Arquivos turismo no Japão - JP Guide https://jpguide.co/tag/turismo-no-japao/ Site de suporte ao residente no Japão. Conteúdos exclusivos de turismo para quem busca qualidade de vida e boas experiências no país. Tue, 25 Apr 2023 07:56:40 +0000 pt-BR hourly 1 https://jpguide.co/wp-content/uploads/2022/08/cropped-cropped-logo-jp-32x32.png Arquivos turismo no Japão - JP Guide https://jpguide.co/tag/turismo-no-japao/ 32 32 232509528 Dunas entre o mar e a montanha em Tottori https://jpguide.co/tottori-dunas-entre-o-mar-e-a-montanha/ https://jpguide.co/tottori-dunas-entre-o-mar-e-a-montanha/#respond Thu, 04 Aug 2022 08:54:09 +0000 http://jpguide.co/?p=17353 Uma das províncias menos conhecidas do Japão, Tottori fica na região de Chugoku, no centro de Honshu, a principal ilha do arquipélago japonês. Sua atração mais conhecida da província é, sem dúvida, as Dunas de Tottori que ficam a menos de uma hora de distância do centro da capital. Formadas pelas ações dos ventos e […]

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Uma das províncias menos conhecidas do Japão, Tottori fica na região de Chugoku, no centro de Honshu, a principal ilha do arquipélago japonês. Sua atração mais conhecida da província é, sem dúvida, as Dunas de Tottori que ficam a menos de uma hora de distância do centro da capital. Formadas pelas ações dos ventos e das ondas, as dunas se estendem por cerca de 16 quilômetros de distância na costa do Mar do Japão. Algumas das montanhas de areia chegam a ter 50 metros de altitude, oferecendo uma bela vista. As Dunas de Tottori são, sem dúvida, uma paisagem única no arquipélago japonês.

Tottori - Dunas entre o mar e a montanha
Deserto de areia é o único do Japão (foto: Pixta)

Além da caminhada, é possível passear na areia de diversas formas. A mais popular é no lombo dos camelos que são alugados para passeios curtos por um espaço limitado nas dunas. Os preços começam em ¥1500 e não é possível fazer reserva. Outra opção é descer de sandboard. As Dunas de Tottori são o único local onde se pode realizar a atividade. Trinta minutos de experiência saem por ¥3500, com todos equipamentos inclusos, além da ajuda de um instrutor, se for necessário.

Quem quiser se aventurar sobre rodas tem duas opções. Com a disposição em dia, é possível seguir numa tour guiada de bicicleta por várias áreas das dunas. Para aguentar o tranco na areia, as magrelas vêm equipadas com pneus grossos. Por ¥5000, o passeio de 2 horas leva a vários picos legais, com boas possibilidades de fotos, e inclui a bicicleta e o capacete, além de uma foto de lembrança. Já quem estiver numa vibe mais sussa, pode optar pelo Segway, aquela plataforma elétrica de duas rodas que é famosa entre os seguranças de shopping center. Também guiado, o passeio é oferecido em 90 e 120 minutos, com preços começando em ¥7000.

Se você busca uma aventura mais radical, pode optar por voar de parapente. Duas empresas oferecem o serviço que pode ter duração de meio-dia ou o dia inteiro. Os preços começam em ¥8000, incluindo equipamentos e o auxílio de instrutores. O voo duplo é recomendado para quem não tem experiência e pode custar ¥15 mil. Comodidades como o carregamento dos equipamentos nas dunas também estão disponíveis.

Depois dos passeios, é possível ter um momento mais tranquilo em dois espaços localizados na área. O Centro de Visitantes das Dunas de Tottori oferece uma série de exposições mostrando a história da formação das dunas, os seres vivos que vivem na área e outras curiosidades e informações relevantes. Já o Sand Museum é uma instituição dedicada à arte de esculpir na areia. O espaço costuma ter exposições temáticas de longa duração e convida artistas do mundo inteiro para produzir suas obras. A próxima temporada terá como tema o Egito e será inaugurada em julho.

Penhascos à beira-mar

A pouco menos de 1 hora de distância das dunas, já na cidade de Iwami, fica o Parque da Costa de Uradome. A área de relevo recortado é repleta de falésias, cavernas e outras formações rochosas de tirar o fôlego, além das belas ilhas que ficam no litoral. Consideradas entre as mais transparentes do Japão, as águas do local são um convite para os esportes aquáticos.

O passeio pela região pode começar por uma caminhada de pouco menos de 3 quilômetros pela costa através de uma rota bem sinalizada e pavimentada. Cheia de subidas e descidas, a rota pode ser cansativa, mas oferece vistas de tirar o fôlego. Quem fica na área até o pôr do sol pode ver as luzes acesas pelos pescadores na água para atrair as lulas.

Penhascos à beira-mar
Penhascos à beira-mar são atração para quem aprecia a natureza (foto: Pixta)

Outra opção para desfrutar as belezas naturais é um passeio de barco pelas ilhas, cavernas e formações rochosas da área. A empresa San-in Matsushima Yuran oferece duas opções. No barco menor, até 8 pessoas podem navegar juntas. O valor individual é de ¥2500. Já a embarcação maior leva até 95 passageiros, conta com guia e custa ¥1400 por pessoa.

O paraíso das peras

As peras mais gostosas do Japão são produzidas na província de Tottori e muita gente não perde a oportunidade de estar por lá para fazer o nashi-gari, a colheita da fruta nas pequenas fazendas produtoras. Por um valor de ¥1200, é possível retirar as peras diretamente do pé e comê-las à vontade, dentro da plantação, em locais como Sankouen, localizado não muito distante das dunas. A temporada de colheita começa em julho e dura até outubro, com diferentes variedades ao longo do período.

O paraíso das peras
As peras são o produto mais famoso de Tottori (foto: Pixta)

No teto de Chugoku

Na parte mais oeste da província fica o Monte Daisen que, com 1729 metros dae altitude, é a montanha mais alta da região de Chugoku, da qual Tottori faz parte. Também considerado sagrado, o monte abriga dois espaços religiosos de grande importância: o templo budista Daisenji e o santuário xintoísta Ogamiyama. O templo em si é acessível de transporte público, com uma caminhada de cerca de 15 minutos a partir do ponto de ônibus mais próximo. Já as rotas de escalada vão bem acima do templo e não são recomendadas para viajantes sem experiência.

No teto de Chugoku
Fé nas montanhas de Tottori (foto: Pixta)

O sagrado nas montanhas

Seguindo para o oeste da província, as montanhas vão ficando mais altas, algumas com rotas de caminhada conhecidas. Uma delas fica no Monte Mitoku e leva até o Nageiredo, uma espécie de capela, encravada na montanha e aberta ao público. A viagem até o local começa na estação de Kurayoshi, de onde se pega um ônibus até a entrada do Sanbutsiji, um templo budista do qual o Nageiredo faz parte.

A chegada até a entrada do templo já é um desafio. Localizado no alto de uma encosta, a escadaria costuma cansar os que não estão habituados a este tipo de aventura. A bela construção, com estátuas e juzus — colares de contas que lembra um terço católico — gigantescos, é apenas a porta de entrada para uma subida ainda mais difícil. Tanto que, no passado, ela era permitida somente aos monges, que faziam da escalada parte do treinamento espiritual.

Na subida, os religiosos costumavam usar os warazori, sandálias de palha, que ainda hoje estão disponíveis para os visitantes. No entanto, para a gente comum, é recomendado o uso de sapatos de escalada adequados, bem como de luvas de escalada, mesmo no calor. Só não são permitidos os com ganchos de metal na sola. Cajados e bengalas também devem ser evitados.

O sagrado nas montanhas
Templo encravado na montanha tem trilha com níveis médios de dificuldade (foto: Pixta)

A rota de escalada começa na traseira do salão principal do Sanbutsuji, e os visitantes só podem começar a subir em pares ou grupos maiores. É cobrado o valor de ¥800 para a escalada. Inicialmente, a rota é pavimentada, mas as dificuldades não demoram a aparecer. Rapidamente a rota começa a fazer uso das raízes das árvores como escadas e a subida fica bem íngreme, culminando com a parte final, um pequeno trecho de escalada em rocha nua feito com a ajuda de uma corrente, que leva até o Nageiredo. A vista é a principal recompensa para quem chega até o local.

Os viajantes cansados da descida podem parar em Misasa Onsen, uma estância de águas termais às margens do Rio Mitoku. Diversos ryokan oferecem pouso para os viajantes e fiéis, com água quentinha e futon no piso de tatami. Outra opção é visitar os banhos públicos locais. Um deles é o Kabuyu (¥350/entrada), mas há vários outros. Mas o mais popular mesmo é o Kawaraburo, um banho a céu aberto, localizado no leito do Rio Mitoku. A entrada é franca.

SERVIÇO

Como chegar?
Tottori fica na linha San-in da JR e pode ser acessada por trem expresso a partir de Osaka e Kyoto. De Tóquio, a melhor opção é o avião.

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Yamagata – natureza e fé nas montanhas https://jpguide.co/yamagata-natureza-e-fe-nas-montanhas/ https://jpguide.co/yamagata-natureza-e-fe-nas-montanhas/#respond Mon, 07 Feb 2022 16:26:16 +0000 https://jpguide.co/?p=16894 Dezessete por cento do território de Yamagata é protegido por lei através de parques nacionais. Isso já dá a dimensão da importância da natureza para o povo e a economia local. Com boa parte de seu território formado por montanhas cobertas de vegetação, a província é um convite para quem quer se desligar e relaxar, […]

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Dezessete por cento do território de Yamagata é protegido por lei através de parques nacionais. Isso já dá a dimensão da importância da natureza para o povo e a economia local. Com boa parte de seu território formado por montanhas cobertas de vegetação, a província é um convite para quem quer se desligar e relaxar, seja num passeio pelas florestas na estação quente ou, então, num banho de águas termais nas épocas mais frias. Aliás, dividir o clima de Yamagata dessa forma está longe de ser errado. A província fica numa área de transição climática com características interessantes: tem temperaturas na casa dos 30 durante o verão e mais de 8 metros de neve nas áreas montanhosas. Outono e primavera são curtos, o primeiro mais puxado para o frio e o último, para o calor. Assim, visitar Yamagata é sempre trafegar pelos extremos. Celeiro de bons ingredientes, dentre eles o arroz, a província também é um local a ser descoberto por quem curte gastronomia e saquês.

Monstros de gelo em Zao (foto: Pixta)
Numa fria com os monstros de gelo

A área de atração turística mais conhecida de Yamagata é, sem dúvidas, Zao Onsen. “Onsen” em japonês são as fontes de águas termais, e elas são uma atração da região. O Monte Zao fica na fronteira entre Yamagata e Miyagi e existem duas formas de chegar até lá. Por Miyagi, a viagem é linda no outono pela Zao Echo Road. A estrada, que sobe a serra, é coberta de vegetação, e a folhagem fica amarelada em boa parte de sua extensão.

Num dos picos da montanha, chamado de Kattadake, é possível ter uma bela vista do Okama, um lago de cratera vulcânica considerado um dos mais belos do Japão. Durante abril e novembro, quem vem da estação de Kamiyama pode usar um serviço gratuito de ônibus até o Zao Liza, um restaurante que serve como base para quem sobe montanha acima. De lá, é possível usar o Katta Lift, um teleférico aberto até um ponto de observação do Okama. No entanto, os serviços são limitados, com o máximo de dois horários por dia, e restrito aos fins de semana em algumas épocas do ano. Portanto, pesquise bem antes de usar.

Zao Onsen
O lago de cratera de Zao é um dos pontos turísticos mais conhecidos de Tohoku (foto: Pixta)
O lago de cratera de Zao é um dos pontos turísticos mais conhecidos de Tohoku

Zao Onsen, no entanto, é mais popular no inverno. A qualidade de neve transformou o local num resort de esqui que recebe visitantes de todo o país. A área é muito bem equipada para a prática de esportes da neve com lojas para locação de utensílios. A grande atração, porém, são os chamados monstros de gelo, árvores congeladas que “hibernam” cobertas de neve durante a estação fria. Os “monstros” ficam acima da cabeceira da pista de esqui e até podem ser acessados a pé. Na área do resort, é possível alugar uma sandália de neve, feita de madeira e usada pelos antepassados para caminhar na região. Os calçados são usados por cima da bota que, aliás, deve ser muito bem preparada. A caminhada na neve pode congelar o pé caso você não esteja usando um calçado adequado. À noite, os monstros de gelo são iluminados com luzes coloridas. O resort também oferece um passeio noturno, num veículo de neve, até os monstros.

Depois das aventuras, com neve ou não, sempre vale a pena dar uma relaxada nos banhos de águas termais da região. O Zao Onsen Dairotenburo é um banho a céu aberto que funciona entre os meses de abril e novembro. Já o Genshichi Roten no Yu também tem banhos internos e funciona o ano todo. Outra forma de conhecer o costume de se banhar em águas termais é visitar um dos banhos públicos da localidade. São três, chamados de Kawarayu, Kamiyu e Shimoyu. Eles ficam em pequenas construções de madeira com apenas um ofurô no formato de uma pequena piscina. Os banhos são segregados por gênero e a entrada em cada um deles custa ¥200.

Banho a céu aberto no Zao Onsen Dairotenburo
Banho a céu aberto no Zao Onsen Dairotenburo (foto: Pixta)

Caminhos de fé

Repleta de montanhas, Yamagata também é um destino para pessoas que buscam tranquilidade nos templos e santuários construídos ao longo dos séculos em áreas mais remotas. No nordeste da capital, na cidade de Yamagata, fica o Risshakuji, um templo budista fundado no século 9 e conhecido popularmente como Yamadera. A área sagrada começa no sopé de uma colina, onde fica uma das construções mais antigas do complexo, o Konponchudo. No entanto, o caminho até o topo é uma das principais atrações, em especial por conta da bela vista que se pode ter da varanda do Godaido, um salão incrustado na montanha. No entanto, vale ressaltar que a subida, de cerca de 1000 degraus, pode ser pesada para alguns visitantes.

Godaido entre as folhas de outono em Yamagata
Godaido entre as folhas de outono em Yamagata (foto: Pixta)

Uma experiência mais radical é fazer o Dewa Sanzan, um caminho que conecta três santuários sagrados nas montanhas. Dewa é o nome de uma antiga província formada pelos atuais territórios de Akita e Yamagata. Os três santuários são dedicados a uma fé conhecida como shugendo, que mescla elementos do budismo e do xintoísmo, a religião nativa do Japão. Cada um deles é conhecido pelo nome do monte em que se localiza.

De acordo com os preceitos, para transcender é preciso levar o corpo ao limite. Por isso, os monges do shugendo realizam práticas radicais, como longos períodos de jejum ou alimentação muito restritiva e atividades físicas, além da meditação.

Pagoda no caminho que leva ao santuário no Monte Haguro: mais um milênio de história
Pagoda no caminho que leva ao santuário no Monte Haguro: mais um milênio de história (foto: Pixta)

O Haguro-san (Monte Haguro) é o de mais fácil acesso dos três santuários. Ele representa a vida e o presente e fica aberto o ano todo, sendo acessível por um serviço de ônibus que parte da cidade de Tsuruoka. O transporte leva até a base da construção principal do complexo, mas, na verdade, fazer o caminho montanha acima também faz parte da experiência. A trilha na floresta de cedro é pavimentada com rochas e compreende cerca de 2100 degraus. Portanto, requer energia ou, pelo menos, paciência. No caminho, é possível ver uma das mais belas construções do santuário, uma pagoda de cinco andares, datada do século 10. Além da torre, a trilha ainda tem diversas esculturas e uma casa de chá. A visita ao santuário custa ¥300.

Quem quiser passar a noite no local, existe o Saikan, um espaço que oferece estadia simples, num quarto com piso de palha no estilo tatami e dormida num futon, uma espécie de colchonete tradicional. A reserva tem que ser feita antecipadamente. O Saikan também oferece o shojin ryori, um estilo de gastronomia vegano, com preparos baseados em ingredientes locais sazonais, desenvolvido nos monastérios. Quem acorda no local ainda pode assistir aos rituais matutinos dos monges.

Representando a morte, o Gas-san é o segundo santuário que deve ser visitado na rota do Dewa Sanzan. Ele fica localizado na área de maior altitude do caminho, a 1984 metros de altitude, e só é acessível a pé. Duas linhas de ônibus que circulam somente entre os meados dos meses de julho e setembro levam até a oitava estação, de onde é preciso fazer cinco quilômetros de caminhada morro acima. A rota é aberta e pavimentada, com as margens cobertas de gramíneas e árvores de pequeno porte. Muitas delas florescem na primavera e no verão trazendo beleza à jornada. É preciso, porém, ter cuidado na rota, já que a exposição aos fenômenos naturais pode fazer com que as rochas fiquem muito escorregadias depois de dias de chuva. Além disso, é bom se preparar caso vente muito. Ao chegar no santuário, o visitante passa por um ritual de purificação, que inclui acender um incenso e beber uma pequena dose de saquê. A entrada no santuário custa ¥500.

Do Gas-san é possível seguir em rota pela montanha até o Yudono-san, o terceiro e último dos Dewa Sanzan. São cerca de 3 horas montanha abaixo, num caminho relativamente íngreme e difícil para pessoas sem preparo e sem material adequado. O santuário representa o renascimento e é o mais sagrado (e secreto) dos três. Aqui, os visitantes também passam por um ritual de purificação na entrada, no qual precisam tirar os calçados. É expressamente proibido tirar fotos do Yudono-san, e tudo o que se vê dentro do santuário deve ser guardado em segredo pelo fiel. O espaço também fica fechado durante o inverno, embora seja relativamente de fácil acesso, já que fica próximo a uma rodovia.

Durante o verão e o outono, é possível visitar os três santuários usando o ônibus como deslocamento de apoio. Mas mesmo quem pretende caminhar entre os santuários a pé, pode fazê-lo com segurança. São necessários, porém, pelo menos dois dias e duas noites para a rota completa.

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