setores. A falta de clareza sobre questões financeiras e as dificuldades de gestão podem surgir inesperadamente, deixando até mesmo os empresários mais experientes em situações delicadas.

Nesse contexto, uma consultoria especializada de empresas como a A-little emerge como uma ferramenta essencial para ajudar as empresas a encontrarem soluções eficazes para seus problemas financeiros.

Para Renan “A ideia não é somente que ele utilize o nosso serviço e continue sempre voltando. A ideia é ajudar ele a sair dessa dificuldade que ele está tendo”, explica.

Diversificação financeira: A A-little e os Serviços de leasing de veículos

No universo das finanças, a A-little se destaca não apenas pela antecipação de créditos, mas também por oferecer serviços de leasing2 de veículos.

Renan explica: “Nós temos parceria com algumas lojas de carro em que eles têm acesso ao financiamento comum, porém, o cliente às vezes está com o nome sujo ou tem um nicho muito curto. Eu faço então o leasing de veículos nessa faixa”. Essa iniciativa visa atender a uma demanda específica de clientes que enfrentam dificuldades em obter financiamento tradicional.

Quanto à taxa de juros praticada nesse serviço, ele esclareceu: “Olha, a taxa corre em torno de 3% ao mês. Porém, no caso do leasing, ele não cai na regulamentação da legislação de empréstimos”. Essa taxa competitiva torna o leasing uma opção atrativa para clientes que buscam uma alternativa viável para adquirir um veículo.

Ao abordar a questão da inadimplência, Renan reconhece os desafios associados a esse tipo de serviço. “Eu diria que a taxa de inadimplência é um pouco maior”, admite.
No entanto, o empresário destaca algumas medidas preventivas adotadas pela empresa, como a instalação de GPS nos veículos. “Instalamos um GPS que trava o veículo caso o cliente não pague em todos os nossos automóveis”, revela.

A-little: Maximizando a longevidade empresarial

Vocês estariam então num dos principais segmentos para fomentar a vida útil de uma empresa?

Renan ressalta: “Essa é a ideia: tentar ajudar essa empresa a sair da dificuldade que ela está tendo”.
Ele destaca a importância de um fluxo de caixa saudável, citando o termo japonês “kuro-jito-san”, que se refere à falência de empresas lucrativas devido à falta de liquidez e em como a empresa A-little vem auxiliando empresários nesta situação a alcançarem o equilíbrio financeiro e sucesso empresarial.

GLOSSÁRIO
Factoring1: factoring é um nome moderno para fomento mercantil ou comercial. Basicamente, é uma operação financeira oferecida por instituições comerciais que adquirem direitos creditórios (via duplicata) e pagam à vista mediante o acréscimo de taxas e juros por vendas que foram feitas no prazo.
Leasing2: o bem financiado por essa modalidade fica em nome do banco até que o contrato seja finalizado: simples e prático, pois o leasing

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Zico – O homem que forjou o futebol japonês https://jpguide.co/zico-o-homem-que-forjou-o-futebol-japones/ https://jpguide.co/zico-o-homem-que-forjou-o-futebol-japones/#respond Wed, 14 Dec 2022 07:51:35 +0000 https://jpguide.co/?p=30551 No Japão, o Galinho de Quintino, que transformou o Flamengo num dos times mais amados do país, é reconhecido como Soccer no Kami-sama (deus do futebol, em japonês).

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Poucos atletas têm a capacidade de se manter do lado certo dos holofotes, mesmo depois de décadas do seu apogeu. A maioria, aliás, simplesmente desaparece, muitos para um merecido descanso depois de anos de serviços prestados ao esporte. Aqueles, porém, que conseguem se manter na mídia, nem sempre estão nas manchetes pelos melhores motivos. Zico, porém, segue uma unanimidade, com sua carreira tão longeva quanto imaculada. Um ídolo mundial cuja aura, no Japão, é ainda mais brilhante. Não são raras as oportunidades que os japoneses associam o Brasil a ele e não é para menos. Zico é um dos pilares da profissionalização do futebol japonês e da sua transformação em uma potência regional no esporte masculino e mundial, eno feminino. No Japão, o Galinho de Quintino, que transformou o Flamengo num dos times mais amados do país, é reconhecido como Soccer no Kami-sama (deus do futebol, em japonês). Ele recebeu a equipe do Guia JP para uma entrevista exclusiva on-line, direto da sede do Kashima Antlers, seu time de coração na Terra do Sol Nascente. Com ele, falamos sobre o Japão, a sua importância no futebol do país, as eleições no Brasil e muito mais. Confira.

GUIA JP – O que te conquistou aqui no Japão?

O que mais me fascina aqui é que tudo é feito no sentido de proteger a vida humana. Andar na rua, o trânsito, as construções: tudo é pensado para dar a maior segurança possível para você viver. Eu acho isso fantástico. Quando eu construí, em 1995, meu centro de futebol, procurei conhecer aqui tudo que era feito paraevitar acidentes. Graças a Deus são 27 anos e zero problemas. Eu fico muito feliz com isso. Vejo preocupação, às vezes até excessiva, mas necessária, em relação à segurança nos transportes, no dia a dia… Para mim, a preservação da vida do ser humano sempre foi a coisa mais importante. Vim para cá quando tinha quase 40 anos [ele está prestes a fazer 70] e a gente aprende ainda mais coisas aqui.

Gosto muito da gastronomia. O teppanyaki não tem igual no mundo. É fantástico. Também gosto de shabu-shabu. Por ser filho de português, adoro sopa. As sopas japonesas também são maravilhosas.
 
GUIA JP – Você falou agora da escolinha no Brasil. E como está aqui no Japão?
Sempre tive um desejo grande de fazer uma escola de futebol no Japão. Nesses anos todos em que eu tenho vindo aqui, acredito que tenha dado aula de futebol para mais de 50 mil crianças japonesas. Todo ano são diversas clínicas com 100, 200 crianças. Muitas delas se tornaram profissionais, jogando até aqui no Kashima. Sempre tem um que diz: “Olha, fiza clínica de futebol naquela cidade”. Isso é muito gratificante. Aqui tinha um problema sério. O regulamento da J-League diz que o profissional registrado de futebol não pode ter escola de futebol nas regiões que tenham um time de elite. Como foi criada a primeira, a segunda, a terceira divisão, tudo quanto é cidade do Japão tem time. Como eu me desliguei aqui do futebol do Kashima no ano passado, e hoje estou só como conselheiro, pude abrir a escola em Imizu, Toyama, que foi a primeira. A Lucilene [Yuzawa, administradora da escola] teve muita importância nisso. Ela fez uma divulgação maravilhosa, seja com a imprensa japonesa, seja com a imprensa brasileira. Todos deram muita cobertura, coisa que já não teve em Okinawa. Lá eles já tinham a escola, que mudou de nome. Estou sendo procurado por diversas cidades para também montar uma escola. Então, estou feliz.
 
GUIA JP – O senhor teve e ainda tem um impacto muito grande no futebol japonês. Como o senhor vê isso?

Quando cheguei aqui, não estava preocupado emser destaque jogando futebol porque não precisava mais disso. Inclusive,quando eu vim falei para eles: “Estãovendo a vida que eu levo aqui? Não tenho mais nada a almejar no futebol. Então, se vocês quiserem me levar, quero ter uma vida em que possa dar seguimento a tudo o que construí durante esses 35 anos de futebol”. Assinei contrato depois que tive o problema no joelho. Aliás, parei por causa disso. Joelho, muitas lesões musculares… Isso reflete em tudo. É igual a um carro. Você tá com o amortecedor ruim, aí o pneu fica careca, a direção dá problema, uma coisa vai levando a outra. Mas eu me preparei bem. Sou fominha de futebol. Ainda estava numa condição e não tinha pressão nenhuma de chegar, entrar e jogar bem. A minha preocupação quando eu cheguei era formar os japoneses, mostrar para eles o que é profissionalismo. Não estava preocupado em ser o destaque jogando. Eles já sabiam quem eu era. Estamos dentro de uma cidade pequena. Formei esse time, ajudei na montagem de toda uma infraestrutura do lado de fora: a concentração, o campo, o CT [Centro de Treinamento], o estádio, ou seja, tudo. Falei para eles que se eles quisessem trazer bons jogadores para Kashima, tinham que oferecer o que tem de melhor na estrutura profissional. O time montou um CT que ninguém tinha, montou um estádio maravilhoso para quase 20 mil pessoas, renovou a concentração toda, fez uma coisa maravilhosa. Então, o garoto vinha lá de Shizuoka, ou de qualquer outro lugar, ficava bem e se ligava só em fazer futebol. Como eu já era uma referência, os melhores japoneses dos colegiais começaram a vir para cá porque eu estava aqui. Trouxemos também brasileiros para aquelas posições em que a gente tinha dificuldade de encontrar japoneses. Foram três estrangeiros só. Foi uma geração maravilhosa aqui no Kashima.

GUIAJP – Eu entendo, então, que foi o impacto de criar uma cultura do futebol no Japão.
 Até o relacionamento com torcida, eu mostrava para eles. O treino é 3 horas. Então, ao invés de chegar duas e meia, chegaàs duashorase atende o torcedor, dá autógrafo. No começo, o treino do Kashima tinha dez pessoas. Essas dez foram falando para as outras: “Vai lá em Kashima que o pessoal é legal”. No final, tinha duas mil pessoas assistindo ao treinamento. Teve que fazer segurança, cordinha, aquelacoisa toda. O japonês é muito detalhista e se a coisa dá certo, ele vai atrás, quer saber como é, quer melhorar. É um povo altamente disciplinado, obediente e a minha dificuldade foi mostrar que eles tinham que ter iniciativa, criatividade, não só aquele negócio de fazer o que te dizem para você. E se errar, paciência. Tenta acertar na outra. O medo deerrar deles é um negócio fantástico!Depois que eu parei, ela seguiu em frente. Isso acabou se tornando referência no país inteiro. Como é que um time lá de uma cidade de 40 mil ganha tudo? Que história é essa? Muita gente copiou o que o Kashima estava fazendo.
 
GUIA JP – E como o senhor vê o marketing esportivo da J-League para fora?
É muito restrito, muito restrito e, às vezes, bloqueia muito a atuação dos próprios clubes. Eu tenho sempre tido discussões aqui com o marketing do Kashima nesse sentido.Expliquei para eles que o patrocinador quer mídia, quer aparecer. Quando ele assina um contrato com o Kashima, ele quer aparecer na camisa, no treinamento, nas placas. Ele quer receber a visita dos jogadores. Um jogador pode fazer uma visita, colocar nas redes sociais dele. Não precisa ser garoto-propaganda da marca.O Flamengo tem 10 milhões de seguidores no Instagram. Sabe quantos tem o Kashima que é famoso no Japão inteiro, no Brasil, na Itália? Cento e vinte mil. É muito pouco. Eu queria postar algumacoisa. Não pode, porque determinada coisa a J-League não permite. Hoje em dia o marketing não é tanto na televisão. Hoje o marketing é a rede social. Em 2018, as redes sociais elegeram um Presidente da República no Brasil. Então, temos que atacar nessa área.
 
DESENVOLVIMENTO DE UM LEGADO COMEÇA PELO CONHECIMENTO DO PÚBLICO, PASSANDO POR PESQUISA E DESENVOLVIMENTO DE UM PRODUTO PARA ESSE PÚBLICO E TERMINA NAS FERRAMENTAS PARA ALCANÇAR E OFERECER UMA BOA EXPERIÊNCIA PARA O PRIMEIRO CONTATO COM ESSE PÚBLICO.
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GUIA JP -Aliás, falando em Brasil, como é que o senhor avalia o resultado das eleições?
Resultado é resultado. Tem que se respeitar, né? Desde que tenha acontecido àlisura, vamos embora, vamos em frente. Eu sei o que é uma vitória e uma derrota. Então, desde que haja lisura na forma como aconteceu, vamos em frente. A gente daqui de longe não tem como avaliar, mas pelo número de eleitores que votaram, foi uma participação muito grande do povo, dos dois lados. O povo deu uma demonstração de apoio às eleições muito grande. Foi lá e compareceu. Fez o seu dever cívico. O Brasil, infelizmente, ficou muito dividido. Agora, quem ganhou tem que trabalhar e mostrar porque ganhou a confiança de quem votou neles. Isso é importante para o país. Quem venceu que faça o melhor para o país para mostrar àqueles que perderam que está capacitado para estar lá. O que aconteceu no passado não pode se repetir.
 
GUIA JP – Quais as suas expectativas para a Copa do Mundo do Catar?

Primeiro, vou dizer que eu sou totalmente contra essa Copa do Mundo nesse período e no Catar. Acho que deve ter tido mil coisas por trás para a Copa do Mundo ser num país em que ninguém nunca fez nada pelo futebol e que, de repente, ganhou esse privilégio e o mundo inteiro teve que mudar o calendário por causa da competição. Isso é inadmissível, mas como a dona FIFA fala e tem suas situações, vamos torcer pra dar tudo certo.Na questão de tática de jogo, não vai acontecer nada de novo. A Seleção Brasileira é uma forte candidata porque cresceu num momento importante, se rejuvenesceu. Os jovens que tiveram uma oportunidade, principalmente nesse último ano, aproveitaram muito bem. Eles estão muito bem física, técnica e mentalmente. O principal jogador brasileiro, que é o Neymar, atravessa um momento muito bom. Talvez essa seja a primeira Copa do Mundo em que ele vai jogar com 100% de condições. É fundamental ter o melhor jogador no melhor da sua condição física e técnica.Outra seleção que vem crescendo muito desde as categorias de base é a Inglaterra.Foi agora vice-campeã da Europa e, na última Copa, também ficou ali entre os quatro. Foi campeã mundial, sub17, sub20 [ambas em 2017]. Tem uma geração muito boa de jovens, também. Gostaria muito de ver a final Brasil x Inglaterra. Não sei se vai haver a possibilidade. A França é uma ótima seleção, mas parece que está com alguns problemas internos. Alemanha é sempre uma seleção que, independentementeda condição, muitas vezes se transforma. Também é uma seleção jovem. E a Argentina tira dos ombros a questão do Messi jogar. A Argentina ganhou a Copa América com o Messi sendo um bom componente, sendo só a cereja do bolo.O Japão teve uma infelicidade grande ao cair num grupo com Alemanha e Espanha. E, também, a Costa Rica que sempre mostrou, em Copa do Mundo, que não é nenhuma galinha morta. Até falei para o Moriyasu [Hajime, treinador da seleção japonesa] não se deixar levar pelo nome. Não vamos esquecer que o adversário que eles sempre batem, a Coreia do Sul, foi quem eliminou a Alemanha em 2018. Futebol se joga dentro do campo. 

GUIA JP – Que mensagem o senhor deixa para os nossos leitores neste fim de ano?
A vida muitas vezes passa por momentos inesperados. A gente precisa ter uma determinação muito grande para dar a volta por cima. Eu acho que é hora de repensar muitas coisas, aprender com tudo que aconteceu. Muita gente perdeu pessoas importantes das suas famílias. Acho que muitas lições ficaram. Temos que saber aproveitar bem essas lições. Algumas coisas que são simples, pequenas em termos, como a questão da higiene. Não podemos depender só da vacina. A gente tem que fazer a nossa parte, cuidar de nós mesmos e preservar a saúde de quem está do nosso lado. Sigam em frente com força, com capacidade de superação, para poder fazer o que gosta, o que quer fazer. Acredite no próprio potencial, no seu sonho e siga em frente.
 
O J1Talks é um podcast produzido com a perspectiva e insights de empreendedores brasileiros inseridos na comunidade brasileira do Japão

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Fernando Ulrich – “O bitcoin é imparável” https://jpguide.co/fernando-ulrich-jpguide-bitcoin/ https://jpguide.co/fernando-ulrich-jpguide-bitcoin/#respond Sat, 05 Nov 2022 08:06:00 +0000 https://jpguide.co/?p=30314 Com mais de 500 mil seguidores no YouTube, Fernando Ulrich conta como a principal moeda digital da atualidade pode revolucionar o modo com o qual enxergamos o dinheiro.

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“O bitcoin é imparável”

Com mais de 500 mil seguidores no YouTube, Fernando Ulrich conta como a principal moeda digital da atualidade pode revolucionar o modo com o qual enxergamos o dinheiro.

“É necessário ter concorrência no campo da moeda”, afirma, sem medo de se envolver em polêmicas, Fernando Ulrich. Conhecido como um dos maiores especialistas em criptomoedas do Brasil, Fernando lançou, em 2014, o primeiro livro em língua portuguesa sobre o tema. Desde então, se tornou referência internacional no assunto e criou um canal no YouTube para compartilhar e popularizar conhecimento sobre o tema.

De malas prontas para desembarcar na Terra do Sol Nascente, Ulrich é uma das atrações do Expo Talks Japan, o maior evento sobre investimentos e planejamento financeiro do país. A edição 2022 será realizada no dia 20 de novembro, no Centro Cultural Patio Chiryu e contará, ainda, com a presença da planejadora financeira e consultora Viviane Ferreira.

Mês passado, Ulrich participou do J1 Talks, o podcast de empreendedorismo made in Japan produzido pela J1, que também publica o Guia JP. Selecionamos algumas partes desta conversa para você conhecê-lo melhor. Confira.

Apresentação

Tenho hoje 42 anos, 20 anos de experiência no mercado de trabalho, focado quase sempre em finanças corporativas, investimentos e mercados. Tive passagens por uma multinacional na área de elevadores, a ThyssenKrupp. Isso foi na década retrasada, de 2002 a 2009, quando eu tive a possibilidade e a sorte de viajar o mundo inteiro. Depois, eu fiz um mestrado em Economia. A minha formação é em administração de empresas no Brasil, pela PUC de Porto Alegre, e com mestrado em Economia, que eu fiz depois dessa minha passagem pela ThyssenKrupp em Madri, na Espanha.

Em seguida, trabalhei com fusões e aquisições, com incorporação imobiliária no negócio familiar e também tive uma passagem pelo Banco Indusval & Partners, pela XP Investimentos. Hoje estou como Head de Educação na Liberta Investimentos, onde atuo desde novembro de 2019.

Bitcoin: a moeda na era digital, o livro

Foi publicado em março de 2014 e foi o primeiro livro em língua portuguesa sobre o bitcoin. Meu foco de interesse quase sempre foi o Banco Central, dinheiro, sistema financeiro, mercados e era realmente o que mais me apaixonava. Comecei a descobrir esse tal do bitcoin em 2013 e estudei de verdade, não apenas com desdém como costumava ser a minha abordagem até então. Caí da cadeira pelas possibilidades que o bitcoin, na minha visão, estava abrindo.

Livro - Bitcoin A moeda na era digital
Foi publicado em março de 2014 e foi o primeiro livro em língua portuguesa sobre o bitcoin.

O bitcoin é uma forma de dinheiro sem autoridade central por trás, descentralizada, que podia ser uma alternativa ao sistema financeiro. Sou um entusiasta da livre iniciativa, defensor do livre mercado ou da livre concorrência. Acredito que o livre mercado consegue oferecer soluções melhores, com qualidade melhor e com preço mais baixo. Por isso, entendo que também era necessário ter concorrência no campo da moeda. É uma heresia falar isso para qualquer economista hoje em dia, mas eu entretinha essa ideia porque, sabe, a gente pode ter concorrência de moedas. Era algo que o Friedrich August Henrik, economista da Escola Austríaca que ganhou o Prêmio Nobel em 1974, dizia.

Quando eu entendi a segurança e como a tecnologia do bitcoin funcionava, caí da cadeira. Virei um fascinado entusiasta quase que instantaneamente e comecei a pesquisar cada vez mais. Escrevi alguns artigos para o site do Instituto Mises Brasil e comecei a escrever o livro no final do ano de 2013. Ele foi publicado em março de 2014. Então, lá se vão quase nove anos do livro e quase dez anos que eu estou estudando nesse mercado. Já sou um veterano nesse mundo.

Gestão da moeda e concorrência

Em certa medida, estamos vendo hoje vários países no mundo com inflação mais alta. Isso tem a ver com a gestão da moeda. Quem gere a moeda é o Banco Central, que tem o monopólio de emissão desta mercadoria.

A tese da Escola Austríaca é que apenas um arranjo de livre concorrência pode prover um dinheiro saudável, um dinheiro forte, que não vai ser depreciado. Essa é a essência do argumento de livre concorrência no âmbito monetário. Partindo dessa ideia, é preciso ter concorrência de moedas.

É aí que entram as criptomoedas. O dinheiro não é algo estático. A gente não usa semente de cacau ou conchas há 5 mil anos. O dinheiro vai evoluindo. Formas superiores de moeda vão sendo adotadas e as anteriores, ultrapassadas, vão sendo descartadas. Mas quando a gente chegou no século 20, meio que cessou — ou proibiram — a evolução do dinheiro. Os bancos centrais tomaram conta e proibiram praticamente qualquer tipo de concorrência de moeda.

Bitcoin como alternativa
O bitcoin surge como uma alternativa porque, ao contrário do ouro e de alguma outra moeda privada, ou bitcoin é tecnologicamente superior porque ele é imparável. Como é uma rede distribuída ou descentralizada, não tem um ponto único de falha, não tem como nenhum governo, órgão regulador, exército, marinha que consiga parar o sistema.

Isso não quer dizer que o bitcoin vai se tornar o dinheiro corrente, vai substituir o dólar e tudo mais. Isso são outros quinhentos, é outra parte da história. Porém, pelo menos em teoria, isso pode acontecer e o fato de ser uma tecnologia descentralizada permite com que isso aconteça.

O bitcoin representa a liberdade, não apenas de escolher a moeda mas, também, de produzir moeda. Porque as duas coisas são importantes. Em alguns países, há mais liberdade de escolha de moeda, embora não de produção de moeda. No Japão, por exemplo, a moeda é o iene e todo mundo tem que usar o iene. Só o iene que tem curso legal, mas você pode escolher usar o dólar. Também pode escolher o euro, mas pra pagar imposto é só o iene.

No Brasil a gente tem as chamadas leis de curso legal forçado, que é um passo além. Isso não apenas torna o real a única moeda em território nacional, capaz de liquidar dívidas pré-contratadas e impostos, como também significa que é uma contravenção recusar o real. Se eu tenho uma loja, alguém chega e quer comprar o meu produto, eu não posso recusar pagamento em reais. Nos Estados Unidos é possível, mas, no Brasil, isso é crime.

A tecnologia

O bitcoin é um sistema que tem muita ordem, embora sem autoridade central. Porém, alguém precisa validar transações e assegurar que ninguém vai gastar dinheiro do outro, que não vai haver desvio de fundos, etc. A tarefa de validação de transações é feita de forma voluntária por qualquer participante e há uma recompensa para quem desempenhar essa tarefa de segurança.

Para ganhar essa recompensa e validar as transações, é preciso provar para o restante da rede que você teve trabalho para fazer a tarefa. É a chamada Prova de Trabalho — ou Proof of Work no jargão da rede — que consiste em executar uma função criptográfica que demanda muita energia e força computacional.

Quanto mais pessoas se dedicam a essa tarefa — porque querem ganhar a recompensa —, mais difícil fica essa Prova de Trabalho. Então ela vai crescendo e aumentando cada vez mais em dificuldade. Todo esse processo que eu estou descrevendo de forma simplificada é o que é chamado de mineração do bitcoin. Esse é o coração da rede, o que mantém a rede pulsando.

DESENVOLVIMENTO DE UM LEGADO COMEÇA PELO CONHECIMENTO DO PÚBLICO, PASSANDO POR PESQUISA E DESENVOLVIMENTO DE UM PRODUTO PARA ESSE PÚBLICO E TERMINA NAS FERRAMENTAS PARA ALCANÇAR E OFERECER UMA BOA EXPERIÊNCIA PARA O PRIMEIRO CONTATO COM ESSE PÚBLICO.
QUER CRIAR A PERCEPÇÃO DE VALOR QUE SUA EMPRESA PRECISA PARA SE POSICIONAR COMO REFERÊNCIA NO MERCADO?
Blockchain

Essas transações são registradas num grande arquivo digital chamado blockchain, que é o livro contábil da rede. Lá estão registradas todas as transações e todos os participantes da rede que fazem parte desse processo. Todos têm uma cópia idêntica desse blockchain que, a cada dez minutos em média, vai sendo atualizada de forma sincronizada. Então todos os participantes têm uma cópia fiel, autêntica e que é constantemente atualizada. Todo esse processo é feito de forma voluntária e descentralizada, sem ter um agente central coordenando os trabalhos de todo mundo. As próprias regras do sistema incentivam o comportamento honesto. É sempre mais rentável atuar de acordo com as regras do que tentar perverter o sistema em benefício próprio. Isso é até uma antítese dos sistemas tradicionais porque é um modelo de segurança aberto.

O J1Talks é um podcast produzido com a perspectiva e insights de empreendedores brasileiros inseridos na comunidade brasileira do Japão

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