Arquivos calor - JP Guide https://jpguide.co/tag/calor/ Site de suporte ao residente no Japão. Conteúdos exclusivos de turismo para quem busca qualidade de vida e boas experiências no país. Sat, 15 Jul 2023 02:03:29 +0000 pt-BR hourly 1 https://jpguide.co/wp-content/uploads/2022/08/cropped-cropped-logo-jp-32x32.png Arquivos calor - JP Guide https://jpguide.co/tag/calor/ 32 32 232509528 Comidas para enfrentar o verão no Japão https://jpguide.co/comidas-para-enfrentar-o-verao-no-japao/ https://jpguide.co/comidas-para-enfrentar-o-verao-no-japao/#comments Thu, 29 Jun 2023 11:14:17 +0000 https://jpguide.co/?p=13401 A gente sabe, mas todo ano se surpreende: o verão no Japão é quente demais! Quem não está aqui e ouve a gente falar em temperaturas de 30, 35 graus pode achar que é moleza. Mas com sensação térmica que passa dos 40, ninguém aqui sente saudades do verão brasileiro. A parte boa é que […]

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A gente sabe, mas todo ano se surpreende: o verão no Japão é quente demais! Quem não está aqui e ouve a gente falar em temperaturas de 30, 35 graus pode achar que é moleza. Mas com sensação térmica que passa dos 40, ninguém aqui sente saudades do verão brasileiro. A parte boa é que as estações são bem definidas no Japão e isso quer dizer que o verão logo passa. Mas também é a oportunidade de comer coisas que rolam só nessa época ou, ainda, que ficam muito mais gostosas junto com o calorão. Se liga em cinco dicas para comer (bem) neste bafo do capiroto que é o verão japonês.

 

Zaru soba (ざるそば)

Soba é um macarrão de trigo sarraceno, um grão muito popular no Japão. Com baixa quantidade de glúten, é um tipo de massa excelente para quem quer diminuir a ingestão desta proteína. Além disso, o macarrão é leve e delicioso. Onipresente na dieta japonesa, o soba ganha uma versão gelada no verão servida numa espécie de cesto  feito de palha, usado para drenar a água do cozimento. Este cesto-peneira é o zaru que dá nome ao prato.

O macarrão é servido frio e vem acompanhado de um caldo geladinho chamado tsuyu, feito com molho de soja shoyu, saquê doce mirin e o dashi, um caldo extraído do cozimento da alga konbu com flocos de bonito seco e defumado katsuobushi. O balanço do tsuyu é essencial na hora de compor o sabor do prato.

Por fim, o zaru soba vem à mesa com wasabi e cebolinha, que são colocados  a gosto no tsuyu para dar um toque picante ao prato. Na hora de comer, basta mergulhar o macarrão no caldo e pronto! Refrescante e nutritivo!

 

Unagi

Um dos peixes do verão japonês, a enguia é chamada em japonês de unagi (lê-se “unagui”). Num poema satírico que faz parte do Man’yoshu, a mais antiga coletânea japonesa de poesias, o personagem Iwamaro é ironizado pela sua magreza. “Magrelo desse jeito, será que estás vivo? Com um corpo desses, quando entrares na água para pescar unagi, é capaz do rio te levar. Para com isso!”, diz o texto que deixa a dica para o rapaz: “coma unagi!”. Isso data do século 8, ou seja, quase 800 anos antes do Brasil ser encontrado pelos portugueses!

Hoje, sabemos que a enguia é um super alimento. Ela contém uma grande quantidade de cálcio e vitaminas B, D e E, necessários para encarar o calorão japonês. Além disso, o peixe é delicioso.

No Japão, são feitos preparos para a enguia. O kabayaki é o peixe cozido e temperado com um molho adocicado chamado tarê. Desse modo, a enguia pode ser servida na caixa laqueada (unaju) ou na tigela (unadon), em cima de uma generosa porção de arroz. Já o shirayaki é o peixe grelhado e levemente temperado com sal, o que ressalta o sabor do ingrediente. De ambos os modos, o unagi é um jeito delicioso de enfrentar o calor japonês.

Melancia

Sim, a fruta conhecida por ter água em mais de 90% de sua composição é muito popular aqui no Japão, onde é chamada de suika (西瓜). O nome japonês é derivado da língua chinesa e quer dizer “melão que veio do oeste”. Isso porque a melancia foi introduzida na China pela Ásia Central, que fica a oeste do país.

Rica em vitaminas e minerais, a melancia contribui no aumento da imunidade, tem efeito diurético e ajuda a prevenir o entupimento das artérias. Isso tudo, claro, além de hidratar o corpo.

O Japão ficou conhecido mundo afora pelas caríssimas melancias quadradas, produzidas de forma especial e vendidas pelos olhos da cara. Mas não se espante. É possível encontrar a fruta em mercados regulares por preços bem acessíveis.

 

Edamame (枝豆)

A vagem da soja ainda verde é aquele tipo de coisa que você fica se perguntando porque demorou tanto para conhecer. Isso porque, fora da Ásia, ainda é novidade o consumo dos grãos verdes da soja. Mas isso está mudando! No Brasil, por exemplo, já existem restaurantes que servem o edamame, um excelente petisco para acompanhar aquela cervejinha gelada.

As vagens são cozidas em água com sal a gosto e, no verão, são resfriadas. Na hora de comer, basta retirar cada grão com a boca mesmo, sem cerimônia. O salgadinho que fica na vagem ajuda a realçar o sabor. Rico em vitaminas A, C e do complexo B, além de cálcio, potássio e fósforo, o edamame também é considerado um super alimento e vai bem com outras bebidas, como o saquê que pode ser servido, olha só, geladinho nessa época do ano!

 

Goya Champuru (ゴーヤチャンプルー)

Prato da gastronomia de Okinawa, no sul do país, o champuru é uma espécie de refogado feito com queijo de soja tofu e ovo, vegetais e algum tipo de carne ou peixe. Pode ser enquadrado na categoria “mexidão” que o povo aprecia muito no Brasil. (Aliás, champuru quer dizer exatamente isso, na língua léquia, falada pelo povo de Okinawa).

O goya do nome do prato é chamado em português de melão-de-são-caetano, apesar de ter sido levado para a nossa terrinha pelos okinawanos. Muita gente foge desse prato justamente por causa desse ingrediente. É que o melão-de-são-caetano é amargo e leva tempo para se acostumar com o sabor dele. Mas quem passa dessa fase costuma ficar viciado no prato!

Aliás, o goya também está na categoria de super alimentos e seu consumo é considerado um dos fatores da conhecida longevidade do povo do arquipélago de Okinawa. O legume possui um nutriente chamado polipeptídeo P que reduz o apetite e ajuda a diminuir o nível de açúcar no sangue, ajudando no combate ao diabetes. Como se tudo  fosse pouco, o goya ainda ajuda também a combater o calor.

E aí? Gostou das dicas? Compartilhe com a família e com os amigos! Mantenha firme a hidratação e adote cuidados essenciais para que todo mundo fique bem neste verão!

Quer mais iguaria de verão? Conheça o kakigori.

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Calor muito além do verão – KOCHI https://jpguide.co/calor-muito-alem-do-verao-kochi/ https://jpguide.co/calor-muito-alem-do-verao-kochi/#respond Thu, 27 Apr 2023 07:46:45 +0000 https://jpguide.co/?p=31233     Oficialmente, o verão se inicia no Japão com o solstício do dia 21 de junho. A temporada começa para valer, no entanto, na data em que a cidade de Kochi registra pela primeira vez temperaturas de mais de 40 graus. Termômetro involuntário da estação mais quente do ano, a província de Kochi acabou […]

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    Oficialmente, o verão se inicia no Japão com o solstício do dia 21 de junho. A temporada começa para valer, no entanto, na data em que a cidade de Kochi registra pela primeira vez temperaturas de mais de 40 graus. Termômetro involuntário da estação mais quente do ano, a província de Kochi acabou ficando muito associada às altas temperaturas. Acontece que, como em quase todas as províncias do país, Kochi tem seus altos e baixos e, neste caso, estamos falando de mar e montanha, nos quais frio e calor se alternam, com um servindo de escape para o outro. Nesta edição, o GUIA JP mostra que, em Kochi, o calor vai muito além da estação quente. A província tem boa comida feita com fogo, o calor humano nas noites boêmias e muito mais. Embarque com a gente.

Castelo de Kochi, um dos 12 únicos castelos originais do Japão

História e boêmia na capital

Com pouco mais de 320 mil habitantes, 1/4 da população da província, a cidade de Kochi foi o centro do Domínio de Tosa durante todo o Período Edo (1601 – 1868). O poder emanava do Castelo de Kochi, um dos 12 que sobreviveram à sanha destruidora de fortificações no Período Meiji. A construção atual data do século 18 e compreende basicamente toda a área conhecida como honmaru, a parte mais interna do complexo de defesa, que contém a torre principal e diversas outras construções adjacentes cercadas por um fosso. Kochi é o único castelo japonês que restou com todo o seu honmaru intacto.

A capital também é conhecida pela vida boêmia e isso já pode ser identificado na estação central da cidade, onde os visitantes são recebidos por uma estátua do Bero-bero no Okami-sama, o deus da bebedeira, muito bem colocado num pedestal em formato de barril de saquê.

A cidade leva tão a sério a boêmia que organiza anualmente, no mês de março, o Tosa no Okyaku, uma celebração na qual algumas ruas da cidade são equipadas com mesas aquecidas para que todos possam comer e beber juntos.

Um dos locais recomendados para provar a boa comida local é o Mercado Hirome, onde uma variedade de bancas oferecem diversos pratos para serem saboreados e mesas coletivas. A iguaria mais famosa da região é o katsuo-tataki, o atum-bonito grelhado diretamente no fogo. O prato vai muito bem com os deliciosos saquês produzidos na província.

Katsuo-tataki, gastronomia local no fogo

Se a sua pegada for mais diurna, domingo é dia de conhecer o “armazém de Kochi”. Assim é chamado o Mercado Dominical, uma feira de 1,3 km de extensão na avenida que dá acesso ao castelo. Com mais de 300 barraquinhas esta é a maior feira livre do Japão. Além dos produtos frescos, a feira é um paraíso para quem gosta de provar comida de rua, com destaque para o inakazushi, o sushi da roça, feito com legumes e verduras em conserva, além de tofu, no lugar do peixe. De sobremesa, vale provar o aissu-kurin, uma versão popular localmente do sorvete, com menos gordura. Utensílios de alta qualidade como facas e cerâmicas, além de bonsais, também podem ser encontrados no local.

No verão escaldante, a principal atração da cidade é o Yosakoi, um colorido festival com blocos que percorrem toda a cidade no meado do mês de agosto. Enquanto os moradores saem pela cidade fantasiados, os blocos puxados pelos jigatasha, a versão local dos trios elétricos, desfilam pela cidade em coreografias muito bem ensaiadas e ao som de ritmos diversos. Uma verdadeira celebração do jeito despachado de ser dos kochiotas.

Yosakoi: festival que destaca a alma de Kochi

Na trilha (aromática) do yuzu

Um dos maiores segredos da gastronomia japonesa, o yuzu é um cítrico extremamente aromático. Kochi é a província que mais produz a fruta no Japão, em vilas escondidas entre as montanhas do leste como Umaji e Kitagawa.

Antigas áreas de produção de madeira, as vilas desenvolveram uma poderosa infraestrutura ferroviária de transporte do material para os portos próximos. Nos anos 1960, porém, a produção madeireira sofreu um baque e caiu em declínio. Os moradores apelaram, então, para a citricultura para manter viva a economia local, com o yuzu como carro-chefe.

Além do yuzu, as vilas vêm criando atividades para atrair turistas para a região. Em Umaji, por exemplo, a antiga estrutura ferroviária é utilizada de diversas maneiras para incentivar o turismo. A Yanase Forestry Railway, por exemplo, oferece desde test drives da locomotiva usada na época madeireira, além de um passeio montanha acima no plano inclinado criado para trazer os troncos para baixo.

Antiga infraestrutura ferroviária virou atração turística

Em novembro, a vila realiza o Festival Yuzu Hajimaru para celebrar o início da colheita da fruta. Nas barraquinhas, é possível provar diversas iguarias locais feitas com o cítrico. Aqui, por exemplo, o inakazushi usa um shari – arroz temperado para sushi – preparado com suco de yuzu ao invés de vinagre. A fruta também aparece em uma série de outros produtos, de bebidas a condimentos, com destaque para o yuzu-kosho, um preparo que leva, ainda, pimenta chilli e sal marinho.

Um mundo inspirado em Monet

Também conhecida pela produção de yuzu, Kitagawa fica ao lado de Umaji. Além das inúmeras pontes e instalações usadas pelas antigas rodovias, a vila é conhecida pela residência do antigo samurai Nakaoka Shintaro, que foi um dos rebeldes que ajudaram o Imperador Meiji a acabar com a hegemonia militar da Família Tokugawa, levando ao fim do Período Edo. Sua história pode ser conhecida na casa onde viveu, aberta ao público.

A grande atração da cidade, no entanto, é o Jardim de Monet Marmottan. O espaço é uma réplica fiel do Giverny, o jardim que abrigou a casa onde o pintor francês viveu de 1883 até a sua morte em 1926 e produziu a série das ninfeias, algumas delas dentre as mais conhecidas obras do artista impressionista.

Jardim Marmottan em Kitamura, inspirado na obra de Monet

Os Jardins de Giverny são baseados em antigas gravuras japonesas encontradas por Monet na Europa, o que inspirou a cidade de Kitagawa a criar uma réplica, o Marmottan que recebeu as bênçãos da fundação que preserva a obra do pintor francês. O espaço é dividido em três. No Jardim das Flores, a palheta de cores e texturas da obra de Monet é reproduzida através das plantas. Já no Jardim das Águas ficam, dentre outras árvores, as ninfeias que inspiraram as famosas obras de Monet. A melhor época para ver as ninfeias azuis é entre o final de junho e o início de novembro. Por fim, caminhando por entre a floresta, fica o Jardim de Bordighera, que faz referência à paixão do pintor pelo mar. A paisagem local foi usada como pano de fundo para um projeto que usa plantas do sul da Europa e outros elementos para recriar a expedição do artista pelo Mediterrâneo.

Depois da visita, vale a pena pernoitar num dos ryokan da cidade para aproveitar a atmosfera de relaxamento dos banhos de águas termais e divagar nas memórias de uma viagem inesquecível pelas belezas de Kochi.

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