Quando viver deixa de ser uma opção…

Leitura obrigatória

Quando viver deixa de ser uma opção, acaba se tornando a opção mais pensada porque nos sentimos sem opções…

Neste mês, especialmente, em que comemoramos o setembro amarelo, uma lembrança à problemática do suicídio, pois vale a pena pensarmos mais profundamente sobre isso.
Se nunca nos deparamos com essa sensação, por certo conhecemos alguém que sim, ou mesmo alguém que pôs fim à sua existência.

Nosso bem maior é a vida, e para conservá-la temos um imenso mecanismo de autopreservação instintiva que atua o tempo todo em nossas vidas. Esse mecanismo é tão forte, que nossa tendência será sempre preservar a nossa integridade física, aconteça o que acontecer, e assim, a raça humana segue sua evolução. O que pode ser de tão forte que vai contra esse instinto básico tão poderoso e faz com que a pessoa cometa um ato tão grave contra si mesma?

Há muitas doenças e transtornos psiquiátricos como a depressão, que sim, podem ocasionar pensamentos e até mesmo a ação concreta do suicídio, mas esses precisam ser tratados e acompanhados por profissionais habilitados, utilizando-se de terapia e medicamentos conforme o caso.

O que vamos pensar agora é sobre aquelas pessoas que não possuem um transtorno psiquiátrico grave, mas que um dia olham para suas vidas e sentem que nada está valendo a pena, que suas escolhas não foram acertadas, que o mundo se volta contra elas e que não conseguem ser realmente quem gostariam de ser.

Quando os acontecimentos são uma série de eventos catastróficos e que trazem dor e desesperança, pessoas que até então não pensavam em tirar sua própria vida se veem em um momento tão difícil, que a única opção que enxergam é fugir de tudo. Não necessitamos de ter algum transtorno para passar por isso, mas também não precisamos passar por isso sozinhos!

Em verdade, não devemos. Se examinarmos toda nossa história, vamos ver que em inúmeros momentos estivemos nas situações mais difíceis possíveis, mas o mundo e o tempo trataram de fazer com que elas se resolvessem. Quando observamos, podemos notar quantas vezes fomos fortes e pudemos superar a mágoa, o abandono, a tristeza e quantas “voltas por cima” já demos. E apesar das cicatrizes, hoje elas nos fazem quem somos!

Olhar para nosso passado com olhos de gratidão e reconhecimento para nós mesmos, percebendo que tivemos grande valor em superar tantos obstáculos e chegar onde estamos hoje, começa a nos dar uma outra perspectiva frente ao problema. Aceitação do que não podemos mudar e definição do que temos capacidade para fazer hoje em benefício de nós mesmos, nos tranquiliza e fortalece frente às adversidades.

Por fim, quando os pensamentos de acabar com tudo através do suicídio forem muito fortes e persistentes, devemos procurar alguém imediatamente e aceitar a ajuda necessária, porque com certeza isso também vai passar, como todas as outras dificuldades que já foram vividas e superadas antes.
Nós, profissionais do Projeto Sakura, estamos aqui. Conte conosco!

KENYA LUCIA CIOLA
CRP 08/06155
Psicóloga do Projeto Sakura

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