{"id":17317,"date":"2022-08-04T04:53:22","date_gmt":"2022-08-04T07:53:22","guid":{"rendered":"http:\/\/jpguide.co\/?p=17317"},"modified":"2023-04-25T04:56:50","modified_gmt":"2023-04-25T07:56:50","slug":"yamaguchi-pontes-entre-o-japao-e-o-mundo","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/jpguide.co\/yamaguchi-pontes-entre-o-japao-e-o-mundo\/","title":{"rendered":"Yamaguchi: pontes entre o Jap\u00e3o e o mundo"},"content":{"rendered":"

O Jap\u00e3o \u00e9 um pa\u00eds insular formado por quatro grandes ilhas e centenas de ilhotas. Honshu \u00e9 a maior delas e, seguindo na dire\u00e7\u00e3o oeste, a prov\u00edncia de Yamaguchi fica na ponta. Por causa da sua posi\u00e7\u00e3o estrat\u00e9gica \u00e9 poss\u00edvel imaginar a sua import\u00e2ncia hist\u00f3rica. Bombardeada v\u00e1rias vezes nas guerras civis japonesas, Yamaguchi foi essencial na entrada do pa\u00eds na Modernidade, com o fim do xogunato e, por consequ\u00eancia, do per\u00edodo feudal. Mas antes disso, a proximidade com a Pen\u00ednsula Coreana e com a ilha de Kyushu fez de Yamaguchi a porta de entrada para a parte mais importante do territ\u00f3rio japon\u00eas. Sa\u00edmos em uma viagem por Yamaguchi, com dicas preciosas para voc\u00ea conhecer esta prov\u00edncia rica em hist\u00f3ria e belezas naturais. Vem com a gente!<\/p>\n

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Portais xinto\u00edstas \u00e0 beira-mar: cart\u00e3o postal de Yamaguchi (foto: Pixta)<\/figcaption><\/figure>\n

Natureza e hist\u00f3ria em Iwakuni<\/h4>\n

Iwakuni era a sede de um antigo feudo que foi bastante pr\u00f3spero durante os Per\u00edodos Edo e Meiji. Por isso, a cidade \u00e9 repleta de pontos hist\u00f3ricos importantes e de extrema eleg\u00e2ncia. O mais conhecido deles \u00e9, sem d\u00favida, a Kintaikyo \u2014 Ponte Kintai \u2014 considerada uma das tr\u00eas pontes hist\u00f3ricas mais belas do Jap\u00e3o. Formada por cinco arcos sustentados por pilares de pedra, a constru\u00e7\u00e3o original foi inaugurada em 1673 e seguiu de p\u00e9 at\u00e9 1950, quando foi destru\u00edda pela for\u00e7a das \u00e1guas do Rio Nishiki infladas por um tuf\u00e3o. A pr\u00f3pria popula\u00e7\u00e3o local, que lutou bravamente para salvar a obra original, reconstruiu a ponte em tr\u00eas anos.<\/p>\n

A Kintaikyo \u00e9 apenas a entrada para a \u00e1rea hist\u00f3rica mais preservada da cidade. Do outro lado da ponte, o visitante \u00e9 recebido por uma est\u00e1tua de Kikkawa Hiroyoshi, o terceiro senhor feudal do dom\u00ednio de Iwakuni, respons\u00e1vel pela constru\u00e7\u00e3o da ponte original. Este ponto \u00e9 a entrada do Parque Kikko, \u00e1rea onde ficava a resid\u00eancia do cl\u00e3 que comandava a regi\u00e3o e que, nos dias de hoje, abriga diversas atra\u00e7\u00f5es que recontam a hist\u00f3ria e a cultura local.<\/p>\n

Tr\u00eas museus fazem parte do complexo. O Choko-kan apresenta artigos que mostram a vida em Iwakuni entre os s\u00e9culos 16 e 19, al\u00e9m de obras de arte de diversas \u00e9pocas. J\u00e1 o Kikkawa \u00e9 um museu dedicado \u00e0 hist\u00f3ria da fam\u00edlia que dominou a regi\u00e3o at\u00e9 a Restaura\u00e7\u00e3o Meiji, em 1868. Documentos, espadas e outras armas fazem parte do acervo. J\u00e1 o Museu de Arte de Iwakuni tamb\u00e9m apresenta instrumentos de guerra, al\u00e9m de objetos dom\u00e9sticos dos senhores feudais da \u00e1rea.<\/p>\n

Serpente sagrada<\/h4>\n

Mas, dentre os museus hist\u00f3ricos, um se destaca pela excentricidade. \u00c9 o White Snake Museum, dedicado a uma subesp\u00e9cie de cobra considerada sagrada na regi\u00e3o. Encontrada em boa parte do arquip\u00e9lago japon\u00eas, a cobra-rateira costumava ser encontrada em \u00e1reas pr\u00f3ximas aos silos de arroz, onde ratos se escondem. Conta a hist\u00f3ria que, a cerca de 400 anos, uma vers\u00e3o albina da cobra foi encontrada na regi\u00e3o. Adotada pelos donos, a cobra passou a muta\u00e7\u00e3o adiante, enquanto foi transformada em objeto de adora\u00e7\u00e3o pelos locais. Elas s\u00e3o d\u00f3ceis e \u00fateis no controle das ninhadas de rato. No museu, o visitante pode conhecer n\u00e3o s\u00f3 a hist\u00f3ria da rela\u00e7\u00e3o dos locais com o animal como, tamb\u00e9m, o r\u00e9ptil de pele perolada e olhos de rubi em pessoa.<\/p>\n

Al\u00e9m dos museus, existem na \u00e1rea do parque e do seu entorno duas antigas resid\u00eancias de samurais. A Mekata fica bem pr\u00f3xima ao White Snake Museum e, embora a entrada na casa n\u00e3o seja permitida, \u00e9 poss\u00edvel visitar o quintal e ver a constru\u00e7\u00e3o por fora. J\u00e1 da Resid\u00eancia Kagawa, ainda hoje ocupada, pode-se ver o Nagayamon, um port\u00e3o bem preservado. Outro ponto de atra\u00e7\u00e3o \u00e9 o Santu\u00e1rio Kikko, um espa\u00e7o xinto\u00edsta datado de 1884 e constru\u00eddo para abrigar os esp\u00edritos dos membros da fam\u00edlia Kikkawa.<\/p>\n

\"Serpente<\/a>
Cobra albina, considerada sagrada na regi\u00e3o (foto: Pixta)<\/figcaption><\/figure>\n

Nos fundos do Parque Kikko fica um telef\u00e9rico que leva at\u00e9 a \u00e1rea do antigo Castelo de Iwakuni. Constru\u00edda no topo do Monte Shiroyama, a fortifica\u00e7\u00e3o ficava numa \u00e1rea que parece ter sido feita pela natureza para a autodefesa. Al\u00e9m de ficar a 200 metros acima do n\u00edvel da cidade, o local \u00e9 protegido pelos meandros do Rio Nishiki, que atua como uma esp\u00e9cie de fosso. Mesmo assim, o castelo n\u00e3o durou muito. Apenas sete anos depois de ter ficado pronto \u2014 ou seja, em 1615 \u2014, a constru\u00e7\u00e3o teve de ser destru\u00edda depois que o xogum Tokugawa Ieyasu baixou um decreto proibindo a exist\u00eancia de mais de um castelo no mesmo dom\u00ednio (Suo, que inclu\u00eda Iwakuni, acabou tendo como base o Castelo de Hagi, em outra parte da atual prov\u00edncia de Yamaguchi).<\/p>\n

A constru\u00e7\u00e3o ganhou vida novamente em 1962 e se tornou um museu que conta a hist\u00f3ria do castelo e da regi\u00e3o, al\u00e9m de expor itens da \u00e9poca como espadas e armaduras. Tudo isso, claro, com a bel\u00edssima vista do Vale do Rio Nishiki sob os olhos.<\/p>\n

\"Iwakuni\"<\/a>
Castelo de Iwakuni: gra\u00e7a e beleza (foto: Pixta)<\/figcaption><\/figure>\n

Sushi especial<\/h4>\n

Na volta do passeio pela \u00e1rea do Parque Kikko, vale a pena dar uma parada para provar uma iguaria: o iwakunizushi. Trata-se de uma esp\u00e9cie de sushi prensado (oshizushi, em japon\u00eas), feito numa esp\u00e9cie de forma retangular e em camadas, como um bolo de anivers\u00e1rio. Muito antes do sushi de peixe fresco ser aclamado mundo afora, a iguaria era uma forma de preservar o peixe. Era uma \u00e9poca em que n\u00e3o havia geladeira e n\u00e3o desperdi\u00e7ar alimentos era um ato de criatividade.<\/p>\n

Diz-se que o iwakunizushi teria surgido no in\u00edcio do s\u00e9culo 16. Uma de suas origens remete ao fundador do cl\u00e3 que comandava a \u00e1rea, Yoshikawa Hiroie, que teria ordenado a produ\u00e7\u00e3o de uma comida com arroz, legumes e peixes que pudesse ser levada como ra\u00e7\u00e3o para o front de batalha. Outra vers\u00e3o da origem vai at\u00e9 o Santu\u00e1rio Shinoo Hachiman, que organiza um festival na regi\u00e3o a cada 33 anos e decretava que, na data, nenhuma das casas poderia produzir fuma\u00e7a, inclusive para cozinhar. Assim, os moradores teriam criado o sushi.<\/p>\n

O preparo \u00e9 feito em formas de madeira com cada camada de arroz sendo alternada por outra camada feita com p\u00e9talas de cris\u00e2ntemo, raiz de l\u00f3tus, omelete em tiras e outros recheios. Na hora do servi\u00e7o, o sushi \u00e9 partido em fatias pequenas individuais. Um dos locais mais recomendados para provar a iguaria \u00e9 o Hangetsuan, uma pousada-restaurante n\u00e3o muito distante da Kintaikyo.<\/p>\n

Iwakuni tamb\u00e9m \u00e9 o lar de cinco f\u00e1bricas de saqu\u00ea, dentre elas, a Asahi Shuzo, que produz os r\u00f3tulos Dassai, um dos mais conhecidos dentro e fora do Jap\u00e3o. Saqu\u00eas locais s\u00e3o encontrados em diversos restaurantes, al\u00e9m de lojas de souvenir na esta\u00e7\u00e3o e no aeroporto de Iwakuni.<\/p>\n

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Iwakunizushi: iguaria da regi\u00e3o<\/figcaption><\/figure>\n

Kyoto do oeste<\/h4>\n

Hom\u00f4nima capital da prov\u00edncia, a cidade de Yamaguchi foi fundada no s\u00e9culo 14 tendo Kyoto como modelo. A charmosa cidade tem como cart\u00e3o postal o Rurikoji, um templo budista fundado em 1442. Da esta\u00e7\u00e3o central da cidade at\u00e9 o local s\u00e3o apenas 2,5 km de dist\u00e2ncia, que podem ser feitos a p\u00e9 ou de bicicleta. A magrela pode ser alugada na esta\u00e7\u00e3o de Yamaguchi.<\/p>\n

No caminho, o visitante pode visitar a Igreja Memorial de S\u00e3o Francisco Xavier, dedicada a preservar a hist\u00f3ria do mission\u00e1rio jesu\u00edta que passou pelo Jap\u00e3o em meados do s\u00e9culo 16. Em 1550, Xavier fez uma viagem entre Kagoshima e Kyoto e passou alguns meses em Yamaguchi. Diz-se que a cidade foi o primeiro local onde se celebrou o Natal nas ilhas japonesas. O atual pr\u00e9dio \u00e9 datado de 1998 e tem vitrais coloridos e um bel\u00edssimo \u00f3rg\u00e3o. A igreja tamb\u00e9m tem servi\u00e7os religiosos regulares, com a missa semanal sendo realizada todos os domingos \u00e0s 9:30 e \u00e0s 11 horas da manh\u00e3. Devido ao coronav\u00edrus, somente 60 pessoas por vez podem assistir ao culto.<\/p>\n

Alguns metros adiante, em frente ao pr\u00e9dio do governo provincial de Yamaguchi, fica o Yamaguchi Jingu, um santu\u00e1rio xinto\u00edsta feito como uma esp\u00e9cie de vers\u00e3o em miniatura do Ise Jingu, um dos espa\u00e7os sagrados mais importantes do Jap\u00e3o. As tr\u00eas simples constru\u00e7\u00f5es ficam numa \u00e1rea arborizada que cont\u00e9m, tamb\u00e9m, as ru\u00ednas do antigo Castelo de Konomine, al\u00e9m de outros espa\u00e7os sagrados. A trilha at\u00e9 o alto da colina onde ficava o observat\u00f3rio do castelo leva cerca de 90 minutos a p\u00e9.<\/p>\n

Seguindo a rota, pode-se chegar at\u00e9 o Parque Kozan, onde fica o Rurikoji e sua bel\u00edssima pagoda de cinco pavimentos, tombada como Patrim\u00f4nio Nacional. A constru\u00e7\u00e3o de quase 600 anos \u00e9 considerada uma das tr\u00eas belas torres do seu estilo no Jap\u00e3o. Ali\u00e1s, no mesmo parque onde se localiza o templo fica um museu especializado em r\u00e9plicas de pagodas de todo o pa\u00eds.<\/p>\n

A prov\u00edncia de Yamaguchi teve papel fundamental na derrubada do regime feudal e no restabelecimento do poder imperial, momento da hist\u00f3ria japonesa conhecido como Restaura\u00e7\u00e3o Meiji. Dentro do Parque Kozan est\u00e1 um dos locais que contam um pouco dessa hist\u00f3ria. \u00c9 a Chinryutei, um espa\u00e7o em que os rebeldes fingiam estar praticando a cerim\u00f4nia do ch\u00e1, mas, na verdade, discutiam em segredo o fim do regime. O espa\u00e7o \u00e9 aberto ao p\u00fablico e uma pequena exposi\u00e7\u00e3o sobre os \u201cinconfidentes japoneses\u201d pode ser vista.<\/p>\n

Quem quiser terminar a visita em grande estilo pode fechar o dia passeando pelos banhos de \u00e1guas termais de Yuda Onsen, que ficam a uma esta\u00e7\u00e3o de dist\u00e2ncia de Yamaguchi. Diz a lenda que uma raposa branca que se machucou na floresta procurou ref\u00fagio num lugar onde havia um banho de \u00e1gua termal. Ao entrar na \u00e1gua, a raposa ficou curada e, ao mesmo tempo, transferiu seus poderes para a \u00e1gua local que se tornou sagrada.<\/p>\n

No bairro, onde o animalzinho que \u00e9 considerado mensageiro dos deuses \u00e9 lembrado a todo momento, al\u00e9m dos locais onde voc\u00ea pode efetivamente se aboletar na \u00e1gua quentinha, existem v\u00e1rios escalda-p\u00e9s que podem ser usados gratuitamente. O Kitsune no Ashi Ato re\u00fane tr\u00eas deles, um dentro de um caf\u00e9 em que voc\u00ea pode comer uma coisinha ou para provar saqu\u00eas produzidos na regi\u00e3o. Um luxo!<\/p>\n

\"Raposa\"<\/a>
Raposa: mensageira dos deuses (foto: Pixta)<\/figcaption><\/figure>\n

Outros lugares imperd\u00edveis<\/h4>\n

A cidade de Mine \u00e9 uma \u00e1rea especial. O relevo c\u00e1rstico da \u00e1rea conhecida como Akiyoshidai \u2014 formado por rochas calc\u00e1rias, mais suscept\u00edveis \u00e0 corros\u00e3o qu\u00edmica \u2014 gera uma s\u00e9rie de forma\u00e7\u00f5es geol\u00f3gicas numa escala n\u00e3o vista em outras partes do Jap\u00e3o. O plat\u00f4 onde se pode fazer caminhadas era, na verdade, uma gigantesca col\u00f4nia de corais que estava submersa h\u00e1 300 milh\u00f5es de anos.<\/p>\n

Aqui fica o Akiyoshido, a maior e mais longa caverna calc\u00e1ria do Jap\u00e3o, com 9 km de extens\u00e3o. Visitantes podem conhecer o primeiro quil\u00f4metro a partir da entrada. Belas forma\u00e7\u00f5es, como terra\u00e7os cheios de \u00e1gua, cascatas subterr\u00e2neas e cursos de \u00e1gua azul-cobalto podem ser vistos na trilha que \u00e9 bem segura e tranquila de caminhar. Os mais aventureiros podem escolher incluir um caminho um pouco mais complicado e escorregadio e ter a oportunidade de ver a caverna do alto.<\/p>\n

N\u00e3o muito distante de Mine fica Hagi, uma pequena cidade em que se situava a sede de Choshu, o nome dado aos dom\u00ednios da fam\u00edlia Mohri, a principal autoridade em todos os feudos que formam a atual prov\u00edncia de Yamaguchi. O castelo da cidade, infelizmente, n\u00e3o chegou aos dias de hoje. Mas a \u00e1rea por ele ocupada ainda \u00e9 demarcada pelos enormes pared\u00f5es de pedra que formavam as bases e as defesas da fortifica\u00e7\u00e3o. Ainda assim, a cidade em si foi bastante preservada e muitas das casas usadas pelos antigos samurais ainda est\u00e3o de p\u00e9. Muitas delas, inclusive, podem ser visitadas.<\/p>\n

Espa\u00e7os sagrados como os templos Tokoji e Daishoin e o santu\u00e1rio Shoin tamb\u00e9m contam as hist\u00f3rias dos revolucion\u00e1rios que forjaram o fim do regime, incluindo os senhores do cl\u00e3 dominante, que se posicionaram junto ao imperador Meiji. Hagi tamb\u00e9m \u00e9 conhecida pela excel\u00eancia na produ\u00e7\u00e3o de cer\u00e2mica. Uma das caracter\u00edsticas do chamado hagiyaki \u00e9 que as pe\u00e7as usadas para o servi\u00e7o do ch\u00e1 v\u00e3o mudando de cor ao longo do tempo, o que \u00e9 bem visto dentro da cultura japonesa. Isso ocorre porque o material poroso come\u00e7a a absorver part\u00edculas do ch\u00e1.<\/p>\n

\"\"<\/a>
Hagiyaki: cer\u00e2mica tradicional (foto: Pixta)<\/figcaption><\/figure>\n

Mais recentemente tornado cart\u00e3o-postal da prov\u00edncia, o Santu\u00e1rio Motonosumi, na cidade de Nagato, fica num pequeno penhasco. Os mais de 100 portais torii fazem um belo contraste com o mar ao fundo, e s\u00e3o respons\u00e1veis pela popularidade do local, especialmente nas redes sociais. O espa\u00e7o foi constru\u00eddo nos anos 1950 por um homem que alega ter visto uma manifesta\u00e7\u00e3o da raposa branca em seu quarto. Infelizmente, o local \u00e9 remoto e o acesso de transporte p\u00fablico, inexistente.<\/p>\n

Shimonoseki, por sua vez, fica na ponta mais ocidental da ilha de Honshu, separada da ilha vizinha de Kyushu pelo estreito que d\u00e1 nome \u00e0 localidade. Pela localiza\u00e7\u00e3o estrat\u00e9gica, Shimonoseki foi alvo de bombardeios por, pelo menos, tr\u00eas vezes na hist\u00f3ria. No s\u00e9culo 12, durante as Guerras Genpei e no s\u00e9culo 19, no limiar do xogunato. Al\u00e9m da import\u00e2ncia hist\u00f3rica e geogr\u00e1fica, Shimonoseki \u00e9 conhecida pela pesca. O venenoso baiacu, conhecido como fugu em japon\u00eas, \u00e9 uma iguaria local, e um dos locais para prov\u00e1-lo \u00e9 o Mercado de Karato.<\/p>\n

\"sashimi\"<\/a>
Baiacu: iguaria do Mercado de Karato (foto: Pixta)<\/figcaption><\/figure>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

O Jap\u00e3o \u00e9 um pa\u00eds insular formado por quatro grandes ilhas e centenas de ilhotas. Honshu \u00e9 a maior delas e, seguindo na dire\u00e7\u00e3o oeste, a prov\u00edncia de Yamaguchi fica na ponta. Por causa da sua posi\u00e7\u00e3o estrat\u00e9gica \u00e9 poss\u00edvel imaginar a sua import\u00e2ncia hist\u00f3rica. 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