Um grupo de especialistas alertou nesta quarta-feira, 19, que o Japão pode enfrentar uma grande ¨nona onda¨ da pandemia de Coronavírus no futuro breve.
O anúncio foi feito observando um aumento recente nos casos de uma nova subvariante contagiosa encontrada no país.
¨Existe a possibilidade de que seja maior que a oitava onda¨, disseram os especialistas em parecer apresentado na reunião.
O grupo conta com especialistas como Takaji Wakita, que chefia um painel consultivo do ministério da saúde sobre as contramedidas do COVID-19.
¨Precisamos continuar a tomar medidas para os idosos, que correm alto risco de morrer e aqueles com doenças subjacentes¨, disseram, ressaltando a necessidade de vacinações de reforço e mais esforços para prevenir infecções em lares de idosos e instituições médicas.
Eles também apontaram que, devido ao envelhecimento da população, o Japão pode ver sua taxa de mortalidade permanecer alta em comparação com outros países.
O número de infecções por Coronavírus no Japão relatadas na semana até terça-feira, foi 1,06 vezes maior do que na semana anterior, com 33 das 47 províncias registrando um aumento.
O ministro da Saúde, Trabalho e Bem-Estar, Katsunobu Kato, que participou da reunião, disse que o número de novas infecções tem aumentado gradualmente no Japão, embora tenha notado uma proporção crescente de subvariantes XBB.1.5 Ômicron.
¨Existe a possibilidade de que as infecções se espalhem neste verão¨, antecipou o ministro.
O primeiro-ministro Fumio Kishida está bem, depois de ser vítima de um atentado a bomba na manhã deste sábado, 15.
Um homem jogou um objeto cilíndrico que explodiu antes de um discurso que o primeiro-ministro faria na visita ao porto de Saikazaki (Wakayama), para oferecer apoio ao candidato de seu partido em uma eleição suplementar marcada para o final deste mês. O discurso foi cancelado.
O objeto foi lançado por volta das 11h25. Uma forte explosão foi ouvida, fazendo com que as pessoas fugissem em pânico, e havia um cheiro de queimado no ar.
A polícia prendeu Kimura Ryuji, de 24 anos, que mora na cidade de Kawanishi (Hyogo). Ele está preso por suspeita de obstrução forçada de negócios.
O suspeito teria permanecido em silêncio. Uma fonte disse à NHK que o acusado tinha dois objetos cilíndricos, um dos quais explodiu. O outro foi apreendido pelas autoridades.
Após o incidente, Kishida foi escoltado por policiais e conduzido ao quartel-general da polícia da província de Wakayama.
Mais tarde, em outro discurso em frente à Estação JR Wakayama, Kishida disse: ¨Estamos realizando uma eleição importante em todo o país e temos que trabalhar juntos para levá-la até o fim¨.
O secretário-chefe do gabinete, Hirokazu Matsuno, disse a repórteres no gabinete do primeiro-ministro: ¨As eleições são a base da democracia. É extremamente imperdoável que tal violência tenha ocorrido¨.
Matsuno, o principal porta-voz do governo do Japão, disse que a polícia está investigando o motivo do suspeito e pediu que a Agência Nacional de Polícia garanta a proteção das autoridades.
A agência também pediu que a segurança seja reforçada antes das eleições parciais da Câmara dos Representantes, no final de abril, e da cúpula do Grupo dos Sete em Hiroshima, em maio.
Medo
O ataque a Kishida fez renascer o medo na população, de que mais uma vez a mais alta autoridade do país morresse.
O ex-primeiro-ministro Shinzo Abe foi baleado e morto na cidade de Nara, em julho do ano passado.
Yamagami Tetsuya, de 42 anos, foi indiciado por várias acusações, incluindo assassinato.
Desde que assumi a chefia do Consulado-Geral do Brasil em Hamamatsu em fevereiro de 2021, a promoção da arte e da cultura brasileira na província de Shizuoka constitui uma das prioridades de minha gestão.
O Consulado realizou, desde então, diversos projetos e atividades para divulgar o trabalho de talentosos pintores, caricaturistas, fotógrafos, escritores e músicos da comunidade brasileira residente, muitos dos quais ainda necessitam trabalhar em fábricas no Japão para garantir seu sustento. Por essa razão, o Consulado do Brasil decidiu criar o Coletivo “ArteBrasil”, projeto de divulgação conjunta de nossos talentosos artistas plásticos.
O Consulado lançará o catálogo bilíngue “ArteBrasil” (em português e japonês) com fotografias de obras dos artistas integrantes do projeto e de seus respectivos currículos no evento “Focus Brasil Japão 2023”, no dia 13 de junho, durante exposição das obras dos integrantes do Coletivo aberta ao público, na galeria Create, localizada no prédio da HICE, em Hamamatsu.
Em seguida, o catálogo será distribuído aos governos de todas as províncias do Japão e às destacadas galerias de arte japonesas. A expectativa é a de que os artistas, com essa divulgação gratuita, possam encontrar espaço na competitiva cena das artes plásticas japonesas e, assim, viver exclusivamente de sua arte.
Estou seguro de que o “ArteBrasil” será um dos mais exitosos projetos de divulgação de nossos artistas plásticos já executados no Japão.
O Consulado em Hamamatsu também desenvolve projeto para trazer ao Japão, em 2023, dois talentosos e reconhecidos artistas plásticos brasileiros, a saber, Kinkas Caetano e Darlan Rosa.
Kinkas Caetano, formado em Comunicação e Marketing pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e Artes Plásticas pela Universidade Paris VIII, já realizou projetos para grandes instituições como UNICEF, Anistia Internacional e UNESCO, bem como para empresas como Pernod Ricard, Bain & Company e Vinci. Diversas personalidades possuem obras de sua autoria, tais como a ex-primeira dama dos EUA, Melania Trump, e o estilista japonês Kenzo.
Darlan Rosa já expôs suas obras nos principais salões de arte brasileiros e em destacados salões internacionais – na Bienal Internacional de São Paulo (1976), bem como no México (1986), nos Estados Unidos (1996 e 1998), na Holanda (2000) e na Coreia (2004). Várias de suas esculturas podem ser encontradas em Brasília – principalmente em espaços públicos, como em centros culturais e universitários, edifícios públicos, hotéis e museus – e, também, em outros países.
No dia 23 de março do ano vigente, é assinado o “Acordo de colaboração para redução de lixo na cidade de Oizumi” pelas partes previamente mencionadas.
A cerimônia de assinatura contou com a presença do Sr. Morishita, gerente geral do negócio de limpeza da Living Appliances Company, da Panasonic Corporation, e do prefeito Murayama.
A partir desse acordo, visa-se a redução e a reciclagem de lixo por meio de trituradores com o objetivo de reduzir o lixo doméstico descartado nas residências do município.
Efeito
A cidade declarou o compromisso de ser uma municipalidade de carbono zero em julho de 2020 e definiu a “redução das emissões de resíduos” como um dos esforços para promover a descarbonização. A produção de lixo da cidade no ano fiscal de 2020 foi de 1.094 gramas por pessoa, um nível alto em todo o país, e por isso, a prefeitura de Oizumi se compromete a trabalhar para reduzir a quantidade de lixo em 100 gramas por pessoa por dia.
Concomitantemente, o Grupo Panasonic estabeleceu uma visão ambiental de longo prazo, a “Panasonic GREEN IMPACT”, para alcançar uma “vida melhor” e um “ambiente global sustentável”. Logo, a instituição planeja reduzir a emissão do CO2 associada aos negócios da empresa à praticamente 0 até 2023.
Além disso, a Panasonic está em curso com atividades de negócios cujo objetivo é criar um impacto de contribuição de redução de lixo de 300 milhões de toneladas ou mais, o que é “aproximadamente 1%” das atuais emissões globais totais de aproximadamente 33 bilhões de toneladas até 2050.
O processador de lixo de cozinha utilizado neste projeto seca com ar quente a cerca de 130°C, podendo assim reduzir o volume de lixo de cozinha para cerca de um quinto do seu peso, além de contribuir também para a redução das emissões de CO2 geradas pelo tratamento de incineração de cinzas.
Contribuição
Em conclusão, a Panasonic Corporation emprestará cinco trituradores de lixo doméstico para fins de redução e reciclagem de resíduos à cidade de Oizumi. Os moradores da cidade que desejarem participar são convidados a cooperar com o projeto como monitores para reduzir e reciclar o lixo usando trituradores de lixo doméstico.
Para maiores informações sobre o projeto, basta entrar em contato com a Prefeitura de Oizumi através dos dados abaixo.
Informações:
Prefeitura de Oizumi
Departamento de Obras Urbanas Divisão de Manutenção Ambiental
Balcão número 5
Número de telefone: 0276-63-3111
Na quarta-feira, 12, a Câmara de Comércio Brasileira no Japão realizou o ¨CCBJ Awards Person of the Year¨. O grande homenageado foi o cartunista Mauricio de Sousa, que esteve acompanhado da esposa Alice Takeda.
A homenagem a Mauricio justamente em 2023 tem um significado especial porque a Mônica completa 60 anos neste ano. O evento foi na Embaixada do Brasil em Tóquio.
O cartunista lembrou que os dez filhos dele foram a inspiração para a criação de vários personagens da Turma da Mônica.
¨Esse prêmio representa um motor para continuar com atividades e lançar produtos no Japão e em outros países da Ásia. Nessa viagem foi emocionante o contato com as crianças que conhecem os personagens e detalhes da história em quadrinhos da Turma da Mônica. Fiquei otimista porque tenho um exército no Japão que fala português, me conhece, me respeita e conhece meus personagens. São crianças que vão ler cada vez mais, aprender dois idiomas e isso me traz mais emoções e mais esperanças nas crianças e em mim também¨, disse.
O Embaixador do Brasil no Japão, Octávio Côrtes, lembrou que ¨Mauricio de Sousa ajudou a educar e alfabetizar tantos de nós, nossos filhos e nossos netos. A Turma da Mônica ensina conceitos como amizade, respeito e tolerância¨.
O presidente da CCBJ, Celso Guiotoko, ressaltou. ¨Nos negócios também podemos dizer que essa mensagem da Turma da Mônica é importante. O sucesso tem essa base já citada como amizade e respeito¨.
O Cônsul-Geral do Brasil em Tóquio, Embaixador Guilherme Patriota, enfatizou que a história em quadrinhos da Turma da Mônica faz parte do acervo do Museu da Migração Japonesa ao Exterior, localizado em Yokohama, mostrando a importância do acervo dos gibis do Brasil.
Troféu
O prêmio existe desde 2009 e tem o objetivo de prestar homenagem aos empresários brasileiros e japoneses de destaque na relação bilateral.
O troféu ¨CCBJ Awards Person of the Year¨ é uma réplica da obra da artista Tomie Ohtake, semelhante à escultura que fica na entrada do Aeroporto Internacional de São Paulo, simbolizando a relação Brasil-Japão.
O evento teve a presença de mais de 60 pessoas. Cada um recebeu um guia do CCBJ Awards Person of the Year.
As seguintes empresas colaboraram para o guia: Kyodai Remittance, Kowa Corporation e Alfainter.
O evento contou com o apoio da Embaixada do Brasil em Tóquio.
São visitas que a equipe do Consulado realiza a cidades da sua jurisdição com o objetivo de levar aos brasileiros residentes em outras localidades a maioria dos serviços consulares oferecidos em Tóquio. As missões buscam equilibrar o atendimento em áreas com grande concentração de brasileiros e regiões com maiores dificuldades de acesso à sede do Consulado.
Essa modalidade de atendimento acontece em datas específicas – anunciadas em nossas mídias sociais – e mediante agendamento prévio pela plataforma “e-Consular”, oque contribui para a eficiência na análise e emissão de documentos. Entre os serviços prestados, destacam-se: procuração pública, atestado de vida, autenticação de documentos, registro de nascimento, assinatura em requerimento de passaporte para menor, reconhecimento de firma, alistamento e dispensa de serviço militar, registro de casamento, emissão de CPF, declaração de estado civil, emissão de segundas vias de certidões, registro de óbito e atestado de residência.
Apesar das restrições decorrentes da pandemia da COVID-19, o Consulado manteve as missões itinerantes sempre que as condições sanitárias e as determinações governamentais permitiram, por reconhecer a importância e os benefícios desse tipo de atendimento para a comunidade brasileira. O alto comparecimento e os agradecimentos rotineiramente expressados pelos consulentes confirmam a forte demanda e o reconhecimento da comunidade por esse tipo de atendimento.
Em 2022, por exemplo, apesar das restrições sanitárias ainda vigentes por todo o Japão, foram realizados consulados itinerantes em Moka, província de Tochigi (28 de maio); Oizumi, Gunma (6 de agosto); e Ueda, Nagano (12 de novembro). Os três eventos foram bem-sucedidos, atendendo mais de 550 pessoas e possibilitando a realização de 500serviços. O número de itinerantes só não foi superior devido às restrições sanitárias do governo japonês.
Em 2023, espera-se que o arrefecimento das restrições sanitárias permita ao Consulado-Geral em Tóquio retomar o calendário regular de consulados itinerantes. Já está confirmada, para o dia 15 de abril próximo, a realização de missão em Matsumoto, província de Nagano.
Inscreva-se pelo link https://www.gov.br/mre/pt-br/consulado-toquio/servicos-consulares/consulados-itinerantes/matsumoto-15-04-2023.
Além desta missão, há expectativa de itinerantes nas seguintes localidades: Oizumi(maio), Minami-Alps (junho), Honjo (julho), Iida (setembro) e, novamente, Oizumi (novembro).
Fique atento aos anúncios das datas em nossas mídias sociais e em nosso site!
Embaixador Guilherme de Aguiar Patriota
Cônsul-Geral do Brasil em Tóquio
Assumiu o Consulado-Geral do Brasil em Tóquio em março de 2022
Você tem a sensação de que a sua vida parou? Que todos estão conquistando e vivendo coisas incríveis enquanto você não vê nenhuma mudança, e pior de tudo, nenhuma perspectiva?
Por que muitas vezes temos essa sensação?
Nos sentimos paralisados, sem forças, olhamos nossas vidas com um olhar analítico e nos damos conta de que não realizamos nada de interessante, de “espetacular”. Parece que paramos no tempo, e junto a isso normalmente sentimos um desânimo muito grande, ou mesmo nem sabemos que direção tomar para fazer algo diferente.
Essa sensação é muito comum, e em geral vem acompanhada de um sentimento muito forte de impotência e desânimo. Ocorre em determinados momentos da vida em que estamos muitas vezes fragilizados, passando por uma situação de stress ou com problemas, e é comum a todos nós humanos.
Vemos que isso tem aumentado de forma exagerada com o advento das redes sociais. Estamos constantemente vendo as conquistas alheias, e, em algum momento, acabamos nos comparando com os demais, e invariavelmente, vemos que estamos em situação de inferioridade. Isso nos causa muita frustração e abala nossa autoestima, acarretando muitas vezes um comportamento apático e sem ânimo para fazer algo diferente.
Nesses momentos, vale a pena que tenhamos em conta que cada pessoa tem um caminho com perdas e ganhos, vitórias e derrotas, e que nosso caminho não necessariamente precisa ser igual ou parecido com o do outro.
Quando começamos a nos concentrar em nossas próprias conquistas, mesmo que pequenas, em nossas vitórias frente a todas as adversidades que passamos, em todas as vezes que com dificuldade conquistamos algo, essa percepção de fracasso vai mudando, e vamos tendo uma visão mais realista que nos coloca numa atitude proativa em relação a nossas vidas.
Essa nova forma de ver as coisas não é uma ilusão para nos fazer “felizes”, mas uma forma mais real, porque seria injusto pensar que teríamos que estar fazendo e conquistando as mesmas coisas que os demais, sendo que nossas oportunidades, escolhas, gostos e mesmo objetivos, são diferentes.
Somos muito mais honestos conosco quando decidimos olhar para dentro de nós mesmos e nos perguntamos se estamos realmente no nosso caminho (seja com o ritmo que for), do que quando olhamos para fora e nos sentimos mal por não estar vivendo um caminho que não é nosso.
Músico já tocou com artistas brasileiros e japoneses
O mestre Dorival Caymmi já dizia: ¨Quem não gosta de samba, bom sujeito não é. É ruim da cabeça ou doente do pé¨.
Brincadeiras à parte, se você gosta do ritmo, não pode perder a apresentação de Jun Kagami, guitarrista, vocalista e compositor mundialmente conhecido.
O show será realizado em 27 de maio, no Hakuju Hall, em Tóquio.
O evento conta com o apoio da Embaixada do Brasil e da Associação Nipo-brasileira.
Depois de ter estudado na Berklee College of Music e no Royal College of Music em Londres, pesquisou sobre música brasileira no Conservatório Musical Marcelo Tupinambá.
Numa conversa que tiveram durante a estada de Jun no Brasil, Antonio Carlos Jobim lhe disse que ¨bossa nova é um dentre vários sambas¨.
A frase o teria feito pensar na carreira e se dedicar ao samba.
A amiga Elizete Cardoso, uma das cantoras mais representativas do Brasil, apresentou Jun aos irmãos Horondino José da Silva e Jorge José da Silva (percussionista), que se tornaram seus mestres.
Desde 2003, mudou sua base de produção para o Rio de Janeiro e tem atuado principalmente em colaboração com artistas cariocas.
Depois de retornar ao Japão, ele se envolveu na produção de vários comerciais para grandes empresas como Mercian Wine, Lipton Tea e Morinaga Milk Industry.
Também foi convidado para gravar com muitos artistas, como o ganhador do Oscar, Ryuichi Sakamoto, falecido no último dia 28 de março, Tetsuya Komuro, Toshifumi Hinata e THE BOOM.
Além disso, com o próprio grupo chamado ¨Xacara¨, lançou 5 álbuns originais através de grandes gravadoras, como a CBS Sony e a Sony Record.
Álbum solo
Em 2010,o músico lançou o primeiro álbum solo, ¨Jun¨.
A partir da produção desse álbum, que tinha como tema o ¨samba belo¨, passou a se questionar sobre suas atividades musicais.
E com o intuito de querer ser apenas músico, e não um ¨animador¨ ou ¨performista¨, desde 2012 vem restringindo suas apresentações musicais.
O álbum solo tem 13 músicas e pode ser comprado aqui.
E para mais informações sobre o artista, basta acessar o site oficial clicando aqui.
SERVIÇO
Jun Kagami
Data: 27 de maio de 2023 (sábado)
Horário: 19h (start) e 18h30 (abertura)
Local: Hakuju Hall, que fica em 〒151-0063 Tokyo, Shibuya City, Tomigaya, 1-37-5
Valor: Ingresso antecipado ¥5,000. No dia, ¥5,500
Venda de ingresso: Office Floresta
Telefone: 080-8010-1624
E-mail:huizif157@gmail.com
Apoio: Embaixada do Brasil e Associação Nipo-brasileira
O sistema de ensino do Japão é dividido basicamente em 6 anos de Escola Primária (Shogakko), 3 anos de Escola Ginasial (Chugakko), 3 anos de Colegial (Koko) e 4 anos de Universidade (Daigaku) ou 2 anos de Universidade de curto período (Tanki daigaku).
Os 9 anos de educação em escola primária e ginasial são obrigatórios. Mas para a entrada no colegial ou universidade, há uma prova de admissão.
Nesta primeira semana de abril, milhares de alunos voltarão às salas de aula em todo o Japão.
E alguns deles, pela primeira vez.
Para aqueles que vão entrar na primeira série (ichinensei), além da expectativa natural de fazer novos amigos e aprender coisas novas, existe um objeto em comum que desperta vários sentimentos de alegria na criança: a tradicional mochila quadrada japonesa, chamada de Randoseru.
Confira a seguir a história da mochila e dicas de como escolher a ideal para seu filho.
Material
Randoseru(ランドセル) é uma mochila feita de couro ou material sintético semelhante ao couro.
Tradicionalmente, é dada à criança no início do primeiro ano escolar, quando ela usa a mesma bolsa até a 6ª série.
A explicação mais comum é que o nome vem do holandês ransel ou do alemão ränzel, que significa ¨mochila¨.
Uma randoseru típica mede aproximadamente 30 cm de altura, por 23 cm de largura, por 18 cm de profundidade. Quando vazia, pesa aproximadamente 1,2 kg.
As mochilas possuem laterais em couro rígido e compartimentos internos divididos. Fecham com uma longa aba que percorre todo o comprimento da bolsa e prende na parte inferior.
Para aumentar a segurança no trânsito das crianças que vão e voltam da escola caminhando, muitas cidades começaram a trabalhar com o Instituto de Segurança no Trânsito (交通安全協会, kōtsū anzen kyōkai ) para distribuir coberturas plásticas amarelas ou verde-limão, que cobrem a mochila para aumentar a visibilidade.
A maior parte da produção de randoseru é feita à mão.
Uma randoseru é construída com um corpo de peça única e cerca de 200 acessórios, uma combinação de materiais cortados e placas de suporte de uretano. A montagem envolve crimpagem, costura à máquina, perfuração de cada alça de ombro e rebitagem.
Embora as cores tradicionais de vermelho para meninas e preto para meninos sejam obrigatórias para algumas escolas (geralmente particulares), muitas instituições educacionais permitem que as famílias escolham a cor, marca e material que desejarem.
História
O uso da randoseru começou no final do período Edo.
Junto com uma onda de reformas ocidentais nas forças armadas japonesas, a mochila foi introduzida como uma nova maneira de os soldados de infantaria carregarem sua bagagem.
Em 1885, o governo japonês e o Gakushuin Elementary School tiveram a iniciativa de utilizar a randoseru como modelo de mochila padrão para todos os estudantes do ensino fundamental.
Em Gakushuin foi proibida a prática de ir à escola em carros e riquixás, promovendo a ideia de que os alunos deveriam levar seus próprios equipamentos e ir à escola a pé. Neste momento, a bolsa parecia mais uma mochila normal.
Isso mudou em 1887. O príncipe herdeiro da época ganhou uma mochila ao entrar na escola primária. Para homenagear os soldados do país, o formato da mochila lembrava as mochilas usadas nas forças armadas. Isso imediatamente se tornou moda e a forma foi se adaptando ao modelo atual.
Embora fossem muito caras para a pessoa comum durante o início do século XX, com a ascensão econômica do Japão após a Segunda Guerra Mundial, o uso da randoseru se espalhou para estudantes de todo o país.
Cor
Em escolas mais conservadoras, a cor, a marca e o design são obrigatórios, geralmente com vermelho como cor tradicional para meninas e preto para meninos.
Versões mais coloridas como rosa, marrom, azul escuro, verde, azul e até bicolor também estão disponíveis. Essas variedades existem desde a década de 1960, mas venderam mal devido à mentalidade de bloqueio do sistema educacional que gradualmente começou a mudar no início dos anos 2000.
Numa pesquisa de 2021, o roxo foi a cor mais popular para as meninas, seguida pelo vermelho, rosa e azul claro. Para os meninos, o preto ficou em primeiro lugar, seguido pelo azul marinho, azul e verde.
Uma dica. Lembre-se também de pensar em como a cor provavelmente se desgastará com o tempo. As cores claras podem mostrar mais sujeira do que uma cor mais escura, enquanto as marcas de arranhões são mais visíveis em cores mais escuras.
Avalie também que a mochila deverá ser usada durante 6 anos. Mesmo que uma criança mais nova queira uma bolsa rosa bebê brilhante, talvez quando estiver um pouco mais velha não goste tanto.
Além disso, uma bolsa com um design simples, em vez de uma moderna ou excessivamente enfeitada, pode fazer uma transição mais perfeita.
Preço
A randoseru é vendida em lojas de departamento, como Aeon, e lojas especializadas em couro e até redes, como Nitori.
Dependendo de suas preferências e orçamento, há uma variedade de fatores a serem considerados ao comprar uma dessas bolsas.
A durabilidade e importância da mochila se refletem em seu custo.
O preço varia de ¥ 10.000 a ¥ 100.000 (geralmente para versões de luxo).É uma boa ideia definir seu orçamento para que você possa se concentrar no mercado de bolsas de sua escolha.
Além disso, não tenha medo, porque em todos os preços, há muitos estilos e cores para escolher.
Tradicionalmente, muitos avós no Japão compram randoseru como presentes para seus netos.
Mas se a grana está curta, tem uma saída. Frequentemente a randoseru pode ser encontrada em sites de leilão em condições novas ou usadas, a preços muito mais baixos, especialmente após o início do ano letivo japonês, em abril.
Quem sempre esteve na busca da informação, dessa vez virou notícia.
Na noite de sábado, 1º, foi realizada a ¨1ª Homenagem aos Jornalistas e Mídias da Comunidade Brasileira¨, evento idealizado pelo jornalista Silvio Mori e realizado pelo Consulado-Geral do Brasil em Hamamatsu (Shizuoka) em parceria com o Portal Japão.
A comemoração foi alusiva ao Dia do Jornalista, celebrado em 7 de abril e instituída pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI).
Cerca de 80 pessoas participaram da festa, que aconteceu no Café Tournez La Page, em Hamamatsu. A apresentação foi de Vanessa Handa.
Os patrocinadores foram Eureka Japan, Casa da Sogra, Avance, Out-Sourcing, Aliena Corporation, Hiro World, Mundial Foods, Agência Ichiban, Linda Store, Infi 21, GK Service, Matsuura Giken, Oriente Film e Kowa.
MPB e Bossa Nova
A noite começou com a apresentação de música popular brasileira e bossa nova, com a dupla Michele Costa e Edison Maisatto.
A cantora Michele Costa é Bacharel em Música, Canto e Arte Lírica, formação pela USP no Brasil. Ela atua na área musical como Preparadora Vocal, Regente de Coro, Produtora Musical, Pianista e Arranjadora.
Michele se mudou para o Japão há 9 meses e recentemente lançou seu novo álbum autoral nas plataformas digitais, chamado ¨Intuição¨.
E Edison Maisatto é músico autodidata, amante da Bossa Nova e da música popular brasileira. Atuou no Japão juntamente com a esposa, a cantora Cris Maisatto, durante mais de 20 anos.
Com ela apresentou-se no programa Entrance Concert, na empresa de televisão Nara TV, um programa de uma hora de música brasileira. A participação no programa ¨24 Televison¨ é equivalente ao ¨Criança Esperança¨ do Brasil.
Com o produtor Sussumu Asakura sempre nos bastidores, culminou com a gravação de um CD da esposa Cris Maisatto, intitulado ¨Falando de Amor¨, apenas com músicas de Tom Jobim, com participação especial do Maestro e pianista francês Gilles Gambus, da extinta Orquestra Paul Mauriat.
Vários projetos
O Cônsul Aldemo Garcia abriu os discursos da noite, lembrando que a iniciativa foi do jornalista Silvio Mori e de Elisa Nakakusu, do Portal Japão.
Ele disse que sempre procurou prestigiar a mídia comunitária. ¨É muito importante para a informação da nossa comunidade¨.
Há dois anos à frente do Consulado de Hamamatsu, agradecendo e elogiando a equipe ¨que resolve todos os problemas¨ do órgão governamental, Aldemo afirmou que pode fazer um algo mais.
¨Isso possibilita a gente criar e apoiar mesmo as ideias mais absurdas que aparecem. Em 2022, por exemplo, realizamos as Olimpíadas Escolares e o Brazilian Day Hamamatsu¨, relembrou.
Aldemo agradeceu a presença da mídia japonesa no evento, lembrando que antigamente havia muitas notícias ruins sobre os brasileiros, mas que atualmente são publicadas várias menções positivas.
Também destacou projetos como o Espaço do Trabalhador Brasileiro; o Bossa Brasil, que procura trazer o melhor da música brasileira; os Jogos Escolares Brasileiros que vão acontecer em 22 de julho em Fukuroi; nos dias 16 e 17 de setembro haverá a segunda edição do Brazilian Day Hamamatsu, que já confirmou a presença de Lisa Ono no primeiro dia; a criação do coletivo Arte Brasil, com 30 artistas brasileiros participando de um catálogo que será lançado em dois meses; e o CD Bossa da Comunidade, cujo objetivo é promover os talentos brasileiros para o público japonês.
¨O mais ambicioso é o projeto Casa Brasil-Japão, um centro cultural. Os japoneses têm 400 centros culturais no Brasil, então vamos começar o nosso primeiro aqui, em Hamamatsu¨, comemorou Aldemo.
Mensagens
Em seguida, jornalistas que já passaram pelo Japão como correspondentes das principais emissoras do Brasil, mandaram mensagens em vídeo aos que ainda estão por aqui.
Márcio Gomes, ex-correspondente da Rede Globo e atualmente na CNN Brasil, falou da importância do trabalho jornalístico: ¨Levar cultura, informação, comunicação, dicas de sobrevivência. O trabalho do jornalista é transmitir o que é importante¨.
Cintia Godoy, correspondente da Record de 2013 a 2020, disse que tem saudades eternas do Japão e dos brasileiros. ¨As matérias que eu mais gostava de fazer eram as com a nossa comunidade, que me deram o privilégio de ouvir e aprender¨, agradeceu.
O jornalista Carlos Gil foi o próximo, correspondente da Globo no Japão que cobriu pautas importantes, como a pandemia do Coronavírus e os Jogos Olímpicos de 2020 (realizados em 2021). ¨Assim que possível voltaremos para abraçar todos os amigos que deixamos.¨
Entre 2011 e 2013, André Tal foi o correspondente da Record no país, e ele aproveitou para engrandecer a profissão. Fernando Jordão, do SBT News, enalteceu o trabalho dos jornalistas e da correspondente Erika Okazaki, uma das homenageadas.
Alberto Gaspar e outros três correspondentes lembraram das dificuldades do trabalho anos atrás, sem Google, sem telefone celular, com a internet primitiva. ¨Viva o Dia do Jornalista¨, concluiu.
Discursos e emoção
O primeiro jornalista homenageado foi Osny Arashiro, atualmente blogueiro do site Japão Aqui. Mais tarde, numa rede social, ele disse: ¨Foi uma oportunidade de reencontrar antigas amizades e colegas de trabalho. Agradeço também ao Cônsul Aldemo Garcia, o primeiro diplomata a lembrar da nossa profissão e nos homenagear, dando o exemplo de que trabalhamos por uma causa única e que a concorrência entre mídias é apenas sinônimo do bem informar¨.
O discurso mais emocionante da noite foi da correspondente Silvia Kikuchi, desde 2020 na Rede Record de Televisão. Veterana, passou pela mídia impressa e digital.
Ela agradeceu a homenagem e fez questão de falar, com lágrimas nos olhos, que não apenas os jornalistas deveriam ser lembrados neste dia. ¨Quem está lá sentado, quem administra, quem cuida da faxina, do dinheiro, da administração. Todo mundo faz parte desse jornalismo¨, finalizou Silvia.
Neide Hayama tem mais de 30 anos de atuação no jornalismo, com experiência em rádio, jornal, revista, agência de comunicação, mídia social, podcast e assessoria. Ela também emocionou os presentes, primeiro agradecendo ao Silvio Mori, que organizou a festa mas não pôde estar presente e lembrando da importância da comunicação: ¨A ideia foi dele, que batalhou bastante, um cara genial. Dedico essa homenagem para ele. Numa conversa falamos que poderíamos nos unir mais. E assim surgiu a ideia. Vamos nos comunicar¨, sugeriu.
Erika Okazaki, atual correspondente do SBT, se define como uma pessoa que nasceu com ¨asas¨ e que até agora conheceu 15 países. Em conversa com dois estudantes de jornalismo presentes à festa, eles falaram que uma pesquisa levantou que um dos cursos que as pessoas mais se arrependiam de fazer era o Jornalismo.
Erika sonhava em ser bioquímica, mas formou-se em Moda e depois em Jornalismo. ¨Nunca imaginei receber uma homenagem dessa, sabendo que posso ser ponte entre Brasil e Japão. É tão gratificante. Por isso tenho certeza que vocês (os estudantes) nunca vão se arrepender de se formarem jornalistas. Nunca esqueçam. O jornalismo é feito por pessoas e pode tocar o coração delas. Tenho certeza que vocês vão ter muita gratidão por essa profissão¨, previu a correspondente.
Mídia japonesa
A mídia japonesa que trata de assuntos brasileiros também foi lembrada.
E três deles estiveram presentes ao Café: Hibino Tsumugi (Shizuoka Shinbun), Ohira Kaname (Asahi Shinbun) e Watanabe Mayumi (Chunichi Shinbun).
Hibino confessou que, por causa da dificuldade da língua portuguesa, achou que não conseguiria cobrir a comunidade brasileira, mas foi bem acolhida e recebeu ajuda. ¨Gostaria de continuar ajudando a comunidade e mostrar aos japoneses a importância dos brasileiros¨, disse.
A jornalista Watanabe, que agora está trabalhando em Tóquio, afirmou que mesmo longe quer continuar dando espaço para a comunidade de Hamamatsu e região.
E Ohira afirmou estar assustado com a homenagem. No final de fevereiro, o jornalista conseguiu emplacar uma série de 4 reportagens com a comunidade brasileira, intitulada ¨Vivendo no Japão¨.
Ele explicou: ¨Não coloquei Trabalhando no Japão porque com a baixa natalidade, os estrangeiros estão realmente ajudando o Japão a se erguer novamente. Não apenas trabalhando, mas vivendo aqui¨.
Mídias brasileiras
O trabalho árduo e com dedicação dos jornalistas não teria tanto retorno se as empresas não abrissem espaço para a divulgação das matérias, vídeos, podcasts. Por isso, a mídia brasileira no país foi homenageada pelo Consulado.
Rosa Toyonaga, a diretora da Rede Record Japan, falou das dificuldades de manter uma mídia diária. ¨E mesmo assim, conseguimos levar gratuitamente para a comunidade as notícias do Brasil, entretenimento, superproduções¨, afirmou. E ela não agradeceu apenas aos jornalistas. Assim como Silvia, a colega de emissora destacou a importância dos técnicos, pessoal do marketing, R7, jornalistas e todos que fazem parte da Record.
O podcast, mídia que vem crescendo nos últimos anos, também foi lembrado. Carlinhos Vilaronga, da Nabecast Podcast & Multimedia e um dos líderes do Coletivo Podosfera Nipo-Brasileira no Japão, recebeu a homenagem. ¨Nossa galera é formada por mães, pais, pessoal que sai do trabalho noturno (yakin) e ainda grava conteúdo de manhã para entreter e informar a comunidade brasileira¨, pontuou.
A revista Guia JP também foi homenageada. Nossos diretores, Emmanuel Cáceres e Aline Higa, foram representados pelo jornalista Alexandre Ezaki, que recebeu o certificado das mãos do presidente da Kowa, Nelson Saito.
Homenageados
A seguir, confira a lista completa dos prestigiados com o Certificado do Consulado.