Um subcomitê do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar decidiu nesta segunda-feira, 1, que o salário mínimo médio seja aumentado, a partir de outubro, em ¥31, subindo de ¥930 para ¥961 por hora (cerca de 7,28 dólares). Isto significa um recorde de 3,3%.
Foi o maior aumento da história, desde que o governo começou a compilar os dados no ano fiscal de 2002, tendo em conta a desvalorização do iene e os aumentos de preços devido à guerra na Ucrânia.
O painel do Ministério do Trabalho, que inclui representantes de sindicatos e da administração corporativa, discutiu o aumento do salário mínimo por hora neste ano fiscal na segunda-feira da semana passada, mas não conseguiu chegar a uma conclusão. Os membros se reuniram novamente na segunda-feira e foram mais sete horas de debate.
O nível do salário mínimo estabelecido para cada prefeitura será baseado na recomendação deste painel.
Meta
O governo estabeleceu a meta de o salário mínimo médio por hora chegar a ¥1.000.
Representantes trabalhistas e administrativos no painel do Ministério do Trabalho concordavam sobre a necessidade de salários mais altos, mas não havia um acordo sobre o quanto o aumento da inflação deveria ser levado em consideração.
O lado trabalhista pediu um grande aumento no salário mínimo, já que o custo de vida está subindo, enquanto o lado da administração, que está lutando com os custos crescentes, enfatizou a necessidade de uma consideração cuidadosa.
Agora a possibilidade de aumento do salário mínimo é real, mas o ritmo de aumento é visto como morno. Enquanto isso, a guerra da Rússia na Ucrânia desde o final de fevereiro fez com que os preços de energia, matérias-primas e alimentos subissem globalmente e o núcleo da inflação ao consumidor no Japão superou 2% nos últimos meses, pressionando as famílias.
Atualmente, o salário mínimo mais alto é o de Tóquio, de ¥1.041, seguido por Kanagawa (¥1.040) e Osaka (¥992). Já os mais baixos estão em Okinawa e Kochi, apenas ¥820 por hora.
No Japão, cada província tem um salário mínimo diferente, variando de acordo com o custo de vida e outros fatores. Nenhum empregador pode pagar aos funcionários menos que os valores definidos em cada localidade.
¨Gostaríamos de ver um aumento que seria apropriado para a era de um novo capitalismo¨, disse o vice-secretário-chefe do gabinete, Seiji Kihara, em entrevista coletiva.
fontes: NHK e The Mainichi