Arquivos Empreendedorismo - JP Guide https://jpguide.co/category/empreendedorismo/ Site de suporte ao residente no Japão. Conteúdos exclusivos de turismo para quem busca qualidade de vida e boas experiências no país. Thu, 02 May 2024 15:46:37 +0000 pt-BR hourly 1 https://jpguide.co/wp-content/uploads/2022/08/cropped-cropped-logo-jp-32x32.png Arquivos Empreendedorismo - JP Guide https://jpguide.co/category/empreendedorismo/ 32 32 232509528 Longevidade empresarial: Explorando o potencial do factoring com a A-Little https://jpguide.co/longevidade-empresarial-explorando-o-potencial-do-factoring-com-a-a-little/ https://jpguide.co/longevidade-empresarial-explorando-o-potencial-do-factoring-com-a-a-little/#respond Fri, 26 Apr 2024 21:10:03 +0000 https://jpguide.co/?p=32551 No mundo empresarial, a gestão eficaz do fluxo de caixa é essencial para o sucesso e a prosperidade de qualquer empreendimento. Em meio a esse cenário desafiador, uma prática financeira ganha destaque: o factoring1, ou fomento mercantil. Para entendermos melhor o conceito desta prática, a revista Guia JP teve a oportunidade de realizar uma entrevista […]

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No mundo empresarial, a gestão eficaz do fluxo de caixa é essencial para o sucesso e a prosperidade de qualquer empreendimento. Em meio a esse cenário desafiador, uma prática financeira ganha destaque: o factoring1, ou fomento mercantil.

Para entendermos melhor o conceito desta prática, a revista Guia JP teve a oportunidade de realizar uma entrevista exclusiva com Renan Mizuguti, responsável pela A-Little, empresa que opera neste segmento em Aichi, Komaki.

Mas afinal, o que é o factoring e como a A-Little está redefinindo esse conceito?

Renan explicou que o factoring é uma operação na qual uma empresa vende suas faturas ou recebíveis a uma empresa especializada, conhecida como empresa de Factoring ou Fomento Mercantil no Brasil.

“Imagine que você emite uma fatura para um cliente, mas precisa de capital imediato. Em vez de esperar 30, 60 ou 90 dias para receber o pagamento, você pode vender os direitos dessa fatura a uma empresa de factoring. Essa empresa compra a fatura com um desconto, proporcionando-lhe capital de giro imediato”, explica Renan.

Renan explica que as práticas de factoring elaboradas pela A-Little seguem basicamente em dois modelos de contrato:
“Um deles envolve um acordo entre três partes, o que tende a ser mais vantajoso para quem está vendendo suas faturas, pois oferece uma maior segurança para nós, que estamos adquirindo esses recebíveis”, e finaliza “e tem o modelo em duas partes, onde você que está responsável por receber e por me repassar o valor recebido”.

Mercado de Factoring no Japão: Taxas, Riscos e Competitividade

“A legislação que regulamenta o factoring no Japão difere daquela que governa as regras de empréstimo”, explicou o profissional Renan, ressaltando ainda a existência de contratos específicos, como o “recourse factory”, que operam dentro do escopo da legislação de empréstimos e instituições financeiras.

Por outro lado, Renan explica que o factoring “sem recurso” está sujeito a uma legislação distinta. Essa diferenciação é fundamental para compreender os diferentes tipos de contratos e os riscos associados a cada um.

Ao abordar as taxas praticadas no mercado de factoring japonês, o especialista revelou que a média gira em torno de 20%: “Essas taxas são cobradas devido ao maior risco envolvido para a empresa de factoring”, esclarece Renan. Isso permite que essas empresas ofereçam capital de giro imediato em troca de uma taxa competitiva.

Entretanto, Renan enfatiza que a A-little busca oferecer taxas mais vantajosas, especialmente para empresas locais e de pequeno porte, visando aumentar a competitividade no mercado. “Estamos trabalhando com uma média de 10 a 15%”, revela o entrevistado.

Gerenciando riscos no mercado de factoring

Questionado sobre como a empresa lida com o risco associado aos clientes estrangeiros, o especialista destacou a complexidade dessa questão: “É um pouco difícil de mensurar esse risco”, afirma Renan.

Ele explica que, para avaliar o risco, a empresa realiza uma análise minuciosa da origem dos pagamentos: “Conforme eu faço a análise, quando se tem uma boa origem do histórico e se é um bom pagador, temos mais confiança de fechar esse contrato com o meu cliente”, afirma o empresário. Essa abordagem permite uma tomada de decisão mais fundamentada e uma redução do risco associado às transações.

Além disso, Renan ressalta a importância de analisar cuidadosamente as entradas e saídas de capitais para garantir uma maior segurança nas transações. Essa análise criteriosa é essencial para proporcionar uma base sólida para os contratos realizados entre as partes envolvidas.

Eficiência e transparência: O processo de verificação da A-little Factory

Em média, depois que a empresa deu entrada no pedido, quanto tempo demora para essa verificação?

“Com toda a documentação correta entregue a nós, eu peço três dias. Em alguns casos, eu consigo fazer até no mesmo dia”, afirma Renan. Essa abordagem rápida e eficiente é fundamental para atender às necessidades dos clientes e garantir transações suaves.
O empresário também explicou que a análise do pedido depende do valor envolvido. Essa adaptação à complexidade de cada transação demonstra o compromisso da empresa em oferecer um serviço personalizado e ágil.

“Em casos de empresários estrangeiros que não entendem a língua, eu anexo tradução, porém, o contrato em si é em japonês”, explica Renan. Essa abordagem permite uma comunicação clara e eficaz entre as partes envolvidas, garantindo uma compreensão mútua dos termos e condições do contrato.

Requisitos e critérios para aplicação em Factoring

Para garantir uma transação bem-sucedida, compreender os critérios e requisitos para aplicação nesse tipo de serviço pode ser fundamental.

“Nós preferimos trabalhar com pessoa jurídica, com hold-in. Porém, nós trabalhamos também com autônomos”, explica Renan. E complementa: “Tem que ser hold-in, ou seja, tem que ser uma empresa jurídica, precisa ter um tempo mínimo de empresa, e avaliamos também se tem imposto atrasado ou não”. Esses critérios fundamentais visam garantir a elegibilidade e a viabilidade das transações de factoring.

Consultoria especializada: A abordagem da A-little para empresas

No turbulento mundo dos negócios, enfrentar desafios financeiros é uma experiência comum para empresas de todos os tamanhos e setores. A falta de clareza sobre questões financeiras e as dificuldades de gestão podem surgir inesperadamente, deixando até mesmo os empresários mais experientes em situações delicadas.

Nesse contexto, uma consultoria especializada de empresas como a A-little emerge como uma ferramenta essencial para ajudar as empresas a encontrarem soluções eficazes para seus problemas financeiros.

Para Renan “A ideia não é somente que ele utilize o nosso serviço e continue sempre voltando. A ideia é ajudar ele a sair dessa dificuldade que ele está tendo”, explica.

Diversificação financeira: A A-little e os Serviços de leasing de veículos

No universo das finanças, a A-little se destaca não apenas pela antecipação de créditos, mas também por oferecer serviços de leasing2 de veículos.

Renan explica: “Nós temos parceria com algumas lojas de carro em que eles têm acesso ao financiamento comum, porém, o cliente às vezes está com o nome sujo ou tem um nicho muito curto. Eu faço então o leasing de veículos nessa faixa”. Essa iniciativa visa atender a uma demanda específica de clientes que enfrentam dificuldades em obter financiamento tradicional.

Quanto à taxa de juros praticada nesse serviço, ele esclareceu: “Olha, a taxa corre em torno de 3% ao mês. Porém, no caso do leasing, ele não cai na regulamentação da legislação de empréstimos”. Essa taxa competitiva torna o leasing uma opção atrativa para clientes que buscam uma alternativa viável para adquirir um veículo.

Ao abordar a questão da inadimplência, Renan reconhece os desafios associados a esse tipo de serviço. “Eu diria que a taxa de inadimplência é um pouco maior”, admite.
No entanto, o empresário destaca algumas medidas preventivas adotadas pela empresa, como a instalação de GPS nos veículos. “Instalamos um GPS que trava o veículo caso o cliente não pague em todos os nossos automóveis”, revela.

A-little: Maximizando a longevidade empresarial

Vocês estariam então num dos principais segmentos para fomentar a vida útil de uma empresa?

Renan ressalta: “Essa é a ideia: tentar ajudar essa empresa a sair da dificuldade que ela está tendo”.
Ele destaca a importância de um fluxo de caixa saudável, citando o termo japonês “kuro-jito-san”, que se refere à falência de empresas lucrativas devido à falta de liquidez e em como a empresa A-little vem auxiliando empresários nesta situação a alcançarem o equilíbrio financeiro e sucesso empresarial.

GLOSSÁRIO
Factoring1: factoring é um nome moderno para fomento mercantil ou comercial. Basicamente, é uma operação financeira oferecida por instituições comerciais que adquirem direitos creditórios (via duplicata) e pagam à vista mediante o acréscimo de taxas e juros por vendas que foram feitas no prazo.
Leasing2: o bem financiado por essa modalidade fica em nome do banco até que o contrato seja finalizado: simples e prático, pois o leasing

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#28 Karina e Markus Seito – fundadores da ecojima https://jpguide.co/28-karina-e-markus-seito-fundadores-da-ecojima/ https://jpguide.co/28-karina-e-markus-seito-fundadores-da-ecojima/#respond Fri, 15 Mar 2024 20:57:57 +0000 https://jpguide.co/?p=32376 Quais problemas você resolve na sua região? No Japão, o casal Karina e Markus, fundadores da Ecojima, em conjunto com pesquisadores japoneses, desenvolveram soluções ecológicas baseadas em biotecnologia. São 3 grandes problemas do Japão que eles buscam resolver. A segurança alimentar, pois o arquipélago tem poucas terras agricultáveis e importa a maior parte do que […]

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Quais problemas você resolve na sua região? No Japão, o casal Karina e Markus, fundadores da Ecojima, em conjunto com pesquisadores japoneses, desenvolveram soluções ecológicas baseadas em biotecnologia. São 3 grandes problemas do Japão que eles buscam resolver. A segurança alimentar, pois o arquipélago tem poucas terras agricultáveis e importa a maior parte do que consome. A limpeza dos canos em fazendas hidropônicas, que pode destruir uma plantação e a regeneração de solos para agricultura, que originou todas as outras soluções, e também se relaciona com a reforma de “akiya”, as casas abandonadas, um grande problema no interior do Japão. A Ecojima é uma STARTUP que já recebeu investimento anjo e busca inveatidores comprometidos com a mesma visão de sustentabilidade e cuidado com a saúde e a ecologia.
Encontre-os em https://link.bio/Z7Yw e se preferir ler a entrevista, acesse https://jpguide.co/revolucao-verde-ecojima-e-a-nova-era-da-hidroponia-sustentavel/ muito obrigado

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Revolução Verde – ECOJIMA e a nova era da hidroponia sustentável https://jpguide.co/revolucao-verde-ecojima-e-a-nova-era-da-hidroponia-sustentavel/ https://jpguide.co/revolucao-verde-ecojima-e-a-nova-era-da-hidroponia-sustentavel/#respond Mon, 04 Mar 2024 14:22:24 +0000 https://jpguide.co/?p=32329 Num panorama mundial permeado por obstáculos socioambientais cruciais, esta edição especial da Guia JP lança luz sobre os desafios que ecoam pelo planeta. A convergência de crises climáticas, questões agrícolas prementes e desafios sociais complexos delineiam um cenário que exige não apenas atenção, mas também soluções inovadoras e comprometimento global. Ao examinarmos o estado atual, […]

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Num panorama mundial permeado por obstáculos socioambientais cruciais, esta edição especial da Guia JP lança luz sobre os desafios que ecoam pelo planeta.
A convergência de crises climáticas, questões agrícolas prementes e desafios sociais complexos delineiam um cenário que exige não apenas atenção, mas também soluções inovadoras e comprometimento global.

Ao examinarmos o estado atual, vislumbramos uma interconexão inextricável entre o ambiente, a produção de alimentos e as comunidades. Desafios como a escassez de recursos naturais, mudanças climáticas e desigualdades sociais demandam uma abordagem holística para redefinir o futuro da nossa relação com o planeta.

É sob este cenário socioambiental atual que surge a Ecojima. Fundada sobre os pilares da tecnologia, biologia e sustentabilidade, esta visionária corporação lidera o caminho rumo a um futuro mais verde, sustentável e socialmente responsável.

Acompanhe conosco este bate-papo exclusivo com Karina e Markus Seito, Presidente e Vice-presidente respectivamente, da startup Ecojima, trazendo insights inspiradores, diálogos transformadores e iniciativas que estão moldando um futuro mais sustentável.

Ecojima: Conceito, visão e missão inovadores

Ecojima não é apenas uma empresa; é uma missão.
Segundo Karina Seito, CEO e Presidente da startup japonesa: “Ecojima é uma empresa de soluções ecológicas. Isso significa que nós buscamos soluções para problemas que a sociedade apresenta, tanto com relação à alimentação, às questões de saúde e todos os tipos de problemas do meio ambiente”. E complementa “Buscamos sempre pesquisar e trabalhar com produtos que fazem diferença no meio ambiente e na sustentabilidade do planeta”.

Com uma visão holística do impacto sustentável, a abordagem da Ecojima vai além do ativismo ambiental tradicional. Para Karina, há uma interconexão vital entre o planeta Terra e a humanidade: “Não existe um futuro se não cuidarmos agora do planeta e também da nossa saúde”.

Para Karina e Markus, o conceito de ecologia abrange duas frentes, interna e externa, e que estão intrinsicamente ligadas: “A ecologia interna é a manutenção da nossa alimentação, da nossa saúde, dos nossos sentimentos, nossos pensamentos. Então, uma coisa está interligada a outra”, compartilha Karina.

Karina Seito

 

 

“Não existe uma boa saúde, sem um bom meio ambiente.” – Karina Seito

 

 

 

 

Agricultura regenerativa, hidroponia e cultivo orgânico: Sustentabilidade prática na Ecojima

A Ecojima não apenas professa a sustentabilidade, mas a coloca em prática através de projetos inovadores que destacam seu compromisso com a regeneração ambiental. Karina revela um dos projetos mais impactantes da empresa, destacando a visão holística que permeia todas as iniciativas: “Nós acreditamos que tudo começa da terra”, enfatiza a CEO sobre a introdução do projeto de agricultura regenerativa da startup.

Essa abordagem única envolve um entendimento profundo do microbioma¹ do solo, que é crucial para a saúde e fertilidade da terra. Colaborando com cientistas japoneses, a Ecojima desenvolveu uma bactéria especial que aprimora significativamente o microbioma, promovendo a regeneração do solo de maneira sustentável.

Ecojima Farm

A agricultura hidropônica² é outra pedra angular dos esforços da Ecojima em direção à verdadeira sustentabilidade. Karina explica: “Entendemos a importância de dar um descanso ao solo, pois mesmo na agricultura orgânica, a forma como é feita, é muito difícil ser 100% orgânico”.

Para os entrevistados, essa prática (agricultura orgânica) ainda enfrenta diversos desafios, como a contaminação por agrotóxicos de cultivos vizinhos, solos empobrecidos e o uso de plásticos para controle de ervas daninhas.

“Por isso, de três anos para cá, em todas as pesquisas que nós temos desenvolvido estamos percebendo que a verdadeira sustentabilidade vem da agricultura hidropônica”, explica Karina.

A verdadeira inovação, segundo a CEO, reside na capacidade da agricultura hidropônica de utilizar menos recursos da terra e menos água, oferecendo uma abordagem mais eficiente e sustentável e que demonstra o comprometimento da Ecojima em encontrar soluções que não apenas resolvam problemas imediatos, mas que também pavimentem o caminho para um futuro verdadeiramente sustentável.

 

Agricultura hidropônica: Obstáculos, vantagens e futuro promissor

Karina Seito compartilha a experiência da Ecojima enfrentando desafios climáticos no Japão, destacando como esses obstáculos moldaram as práticas agrícolas da empresa e reforçaram seu compromisso com soluções sustentáveis:
“Essas questões climáticas aqui no Japão são um ponto muito forte”, observa Seito, referindo-se às condições meteorológicas extremas, como tufões, terremotos e variações abruptas de temperatura.

Como exemplo, Karina compartilha sobre a fazenda Ecojima, desenvolvida para testes e pesquisas de novas tecnologias, destacando a visível diferença na qualidade do solo graças ao uso do biofertilizante desenvolvido pela empresa e que, mesmo assim, sofre riscos:
“A nossa terra é mais preta, bem nutritiva, bem forte. Toda a vizinhança percebe a diferença. Durante a chuva, é impossível a gente conseguir, então, por três anos consecutivos, a gente perdeu as nossas plantações”, revela a empreendedora.

As condições climáticas imprevisíveis, como chuvas fora de época, têm impacto direto na agricultura, comprometendo colheitas e desafiando a sustentabilidade das práticas convencionais.

Karina explora ainda, a dualidade do clima japonês, com invernos rigorosos e verões quentes, ambos apresentando desafios únicos. “No calor é muito difícil, porque precisamos de muito mais água para irrigar, e no inverno, por conta do frio extremo, o solo também decai”, explica.

Os desafios enfrentados por Karina nos primeiros anos no Japão levaram a uma compreensão mais profunda das razões por trás do declínio da agricultura no país.
“Não é favorável”, ressalta a CEO, e finaliza: “Você investiu, plantou, colocou sua muda ali. Está tudo bonito. De repente, vem uma chuva que não estava prevista e você acaba perdendo e comprometendo todo o seu plantio”.

Para a empreendedora, dois pontos cruciais tornam a agricultura convencional uma empreitada arriscada no Japão: ambientes pequenos e condições climáticas extremas. E para tanto, o investimento em cultivo hidropônico torna-se cada vez mais uma solução urgente no setor agricultor.

 

Hidroponia: Eficiência e sustentabilidade na agricultura do futuro

Durante a entrevista, Markus Seito, Vice-presidente da Ecojima, revela a abordagem eficiente da Ecojima na prática da hidroponia, destacando a diferença marcante em relação à agricultura convencional. Em uma área equivalente, a eficiência é até dez vezes maior, gerando não apenas resultados superiores, mas também economia significativa.

Markus exemplifica: “É como uma fábrica, meio mecanizado. Você não precisa abaixar para trabalhar. Você pode trabalhar em um ambiente limpo, estéril, em pé, em mesa”. Essa abordagem inovadora destaca a natureza altamente controlada e precisa da hidroponia, onde as condições ideais são mantidas para o crescimento das plantas.

Ecojima

O que é e como funciona a substituição do substrato na hidroponia?

Karina simplifica: “O substrato é o que vai ‘segurar’ a raiz da planta. A terra seria um tipo de substrato. Na hidroponia, nós utilizamos a espuma fenólica ou outro tipo de substrato”.
A utilização de substratos como a espuma fenólica³ destaca-se como uma técnica limpa e eficaz. Markus enfatiza o benefício adicional de reduzir o contato humano com as plantas, aumentando o tempo de prateleira dos produtos colhidos: “Isso faz ser muito límpido, porque depois você não encosta mais na planta, o que aumenta o tempo de prateleira”, destaca.

Para contextualizar a história da hidroponia, o empreendedor destaca suas raízes antigas, remontando à Babilônia e outras civilizações antigas. Markus explica como essas culturas utilizavam técnicas semelhantes para superar desafios ambientais, e como a hidroponia moderna evoluiu a partir dessas práticas ancestrais: “Ali, em volta de lagos, eles faziam a agricultura deles, tanto é que o declínio da civilização é quando essas águas secam”, narra Markus.

Markus reforça a importância do microbioma do solo, destacando que a terra é viva, e a interação química entre a água e a raiz é crucial para a absorção de nutrientes. “O que faz a planta se nutrir é a água, é o movimento químico dessa água em contato com a raiz”, esclarece.

Quando questionados sobre os diferenciais da Ecojima frente aos sistemas hidropônicos já disponíveis no mercado atual, Markus afirma: “Nosso diferencial é a evolução dos sistemas hidropônicos” e enumera as qualidades — “Ambiente limpo, onde você já não usa agrotóxico, porque o ambiente é esterilizado; velocidade com que essa planta cresce; e o sistema de nutrição automatizada”.

Markus ressalta ainda a importância de um sistema de nutrição automatizado, onde cada planta é nutrida perfeitamente no tempo e quantidades necessárias: “E no caso das lâmpadas, cada planta recebe de forma diferente. Então, você pode aumentar uma vitamina na planta”, explica o entrevistado.

A Ecojima se destaca não apenas pela prática eficiente da hidroponia, mas também pela incorporação de tecnologias inovadoras do Japão em seu sistema. Markus Seito enfatiza a vantagem do sistema autolimpante Nanosol CC, que mantém todo o sistema hidropônico livre de partículas indesejadas, odores e ameaças microbiológicas.

“Nós temos também nossa bactéria utilizada na nutrição, que é um biofertilizante” finaliza o empreendedor.

 

Ecojima

Revolução Ecojima: Superando desafios na hidroponia

Para entender o cenário da agricultura hidropônica, é crucial abordar os desafios enfrentados neste modelo de cultivo. Por exemplo, a manutenção da limpeza do sistema é um obstáculo significativo, já que a presença de fungos e microrganismos pode comprometer todo o cultivo.

Karina destaca essa dificuldade como uma das desvantagens da hidroponia convencional: “Imagina, ali é um cano onde tem raiz e água passando. Se ali cria um fungo, um microrganismo, prolifera para todas as raízes e compromete todo o cultivo. Então é um prejuízo imenso”, explica.

No entanto, a Ecojima supera esse desafio com uma solução fotocatalizadora inovadora, aplicada nos canos e em toda a estrutura, criando um ambiente controlado e livre de microrganismos indesejados.

 

Ecojima Farm

O diferencial da Ecojima vai além, destacando-se também pelo biofertilizante utilizado, o mesmo aplicado na agricultura regenerativa para a recuperação do solo. Karina ressalta: “Temos esse biofertilizante em forma líquida, para ser utilizado na hidroponia”, e garante —”Esses são os nossos dois grandes diferenciais, as características únicas”.

Para o casal de empreendedores, estes diferenciais, somados à abordagem terapêutica da hidroponia, transformam a agricultura de alta tecnologia em algo acessível e tangível para o público.

“A diferença também é transformar isso palpável ao público, de forma fácil e que você possa fazer na sua casa também”, explica Markus, e detalha — “trazer isso para o público, transformar agricultura hi-tech em uma coisa mais pop, talvez o jovem se interesse e queira trabalhar nisso”.

O desafio seguinte enfrentado pela hidroponia é torná-la tangível, acessível às pessoas. Karina e Markus, visionários por trás da Ecojima, destacam essa lacuna e enfatizam a importância de trazer a hidroponia para mais perto do público, permitindo que as pessoas interajam diretamente com o processo de cultivo.

“Isso é ainda o que falta na hidroponia. Torná-la uma coisa palpável, onde a pessoa pode ir lá, ver. De repente, até se você mora próximo a uma instalação, você poder ir até lá, ‘Ah, eu quero aquele ali que está no pé. Tira ali para mim’”, ilustra Karina.

Ao abordarmos a questão da logística de entrega, a Ecojima destaca a necessidade crucial de eliminar intermediários e encurtar as distâncias entre a produção e o consumidor. Markus ressalta que o foco deste modelo de cultivo está nas megacidades, reconhecendo a importância de cortar essa logística complexa para proporcionar uma experiência mais direta e fresca aos consumidores.

“Geralmente a agricultura não é feita em grandes centros, então os produtos são transportados até os grandes centros. Quando chegam aos supermercados, fica ali um tempo na prateleira, até que você compra, põe na geladeira e consome. A cada tempo, o valor nutricional desse produto vai caindo.”, destaca a CEO.

 

Hidroponia: Redefinindo o ritmo da agricultura

Em questões de logística, quanto tempo o processo hidropônico da Ecojima leva para ter um produto finalizado e pronto para o consumo?

“No caso das folhas em geral, como agrião e couve, em 90 dias eles já estão prontos. Na hidroponia, em 45 dias já dá pra colher”, explica Markus.

Ao encurtar significativamente o tempo necessário para cultivar vegetais de alta qualidade, o cultivo hidropônico realizado pela Ecojima redefine não apenas a logística, mas também as expectativas do consumidor. Essa eficiência é essencial não apenas para atender à demanda crescente por produtos frescos, mas também para otimizar o uso de recursos e espaço.

 

Hidroponia: Uma resposta sustentável para os desafios da agricultura convencional

Manter uma produção constante na agricultura convencional é um desafio global, enfrentado por agricultores em todo o mundo. As oscilações climáticas, contratos instáveis e a pressão do mercado são obstáculos recorrentes. Markus, Vice-presidente da Ecojima, destaca como a hidroponia surge como uma solução para esses desafios, oferecendo consistência e sustentabilidade.

A constância no processo hidropônico é um diferencial significativo. Ao eliminar variáveis externas, como condições climáticas imprevisíveis e limitações de solo, a hidroponia oferece um ambiente controlado que permite uma produção estável. Isso é especialmente crucial em regiões como o Japão, onde a segurança alimentar está na vanguarda das preocupações.

Hidroponia

“A hidroponia faz toda a diferença no sistema. Por exemplo, o Japão, ele não possui segurança alimentar. Na verdade, a segurança alimentar do Japão é porque ele tem uma economia muito forte, mas ele mesmo não tem, tendo que comprar de outros países, o que já está preocupando os japoneses”, ressalta Markus.

O entrevistado continua explicando a diferença temporal no cultivo hidropônico: “Com a metade do tempo da agricultura convencional, conseguimos ter um produto já pronto para a colheita, finalizado em 60 dias. Um mês, um mês e meio mais rápido em relação à agricultura convencional”.

Além da consistência, a hidroponia da Ecojima oferece benefícios ambientais substanciais. Markus explica: “Outra questão também é que usamos 10 vezes menos água, porque quando falamos em hidroponia, significa cultivo na água, então muita gente pensa ‘nossa, isso deve gastar muita água’. Só que não, porque a água é circulante”.

A preocupação global com a escassez de água torna a abordagem da hidroponia ainda mais relevante. Ao recircular a água utilizada no cultivo, o sistema minimiza o consumo e o desperdício, contribuindo para a sustentabilidade do recurso hídrico.

Em um cenário ilustrado, podemos compreender que o tempo investido em uma plantação convencional possibilita a realização de duas hidropônicas, em espaços de plantio muito menores. Este ganho temporal e espacial não é apenas uma questão de eficiência; é uma transformação na abordagem do cultivo.

Desafios da produção alimentar: A necessidade urgente de otimização

A crescente discrepância entre a população mundial e a capacidade de produção de alimentos é uma questão premente. Como destaca Karina, especialista da Ecojima, “se não otimizarmos a forma de produzir alimentos, chegará um ponto em que faltará”.

Historicamente, as fábricas de alimentos surgiram como uma solução para atender a uma população em rápido crescimento. Contudo, essa abordagem resultou em produtos industrializados que, hoje, apresentam impactos negativos na saúde. O dilema é evidente: a solução adotada no passado agora se tornou parte do problema.

Em busca de alternativas mais saudáveis, a sociedade está empenhada em trilhar o caminho reverso, buscando reduzir o consumo de alimentos industrializados e privilegiando opções mais naturais “Descascar mais e abrir menos pacotinhos”, brinca Karina.

A agricultura hidropônica emerge como uma resposta eficaz a esse desafio, oferecendo uma abordagem sustentável e saudável para atender às necessidades alimentares da população.

Oportunidades no setor da hidroponia

O Vice-presidente e especialista da Ecojima, Markus Seito, destaca que as oportunidades proporcionadas pela agricultura hidropônica transcendem fronteiras, indicando uma tendência mundial. O interesse por tecnologias inovadoras nesse setor é evidente em diversas partes do mundo, com empresas de diferentes nacionalidades engajadas nessa corrida tecnológica.

A globalização desse mercado é notável, envolvendo empresas de países como Coreia e Alemanha, além de já ter presença no Brasil. A magnitude desse mercado aponta para sua grandiosidade, com possibilidades de crescimento exponencial. A visão do especialista é clara: “O mercado é gigantesco. (…) o céu é o limite”, enfatiza Markus

O potencial de atrair um público jovem para a agricultura é uma perspectiva interessante. A agricultura hidropônica, por sua natureza hi-tech, representa uma abordagem moderna e atrativa, alinhada aos interesses da nova geração.

Markus vislumbra que, conforme a agricultura se torna mais tecnológica, o mercado tende a expandir ainda mais. Em uma visão futurista, o empreendedor apresenta: “Eu falo literalmente que o céu é o limite mesmo, porque, se no futuro do planeta, estão planejando colonizar Marte ou Lua, eles vão ter que levar alimento, e o único jeito de fazer esse alimento é produzindo lá”, e finaliza entusiasmado — “Então daqui a 50 anos, acho que essa vai ser a linha de pesquisa desse lado: estufas que você possa montar em Marte para poder colonizar”.

Hidroponia: De tecnologia inovadora a hobby terapêutico

Em meio à visão futurista de estufas laboratoriais, surge uma abordagem mais intimista e acessível: o cultivo hidropônico em casa.
Markus destaca a importância desse aspecto, proporcionando uma experiência terapêutica e gratificante, promovendo um equilíbrio entre a tecnologia e a conexão com a natureza: “Eu planto há muitos anos, mas é um prazer, principalmente quando você come o que você planta”, afirma.

Como mencionado pelo especialista, a prática de cultivar plantas em casa é terapêutica e acessível, transformando-se em um hobby para muitos.

Ecojima
A ideia de “gamification”4 é introduzida, permitindo que as pessoas cuidem de suas plantas como parte de um jogo. O prêmio? Colher alimentos frescos e saudáveis para a família. Esse conceito inovador traz uma abordagem lúdica para o cultivo, transformando-o em algo envolvente e interativo.

A possibilidade de realizar essa prática em ambientes urbanos, como apartamentos, torna-se viável graças ao avanço da tecnologia e à disponibilidade de equipamentos oferecidos por empresas como a Ecojima.

A prática do cultivo caseiro não é apenas uma atividade isolada; ela é destacada como um meio de lidar com a solidão, um problema presente em muitas sociedades, como no Japão. As plantas, ao serem vistas como seres vivos, proporcionam uma companhia silenciosa e uma conexão significativa, um recurso terapêutico valioso.

“Esses são os modelos que a gente que são mais domésticos. Sistemas pequenininhos mesmo, hi-tech, com luz de LED, que a pessoa consegue deixar ali num canto da cozinha, justamente pensando em soluções para pessoas que têm vontade de interagir com uma planta e não têm espaço”, explica Karina.

Ecochan
Ecochan, sistema pet planter interativo da Ecojima

Ecochan, sistema pet planter interativo da Ecojima

Karina enfatiza a praticidadede a adaptabilidade desses sistemas inteligentes, tornando o cultivo acessível a todos. Citando as preocupações comuns de quem nunca plantou, como “não tenho mão para plantar”, a Ecojima oferece uma solução conectada ao aplicativo. Esse sistema inteligente fornece orientações personalizadas, indicando quando adicionar água, nutrientes ou ajustar a iluminação.

Essa abordagem tecnológica elimina as barreiras para quem está iniciando no mundo do cultivo hidropônico, proporcionando uma experiência intuitiva e amigável. Essa flexibilidade permite que as pessoas da comunidade se tornem sustentáveis em suas próprias casas, cultivando alimentos frescos para o consumo pessoal ou até mesmo gerando uma renda extra ao vender o excedente, dependendo do espaço disponível.

 

Como colocar em prática essa ideia inovadora?

Oferecer opções personalizadas e garantir uma nutrição sustentável são pilares fundamentais da proposta Ecojima. Ao considerar a variedade de perfis entre os consumidores, a empresa proporciona duas alternativas distintas: mudas e sementes.

Segundo a CEO Karina, essa abordagem visa atender às necessidades específicas de cada indivíduo: “Reconhecemos que alguns podem ser iniciantes no cultivo e, para eles, oferecemos a opção de começar com sementes. É uma escolha infalível, evitando preocupações com transporte ou tempo. Por outro lado, para aqueles que buscam praticidade desde o início, as mudas são uma excelente alternativa”, afirma.

Karina destaca ainda o cuidado especial com a nutrição das plantas, um componente vital para um cultivo bem-sucedido e que é oferecido juntamente com os sistemas hidropônicos: “Nossa nutrição é totalmente orgânica, sem o uso de agrotóxicos. É um sistema que prioriza a saúde da planta, a segurança alimentar e o respeito ao meio ambiente”, garante a empreendedora.

 

Desmistificando a hidroponia: Sabor, valor nutricional e simplicidade

A percepção sobre a hidroponia muitas vezes é envolta em dúvidas, especialmente quando se trata do sabor e do valor nutricional dos alimentos cultivados por esse método inovador.
Através de uma recente conversa, Karina compartilhou uma experiência que ilustra como a compreensão sobre a hidroponia pode mudar paradigmas. Ao abordar o tema com uma especialista em nutrição holística, ela notou uma reação inicial de surpresa. No entanto, ao explicar de forma simples e direta, a especialista percebeu que a hidroponia não é algo complexo ou “de outro mundo”.

A percepção equivocada de que os produtos hidropônicos são geneticamente modificados ou provenientes de métodos desconhecidos é um obstáculo que a Ecojima também busca superar. A compreensão de que o sistema é, na verdade, simples e natural é crucial para dissipar hesitações em relação ao consumo desses alimentos.

Outro, dos muitos mitos que pairam sobre a hidroponia, é a associação com a produção de amônia. No entanto, Markus esclarece que essa percepção é fruto do passado, quando os nutrientes eram baseados em produtos químicos: “Hoje em dia os nutrientes são à base de minerais”, explica.

Quanto ao valor nutricional, a hidroponia sofre com a ideia de que as plantas cultivadas em sistemas hidropônicos, por crescerem mais rápido, teriam menos nutrição. Markus discorda: “É o contrário, quando você trabalha com a hidroponia, a nutrição da planta é toda feita perfeitamente e até mesmo no controle do pH da água”.

 

E no que se refere a custos, a agricultura hidropônica enfrenta barreiras como uma solução de alto custo?

Ao explorarmos as majoritárias vantagens da hidroponia, é crucial abordar uma possível barreira que muitos enxergam: o custo inicial.

Karina destaca que o sistema hidropônico demanda um investimento inicial substancial devido à tecnologia envolvida. Entretanto, ela enfatiza a importância de analisar esse investimento como uma despesa única ao longo do tempo. “Se você for fracionar e pensar em longo prazo, esse investimento vai ser feito só uma vez”, ressalta a empresária.
Ao considerar a durabilidade do sistema hidropônico, que pode chegar a pelo menos 10 anos com manutenções periódicas, fica evidente que o retorno sobre o investimento se estende por um período significativo.

A perspectiva de longo prazo permite enxergar o sistema não apenas como um custo, mas como um investimento estratégico que proporciona benefícios contínuos.

“O sistema é feito uma única vez. Então você tem ali um investimento inicial que vai te possibilitar produzir por pelo menos 10 anos de vida útil desse sistema”, destaca Karina. Essa visão estratégica destaca a importância de compreender o valor agregado ao escolher a hidroponia como uma solução sustentável e de alto desempenho.

“Se você pensar, em longo prazo, ele é muito mais barato do que a agricultura convencional, porque nesta, a cada colheita, você tem que investir em correção de solo, fertilizante e calcário para recuperá-lo para uma próxima cultura”, explica Karina.
A empreendedora ainda garante: “A hidroponia traz a garantia de produção, 24 horas por dia, 365 dias por ano. Essa garantia nenhuma agricultura tem em nenhum lugar do mundo”.

 

Apps, drones e IA: Futuro da Ecojima na hidroponia

A visão de futuro da Ecojima é evidenciada quando Karina aborda a estratégia de distribuição. Em um movimento arrojado, a empresa está desenvolvendo um aplicativo que visa otimizar o contato direto com o consumidor final.

Este aplicativo, que Karina descreve como um “relacionamento dos agricultores,” promete revolucionar a forma como a comunidade interage e compartilha seus produtos. Ao explicar a iniciativa, Karina destaca a ideia de criar um ecossistema onde os produtores, sejam eles pequenos agricultores ou grandes fazendas, possam interagir, trocar experiências e até mesmo comercializar entre si: “É como se fosse um ecossistema para as pessoas terem uma interação com a comunidade produtora”, explica.

A empresária adianta que o aplicativo está em fase de desenvolvimento, com a expectativa de trazer novidades em breve. Além disso, ela revela planos ousados para testar a entrega utilizando drones, tanto terrestres quanto aéreos, em uma fazenda-piloto ainda este ano.
Para o casal de empreendedores o futuro da Ecojima se baseia na seguinte premissa: “Nós identificamos o problema, buscamos a solução, testamos para ver se aquilo é viável e depois desenvolve para o mercado”, relata Karina.

 

Inovação sustentável: A base dos produtos Ecojima

Ao explorar as múltiplas soluções da Ecojima, é impossível ignorar o elo inovador entre seus produtos, especialmente quando se trata do processo revolucionário de biofertilizantes.

Markus destaca a origem desse fertilizante como resultado de uma pesquisa de três décadas liderada pelo visionário Endo Sensei: “Ele tem várias pesquisas nessa área de epigenética4, de pesquisa com biofertilizante, com outros tipos de bactérias”, ressalta.
A trajetória impressionante do biofertilizante Ecojima começou com o desenvolvimento de uma suplementação alimentar para consumo humano: “O processo do biofertilizante começou primeiro com o desenvolvimento de uma suplementação alimentar. Essa suplementação alimentar é uma água mineralizada em íons negativos, que tem uma série de reações bioquímicas que ocorrem no organismo humano” complementa Karina.

A verdadeira revolução ocorreu quando essa suplementação alimentar foi adaptada para alimentar bactérias terráqueas, resultando na criação da “ET,” uma superbactéria com imunidade excepcional. Esse processo transcendeu do macro para o micro, alimentando as bactérias essenciais para a saúde do solo, criando alimentos mais saudáveis.

Outro produto notável oferecido na linha Ecojima é a suplementação do MenEik Gold. Inicialmente desenvolvido para consumo humano, este produto é uma variação singular, formando um elo vital no ecossistema de soluções da empresa voltados à agricultura regenerativa.

Foi durante a crise global da pandemia que a empresa encontrou uma parceira no Japão que desenvolveu um produto pioneiro na área da biotecnologia: o Nanosol CC, uma solução fotocatalizadora revolucionária.

A tecnologia fotocatalizadora do Nanosol CC responde à luz, reagindo de maneira eficaz para eliminar e prevenir a adesão de vírus, bactérias, fungos e outros microrganismos. Karina explica: “Um dos grandes desafios da hidroponia é manter a limpeza da água, devido à proliferação de fungos. Então, com a proteção do Nanosol CC, conseguimos resolver esse problema”.

“A tecnologia não foi desenvolvida por nós, mas nós somos distribuidores do fabricante e desse Nanozone Coat, que é uma aplicação de uma película fotoprotetora”, enfatiza Karina. Essa película é a base do Nanosol CC, uma versão aprimorada que atendeu a uma demanda específica do mercado, de uma aplicação mais acessível ao público doméstico.

A aplicação do Nanosol CC tornou-se um passo crucial no processo de implementação dos sistemas hidropônicos da Ecojima, tanto em grande escala quanto em residências. A película fotoprotetora desempenha um papel vital na manutenção da limpeza da água.

A Ecojima se destaca também pelo seu compromisso social e inclusivo. “Sim, a gente dá o suporte toda nessa consultoria. A gente faz consultoria para algumas empresas também,” ressalta Karina, enfatizando o papel de consultorias da Ecojima em diversos projetos.
Um exemplo notável desse compromisso foi a recente colaboração da Ecojima com uma empresa de acessibilidade para desenvolver um sistema hidropônico voltado para pessoas com mobilidade reduzida, especialmente cadeirantes.

Karina destaca a importância dessa integração e como a visão da empresa vai além do desenvolvimento de produtos, abrangendo o impacto social positivo que suas soluções podem trazer à comunidade: “Nós também temos esse projeto de trabalhar com deficientes físicos, mentais, auditivos, porque é um ambiente muito tranquilo, uma atmosfera muito terapêutica, com uma possibilidade de entrar no mercado de trabalho”, conta Karina.

Em um mundo que busca incessantemente soluções para os desafios ambientais e sociais, a Ecojima não é apenas uma empresa; é uma visão tangível de como a tecnologia, quando aplicada com responsabilidade e compaixão, pode moldar um futuro onde a agricultura é sinônimo de inovação, inclusão e sustentabilidade.

Markus e Karina fazem um convite a todos: “Aqui fica um convite à nossa fazenda de testes, localizada em Nara, para quem estiver interessado em vir aqui conhecer mais, conhecer nosso laboratório e até mesmo fazer uma degustação direto da nossa horta”.
Para conhecer mais sobre as soluções ecológicas oferecidas pela Ecojima, visite o site oficial ecojima.com ou as redes sociais da empresa.

 

 

GLOSSÁRIO

Microbioma¹: Microbioma é o termo usado para se referir a uma coleção de microrganismos de um ecossistema em particular.

Agricultura hidropônica²: A hidroponia é um sistema de cultivo que permite que as plantas cresçam em uma solução de água com nutrientes, ou seja, sem terra.

Espuma fenólica³: A espuma fenólica é um material que funciona superbem como substrato pra plantas, isso quer dizer que ela é usada no lugar da terra na hora de plantar.

Epigenética4: A epigenética é definida como mudanças na expressão gênica que podem ser herdadas e que não alteram a sequência do DNA.

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#27 Lucilene Yukawa – CEO e Fundadora Yukawa Jinzai e Yukawa Group https://jpguide.co/27-lucilene-yukawa-ceo-e-fundadora-yukawa-jinzai-e-yukawa-group/ https://jpguide.co/27-lucilene-yukawa-ceo-e-fundadora-yukawa-jinzai-e-yukawa-group/#respond Fri, 26 Jan 2024 19:17:09 +0000 https://jpguide.co/?p=32255 Feliz Ano Novo! Este episódio foi gravado no final de 2023, antes do terremoto. Sentimos muito pelo ocorrido no dia 1 e esperamos que tudo seja restabelecido na região. Ouça agora a Lucilene Yukawa, uma brasileira que enfrentou diversas dificuldades até conseguir abrir sua própria empreiteira no Japão. Ela conta que um comentário sobre seu […]

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Feliz Ano Novo! Este episódio foi gravado no final de 2023, antes do terremoto. Sentimos muito pelo ocorrido no dia 1 e esperamos que tudo seja restabelecido na região. Ouça agora a Lucilene Yukawa, uma brasileira que enfrentou diversas dificuldades até conseguir abrir sua própria empreiteira no Japão. Ela conta que um comentário sobre seu salto foi um dos motivos para mudar sua vida. E como hoje leva o nome Zico10 para além da sua região, Toyama e chega até Hamamatsu, 300km de onde vive. E mais, quais legados quer deixar para os seus 4 filhos. Aula de resiliência e motivação.

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#26 Angelica NKyn – Investidora Anjo, Mentora de Startups, CEO e Fundadora da Boom Ventures https://jpguide.co/26-angelica-nkyn-investidora-anjo-mentora-de-startups-ceo-e-fundadora-da-boom-ventures/ https://jpguide.co/26-angelica-nkyn-investidora-anjo-mentora-de-startups-ceo-e-fundadora-da-boom-ventures/#respond Mon, 08 Jan 2024 12:53:54 +0000 https://jpguide.co/?p=32216 Olá! Como está? Um ótimo final de ano e boas festas! E para fechar 2023 com chave de ouro, conversamos com a Angelica NKyn, uma mulher “SUGOI” (すごい). Já trabalhou em uma renomada consultoria internacional, é planejadora financeira, empreendeu no ramo de delivery, foi top 2 de vendas em SP, investidora e mentora de Startups, […]

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Olá! Como está? Um ótimo final de ano e boas festas! E para fechar 2023 com chave de ouro, conversamos com a Angelica NKyn, uma mulher “SUGOI” (すごい). Já trabalhou em uma renomada consultoria internacional, é planejadora financeira, empreendeu no ramo de delivery, foi top 2 de vendas em SP, investidora e mentora de Startups, CEO e fundadora da venture builder Boom Ventures, e mais coisas que ela conta pessoalmente no episódio. Aprendemos muito nesse papo, em especial, como fazer a pergunta do milhão, e como conseguir aportes milionários. Uma aula! Muito obrigado e compartilhe com seus contatos. Uma produção https://j1seeds.com

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#25 Luciano Freitas – Unicorn Maker Ex-AIRBNB / UBER / BXBLUE / FACILY / HOTMART https://jpguide.co/25-luciano-freitas-unicorn-maker-ex-airbnb-uber-bxblue-facily-hotmart/ https://jpguide.co/25-luciano-freitas-unicorn-maker-ex-airbnb-uber-bxblue-facily-hotmart/#respond Mon, 08 Jan 2024 12:49:35 +0000 https://jpguide.co/?p=32213 Muito obrigado por chegar até aqui. Neste episódio, conversamos com o Luciano Freitas, que fez parte do crescimento de startups como a Facily, BxBlue, AirBnB, Uber e Hotmart. Luciano é formado em Regência com pós graduação em Neurociência e Paicologia Aplicada. Luciano consegue aplicar a ciência acadêmica nas empresas de tecnologia e nos mostra de […]

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Muito obrigado por chegar até aqui. Neste episódio, conversamos com o Luciano Freitas, que fez parte do crescimento de startups como a Facily, BxBlue, AirBnB, Uber e Hotmart. Luciano é formado em Regência com pós graduação em Neurociência e Paicologia Aplicada. Luciano consegue aplicar a ciência acadêmica nas empresas de tecnologia e nos mostra de forma simples e clara, que temos um grande desafio nos cargos de liderança nas empresas. E para entender melhor como lidar com esse desafio, você tem a oportunidade de acesso ao seu Masterclass: https://lucianofreitas.com/masterclass

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Wagner Hayashida – Fundador Susumu Group https://jpguide.co/wagner-hayashida-fundador-susumu-group/ https://jpguide.co/wagner-hayashida-fundador-susumu-group/#respond Mon, 08 Jan 2024 12:39:03 +0000 https://jpguide.co/?p=32208 Neste episódio, o J1Talks conversou com Wagner Sussumu Hayashida, fundador do Susumu Group, que atua no ramo de transportes, empregos, serviços automotivos, seguros e finanças. Sussumu nos contou as dificuldades que passou na sua duríssima trajetória empreendedora. Desde o início em fábrica no Japão, passando pelo Brasil, até chegar ao Forex e seu estilo de […]

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Neste episódio, o J1Talks conversou com Wagner Sussumu Hayashida, fundador do Susumu Group, que atua no ramo de transportes, empregos, serviços automotivos, seguros e finanças. Sussumu nos contou as dificuldades que passou na sua duríssima trajetória empreendedora. Desde o início em fábrica no Japão, passando pelo Brasil, até chegar ao Forex e seu estilo de investir e aprender com os desafios diários de empreender em alto nível. Uma aula de resiliência, coragem, determinação e muito risco. Muito obrigado por nos prestigiar e ouça os outros episódios com pessoas incríveis tanto do Japão como do Brasil. O J1Talks é uma produção da J1株式会社 ou J1 Corp. Startup japonesa de Marketing focada em Branding e que promove a percepção de valor de marcas brasileiras e japonesas.

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Bernardo Zamijovsky: a jornada de um visionário nos negócios e do marketing mundial. https://jpguide.co/bernardo-zamijovsky-a-jornada-de-um-visionario-nos-negocios-e-do-marketing-mundial/ https://jpguide.co/bernardo-zamijovsky-a-jornada-de-um-visionario-nos-negocios-e-do-marketing-mundial/#respond Fri, 08 Dec 2023 16:18:46 +0000 https://jpguide.co/?p=32171 Nesta edição da revista Guia JP, temos o prazer de apresentar a história e conquistas de Bernardo Zamijovsky, um dos profissionais mais destacados e multifacetados do cenário empresarial. Como diretor executivo da VR Investimentos, ele personifica a fusão da experiência como investidor, empreendedor e executivo, demonstrando um histórico sólido de investimentos bem-sucedidos, saídas estratégicas, fusões […]

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Nesta edição da revista Guia JP, temos o prazer de apresentar a história e conquistas de Bernardo Zamijovsky, um dos profissionais mais destacados e multifacetados do cenário empresarial. Como diretor executivo da VR Investimentos, ele personifica a fusão da experiência como investidor, empreendedor e executivo, demonstrando um histórico sólido de investimentos bem-sucedidos, saídas estratégicas, fusões e aquisições impressionantes.

Mas Bernardo não é apenas um especialista em negócios; ele é um verdadeiro visionário que transcende os limites de sua carreira. Seus feitos executivos são marcados por prêmios prestigiosos em diversas áreas de expertise, desde um Cannes Bronze Lions em publicidade até um prêmio AMAUTA em marketing direto.

Além de sua incrível jornada no mundo dos negócios, Bernardo é um líder ativo no setor de marketing, contribuindo para associações influentes como a ABEMD (Associação Brasileira de Marketing de Dados) e a Câmara-e.net para E-Commerce, moldando ativamente o cenário do marketing no Brasil e além.

Mas sua influência não para por aí. Zamijovsky é também um apaixonado por causas sociais, envolvendo-se profundamente com organizações como: os amigos brasileiros da Universidade Hebraica de Jerusalém e a CBRU (União Brasileira de Rugby).

A entrevista exclusiva com Bernardo Zamijovsky promete inspirar e motivar, revelando os segredos de seu sucesso multifacetado e sua visão única no mercado de investimentos do futuro. Acompanhe a entrevista completa:

Parceria Brasil Japão: potencial de inovação e sustentabilidade e cases de sucesso

O Brasil, reconhecido por sua diversidade cultural e riqueza natural, experimenta atualmente uma revolução silenciosa que está moldando a paisagem empresarial como nunca antes. Nos corredores dos escritórios tradicionais e nas praças de coworking¹, uma nova geração de empreendedores está construindo empresas inovadoras que desafiam as convenções e inspiram o mundo dos negócios, as startups.

Para Bernardo: “Por toda complexidade, por ter muita microempresa, o Brasil é um bom celeiro para você desenvolver startups SaaS²”. Ele aponta ainda para a complexidade do mercado brasileiro, destacando que, embora as leis e integrações sejam diferentes no Japão, este último pode servir como uma oportunidade de distribuição valiosa para soluções SaaS brasileiras.

Trazendo sua brilhante visão de mercado, Zamijovsky destaca uma oportunidade colaborativa entre Brasil e Japão, onde o país tropical pode se tornar um importante “descarbonizador” do planeta, atraindo investimentos em agricultura biossustentável e gerando créditos de carbono.

“Então, você vender créditos de carbono brasileiros para as empresas japonesas, comprar em créditos, para pagar a conta climática, eu acho uma baita oportunidade”, ressalta Bernardo.

Por outro lado, o Japão, como uma ilha, enfrenta desafios de reciclagem, e Bernardo sugere que soluções japonesas de reciclagem podem ser trazidas para o Brasil: “Tem uma empresa japonesa Lime que faz um papel que não usa árvore, e acho que eles poderiam ir para o Brasil”, opina.

Zamijovsky traz em sua trajetória diversos cases quando o assunto é parcerias globais bem-sucedidas. Um exemplo notável é a ALME, uma empresa japonesa que encontrou sucesso no Brasil com sua solução inovadora chamada JOIN, um comunicador hospitalar.

“Eu fui sócio de uma startup com um japonês, sociedade esta em que a gente instalou a tecnologia no Chile, e o nosso grande objetivo era explorar o mercado brasileiro na área de um aplicativo de livros para crianças que monitorava o seu desenvolvimento cerebral enquanto elas liam as histórias”, relembra Bernardo.

Dificuldades e oportunidades no investimento em Venture Capital

Ao longo da conversa, Bernardo tece uma narrativa rica sobre as complexidades e oportunidades que cercam o Venture Capital no Brasil e como o país pode alavancar suas relações comerciais históricas com o Japão para promover colaborações bem-sucedidas.

Com um crescimento notável nos últimos anos, o investimento em Venture Capital no Brasil saltou de uma cifra modesta de menos de 1 bilhão para impressionantes 11 bilhões de dólares em 2021.

Apesar de o Brasil ter uma taxa de juros muito alta, eu acho que levando em consideração a característica de juros do Japão (que é menor), faz com que seja interessante correr risco e investir em Venture Capital”, pondera Bernardo.

Bernardo traz à luz a importância da qualidade da programação e inovação nos dois países: “No ranking de melhores programadores do mundo, o Brasil está em 38º. Sabe em que lugar está o Japão? 6º“. Ele enfatiza a habilidade do Japão em inovação: “Está na frente de países como Alemanha, por exemplo, em qualidade de programação“.

Em sua visão esclarecedora, Bernardo disserta sobre a viabilidade de trazer tecnologia japonesa para o Brasil, bem como sobre a busca ativa por programadores brasileiros para oportunidades no Japão: “Empresas de games brasileiras estão se desenvolvendo bastante para trabalhar para o Japão, porque o Japão é muito melhor no marketing e no publishing”.

Por fim, ele enfatiza a relevância das relações comerciais historicamente sólidas entre Brasil e Japão, apontando para um futuro promissor de parcerias bilaterais nos campos de negócios e inovação: “Com características tão complementares, como as baixas taxas de juros no Japão e as taxas mais elevadas no Brasil, é essencial observar esse fluxo de juros“, conclui com otimismo Zamijovsky.

 

Vínculos culturais nos negócios: raízes ucranianas, judaísmo e cultura hebraica

Ao pronunciar seu sobrenome, Bernardo Zamijovsky faz questão de esclarecer: “O ‘J’ não se pronuncia, é um ‘I’, na verdade. Você pronuncia como um ‘I’'”. Sua identidade, como ele mesmo brinca: “é uma espécie de ‘Silva criptografado’“, e de quem descende de avós ucranianos.

Mas sua herança cultural, e comercial, vai muito além das fronteiras ucranianas: “Eu tenho bastante conexão com Israel. Eu sou hoje do Conselho da Confederação das Câmaras de Comércio de Israel. Tem investimentos que a gente faz no fundo de startups de lá”, explica Bernardo, que traz para o seu modelo de negócio, todos os valores e aprendizados da cultura hebraica.

Bernardo ressalta ainda a notável efervescência do cenário de startups em Israel, um país que, apesar de seu pequeno tamanho, abriga uma quantidade impressionante de startups de alta qualidade. “As startups de Israel são feitas para o mundo, porque Israel é muito pequeno“, afirma.

Para Bernardo, a cultura judaica é intrinsecamente ligada à habilidade de fazer perguntas, sendo esta, uma característica fundamental de sua própria evolução pessoal e profissional: “A nossa cultura judaica é muito de saber fazer perguntas; para nós, a inteligência é muito de perguntar“, afirma.

O empreendedor ressalta que essa mentalidade questionadora é um traço distintivo que também está profundamente enraizado na natureza das startups, onde tudo é alvo de investigação e compreensão, a fim de buscar entender o funcionamento intrincado das coisas.

“Você tem que questionar, questionar e questionar, porque sempre tem uma forma melhor de fazer. Sempre dá para melhorar.” – Bernardo Zamijovsky

Ainda sobre suas raízes culturais, Zamijovsky traça um paralelo fascinante entre a jornada de Israel e as oportunidades de inovação mundial: “Por exemplo, quando você fala de Israel, que era um deserto, e hoje, exporta a água. A Jordânia consome a água de Israel… água salgada que ele dessaliniza, usa e exporta”.

Além disso, o país se destaca na automação de carros, com grande parte da tecnologia nesse campo tendo origem israelense. Além de ocupar a segunda posição no mundo em patentes relacionadas a foodtechs, ou seja, tecnologia voltada para a indústria de alimentos.

Dentro deste contexto, parcerias entre Israel, Brasil e Japão é uma possibilidade viável?

Para Bernardo, há sim um interesse das startups israelenses em adentrarem no Japão, já que dadas as limitações de seu mercado interno tais negócios nascem com uma perspectiva global.

Essa ponte com certeza pode ser construída. Não vejo ninguém fazendo isso de forma profissional”, afirma o empresário. E complementa “Se você desenvolver essa ponte, você vai ser bem sucedido”.

 

Japão na vanguarda no mercado de inovações

Ao ser questionado sobre desenvolvimento e o futuro dos negócios no Japão, Zamijovsky compartilha sua opinião: “Olhando para o futuro, o Japão está muito bem posicionado, o nível de educação das pessoas, a riqueza do país, a capacidade de investir. Vai ser muito difícil para países grandes, no futuro, competirem com países mais concentrados como o Japão”.

Bernardo destaca também o fato de o Japão possuir diversos atributos que o colocam à frente no jogo da inovação. O empreendedor menciona que, devido ao seu tamanho relativamente pequeno em comparação a nações maiores, o Japão pode adotar rapidamente tecnologias como carros e trens elétricos em toda sua extensão geográfica, facilitando a implementação de soluções de mobilidade sustentável.

Durante a conversa, destaca ainda o potencial da agricultura vertical em um país com limitações geográficas, onde a inovação agrícola pode desempenhar um papel fundamental na segurança alimentar.

Então, se tem alguém que está preparado para o ‘inverno’ é o Japão”, conclui Bernardo.

 

Para você, o que é e como alcançar a inovação?

Na visão estrategista de Zamijovsky, criar um mercado do zero é uma tarefa árdua que poucos conseguem. Muitas vezes, o pioneiro que tem a ideia de criar um mercado novo não chega a ver o projeto completo e, em vez disso, abre caminho para outros que aprendem com seus esforços. “Custar caro criar um mercado“, observa o investidor.

No entanto, ele acredita que otimizar um mercado já existente ou aprimorar um processo estabelecido pode ser uma estratégia mais viável e eficaz e explica com um case real de sua trajetória:

A gente investiu em uma companhia que fazia atendimento por e-mail e depois por chat. Então, eu lembro que, no começo dessa inovação, você tinha que chegar para as empresas e falar “olha, você tem atendimento por telefone”. Então agora, os seus clientes estão na internet, você também vai ter que ter atendimento por telefone e por chat, porque eles estão no site, no celular”, relembra.

No início, convencer estas empresas a adotar essa inovação era um desafio, pois exigia investimentos adicionais na infraestrutura de atendimento. “Era difícil convencer alguém a gastar mais“, relembra Bernardo.

Porém, ao longo do tempo, a inovação evoluiu. “Agora, seu atendimento pode ser totalmente automatizado“, destaca Bernardo. Essa evolução demonstra como otimizar um mercado existente pode ser uma estratégia mais acessível e eficiente do que criar algo inteiramente novo.

Nas palavras do empreendedor “A inovação que economiza, que acelera processos, isso é inovação. Inovação para dar certo tem que tornar mais eficiente, mais rápido, mais escalável, mais barato, senão ela não vinga”.

 

Principais requisitos para uma empresa entrar no radar de investidores

Para Bernardo Zamijovsky, investir em uma empresa não é apenas uma questão de intuição ou oportunidade. Ele segue um processo meticuloso de avaliação, onde cada etapa é fundamental para determinar o potencial de investimento.

Primeiro, a gente olha o seguinte: ‘Qual o problema que se resolve?’. E aí, queremos entender, como investidor, ‘Qual o tamanho desse problema?’, porque o tamanho do problema é o potencial desse negócio. Problemas pequenos vão criar empresas pequenas”, afirma o estrategista.

Essa abordagem pragmática coloca a solução no centro das atenções, exigindo que as empresas demonstrem como suas propostas são únicas e capazes de abordar questões significativas.

Já na segunda etapa, é essencial decifrar o modelo de negócio da empresa. Para Zamijovsky, entender como a empresa gera receita e lucro é fundamental para determinar sua viabilidade em longo prazo.

Como último, mas não menos importante critério, Bernardo traz luz à importância de conhecer o “time por trás do negócio”. Ele indaga “O teu time é o time que vai para ganhar esse jogo?”. Ou seja, mesmo que a ideia e o modelo de negócio sejam promissores, a execução depende diretamente da equipe que está por trás do projeto.

E como podemos aprimorar este olhar para enxergar oportunidades de negócio?

Para Zamijovsky, esse discernimento não é algo que se adquire da noite para o dia. É fundamental estudar e compreender profundamente as tecnologias necessárias para a inovação. “O dinheiro flui, então a gente tem que entender onde estão essas mudanças”, explica.

Bernardo enfatiza que, ao entender profundamente as tecnologias e os processos envolvidos em um setor, é possível identificar oportunidades de investimento que podem resultar em economias significativas e melhorias na eficiência. Esse olhar afiado é um dos pilares que guiam suas decisões de investimento bem-sucedidas, e isso é resultado de muito estudo.

Por exemplo, nos anos 90 eu comecei a entender que tinha um negócio que estava surgindo, chamado internet. O que eu fiz? Investi nos modens. Vem a internet, vai ter que conectar e todo mundo vai ter que comprar modem”, exemplifica.

E finaliza: “E aí, você entendendo esse ciclo, começa a entender melhor também o que você vai investir privado e o que você vai investir público”.

Qual setor ainda pode ser “disruptado”?

Para Bernardo Zamijovsky, a resposta é clara: todos os setores estão sujeitos a transformações contínuas e constantes.

Toda empresa do mundo vai ser de tecnologia. Não é que vai ser ‘disruptada’. Vai ser constantemente ‘disruptada’. Melhorias contínuas e de repente tem um salto. Isso é natural o tempo todo“, enfatiza Zamijovsky.

Neste cenário, o empreendedor destaca como a evolução tecnológica pode afetar até mesmo setores tradicionais que antes pareciam imutáveis. Um exemplo disso é a indústria de papel carbono, que, em um passado não muito distante, era uma das maiores do mundo. Hoje, praticamente desapareceu devido à digitalização e à eliminação da necessidade de documentos impressos.

Agora, nem apertar o botão mais no elevador você precisa. Você já programa dentro. Até o botão do elevador está perdendo emprego”, brinca.

Esses exemplos ilustram como a disrupção tecnológica está presente em todos os aspectos de nossas vidas, transformando gradualmente a forma como fazemos as coisas. Portanto, para acompanhar o ritmo acelerado do progresso tecnológico, é fundamental que empresas e indivíduos estejam preparados para se adaptar e inovar constantemente.

 

Para você, existe algum setor que pode ser “disruptado” no Brasil por um estrangeiro?

Usando o exemplo de David Vélez, o cofundador da Nubank, Zamijovsky enfatiza que a inovação não se trata apenas de inventar algo completamente novo, mas também de executar com excelência e eficiência. “Veles não inventou o que ele fez, só fez muito bem feito. Tinham pessoas que começaram antes que ele”, argumenta.

No entanto, o investidor também expressou suas preocupações com a dependência excessiva do Brasil em seu setor agrícola e a possível ameaça de disruptores estrangeiros.

Segundo Bernardo, “Eu acho que o Brasil tem que investir o tempo todo em reinventar a agricultura brasileira, porque nós temos uma dependência muito grande na nossa agricultura. E pode ser que a fazenda vertical de Tóquio, de Pequim e de Londres, seja o maior concorrente da agricultura brasileira, porque não precisa mais importar nada que se produz localmente em tecnologia”.

Essa dicotomia entre a promessa de ser o celeiro do mundo e a ameaça de ser superado por inovações estrangeiras é um desafio que o Brasil enfrenta, exigindo uma maior atenção em inovação e na adaptação contínua para garantir seu lugar no cenário global.

 

Análise do cenário atual: investidores brasileiros de capital de risco (VC) na Ásia

Nas últimas décadas, o Brasil tem se destacado como um dos países emergentes mais promissores em termos de tecnologia e inovação. Com uma crescente cena de startups e empreendedores talentosos, o país tem atraído investidores locais e estrangeiros. No entanto, quando se trata de investidores brasileiros de capital de risco (VC) com visão global e interesse na Ásia, a situação é complexa e está sujeita a várias influências.

Bernardo explica que, nos últimos anos, o foco de muitos investidores globais se voltou para a China, tornando-a um epicentro de atividades de VC. Entretanto, o cenário de negócios chinês enfrenta um momento delicado com lockdowns prolongados e mudanças nas regulamentações de VC que afetaram o mercado.

Em suma, o cenário de investimentos brasileiros de VC na Ásia é complexo e está em constante evolução. Enquanto a China enfrenta desafios, outros países asiáticos, como o Japão, podem se tornar destinos atraentes para investidores brasileiros em busca de oportunidades globais.

Para Bernado, “O índice de inovação no Japão é excelente. Devem ter projetos de energia interessantes, que atrairão capital. Já atrai, mas eu acho que é só vender melhor”, finaliza de forma visionária.

 

GLOSSÁRIO

Saas²: Software as a Service, traduzida ao pé da letra para o português, significa “software como serviço”. O termo trata-se, na prática, da disponibilização de soluções tecnológicas por meio da internet, dispensando a manutenção de hardwares e/ou softwares.

 

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Você já se perguntou como calcular o preço do seu serviço? https://jpguide.co/voce-ja-se-perguntou-como-calcular-o-preco-do-seu-servico/ https://jpguide.co/voce-ja-se-perguntou-como-calcular-o-preco-do-seu-servico/#respond Wed, 08 Nov 2023 17:14:09 +0000 https://jpguide.co/?p=11696 Quantas vezes, ao contratar um profissional como consultor ou técnico, não sabemos exatamente os critérios para a atribuição do preço? Já vimos testes no Fantástico para saber sobre a honestidade de um profissional, simulando um fio solto  atrás de uma máquina de lavar e solicitando a visita de alguns técnicos em busca de orçamentos. É […]

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Quantas vezes, ao contratar um profissional como consultor ou técnico, não sabemos exatamente os critérios para a atribuição do preço?

Já vimos testes no Fantástico para saber sobre a honestidade de um profissional, simulando um fio solto  atrás de uma máquina de lavar e solicitando a visita de alguns técnicos em busca de orçamentos.

É comum entender que o que cobrou mais caro é desonesto, e o mais barato, honesto.
Ok, você pode dizer que o diagnóstico é o que vai falar sobre honestidade, se alguém falar que a solução do problema é uma, quando na verdade é outra, isso é desonestidade e ponto. Concordo, mas pode ser incompetência também, não vamos esquecer disso.

Quero abordar a ideia de que todos acertaram onde estava o problema, mas o preço para resolver isso foi bem diferente entre o mais barato e o mais caro. Nesse ponto, quem pode dizer o que é certo ou errado em relação a preço? Como é feito a base de cálculo para a cobrança? Há, principalmente no Brasil, quem não cobraria nada por esse serviço. Acredito que muitos entenderiam isso como o correto.

Agora analisando o seguinte: imagine se esse profissional tiver 10 chamadas diárias somente de fiozinhos soltos e não cobrasse por nenhum, do que ele viveria? Para mim, o capital mais valioso que temos e extremamente limitado é nosso tempo. Isso deve valer independente da solução apresentada. Porém, deve ser negociado antes e apresentado como um elemento da negociação. Outro ponto é qual resultado a solução apresentada gerará ao seu cliente.

Posto isso, resolver rápido, não necessariamente é pré-requisito para baixo valor muito menos o fato de demorar está associado a serviço caro. Acredito que a maneira correta é o conhecimento envolvido do profissional, somado à dificuldade de execução, material envolvido, tempo disposto e despesas.

Claro, por último e na minha opinião, o menos importante, análise da média de preço do mesmo serviço no mercado. Esses elementos nos fariam entender um preço justo.
A partir de agora, podemos ser um pouco mais empáticos com o profissional que nos atende, seja ele da área que for. Levemos sempre em consideração no mínimo o tempo disposto a nos atender e o resultado que isso nos gerou.

 

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#23 Bernardo Zamijovisky – Diretor executivo da VR investimentos https://jpguide.co/23-bernardo-zamijovisky-diretor-executivo-da-vr-investimentos/ https://jpguide.co/23-bernardo-zamijovisky-diretor-executivo-da-vr-investimentos/#respond Fri, 13 Oct 2023 18:54:28 +0000 https://jpguide.co/?p=32014 Olá! Tudo bem com você? Neste episódio, conversamos com Bernardo Zamijovsky, Diretor Executivo da VR Investimentos. Ele nos brindou com uma aula sobre inovação e investimento global em Startups. Falou também sobre ensinamentos Judaicos e as Startups de Israel. E quais as oportunidades ele enxerga para nós que buscamos nos conectar ao ecossistema global de […]

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Olá! Tudo bem com você? Neste episódio, conversamos com Bernardo Zamijovsky, Diretor Executivo da VR Investimentos. Ele nos brindou com uma aula sobre inovação e investimento global em Startups. Falou também sobre ensinamentos Judaicos e as Startups de Israel. E quais as oportunidades ele enxerga para nós que buscamos nos conectar ao ecossistema global de inovação e startups. A equipe J1 Inc. agradece imensamente a oportunidade de obter mais conhecimento sobre inovação e convida a todos para ouvir este e outros 22 episódios que já gravamos com temas relacionados a empreendedorismo e inovação. Muito obrigado e compartilhe com os amigos, seja no Japão, Brasil, ou outra parte do mundo. Sobre o livro: https://www.youtube.com/watch?v=7uFQ6EMaAyU

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