Quais problemas você resolve na sua região? No Japão, o casal Karina e Markus, fundadores da Ecojima, em conjunto com pesquisadores japoneses, desenvolveram soluções ecológicas baseadas em biotecnologia. São 3 grandes problemas do Japão que eles buscam resolver. A segurança alimentar, pois o arquipélago tem poucas terras agricultáveis e importa a maior parte do que consome. A limpeza dos canos em fazendas hidropônicas, que pode destruir uma plantação e a regeneração de solos para agricultura, que originou todas as outras soluções, e também se relaciona com a reforma de “akiya”, as casas abandonadas, um grande problema no interior do Japão. A Ecojima é uma STARTUP que já recebeu investimento anjo e busca inveatidores comprometidos com a mesma visão de sustentabilidade e cuidado com a saúde e a ecologia.
Encontre-os em https://link.bio/Z7Yw e se preferir ler a entrevista, acesse https://jpguide.co/revolucao-verde-ecojima-e-a-nova-era-da-hidroponia-sustentavel/ muito obrigado
#28 Karina e Markus Seito – fundadores da ecojima
O BURAJIRU GRAND CHEF EM 2023
O Burajiru Grand Chef, concurso de gastronomia organizado pelo Consulado-Geral do Brasil em Tóquio em conjunto com a Embaixada, encerrou com chave de ouro o ano passado com sua sexta edição, a primeira a contar com um tema específico: comida de boteco.
Nas cinco edições anteriores, o concurso cumpriu com seus objetivos de descobrir talentos e de valorizar a comunidade brasileira no Japão ao consagrar as seguintes criações nipo-brasileiras: o salmão com crosta de gergelim grelhado acompanhado de cogumelos salteados na manteiga, avocado e cebolas marinadas, da chef Maria Angelica Iida; o aligot de batata doce de Okinawa com queijo e picanha com shitake ao vinho, do chef Bruno Ouchi; o porco atolado no missô, da chef Maíra Shimazu; a galinhada asiática, do chef Lucas Yamauchi; e a sobremesa Tomé-Açú, do chef Herculano Rotondano, uma mousse de cupuaçu com ganache de chocolate e calda de wasabi.
Em 2023, honrando as tradições gastronômicas dos botecos brasileiros e izakayas japoneses – injustamente chamadas de “baixa” gastronomia –, o concurso buscou premiar o prato que apresentasse a melhor fusão entre os dois mundos. Nossos chefs não decepcionaram: foram tantas receitas incríveis que não foi possível selecionar apenas oito finalistas. Foram convocados nove competidores para a grande final, que aconteceu em Tóquio, em 17 de dezembro, com a presença do corpo de jurados formado pelos chefs Gilles Company (Le Cordon Bleu Tóquio), Elida Kuroki (chef Mizinha, do Trigo Buffet) e Kenjiro Takamura. Além disso, estiveram presentes também as equipes do Consulado e da Embaixada do Brasil em Tóquio, essenciais para a realização do evento.
O torneio, que transcorreu em clima de competição saudável, consagrou como grande vencedora a chef Rogeria Shimada Riu, autora do “quadradinho de salmão com tríade de molhos”. Em segundo e terceiro lugares ficaram, respectivamente, a chef Luciane Manika Espíndola, que preparou o “pastel de broto de bambu, pastel de camarão e shissô, pastel de (cata)vento e vinagrete apimentado com yuzu”, e o chef Mário Shoei Kina de Freitas, com o “baião de dois”. Cada um deles levou premiação em dinheiro, oferecida pela Kyodai Remittance, e kits de utensílios culinários, oferecidos pelo instituto Le Cordon Bleu. Os nove finalistas receberam certificados e conjuntos de utensílios profissionais oferecidos pela Tramontina, e a grande vencedora ganhou ainda o exclusivo troféu Burajiru Grand Chef, confeccionado pela TMK.
Por fim, cumpre agradecer a quem de direito: jurados, patrocinadores, a equipe que realizou o concurso, a prefeitura de Shinagawa por mais uma vez nos ceder sua cozinha comunitária, e, sobretudo, a todos os participantes. Contamos com vocês novamente na próxima edição!
Será teimosia?
SERÁ TEIMOSIA?
Na família em que há uma pessoa idosa, sempre ouvimos histórias muito parecidas, que gostam de fazer as coisas à sua maneira, não ouvem opiniões de familiares, são muito “teimosos”, ou seja, pensamos como se fossem fatos clássicos de teimosia dos idosos.
No entanto, o que é ser teimoso? Conforme dicionário, ser teimoso é aquele que teima, que persiste numa ideia ou ação. No caso dos idosos, todos são teimosos? Não. A teimosia dos idosos não é algo homogêneo, pois depende do grau de lucidez de cada pessoa. Se a pessoa persistir em fazer algo ou ter o mesmo comportamento tendo a noção das consequências e risco, é teimosia.
Outras pessoas insistem em comportamentos e atitudes devido a um grau de confusão mental ou não conseguem compreender a realidade que as cercam. É comum associar esses comportamentos à demência devido à doença de Alzheimer (mais predominante), Demência vascular, Corpos de Lewy, doença de Parkinson, entre outras. Nesses casos, não é questão de teimosia, já que não conseguem discernir o que é certo ou errado, bom ou mau, perigoso ou não, ou se devem ou não fazer algo.
Muitas vezes, lidar com a teimosia do idoso no dia a dia não é fácil, podendo exigir muita paciência, calma e resiliência. Nesse momento, é importante buscar ajuda profissional para entender o problema, se é uma questão de comportamento (são vários os fatores) ou se é um caso patológico. Buscar auxílio do psicólogo e/ou geriatra pode ajudar na compreensão do que está por trás das atitudes de teimosia e possibilitar melhores cuidados nesse momento de fragilidade do seu ente querido.
PSICÓLOGA DO PROJETO SAKURA
LUCIA YULICO ISHII SATO
CRP – 08/30.659
Numa fria pelo Japão
Ainda pouco conhecido por atrações de natureza, o Japão é uma potência de inverno ainda a ser descoberta.
No inverno, o Japão se transforma em um paraíso para os amantes de esportes radicais, com suas montanhas cobertas de neve e uma cultura rica em tradições de esqui. Montanhoso e com um clima propício, o país oferece uma ampla gama de estâncias de esqui, em especial nas províncias localizadas ao norte de Tóquio. E o melhor: aliada à qualidade da neve e das pistas, as estações de esqui japonesas são conhecidas também pela hospitalidade e pela boa gastronomia. Nesta edição, o GUIA JP traz uma lista com as melhores localidades para você se aventurar pela neve na Terra do Sol Nascente. Embarque conosco nesta jornada e descubra as maravilhas que as estâncias de esqui do Japão têm a oferecer.
Myoko Kogen
Localizada na região de Niigata, Myoko Kogen é uma das estâncias de esqui mais antigas e populares do Japão. Formada por nove estâncias e tendo como centro a vila de Akakura, a região oferece paisagens deslumbrantes, neve de alta qualidade e uma atmosfera acolhedora de cidade de montanha. Com uma grande variedade de pistas para esquiadores de todos os níveis, Myoko Kogen também é conhecida por suas trilhas de backcountry, como são chamadas as zonas periféricas fora das pistas de esqui, mas que ainda são boas para a prática do esporte. Quem pensa em fazer algo menos aventureiro pode participar de alguma tour de snowshoeing, caminhadas na neve com encaixes especiais para os sapatos.
Naeba
Favorita entre locais e turistas, Naeba também fica em Niigata, numa localidade com excelentes pistas bem próxima de Tóquio. Aliás, só para constar, a zona de esqui é ocupada no verão pelo Fuji Rock Festival. No inverno, o local é ótimo não só para esqui e snowboard, mas, também, para quem quer pegar leve em passeios de snowmobile e trenós. Em Naeba também fica o teleférico mais longo do Japão, o Dragondola, que atravessa as montanhas locais por quase 6 km de extensão. No outono, a paisagem local, com o envelhecimento das folhas, fica impressionante.
Shiga Kogen
Esta é a maior estância de esqui do Japão. São mais de 50 quilômetros de pistas interligadas. Localizada nas montanhas de Nagano, é um paraíso para os esquiadores e snowboarders, com uma variedade de terrenos desafiadores e paisagens espetaculares. Não muito distante da zona de esqui fica o Parque dos Macacos de Jigokudani, famoso internacionalmente por oferecer um banho de águas termais a céu aberto para os símios que habitam a região. Já faz um tempo que uma comunidade de macacos-japoneses adotou o local e vive ali em boa interação com os humanos que vêm visitá-los.
Appi Kogen
Situada na província de Iwate, Appi Kogen é uma das estâncias de esqui mais faladas do momento, embora ainda não tenha caído no radar dos turistas internacionais. Ou seja, o local ainda é relativamente inexplorado, embora tenha uma rede hoteleira moderna e forte apelo gastronômico. Como neva muito na região, a neve profunda é uma das características das pistas locais. São 21 circuitos para iniciantes e experientes.
Vale de Hakuba
Sede principal dos Jogos Olímpicos de Inverno de 1998, Hakuba, em Nagano, se tornou parada obrigatória para quem curte esportes como o esqui e afins. São dez resorts muito bem conectados entre si, o que proporciona experiências em pistas de características diferentes. A região, como outras estâncias já citadas, também é conhecida pelas águas termais para dar aquela relaxada depois do esforço na neve.
Nozawa Onsen
Com uma história antiga como resort de águas termais, Nozawa Onsen, também em Nagano, combina esqui de classe mundial com a tradição do omotenashi, a hospitalidade japonesa, nos famosos ryokan. Isso significa que, além de se aventurar na neve, é possível mergulhar na atmosfera local através de uma arquitetura única e rústica e ruas estreitas de paralelepípedo. Uma verdadeira viagem no tempo.
Niseko
Mais conhecida estância de esqui do Japão, Niseko, em Hokkaido, se tornou o principal destino de esportes de neve do Extremo Oriente por causa da neve no estilo powder — formada por cristais de gelo secos e, portanto, mais macia. A estância cresceu tanto que, nos últimos anos, se tornou um disputado estilo de luxo, com uma das melhores redes de alta hotelaria do país. Badalada e elegante, Niseko também se destaca na gastronomia e na coquetelaria e atrai turistas de todo o planeta para suas pistas de alto nível, incluindo as de backcountry.
Rusutsu
Localizada não muito distante de Niseko, Rusutsu também tem neve de alta qualidade e vastas áreas esquiáveis. Com terrenos para todos os níveis de habilidade, bem como atividades extras como snowmobile e snowbikes, além de pesca no gelo, Rusutsu procura se diversificar para concorrer com a vizinha mais famosa. Um dos destaques é o Parque Infantil Crayon Shinchan que passa longe dos lápis de cera (crayon em inglês) e oferece muita diversão para a garotada.
Revolução Verde – ECOJIMA e a nova era da hidroponia sustentável
Num panorama mundial permeado por obstáculos socioambientais cruciais, esta edição especial da Guia JP lança luz sobre os desafios que ecoam pelo planeta.
A convergência de crises climáticas, questões agrícolas prementes e desafios sociais complexos delineiam um cenário que exige não apenas atenção, mas também soluções inovadoras e comprometimento global.
Ao examinarmos o estado atual, vislumbramos uma interconexão inextricável entre o ambiente, a produção de alimentos e as comunidades. Desafios como a escassez de recursos naturais, mudanças climáticas e desigualdades sociais demandam uma abordagem holística para redefinir o futuro da nossa relação com o planeta.
É sob este cenário socioambiental atual que surge a Ecojima. Fundada sobre os pilares da tecnologia, biologia e sustentabilidade, esta visionária corporação lidera o caminho rumo a um futuro mais verde, sustentável e socialmente responsável.
Acompanhe conosco este bate-papo exclusivo com Karina e Markus Seito, Presidente e Vice-presidente respectivamente, da startup Ecojima, trazendo insights inspiradores, diálogos transformadores e iniciativas que estão moldando um futuro mais sustentável.
Ecojima: Conceito, visão e missão inovadores
Ecojima não é apenas uma empresa; é uma missão.
Segundo Karina Seito, CEO e Presidente da startup japonesa: “Ecojima é uma empresa de soluções ecológicas. Isso significa que nós buscamos soluções para problemas que a sociedade apresenta, tanto com relação à alimentação, às questões de saúde e todos os tipos de problemas do meio ambiente”. E complementa “Buscamos sempre pesquisar e trabalhar com produtos que fazem diferença no meio ambiente e na sustentabilidade do planeta”.
Com uma visão holística do impacto sustentável, a abordagem da Ecojima vai além do ativismo ambiental tradicional. Para Karina, há uma interconexão vital entre o planeta Terra e a humanidade: “Não existe um futuro se não cuidarmos agora do planeta e também da nossa saúde”.
Para Karina e Markus, o conceito de ecologia abrange duas frentes, interna e externa, e que estão intrinsicamente ligadas: “A ecologia interna é a manutenção da nossa alimentação, da nossa saúde, dos nossos sentimentos, nossos pensamentos. Então, uma coisa está interligada a outra”, compartilha Karina.
“Não existe uma boa saúde, sem um bom meio ambiente.” – Karina Seito
Agricultura regenerativa, hidroponia e cultivo orgânico: Sustentabilidade prática na Ecojima
A Ecojima não apenas professa a sustentabilidade, mas a coloca em prática através de projetos inovadores que destacam seu compromisso com a regeneração ambiental. Karina revela um dos projetos mais impactantes da empresa, destacando a visão holística que permeia todas as iniciativas: “Nós acreditamos que tudo começa da terra”, enfatiza a CEO sobre a introdução do projeto de agricultura regenerativa da startup.
Essa abordagem única envolve um entendimento profundo do microbioma¹ do solo, que é crucial para a saúde e fertilidade da terra. Colaborando com cientistas japoneses, a Ecojima desenvolveu uma bactéria especial que aprimora significativamente o microbioma, promovendo a regeneração do solo de maneira sustentável.
A agricultura hidropônica² é outra pedra angular dos esforços da Ecojima em direção à verdadeira sustentabilidade. Karina explica: “Entendemos a importância de dar um descanso ao solo, pois mesmo na agricultura orgânica, a forma como é feita, é muito difícil ser 100% orgânico”.
Para os entrevistados, essa prática (agricultura orgânica) ainda enfrenta diversos desafios, como a contaminação por agrotóxicos de cultivos vizinhos, solos empobrecidos e o uso de plásticos para controle de ervas daninhas.
“Por isso, de três anos para cá, em todas as pesquisas que nós temos desenvolvido estamos percebendo que a verdadeira sustentabilidade vem da agricultura hidropônica”, explica Karina.
A verdadeira inovação, segundo a CEO, reside na capacidade da agricultura hidropônica de utilizar menos recursos da terra e menos água, oferecendo uma abordagem mais eficiente e sustentável e que demonstra o comprometimento da Ecojima em encontrar soluções que não apenas resolvam problemas imediatos, mas que também pavimentem o caminho para um futuro verdadeiramente sustentável.
Agricultura hidropônica: Obstáculos, vantagens e futuro promissor
Karina Seito compartilha a experiência da Ecojima enfrentando desafios climáticos no Japão, destacando como esses obstáculos moldaram as práticas agrícolas da empresa e reforçaram seu compromisso com soluções sustentáveis:
“Essas questões climáticas aqui no Japão são um ponto muito forte”, observa Seito, referindo-se às condições meteorológicas extremas, como tufões, terremotos e variações abruptas de temperatura.
Como exemplo, Karina compartilha sobre a fazenda Ecojima, desenvolvida para testes e pesquisas de novas tecnologias, destacando a visível diferença na qualidade do solo graças ao uso do biofertilizante desenvolvido pela empresa e que, mesmo assim, sofre riscos:
“A nossa terra é mais preta, bem nutritiva, bem forte. Toda a vizinhança percebe a diferença. Durante a chuva, é impossível a gente conseguir, então, por três anos consecutivos, a gente perdeu as nossas plantações”, revela a empreendedora.
As condições climáticas imprevisíveis, como chuvas fora de época, têm impacto direto na agricultura, comprometendo colheitas e desafiando a sustentabilidade das práticas convencionais.
Karina explora ainda, a dualidade do clima japonês, com invernos rigorosos e verões quentes, ambos apresentando desafios únicos. “No calor é muito difícil, porque precisamos de muito mais água para irrigar, e no inverno, por conta do frio extremo, o solo também decai”, explica.
Os desafios enfrentados por Karina nos primeiros anos no Japão levaram a uma compreensão mais profunda das razões por trás do declínio da agricultura no país.
“Não é favorável”, ressalta a CEO, e finaliza: “Você investiu, plantou, colocou sua muda ali. Está tudo bonito. De repente, vem uma chuva que não estava prevista e você acaba perdendo e comprometendo todo o seu plantio”.
Para a empreendedora, dois pontos cruciais tornam a agricultura convencional uma empreitada arriscada no Japão: ambientes pequenos e condições climáticas extremas. E para tanto, o investimento em cultivo hidropônico torna-se cada vez mais uma solução urgente no setor agricultor.
Hidroponia: Eficiência e sustentabilidade na agricultura do futuro
Durante a entrevista, Markus Seito, Vice-presidente da Ecojima, revela a abordagem eficiente da Ecojima na prática da hidroponia, destacando a diferença marcante em relação à agricultura convencional. Em uma área equivalente, a eficiência é até dez vezes maior, gerando não apenas resultados superiores, mas também economia significativa.
Markus exemplifica: “É como uma fábrica, meio mecanizado. Você não precisa abaixar para trabalhar. Você pode trabalhar em um ambiente limpo, estéril, em pé, em mesa”. Essa abordagem inovadora destaca a natureza altamente controlada e precisa da hidroponia, onde as condições ideais são mantidas para o crescimento das plantas.
O que é e como funciona a substituição do substrato na hidroponia?
Karina simplifica: “O substrato é o que vai ‘segurar’ a raiz da planta. A terra seria um tipo de substrato. Na hidroponia, nós utilizamos a espuma fenólica ou outro tipo de substrato”.
A utilização de substratos como a espuma fenólica³ destaca-se como uma técnica limpa e eficaz. Markus enfatiza o benefício adicional de reduzir o contato humano com as plantas, aumentando o tempo de prateleira dos produtos colhidos: “Isso faz ser muito límpido, porque depois você não encosta mais na planta, o que aumenta o tempo de prateleira”, destaca.
Para contextualizar a história da hidroponia, o empreendedor destaca suas raízes antigas, remontando à Babilônia e outras civilizações antigas. Markus explica como essas culturas utilizavam técnicas semelhantes para superar desafios ambientais, e como a hidroponia moderna evoluiu a partir dessas práticas ancestrais: “Ali, em volta de lagos, eles faziam a agricultura deles, tanto é que o declínio da civilização é quando essas águas secam”, narra Markus.
Markus reforça a importância do microbioma do solo, destacando que a terra é viva, e a interação química entre a água e a raiz é crucial para a absorção de nutrientes. “O que faz a planta se nutrir é a água, é o movimento químico dessa água em contato com a raiz”, esclarece.
Quando questionados sobre os diferenciais da Ecojima frente aos sistemas hidropônicos já disponíveis no mercado atual, Markus afirma: “Nosso diferencial é a evolução dos sistemas hidropônicos” e enumera as qualidades — “Ambiente limpo, onde você já não usa agrotóxico, porque o ambiente é esterilizado; velocidade com que essa planta cresce; e o sistema de nutrição automatizada”.
Markus ressalta ainda a importância de um sistema de nutrição automatizado, onde cada planta é nutrida perfeitamente no tempo e quantidades necessárias: “E no caso das lâmpadas, cada planta recebe de forma diferente. Então, você pode aumentar uma vitamina na planta”, explica o entrevistado.
A Ecojima se destaca não apenas pela prática eficiente da hidroponia, mas também pela incorporação de tecnologias inovadoras do Japão em seu sistema. Markus Seito enfatiza a vantagem do sistema autolimpante Nanosol CC, que mantém todo o sistema hidropônico livre de partículas indesejadas, odores e ameaças microbiológicas.
“Nós temos também nossa bactéria utilizada na nutrição, que é um biofertilizante” finaliza o empreendedor.
Revolução Ecojima: Superando desafios na hidroponia
Para entender o cenário da agricultura hidropônica, é crucial abordar os desafios enfrentados neste modelo de cultivo. Por exemplo, a manutenção da limpeza do sistema é um obstáculo significativo, já que a presença de fungos e microrganismos pode comprometer todo o cultivo.
Karina destaca essa dificuldade como uma das desvantagens da hidroponia convencional: “Imagina, ali é um cano onde tem raiz e água passando. Se ali cria um fungo, um microrganismo, prolifera para todas as raízes e compromete todo o cultivo. Então é um prejuízo imenso”, explica.
No entanto, a Ecojima supera esse desafio com uma solução fotocatalizadora inovadora, aplicada nos canos e em toda a estrutura, criando um ambiente controlado e livre de microrganismos indesejados.
O diferencial da Ecojima vai além, destacando-se também pelo biofertilizante utilizado, o mesmo aplicado na agricultura regenerativa para a recuperação do solo. Karina ressalta: “Temos esse biofertilizante em forma líquida, para ser utilizado na hidroponia”, e garante —”Esses são os nossos dois grandes diferenciais, as características únicas”.
Para o casal de empreendedores, estes diferenciais, somados à abordagem terapêutica da hidroponia, transformam a agricultura de alta tecnologia em algo acessível e tangível para o público.
“A diferença também é transformar isso palpável ao público, de forma fácil e que você possa fazer na sua casa também”, explica Markus, e detalha — “trazer isso para o público, transformar agricultura hi-tech em uma coisa mais pop, talvez o jovem se interesse e queira trabalhar nisso”.
O desafio seguinte enfrentado pela hidroponia é torná-la tangível, acessível às pessoas. Karina e Markus, visionários por trás da Ecojima, destacam essa lacuna e enfatizam a importância de trazer a hidroponia para mais perto do público, permitindo que as pessoas interajam diretamente com o processo de cultivo.
“Isso é ainda o que falta na hidroponia. Torná-la uma coisa palpável, onde a pessoa pode ir lá, ver. De repente, até se você mora próximo a uma instalação, você poder ir até lá, ‘Ah, eu quero aquele ali que está no pé. Tira ali para mim’”, ilustra Karina.
Ao abordarmos a questão da logística de entrega, a Ecojima destaca a necessidade crucial de eliminar intermediários e encurtar as distâncias entre a produção e o consumidor. Markus ressalta que o foco deste modelo de cultivo está nas megacidades, reconhecendo a importância de cortar essa logística complexa para proporcionar uma experiência mais direta e fresca aos consumidores.
“Geralmente a agricultura não é feita em grandes centros, então os produtos são transportados até os grandes centros. Quando chegam aos supermercados, fica ali um tempo na prateleira, até que você compra, põe na geladeira e consome. A cada tempo, o valor nutricional desse produto vai caindo.”, destaca a CEO.
Hidroponia: Redefinindo o ritmo da agricultura
Em questões de logística, quanto tempo o processo hidropônico da Ecojima leva para ter um produto finalizado e pronto para o consumo?
“No caso das folhas em geral, como agrião e couve, em 90 dias eles já estão prontos. Na hidroponia, em 45 dias já dá pra colher”, explica Markus.
Ao encurtar significativamente o tempo necessário para cultivar vegetais de alta qualidade, o cultivo hidropônico realizado pela Ecojima redefine não apenas a logística, mas também as expectativas do consumidor. Essa eficiência é essencial não apenas para atender à demanda crescente por produtos frescos, mas também para otimizar o uso de recursos e espaço.
Hidroponia: Uma resposta sustentável para os desafios da agricultura convencional
Manter uma produção constante na agricultura convencional é um desafio global, enfrentado por agricultores em todo o mundo. As oscilações climáticas, contratos instáveis e a pressão do mercado são obstáculos recorrentes. Markus, Vice-presidente da Ecojima, destaca como a hidroponia surge como uma solução para esses desafios, oferecendo consistência e sustentabilidade.
A constância no processo hidropônico é um diferencial significativo. Ao eliminar variáveis externas, como condições climáticas imprevisíveis e limitações de solo, a hidroponia oferece um ambiente controlado que permite uma produção estável. Isso é especialmente crucial em regiões como o Japão, onde a segurança alimentar está na vanguarda das preocupações.
“A hidroponia faz toda a diferença no sistema. Por exemplo, o Japão, ele não possui segurança alimentar. Na verdade, a segurança alimentar do Japão é porque ele tem uma economia muito forte, mas ele mesmo não tem, tendo que comprar de outros países, o que já está preocupando os japoneses”, ressalta Markus.
O entrevistado continua explicando a diferença temporal no cultivo hidropônico: “Com a metade do tempo da agricultura convencional, conseguimos ter um produto já pronto para a colheita, finalizado em 60 dias. Um mês, um mês e meio mais rápido em relação à agricultura convencional”.
Além da consistência, a hidroponia da Ecojima oferece benefícios ambientais substanciais. Markus explica: “Outra questão também é que usamos 10 vezes menos água, porque quando falamos em hidroponia, significa cultivo na água, então muita gente pensa ‘nossa, isso deve gastar muita água’. Só que não, porque a água é circulante”.
A preocupação global com a escassez de água torna a abordagem da hidroponia ainda mais relevante. Ao recircular a água utilizada no cultivo, o sistema minimiza o consumo e o desperdício, contribuindo para a sustentabilidade do recurso hídrico.
Em um cenário ilustrado, podemos compreender que o tempo investido em uma plantação convencional possibilita a realização de duas hidropônicas, em espaços de plantio muito menores. Este ganho temporal e espacial não é apenas uma questão de eficiência; é uma transformação na abordagem do cultivo.
Desafios da produção alimentar: A necessidade urgente de otimização
A crescente discrepância entre a população mundial e a capacidade de produção de alimentos é uma questão premente. Como destaca Karina, especialista da Ecojima, “se não otimizarmos a forma de produzir alimentos, chegará um ponto em que faltará”.
Historicamente, as fábricas de alimentos surgiram como uma solução para atender a uma população em rápido crescimento. Contudo, essa abordagem resultou em produtos industrializados que, hoje, apresentam impactos negativos na saúde. O dilema é evidente: a solução adotada no passado agora se tornou parte do problema.
Em busca de alternativas mais saudáveis, a sociedade está empenhada em trilhar o caminho reverso, buscando reduzir o consumo de alimentos industrializados e privilegiando opções mais naturais “Descascar mais e abrir menos pacotinhos”, brinca Karina.
A agricultura hidropônica emerge como uma resposta eficaz a esse desafio, oferecendo uma abordagem sustentável e saudável para atender às necessidades alimentares da população.
Oportunidades no setor da hidroponia
O Vice-presidente e especialista da Ecojima, Markus Seito, destaca que as oportunidades proporcionadas pela agricultura hidropônica transcendem fronteiras, indicando uma tendência mundial. O interesse por tecnologias inovadoras nesse setor é evidente em diversas partes do mundo, com empresas de diferentes nacionalidades engajadas nessa corrida tecnológica.
A globalização desse mercado é notável, envolvendo empresas de países como Coreia e Alemanha, além de já ter presença no Brasil. A magnitude desse mercado aponta para sua grandiosidade, com possibilidades de crescimento exponencial. A visão do especialista é clara: “O mercado é gigantesco. (…) o céu é o limite”, enfatiza Markus
O potencial de atrair um público jovem para a agricultura é uma perspectiva interessante. A agricultura hidropônica, por sua natureza hi-tech, representa uma abordagem moderna e atrativa, alinhada aos interesses da nova geração.
Markus vislumbra que, conforme a agricultura se torna mais tecnológica, o mercado tende a expandir ainda mais. Em uma visão futurista, o empreendedor apresenta: “Eu falo literalmente que o céu é o limite mesmo, porque, se no futuro do planeta, estão planejando colonizar Marte ou Lua, eles vão ter que levar alimento, e o único jeito de fazer esse alimento é produzindo lá”, e finaliza entusiasmado — “Então daqui a 50 anos, acho que essa vai ser a linha de pesquisa desse lado: estufas que você possa montar em Marte para poder colonizar”.
Hidroponia: De tecnologia inovadora a hobby terapêutico
Em meio à visão futurista de estufas laboratoriais, surge uma abordagem mais intimista e acessível: o cultivo hidropônico em casa.
Markus destaca a importância desse aspecto, proporcionando uma experiência terapêutica e gratificante, promovendo um equilíbrio entre a tecnologia e a conexão com a natureza: “Eu planto há muitos anos, mas é um prazer, principalmente quando você come o que você planta”, afirma.
Como mencionado pelo especialista, a prática de cultivar plantas em casa é terapêutica e acessível, transformando-se em um hobby para muitos.
A ideia de “gamification”4 é introduzida, permitindo que as pessoas cuidem de suas plantas como parte de um jogo. O prêmio? Colher alimentos frescos e saudáveis para a família. Esse conceito inovador traz uma abordagem lúdica para o cultivo, transformando-o em algo envolvente e interativo.
A possibilidade de realizar essa prática em ambientes urbanos, como apartamentos, torna-se viável graças ao avanço da tecnologia e à disponibilidade de equipamentos oferecidos por empresas como a Ecojima.
A prática do cultivo caseiro não é apenas uma atividade isolada; ela é destacada como um meio de lidar com a solidão, um problema presente em muitas sociedades, como no Japão. As plantas, ao serem vistas como seres vivos, proporcionam uma companhia silenciosa e uma conexão significativa, um recurso terapêutico valioso.
“Esses são os modelos que a gente que são mais domésticos. Sistemas pequenininhos mesmo, hi-tech, com luz de LED, que a pessoa consegue deixar ali num canto da cozinha, justamente pensando em soluções para pessoas que têm vontade de interagir com uma planta e não têm espaço”, explica Karina.
Ecochan, sistema pet planter interativo da Ecojima
Karina enfatiza a praticidadede a adaptabilidade desses sistemas inteligentes, tornando o cultivo acessível a todos. Citando as preocupações comuns de quem nunca plantou, como “não tenho mão para plantar”, a Ecojima oferece uma solução conectada ao aplicativo. Esse sistema inteligente fornece orientações personalizadas, indicando quando adicionar água, nutrientes ou ajustar a iluminação.
Essa abordagem tecnológica elimina as barreiras para quem está iniciando no mundo do cultivo hidropônico, proporcionando uma experiência intuitiva e amigável. Essa flexibilidade permite que as pessoas da comunidade se tornem sustentáveis em suas próprias casas, cultivando alimentos frescos para o consumo pessoal ou até mesmo gerando uma renda extra ao vender o excedente, dependendo do espaço disponível.
Como colocar em prática essa ideia inovadora?
Oferecer opções personalizadas e garantir uma nutrição sustentável são pilares fundamentais da proposta Ecojima. Ao considerar a variedade de perfis entre os consumidores, a empresa proporciona duas alternativas distintas: mudas e sementes.
Segundo a CEO Karina, essa abordagem visa atender às necessidades específicas de cada indivíduo: “Reconhecemos que alguns podem ser iniciantes no cultivo e, para eles, oferecemos a opção de começar com sementes. É uma escolha infalível, evitando preocupações com transporte ou tempo. Por outro lado, para aqueles que buscam praticidade desde o início, as mudas são uma excelente alternativa”, afirma.
Karina destaca ainda o cuidado especial com a nutrição das plantas, um componente vital para um cultivo bem-sucedido e que é oferecido juntamente com os sistemas hidropônicos: “Nossa nutrição é totalmente orgânica, sem o uso de agrotóxicos. É um sistema que prioriza a saúde da planta, a segurança alimentar e o respeito ao meio ambiente”, garante a empreendedora.
Desmistificando a hidroponia: Sabor, valor nutricional e simplicidade
A percepção sobre a hidroponia muitas vezes é envolta em dúvidas, especialmente quando se trata do sabor e do valor nutricional dos alimentos cultivados por esse método inovador.
Através de uma recente conversa, Karina compartilhou uma experiência que ilustra como a compreensão sobre a hidroponia pode mudar paradigmas. Ao abordar o tema com uma especialista em nutrição holística, ela notou uma reação inicial de surpresa. No entanto, ao explicar de forma simples e direta, a especialista percebeu que a hidroponia não é algo complexo ou “de outro mundo”.
A percepção equivocada de que os produtos hidropônicos são geneticamente modificados ou provenientes de métodos desconhecidos é um obstáculo que a Ecojima também busca superar. A compreensão de que o sistema é, na verdade, simples e natural é crucial para dissipar hesitações em relação ao consumo desses alimentos.
Outro, dos muitos mitos que pairam sobre a hidroponia, é a associação com a produção de amônia. No entanto, Markus esclarece que essa percepção é fruto do passado, quando os nutrientes eram baseados em produtos químicos: “Hoje em dia os nutrientes são à base de minerais”, explica.
Quanto ao valor nutricional, a hidroponia sofre com a ideia de que as plantas cultivadas em sistemas hidropônicos, por crescerem mais rápido, teriam menos nutrição. Markus discorda: “É o contrário, quando você trabalha com a hidroponia, a nutrição da planta é toda feita perfeitamente e até mesmo no controle do pH da água”.
E no que se refere a custos, a agricultura hidropônica enfrenta barreiras como uma solução de alto custo?
Ao explorarmos as majoritárias vantagens da hidroponia, é crucial abordar uma possível barreira que muitos enxergam: o custo inicial.
Karina destaca que o sistema hidropônico demanda um investimento inicial substancial devido à tecnologia envolvida. Entretanto, ela enfatiza a importância de analisar esse investimento como uma despesa única ao longo do tempo. “Se você for fracionar e pensar em longo prazo, esse investimento vai ser feito só uma vez”, ressalta a empresária.
Ao considerar a durabilidade do sistema hidropônico, que pode chegar a pelo menos 10 anos com manutenções periódicas, fica evidente que o retorno sobre o investimento se estende por um período significativo.
A perspectiva de longo prazo permite enxergar o sistema não apenas como um custo, mas como um investimento estratégico que proporciona benefícios contínuos.
“O sistema é feito uma única vez. Então você tem ali um investimento inicial que vai te possibilitar produzir por pelo menos 10 anos de vida útil desse sistema”, destaca Karina. Essa visão estratégica destaca a importância de compreender o valor agregado ao escolher a hidroponia como uma solução sustentável e de alto desempenho.
“Se você pensar, em longo prazo, ele é muito mais barato do que a agricultura convencional, porque nesta, a cada colheita, você tem que investir em correção de solo, fertilizante e calcário para recuperá-lo para uma próxima cultura”, explica Karina.
A empreendedora ainda garante: “A hidroponia traz a garantia de produção, 24 horas por dia, 365 dias por ano. Essa garantia nenhuma agricultura tem em nenhum lugar do mundo”.
Apps, drones e IA: Futuro da Ecojima na hidroponia
A visão de futuro da Ecojima é evidenciada quando Karina aborda a estratégia de distribuição. Em um movimento arrojado, a empresa está desenvolvendo um aplicativo que visa otimizar o contato direto com o consumidor final.
Este aplicativo, que Karina descreve como um “relacionamento dos agricultores,” promete revolucionar a forma como a comunidade interage e compartilha seus produtos. Ao explicar a iniciativa, Karina destaca a ideia de criar um ecossistema onde os produtores, sejam eles pequenos agricultores ou grandes fazendas, possam interagir, trocar experiências e até mesmo comercializar entre si: “É como se fosse um ecossistema para as pessoas terem uma interação com a comunidade produtora”, explica.
A empresária adianta que o aplicativo está em fase de desenvolvimento, com a expectativa de trazer novidades em breve. Além disso, ela revela planos ousados para testar a entrega utilizando drones, tanto terrestres quanto aéreos, em uma fazenda-piloto ainda este ano.
Para o casal de empreendedores o futuro da Ecojima se baseia na seguinte premissa: “Nós identificamos o problema, buscamos a solução, testamos para ver se aquilo é viável e depois desenvolve para o mercado”, relata Karina.
Inovação sustentável: A base dos produtos Ecojima
Ao explorar as múltiplas soluções da Ecojima, é impossível ignorar o elo inovador entre seus produtos, especialmente quando se trata do processo revolucionário de biofertilizantes.
Markus destaca a origem desse fertilizante como resultado de uma pesquisa de três décadas liderada pelo visionário Endo Sensei: “Ele tem várias pesquisas nessa área de epigenética4, de pesquisa com biofertilizante, com outros tipos de bactérias”, ressalta.
A trajetória impressionante do biofertilizante Ecojima começou com o desenvolvimento de uma suplementação alimentar para consumo humano: “O processo do biofertilizante começou primeiro com o desenvolvimento de uma suplementação alimentar. Essa suplementação alimentar é uma água mineralizada em íons negativos, que tem uma série de reações bioquímicas que ocorrem no organismo humano” complementa Karina.
A verdadeira revolução ocorreu quando essa suplementação alimentar foi adaptada para alimentar bactérias terráqueas, resultando na criação da “ET,” uma superbactéria com imunidade excepcional. Esse processo transcendeu do macro para o micro, alimentando as bactérias essenciais para a saúde do solo, criando alimentos mais saudáveis.
Outro produto notável oferecido na linha Ecojima é a suplementação do MenEik Gold. Inicialmente desenvolvido para consumo humano, este produto é uma variação singular, formando um elo vital no ecossistema de soluções da empresa voltados à agricultura regenerativa.
Foi durante a crise global da pandemia que a empresa encontrou uma parceira no Japão que desenvolveu um produto pioneiro na área da biotecnologia: o Nanosol CC, uma solução fotocatalizadora revolucionária.
A tecnologia fotocatalizadora do Nanosol CC responde à luz, reagindo de maneira eficaz para eliminar e prevenir a adesão de vírus, bactérias, fungos e outros microrganismos. Karina explica: “Um dos grandes desafios da hidroponia é manter a limpeza da água, devido à proliferação de fungos. Então, com a proteção do Nanosol CC, conseguimos resolver esse problema”.
“A tecnologia não foi desenvolvida por nós, mas nós somos distribuidores do fabricante e desse Nanozone Coat, que é uma aplicação de uma película fotoprotetora”, enfatiza Karina. Essa película é a base do Nanosol CC, uma versão aprimorada que atendeu a uma demanda específica do mercado, de uma aplicação mais acessível ao público doméstico.
A aplicação do Nanosol CC tornou-se um passo crucial no processo de implementação dos sistemas hidropônicos da Ecojima, tanto em grande escala quanto em residências. A película fotoprotetora desempenha um papel vital na manutenção da limpeza da água.
A Ecojima se destaca também pelo seu compromisso social e inclusivo. “Sim, a gente dá o suporte toda nessa consultoria. A gente faz consultoria para algumas empresas também,” ressalta Karina, enfatizando o papel de consultorias da Ecojima em diversos projetos.
Um exemplo notável desse compromisso foi a recente colaboração da Ecojima com uma empresa de acessibilidade para desenvolver um sistema hidropônico voltado para pessoas com mobilidade reduzida, especialmente cadeirantes.
Karina destaca a importância dessa integração e como a visão da empresa vai além do desenvolvimento de produtos, abrangendo o impacto social positivo que suas soluções podem trazer à comunidade: “Nós também temos esse projeto de trabalhar com deficientes físicos, mentais, auditivos, porque é um ambiente muito tranquilo, uma atmosfera muito terapêutica, com uma possibilidade de entrar no mercado de trabalho”, conta Karina.
Em um mundo que busca incessantemente soluções para os desafios ambientais e sociais, a Ecojima não é apenas uma empresa; é uma visão tangível de como a tecnologia, quando aplicada com responsabilidade e compaixão, pode moldar um futuro onde a agricultura é sinônimo de inovação, inclusão e sustentabilidade.
Markus e Karina fazem um convite a todos: “Aqui fica um convite à nossa fazenda de testes, localizada em Nara, para quem estiver interessado em vir aqui conhecer mais, conhecer nosso laboratório e até mesmo fazer uma degustação direto da nossa horta”.
Para conhecer mais sobre as soluções ecológicas oferecidas pela Ecojima, visite o site oficial ecojima.com ou as redes sociais da empresa.
GLOSSÁRIO
Microbioma¹: Microbioma é o termo usado para se referir a uma coleção de microrganismos de um ecossistema em particular.
Agricultura hidropônica²: A hidroponia é um sistema de cultivo que permite que as plantas cresçam em uma solução de água com nutrientes, ou seja, sem terra.
Espuma fenólica³: A espuma fenólica é um material que funciona superbem como substrato pra plantas, isso quer dizer que ela é usada no lugar da terra na hora de plantar.
Epigenética4: A epigenética é definida como mudanças na expressão gênica que podem ser herdadas e que não alteram a sequência do DNA.
Arte Brasil inova com sua Galeria Digital
A tão aguardada segunda edição da Exposição Arte Brasil está chegando, e este ano traz consigo uma novidade revolucionária: a primeira galeria digital de artistas brasileiros no Japão!
Programada para ocorrer entre os dias 10 e 14 de abril de 2024, esta edição promete oferecer uma experiência única aos entusiastas da arte. Com o lançamento da galeria digital, os visitantes terão acesso exclusivo às obras dos talentosos artistas participantes, proporcionando uma oportunidade ímpar de imergir na riqueza da cultura brasileira e explorar obras de arte verdadeiramente excepcionais, tudo a partir do conforto de seus lares.
A galeria digital não apenas amplia o alcance do evento, mas também oferece uma plataforma acessível para admiradores da arte brasileira em todo o mundo. A partir do dia 20 de abril de 2024, as obras estarão disponíveis para compra, permitindo que os entusiastas adquiram suas peças favoritas e levem um pedaço da arte brasileira consigo.
Para mais informações sobre como acessar e desfrutar do melhor da arte brasileira no Japão, fique atento às atualizações em nosso site e nas redes sociais.
Arte Brasil agora é para os pequenos! Conheça a versão KIDS
Dando asas à imaginação e celebrando a expressão artística desde cedo, o Arte Brasil tem o prazer de anunciar uma adição emocionante para sua segunda edição: o Arte Brasil KIDS!
Este novo elemento do coletivo destaca as obras de jovens artistas brasileiros residentes no Japão, refletindo o compromisso contínuo do Arte Brasil em incentivar e celebrar a expressão artística desde cedo. Ao incluir o Catálogo Kids, o coletivo amplia sua plataforma para dar espaço aos talentos em ascensão, proporcionando uma oportunidade única para os pequenos artistas mostrarem seu talento e receberem reconhecimento por suas criações inspiradoras.
O Catálogo de 2024 apresenta obras de 33 artistas mirins, cada um contribuindo com sua própria voz criativa e estilo único para o cenário artístico. Desde pinturas vibrantes até esculturas imaginativas, as obras desses jovens talentos inspiram e encantam, demonstrando o incrível potencial criativo da próxima geração de artistas brasileiros.
Para saber mais sobre o Arte Brasil KIDS e explorar as obras desses talentosos jovens artistas, visite a página oficial do evento neste link:https://artebrasil.jp/
Informações sobre o evento:
Local: Centro Intercultural de Hamamatsu (CREATE)- Gallery 31
Data:10 ~14 de abril.
Horário:10:00 ~ 17:00.
Site: https://artebrasil.jp/
Arte Brasil 2024: Em iniciativa inovadora, projeto apresenta versão Arte Brasil Kids
Imaginação sem limites, cores vibrantes e talento à flor da pele – esses são apenas alguns dos elementos que compõem o Arte Brasil Kids, um projeto emocionante voltado para expor as obras de arte de jovens talentos na comunidade japonesa. Inspirado pelo prestigiado Arte Brasil, o Arte Brasil Kids é um projeto dedicado a celebrar e promover a expressão artística das crianças, oferecendo-lhes um espaço para compartilhar suas criações com o mundo.
Neste cenário artístico inspirador, os pequenos artistas têm a oportunidade de mostrar seu talento único e criatividade sem fronteiras. Cada obra de arte é uma janela para a imaginação infantil, refletindo não apenas habilidades técnicas, mas também emoções, experiências e perspectivas pessoais.
O projeto não apenas destaca o talento artístico das crianças, mas também promove valores como autoconfiança, respeito e trabalho em equipe. Ao participar do Arte Brasil Kids, os jovens artistas têm a chance de se conectar com seus pares, compartilhar suas paixões e descobrir o poder transformador da arte como uma forma de comunicação universal.
Quer ficar por dentro de todas as novidades do Arte Brasil 2024 e dos artistas e obras que ilustrarão o evento? Acesse o site oficial.
Arte Brasil, sucesso no meio de exposição artística, retorna em 2024 com novidades e muita criatividade
Arte Brasil, sucesso no meio de exposição artística, retorna com novidades e muita criatividade
Com uma missão vibrante de celebrar e promover a rica diversidade cultural e artística da comunidade brasileira no Japão, o evento de exibição de arte Arte Brasil retorna para sua segunda edição. Originado de um esforço conjunto e apaixonado, este evento destaca o talento e a expressão dos artistas brasileiros residentes na Terra do Sol Nascente.
O Arte Brasil nasceu da necessidade de criar um espaço para que os artistas brasileiros pudessem compartilhar suas obras em uma cena artística muitas vezes desafiadora. Com o apoio do Consulado-Geral do Brasil em Hamamatsu , o coletivo “Arte Brasil” foi formado, trazendo consigo a promessa de um catálogo bilíngue que destacaria as principais obras de seus integrantes, abrindo caminho para o merecido reconhecimento no cenário das artes plásticas japonesas.
Sob a liderança da renomada artista plástica Paula Kakihara, o Arte Brasil organizou um processo de seleção meticuloso, resultando na participação de 29 artistas plásticos e 5 alunos de arte em sua edição de 2023. Esses talentos se uniram em uma jornada de criação e expressão, compartilhando sua energia, força e luz através de suas obras de arte.
O evento de exibição proporcionou aos artistas a oportunidade de apresentar suas criações ao público, além de criar um ambiente de encontro e conexão, onde a cultura brasileira e japonesa se entrelaçaram de forma inspiradora.
Novidades Em Destaque: Catálogo Kids e Galeria Digital
Na sua segunda edição, o Arte Brasil está trazendo algumas novidades emocionantes para o mundo da arte e da criatividade. Além do já conhecido catálogo, que destaca as obras dos talentosos artistas adultos, o evento agora expande sua oferta com o Catálogo Kids. Essa nova coleção encantadora apresenta as obras de jovens artistas brasileiros residentes no Japão, refletindo o compromisso do Arte Brasil em incentivar e celebrar a expressão artística desde cedo.
Mas as surpresas não param por aí. Em breve, será lançada a primeira Galeria de Arte Digital da comunidade brasileira no Japão. Esta plataforma inovadora promete oferecer uma experiência imersiva e acessível, permitindo que os entusiastas da arte explorem e apreciem uma ampla variedade de obras de arte de qualquer lugar.
Além disso, as obras estarão disponíveis para compra, oferecendo aos colecionadores a oportunidade de adquirir peças únicas e exclusivas enquanto apoiam os talentosos artistas brasileiros. Este avanço visa ampliar ainda mais o alcance e o impacto do Arte Brasil, oferecendo uma nova maneira de apreciar e adquirir a arte contemporânea.
Exposição Arte Brasil 2024
Diante do sucesso e da crescente repercussão do evento, o coletivo Arte Brasil anuncia a próxima edição do evento, marcada para o ano de 2024. Esta será mais uma oportunidade para celebrar a arte, promover a conexão entre culturas e dar destaque ao incrível talento dos artistas brasileiros no Japão, incluindo os jovens talentos que participarão pela primeira vez.
Convidamos a todos a se juntarem a nós nessa jornada fascinante de descoberta e apreciação artística. Acompanhe nosso site para mais informações e prepare-se para se encantar com a diversidade e o brilho do Arte Brasil!
Informações sobre o evento:
Local: Centro Intercultural de Hamamatsu (CREATE)- Gallery 31
Data: 10 ~14 de abril.
Horário:10:00 ~ 17:00.
Site: https://artebrasil.jp/
Animais e Seus Papéis na Cultura e Mitologia do Japão
O Dragão e o Tigre:
Os dragões estão entre os símbolos mais familiares e poderosos no Japão. Os dragões eram adorados como deuses da água que podiam trazer chuva, evitar inundações e controlar a mudança das estações. Quando os dragões emergiam de seu abismo aquático para subir aos céus (no equinócio da primavera), traziam a primavera; quando residiam no céu, era verão; e quando desciam (no equinócio de outono) para ficar dormentes na água, tornava-se outono e inverno.
“Dragões trazem as nuvens”, segundo um antigo provérbio chinês, enquanto “tigres convocam o vento”. Como o dragão e o tigre governam as forças elementares do vento e da chuva, eram reverenciados como governantes do cosmos e do mundo natural. Sua parceria simbólica acreditava-se trazer as bênçãos da chuva e da paz.
As duas criaturas transmitem o antigo conceito chinês de yin e yang, em que todas as coisas – masculino e feminino, calma e movimento, sombra e luz solar, lua e sol – são definidas e complementadas por seus opostos.
A Carpa:
Antigas lendas asiáticas contam sobre carpas que lutam contra a correnteza em direção à montante do rio Amarelo, um dos mais longos e perigosos da China. Ao longo do caminho, elas precisam saltar as quedas conhecidas como Portão do Dragão. As poucas que têm sucesso são transformadas em poderosos dragões.
Assim, as carpas passaram a representar força e perseverança, e no Japão, “carpas pulando a cachoeira” simboliza sucesso na vida, especialmente no meio militar. Guerreiros japoneses comiam carpas antes das batalhas e em festivais celebrando vitórias para absorverem as qualidades heroicas associadas a esses peixes.
A Garça Japonesa:
No Japão, a garça é um animal sagrado que evoca longevidade e lealdade. Esta ave de sorte é frequentemente representada em tecidos e papéis. Também é encontrada nas notas de 1000 ienes.
A garça japonesa é uma ave muito bonita, com um corpo branco com pontas pretas e uma cabeça coberta por penas vermelhas. Infelizmente, esta espécie está se tornando cada vez mais rara. Você sabia que essas aves migratórias vivem com seus parceiros até que a morte os separe? Por esse motivo, a garça é considerada um símbolo de amor e fidelidade na cultura japonesa.
Existe também uma lenda que diz que 1000 dobraduras de papel de garça ajudarão você a viver por muito tempo ou a conceder um desejo. Desde a tragédia de Hiroshima em 1945, o animal se tornou um símbolo de paz e milhões de garças de origami povoam o Parque Memorial da Paz.
A Borboleta:
Sua beleza natural, delicadeza e colorido fazem da borboleta uma das favoritas dos artistas japoneses. A borboleta simboliza o verão e também possui três outras conexões simbólicas:
Dois grandes tipos de borboletas, uma masculina “o-cho” e outra feminina “me-cho”, desempenham um papel ritual importante na cerimônia de casamento. Elas simbolizam o desejo por uma vida matrimonial harmoniosa, feliz e longa.
Segundo a lenda, a borboleta – especialmente a borboleta branca – incorpora a alma de uma pessoa viva ou falecida. Se uma borboleta branca voa para dentro de casa, significa que alguém que você conhece está morrendo ou morreu e a alma se transformou em borboleta. Mas também pode significar que um amigo está chegando.
As características da borboleta são comparadas às de uma jovem: ambas frágeis, delicadas, volúveis, ingênuas e despreocupadas por natureza. No passado, as meninas eram comparadas à borboleta que voa de flor em flor para reunir néctar de amante em amante. Isso é simbolizado pelos vestidos coloridos das jovens e pelos penteados que lembram as asas de borboleta.
O Coelho:
Se o coelho está muito presente no folclore e na cultura japonesa, não é apenas por causa de seu rosto adorável e seu lado kawaii. O coelho também é um personagem bem enraizado na mitologia japonesa. Você pode encontrar o coelho em mangás e lojas de souvenirs, mas também pode venerá-los no santuário xintoísta Hakuto-jinja, dedicado à lenda do coelho branco de Inaba. Como símbolo de amor e cura, muitos casais visitam o coelho branco para abençoar sua união ou curar doenças de pele.
Existe uma ilha muito pequena no Japão, povoada por coelhos selvagens. A Ilha Okunoshima, também conhecida como Ilha dos Coelhos, é um verdadeiro paraíso na Terra para nossos amigos de orelhas compridas, que não são tão tímidos quanto parecem.
O Kitsune:
No xintoísmo japonês, vários tipos de animais são considerados mensageiros dos deuses, e os raposas estão entre eles. Isso explica por que estátuas de raposas são frequentemente vistas em santuários xintoístas por todo o Japão, protegendo os terrenos sagrados do santuário como guardiãs.
O Santuário Fushimi Inari é um antigo santuário xintoísta em Kyoto dedicado a Inari, a divindade da produção de arroz, agricultura e negócios. Eles veneram as raposas como mensageiras de Inari, e as raposas são adoradas como um símbolo icônico do santuário entre os turistas desde os tempos antigos. Este santuário sagrado também é amplamente conhecido pelos pitorescos milhares de portões torii que atraem turistas de todo o mundo.
As raposas também aparecem no folclore japonês, onde são frequentemente retratadas como animais astutos que enganam os humanos. Ainda assim, os japoneses prestam respeito aos animais inteligentes e encontram significado significativo em sua existência.