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O que é o J1Talks? Intro

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O J1Talks é um projeto da empresa J1株式会社 uma STARTUP japonesa, fundada por brasileiros que trabalha com MarTech as a Service, Usamos #Marketing e #Tecnologia para posicionar marcas estrangeiras no mercado japonês e também no Brasil. Acesse https://j1seeds.com

持続可能な世界を目指して

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あけましておめでとうございます。このコラムを続けて5回目の新年です。世界はどんどん変化しており、ブラジルをはじめとする海外へこんなに行きづらい状況になるとは、数年前は予想だにしていませんでした。

自然環境に対する意識も変化しています。この背景として、世界で毎年のように大きな自然災害が発生し、被害が発生していることがあるのでしょう。ブラジルも地球の肺と呼ばれるアマゾンの多くを有しており、自然環境を守るための要となる地域でもあります。

最近よく耳にするサスティナブル(ポルトガル語でsustentável)という言葉を日本語に訳すと「持続可能な」となり、日本でもやっとこれを特徴とする商品が増えてきているような印象です。安価な商品を単純に消費するのではなく、その価格の理由やそれを消費することが生産者の搾取になってないかなど、意識する時代になっているのではないでしょうか。

例えばチョコレートについてもスーパーマーケットで安価な商品がたくさん売られており、正直、私もたまに買って食べています。チョコレートの原料のカカオについて、さまざまな地域で作られており、生産効率を重視したものを使えば安価に生産できます。一方、カカオ農家が正当な対価を受け取り、その土地できちんと生産が続けられるように考えられた商品も広がりを見せています。カカオはアマゾン原産の果物で、ブラジルアマゾン産のカカオを使ったチョコレートを日本でも買うことができます。地球の裏側のことではなく、地球環境のことは世界規模で考えていく必要があると思います。チョコレートの他にもコーヒーなどでこういった商品に出会う機会が増えている印象です。

毎日の暮らしがある中で全てのものをこういった商品に置き換えるのは難しいですが、ちょっと立ち止まって環境負荷の少ないものや生産者がきちんと見えるものを選択する、というのも良いかもしれません。海外では特に2000年以降に生まれた若い世代がムーブメントの中心になっている動きも見られます。

新年を迎えた今、自分の将来はもちろん、次の世代のことを考えて、今年は「持続可能な」をキーワードにしてみませんか。

 

執筆者KIMOBIG Brasil

岡千晴(おかちはる)

岡山県出身。大学でポルトガル語を専攻し、在学中に交換留学生としてリオデジャネイロに1年間暮らした経験を持つ。Kimobig Brasil スタッフでもある。

ブラジルと日本をつなぐ国際交流団体 Kimobig Brasil       http://kimobig.jp

Uma ilha revivida pela arte

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O Japão é formado por mais de 4 mil ilhas. Quatro delas são consideradas as principais: Hokkaido, Kyushu, Honshu e Shikoku. Entre essas duas últimas fica o Mar Interior de Seto, com suas águas cor de esmeralda e um clima ameno, que traz semelhanças com o Mar Mediterrâneo, entre a África e a Europa.

As belezas naturais da região sempre atraíram turistas para os litorais das ilhas principais do Mar de Seto. Mas, desde os anos 1990, um novo movimento começou a se formar em torno de museus e eventos de arte. Começou em Naoshima, uma das ilhas mais desenvolvidas na região e se espalhou pela vizinhança. Instituições se envolveram e museus de arte contemporânea de ponta foram construídos nas ilhas. Além disso, uma série de obras de nomes importantes do Japão e do exterior pipocaram na região, a partir de eventos como a Trienal de Arte de Setouchi e por outras iniciativas. Saiba o que esperar de cada uma das ilhas de arte.

Ilhas de Arte - Naoshima
Vista de uma das praias de Naoshima. (foto: Roberto Maxwell)

O começo de tudo

A mais famosa das três ilhas fica a cerca de 15 minutos de barca do Porto de Uno, na província de Okayama. Naoshima foi a pioneira no processo de incorporar elementos de arte como forma de atrair turistas e reduzir a dependência da atividade industrial.

Aqui fica o Museu Benesse House, num prédio projetado pelo arquiteto japonês Ando Tadao, no alto de uma colina. O elegante espaço traz obras de artistas como Sugimoto Hiroshi, Jennifer Barlet, Andy Warhol e outros. No espaço fica ainda um hotel, um restaurante, um café e, claro, a lojinha do museu. No entorno do Benesse House, entre a colina e a praia, ficam obras a céu aberto que podem ser vistas gratuitamente.

Ilhas de Arte - Naoshima
Obra de arte na área do Benesse House Museum (foto: Roberto Maxwell)

O Museu de Arte Chichu fica numa construção semi-subterrânea, também projetada por Ando Tadao. A ideia por trás do projeto é repensar a relação entre a sociedade e a natureza. Por isso, a construção foi pensada para causar o mínimo possível de impacto no ambiente natural da ilha.

Além do emaranhado de caminhos que leva até as galerias, o espaço trazem obras de Claude Monet, James Turrell e Walter de Maria. No Chichu, o visitante é convidado a ter uma experiência diferente com as obras, de forma integrada ao espaço de exibição.

A alguns minutos de caminhada do Chichu fica o Museu Lee Ufan, dedicado ao artista coreano que foi radicado no Japão por algumas décadas. Lee é um dos maiores nomes da cena contemporânea de arte japonesa, considerado o fundador do movimento Monoha, cuja proposta é explora a relação entre as coisas e o espaço.

Entrada do Museu Lee Ufan (foto: Roberto Maxwell)

O conceito fica muito claro na própria construção do museu, também projeto de Ando Tadao. Nas galerias, uma coleção bem selecionada de obras faz um excelente mergulho no trabalho do Lee.

Arte na vila

Além dos museus, Naoshima tem uma série de obras de arte espalhadas pela ilha. Uma boa parte delas fica em casas localizadas em Honmura, uma vila de pescadores, a poucos minutos de Miyanoura, o porto com maior movimento de passageiros da ilha.

São seis casas e um santuário, todos com intervenções pensadas e executadas por diferentes artistas. As casas ficam à pequena distância umas das outras e visitar todas elas é uma excelente oportunidade para ter uma ideia de como é a vida na ilha. O casario é de beleza excepcional e moradores são simpáticos com visitantes. Na área, também existem restaurantes e cafés, visita-los é uma forma de movimentar, também, a economia local.

Casas na vila de Honmura (foto: Roberto Maxwell)

Antes de sair batendo de casa em casa, não deixe de ir até o Honmura Lounge & Archive, um espaço onde os bilhetes para todas as casas — com exceção da Kinza — são vendidos. Além dos tíquetes individuais (USD 4), um passaporte para as seis das sete casas também pode ser adquirido por cerca de 10 dólares. As reservas da casa Kinza devem ser feitas e pagas online. Já o acesso à Minamidera é limitado e, por isso, você já deve garantir a sua senha assim que comprar o passaporte.

SERVIÇO

Como chegar?
Naoshima fica a cerca de 15 minutos do Porto de Uno, de barca. Para chegar até o porto, o Shinkansen da linha Tokaido leva até Okayama. De lá, embarque num trem da linha Seto Ohashi até Chayamachi e, de lá, faça a baldeação para a linha Uno até a estação terminal. Em alguns horários, trens de Okayama vão diretamente para Uno.

Maioridade no Japão será reduzida para 18 anos

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Mas menores de 20 anos continuarão proibidos de fumar e de beber

 

Pela primeira vez em cerca de 140 anos, uma revisão das leis irá reduzir a idade adulta oficial no Japão. Isto é: a maioridade será reduzida dos atuais 20 para 18 anos, quando o novo Código Civil entrar em vigor em 1º de abril.

Qualquer pessoa com 18 anos poderá se casar sem a autorização dos pais. Atualmente, as mulheres podem se casar a partir dos 16 anos e os homens a partir dos 18, mas é exigido o consentimento dos pais até os 20 anos.

Maioridade no Japão será reduzida para 18 anos

Lei será alterada depois de 140 anos (Foto: Reprodução TV – NHK)

 

Os maiores de 18 anos também poderão solicitar um cartão de crédito ou fazer um empréstimo sem a permissão dos responsáveis.

 

Lei juvenil

A idade legal para a idade adulta está sendo reduzida pela primeira vez desde 1876. Com a mudança surgiram preocupações de que os jovens consumidores podem estar em maior risco de ter problemas financeiros.

Por isso, algumas regras serão mantidas. Os jovens com menos de 20 anos ainda serão proibidos de beber, fumar ou participar de qualquer uma das quatro formas legalmente permitidas de jogos de azar no Japão, incluindo corridas de cavalos e de bicicleta.

 

Maioridade no Japão será reduzida para 18 anos

Com 18 anos, jovens poderão se casar sem autorização dos pais (Foto: Reprodução TV – NHK)

 

Separadamente, a lei juvenil alterada também entrará em vigor em 1º de abril.

Os jovens de 18 e 19 anos continuarão a ser protegidos por essa lei. Mas eles serão tratados de forma diferente dos menores de 17 anos em algumas partes do processo legal.

 

 

Fonte: NHK

Alexandre Ezaki, do site Gaijin News (www.gaijinnews.com)

Arte e encantamento nas Ilhas de Kagawa

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Uma das quatro províncias de Shikoku, Kagawa é mais conhecida pelo udon, um tipo de macarrão japonês grosso e feito com trigo. Takamatsu, a capital da província, recebe udon-maníacos de todo o país, ansiosos por provar a iguaria in loco. No entanto, é nas ilhas que Kagawa brilha. Localizadas no Mar Interior de Seto, são destinos cobiçados, em especial pelos jovens, em busca de experiências artísticas mais arrojadas e fora da caixa. Mas não é só a arte que atrai visitantes para as ilhas que salpicam o litoral de Kagawa. Apelidado de Mediterrâneo Japonês, o Mar Interior de Seto é rico em belas paisagens, com suas águas verde-esmeralda que banham montanhas cobertas de florestas. Viaje com a gente por três ilhas que causam encantamento na província de Kagawa.

Ponte que conecta as ilhas de Shikoku e Honshu (foto: Pixta)

A ilha do shoyu

Segunda maior ilha do Mar Interior de Seto, Shodoshima é conhecida pela produção de molho de soja shoyu. Além de mais de uma dezena de pequenas fábricas, a ilha também abriga uma das maiores produtoras do país, a Marukin. No antigo espaço de produção, a empresa criou um museu que dá uma boa ideia de como o molho onipresente nas mesas japonesas era produzido no passado e, de certo modo, ainda é nas pequenas fábricas.

ARTE E ENCANTAMENTO NAS ILHAS DE KAGAWA
Fábrica de shoyu em Shodoshima (foto: Pixta)

O shoyu, como vários outros ingredientes das gastronomias orientais, é um produto fermentado. Soja e outros grãos são inoculados com o fungo Aspergillus, conhecido em japonês como koji, iniciando o processo de fermentação. Num processo lento, o mosto pode ficar fermentando por vários meses em impressionantes barris de madeira. Aliás, Shodoshima é a localidade do país com maior concentração de barris do tipo.

O Museu do Molho Shoyu da Marukin traz representações com esculturas do processo de produção tradicional do ingrediente. As legendas em inglês ajudam a quem não consegue ler japonês. Visitantes pagam ¥400 para entrar, mas, além da visita, ganham de presente um frasco do molho produzido no local e um cupom para uso na lojinha. Vale provar o sorvete de shoyu, doce e gostoso.

Mas a grande oportunidade na ilha é visitar as produções artesanais em fábricas como a Yama-roku, uma das poucas do Japão a produzir o shoyu somente em barris de madeira.

A ilha do shoyu
Shoyu sendo preparado de forma artesanal em Shodoshima (foto: Pixta)

Em todo o país, apenas 1% da produção total do molho é feita dessa maneira. Orgulhosa, a empresa convida os visitantes a passear na plataforma construída na altura da boca dos barris e ver de perto o mosto em fermentação nos barris abertos. É possível ver como o shoyu pode ser um alimento “vivo” e sentir o aroma profundo do processo de fermentação.

A fábrica também tem um café em que são servidos o yakimochi, um bolinho de arroz caramelizado no shoyu e sobremesas feitas com o molho. A visita é gratuita, mas não se pode ter comido natto nas 24 horas anteriores à visita, já que o alimento deixa resíduos imperceptíveis que podem contaminar o mosto.

… e das azeitonas

Shodoshima também tem a maior produção nacional de azeitonas. O clima mediterrâneo do Mar Interior de Seto impulsionou uma iniciativa para produzir a frutinha no país e Shodoshima foi o primeiro lugar em que as oliveiras vingaram. Localizado numa encosta à beira-mar, o Parque das Oliveiras é um local em que os visitantes podem passear entre os pés de azeitona e ter uma bela vista das plantações e do mar. Para trazer um clima mais “ocidental”, o parque tem moinhos de vento em estilo europeu. No espaço, dois restaurantes trazem pratos que levam o azeite produzido na região. A Praia das Azeitonas também é um lugar bacana para dar um mergulho ou observar o mar.

azeitonas
O Mediterrâneo é inspiração na ilha (foto: Pixta)

A beleza vista do alto

Um dos pontos mais conhecidos da ilha é o Kankakei, localidade esta considerada uma das três mais belas ravinas do Japão. Partindo de um ponto acessível de ônibus, é possível subir a montanha a pé (50 minutos de caminhada) ou no teleférico (5 minutos de viagem). Do alto, a vista para o mar, com a baía de Uchinomi e as montanhas ao fundo é espetacular. A melhor época para visitar a área é o final do outono, quando as montanhas estão cobertas de árvores de folhagem amarela e vermelha.

Kankakei
O outono tornam magníficas as paisagens de Shodoshima (foto: Pixta)

Ilha abençoada

A cerca de 20 minutos de barca partindo de Shodoshima fica outra ilha que tem atraído cada vez mais atenção no Japão: Teshima. Viagem e turismo, no entanto, nem sempre foram os motivos para que a ilha estivesse nas manchetes dos jornais. Nos anos 1990, a população de Teshima resolveu denunciar a província de Kagawa e uma série de outros agentes por despejo ilegal de material tóxico e negligência com o meio-ambiente.

Foram quase 2 décadas até que todo o material depositado em Teshima fosse retirado, e ainda há questões relacionadas à poluição que ainda não foram resolvidas, embora a contaminação na ilha já não represente mais perigo aos moradores locais. Tudo isso num local que não recebeu o nome de Teshima (algo como “ilha da abundância”, em japonês) por acaso. Localizada numa área com excelente regime de chuvas, água não falta. O solo raso e as rochas vulcânicas porosas servem como filtros naturais que devolvem a dádiva dos céus em sua forma mais pura. Por isso, ao longo da história, o solo montanhoso de Teshima foi usado para a produção de arroz de alta qualidade, atividade que vem sendo retomada aos poucos por antigos e novos residentes.

Teshima
Belezas naturais são o destaque em Teshima (foto: Pixta)

Mas Teshima entrou no mapa turístico japonês quando embarcou nos projetos artísticos iniciados em Naoshima pela Benesse Holdings, uma empresa do setor editorial. Em 2010, a abertura do Museu de Arte de Teshima foi o pontapé inicial. Projetado pelo arquiteto Ryue Nishizawa, o espaço é uma obra em si mesmo, formado por duas construções que lembram naves espaciais de concreto, aterrizadas de forma discreta no solo da ilha. A obra se completa com uma instalação da artista Rei Naito, formada por discretos jatos de água que escorrem pelo amplo espaço da construção, trazendo imagens tão simples quanto hipnóticas.

Mas não é só isso. A ilha é salpicada por obras de diversos artistas japoneses e estrangeiros, instaladas na floresta, nas vilas e nas praias. Um serviço com ônibus esparsos percorre os diversos pontos da ilha. Por isso, quem quiser aproveitar bem deve alugar uma bicicleta — elétrica de preferência, já que a ilha é montanhosa. Circulando na magrela por um dia, é possível visitar todas as obras e curtir as paisagens naturais e culturais que formam a riqueza da ilha.

Teshima
Arquitetura feita de forma a se mesclar com o ambiente (foto: Pixta)

Mas Teshima entrou no mapa turístico japonês quando embarcou nos projetos artísticos iniciados em Naoshima pela Benesse Holdings, uma empresa do setor editorial. Em 2010, a abertura do Museu de Arte de Teshima foi o pontapé inicial. Projetado pelo arquiteto Ryue Nishizawa, o espaço é uma obra em si mesmo, formado por duas construções que lembram naves espaciais de concreto, aterrizadas de forma discreta no solo da ilha. A obra se completa com uma instalação da artista Rei Naito, formada por discretos jatos de água que escorrem pelo amplo espaço da construção, trazendo imagens tão simples quanto hipnóticas.

Mas não é só isso. A ilha é salpicada por obras de diversos artistas japoneses e estrangeiros, instaladas na floresta, nas vilas e nas praias. Um serviço com ônibus esparsos percorre os diversos pontos da ilha. Por isso, quem quiser aproveitar bem deve alugar uma bicicleta — elétrica de preferência, já que a ilha é montanhosa. Circulando na magrela por um dia, é possível visitar todas as obras e curtir as paisagens naturais e culturais que formam a riqueza da ilha.

Teshima
Obra de arte no porto de Teshima (foto: Pixta)

Ilha de arte

Gente do mundo se espantou quando, em agosto do ano passado, correu a notícia de que um tufão teria jogado ao mar uma obra de uma das mais importantes artistas japonesas do século 21. A ventania que atingiu Naoshima surpreendeu até os moradores quando a abóbora amarela e salpicada de pontos pretos foi vista lutando contra o mar revolto. A obra de Yayoi Kusama era uma das muitas instalações a céu aberto de Naoshima, a primeira das ilhas do Mar Interior de Seto, a embarcar no projeto de revitalização econômica através da arte capitaneada pela Benesse Holdings, uma empresa do setor editorial. O sucesso de Naoshima fez o empreendimento se ramificar e se espalhar pelas ilhas vizinhas de Teshima e Shodoshima, na província de Kagawa; e Inujima, na vizinha Okayama.

O Benesse House Museum é o centro principal das atividades artísticas na ilha. No espaço projetado pelo arquiteto Tadao Ando, fica um museu de arte, um restaurante e um hotel. Fotografias, esculturas, instalações e outras formas de arte habitam o espaço, não apenas nas galerias, mas, também, em outros espaços, como as florestas no entorno do museu.

As abóboras de Yayoi Kusama estão no entorno do porto de Naoshima (foto: Pixta)

Também de Tadao Ando é o Museu de Arte Chichu, um espaço subterrâneo todo em concreto, com obras dos artistas Claude Monet, James Turrel e Walter de Maria. O conceito da construção é não interferir na paisagem da ilha. Por isso, o prédio é quase impossível de ser visto por quem está de fora. A reserva antecipada pela internet é obrigatória.

A uma curta caminhada fica o Museu Lee Ufan, dedicado ao artista coreano radicado no Japão desde os anos 1950. Ufan é considerado um dos fundadores do movimento Mono-ha, que se contrapunha à representação na arte ocidental partindo da construção de uma relação entre os objetos e o espaço. A compreensão desse conceito já começa na entrada do museu que fica num vale à beira-mar. Em frente à construção que abriga as galerias, um enorme arco fincado na areia recebe os visitantes.

Arte na vila

Outro polo de exposições fica em Honmura, uma área da ilha de residências antigas no estilo tradicional japonês, muito bem preservadas. No bairro ficam cerca de uma dezena de instalações, quase todas elas em casas reformadas para o uso como galerias. É o The Art House Project. Diferentemente dos museus que possuem cada um o seu ingresso, a visita a seis das casas-galerias de Honmura pode ser feita com um passaporte (¥1050). Quem quiser visitar apenas algumas delas, pode optar pelo ingresso de visita única de ¥420. A residência Kinza, que precisa ser reservada com antecedência pela internet, custa ¥520 e não está inclusa no passaporte.

Também na área de Honmura fica o Ando Museum, um espaço dedicado à obra do arquiteto Tadao Ando, responsável por algumas das principais obras arquitetônicas contemporâneas da ilha.

Arte no antigo casario da ilha (foto: Pixta)

O porto principal

Miyanoura é o porto de entrada principal da ilha. Aqui ficam alguns dos principais hotéis e pousadas fora da área do Benesse House, lojas de locação de bicicletas e motos e outros pontos úteis. Também fica em Miyanoura dois projetos importantes: a Miyanoura Gallery 6, construída numa antiga casa de jogos de azar, e o Naoshima Bath I Love Yu, uma casa de banhos coletiva decorada com obras do artista Shinro Ohtake.

Miyanoura
Barca com as esferas que são marca da artista Yayoi Kusama (foto: Pixta)

Ah, no Porto de Miyanoura fica um outro exemplar da série das abóboras de Yayoi Kusama. A escultura vermelha, que forma uma bela composição com o mar no pôr do sol, está a postos para receber e se despedir de quem visita a ilha.

Miyanoura
Yayoi Kusama é uma das artistas de destaque com obras em Naoshima (foto: Pixta)

Empatia: linha divisória entre pessoas saudáveis e psicopatas

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Não desejamos causar sofrimento às pessoas, essa é a linha divisória entre pessoas saudáveis e não saudáveis, como os psicopatas. Mesmo assim, magoamos, somos magoados, prejudicamos e somos prejudicados. O que explica esse movimento involuntário de causar dor?

Na grande parte das vezes, isso ocorre por confusão da nossa própria mente. Quando ferimos alguém e quando nos sentimos feridos estamos vinculados a expectativas e medos que desencadeiam o sofrimento. Isso pode ser visto a partir das relações amorosas, por exemplo. Há dois universos individuais, mas desejamos que ele seja um e costumamos confundir nossos desejos e expectativas amorosas com as dos nossos parceiros, quando não ocorre essa convergência nós sofremos e costumamos entender que o outro é culpado pelo nosso sofrimento, quando na verdade ele é nosso.

Através da meditação Loving Kindness cultivamos essa abertura para entender o sofrimento como parte da condição de todos nós, e a partir dessa consciência, poder lidar com o nosso sofrimento de modo a não acrescentar mais dor a ele. Além disso, ampliamos a visão para enxergar o sofrimento do outro e agir com a intenção de ajudá-lo a superar, ou seja, nos tornamos mais compassivos.

Nós temos esse impulso natural de querer ajudar alguém que está em sofrimento, mas se estamos preparados para ajudar, por que não o fazemos? A causa principal para não agirmos de acordo com a nossa natureza compassiva é o nosso autocentrismo. O egoísmo é muito presente e estimulado na sociedade contemporânea, assim, focados em nossos próprios objetivos perdemos visão coletiva e a colaboração é afetada negativamente.

Por essa razão, a neurociência social, um novo campo neurocientífico que estuda os circuitos neurais da interatividade humana, demonstra que os circuitos neurais padrão nos conduz a ajudar, porque quando notamos a outra pessoa, automaticamente sentimos o que ela sente. Esses são os recém-descobertos neurônios espelho.

Contudo, se estamos concentrados em nós mesmos, nos nossos problemas, nas nossas preocupações, não enxergamos o outro de modo algum, e isso é antinatural e limita exponencialmente nossa sensação de bem-estar.

A indicação atual no campo da meditação laica ou secular é que possamos cultivar a calma individual, condição indispensável para dissipar as confusões mentais, o que se dá através do Mindfulness. Mas também precisamos cultivar os aspectos amorosos e gentis através da meditação Loving Kindness, aquela que amplia a nossa visão coletiva permitindo que a saúde floresça, já que é a empatia que nos difere dos maquiavélicos e psicopatas.

 

Viviane Giroto

Especialista em Psicopedagogia, Psicomotricidade e Sciences et Techniques du Corps – ISRP – Paris, France

Ph.D. em Psicologia pela UFRJ

https://vivianegiroto.com.br/

As fases do luto

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A vida é inconstante, cheia de incertezas, imprevistos e contratempo. Por mais que tentamos ou achamos que temos controle sobre as coisas, a grande verdade é que não temos controle sobre quase nada. A morte está aí para nos mostrar isso, que tudo é finito e que todos nós estamos aqui de passagem. Mas por mais que tenhamos a certeza de que um dia a morte chegará, vivemos ignorando este fato como forma de nos proteger de futuros sofrimentos e, consequentemente, quase nunca estamos prontos para lidar com ela. No entanto, quando algum conhecido, amado, amigo ou familiar morre, nos deparamos com a dor de perder alguém querido e o luto é a consequência desse sofrimento.

O que muitas pessoas não sabem é que o luto é uma vivência importante para o processo de elaboração e aceitação das perdas. É uma forma da pessoa conseguir lidar com a dor de perder algo ou alguém amado e querido. O luto não só acontece mediante o falecimento de alguém, ele também pode acontecer quando se rompe um relacionamento, quando se perde um vínculo afetivo ou o trabalho, por exemplo.

A pessoa em luto costuma entrar em um estado de recolhimento, ficando mais retraída, introspectiva, triste, tendo crises de choro, se recusando a sair de casa, não aceitando a situação ou perdendo o interesse em atividades que antes amava. Ela também pode cometer excessos como consumir muita bebida alcoólica, dormir demais, comer demais ou quase não se alimentar ou então não expressar nenhum sentimento se mantendo “fria” mediante a situação. Dessa forma, ela pode sentir um conjunto de emoções e expressá-las de maneiras diversas, pois cada pessoa reage e lida com o luto de maneira singular, dependendo da sua personalidade, experiências de vida e capacidade de lidar com as emoções. Cada pessoa vai ter a sua maneira e tempo para lidar com o luto.

No entanto, para nos ajudar a compreender o processo do luto, a psiquiatra suíça-americana, Elisabeth Kübler-Ross, descreveu o que ela chamou de cinco fases no luto, sendo elas: negação, raiva, barganha ou negociação, depressão e aceitação.

Na negação, a pessoa nega que o outro morreu, ela não acredita nem quer acreditar na possibilidade de ter perdido um ente querido, então ela rejeita a realidade.

Na fase da raiva, surgem sentimentos negativos como angústia, desespero, medo, culpa, frustração e raiva. A pessoa costuma ficar mais agressiva e manifestar a raiva por meio de atitudes autodestrutivas, como beber exageradamente ou brigar com as pessoas.

Na barganha ou negociação, a pessoa enlutada negocia consigo mesma ou com Deus algo que possa fazer para a pessoa amada voltar, mesmo tendo consciência da impossibilidade disso, ela alimenta esse pensamento para consolar a si mesma. Pensamentos como “e se eu tivesse feito isso” ou de “se eu fizer X coisa, posso reverter a situação” fazem parte desta fase.

A quarta fase, a depressão, a pessoa é acometida por um grande sofrimento, se apegando à dor causada pela partida do ente querido. Na última fase do luto, a aceitação, a pessoa compreende a sua nova realidade e consegue conviver pacificamente com a perda. Neste momento, o enlutado consegue se lembrar da pessoa que partiu com carinho e ser grato por ela ter participado de sua vida.

Essas fases do luto não são lineares e podem acontecer em ordens diferentes, mas é importante a pessoa passar por elas e viver o seu luto para não ter de viver em luto pelo resto vida. Então respeite o seu processo, respeite o processo do outro, as nossas dores levam tempo para cicatrizar.

Juliana Fernanda de Barros é psicóloga (CRP 06/11635) do Projeto Sakura desde 2016.

Problemas judiciais no japão

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Você sabia que discussões, gestos agressivos e brigas podem resultar em problemas judiciais no Japão e até mesmo em detenção?

O Código Penal Japonês entende os insultos, ameaças e agressões físicas como crimes, com possível condenação ao pagamento de multas ou a penas de privação de liberdade.

Os insultos, por exemplo, são considerados crimes que ofendem a honra e equivalem ao que chamamos de injúria no Brasil. Geralmente, são expressos por palavras ou gestos ofensivos a alguém, com exposição de opiniões que desqualificam e expressam insolência ou desprezo, como os xingamentos. Até mesmo gestos podem ser considerados insultos. Assim, levantar e mostrar o dedo médio para alguém ou para várias pessoas pode ter consequências sérias, a depender do contexto em que isso aconteceu, se o gesto foi acompanhado de palavras e postura ameaçadora, se houve testemunhas e provas. Quando uma pessoa ofendida busca a Polícia, pode-se iniciar um inquérito policial para averiguar os fatos ocorridos e, se necessário, um processo criminal terá início. Pode ser que tudo se resolva com um acordo entre as pessoas envolvidas, com o pagamento de uma quantia de reparação à pessoa ofendida e assinatura de um termo se comprometendo a não repetir o ato delituoso. Caso contrário, o problema poderá arrastar-se por anos, causando transtorno e incômodo aos envolvidos.

De maneira ainda mais grave, qualquer ameaça feita à vida, à liberdade, à integridade física, à honra ou à propriedade de alguém pode ser enquadrada como crime de ameaça e será submetido à apuração dos acontecimentos por policiais. A depender das investigações, o caso será encaminhado para a Promotoria, responsável pela acusação. Eles então vão decidir se uma multa de até 300 mil ienes poderá ser o bastante para resolver o inconveniente causado à vítima ou se é necessário seguir adiante, apresentando uma denúncia para a Corte Criminal. Nesse caso, quem ameaçou estará sujeito a receber uma pena de até 2 anos de prisão. E isso se a ameaça não tiver sido consumada, caso contrário, a situação fica ainda mais séria!

Nesses tempos de interações mediadas pela internet e pelas redes sociais, vale a pena atentar-se para mensagens eletrônicas que podem ser interpretadas como ameaças online! Apesar de muitos se sentirem protegidos e escondidos pelas telas e teclados, as autoridades policiais têm meios muito eficazes para desvendar ameaças cibernéticas e estão cada vez mais empenhadas em punir tais comportamentos.

Por fim, é importante notar que qualquer tipo de agressão física, mesmo “leve”, pode levar ao indiciamento e denúncia para a corte criminal. A pena pode chegar a 2 anos de prisão, multa de 300 mil ienes e uma advertência. De acordo com o sr. Etsuo Ishikawa, advogado parceiro do Consulado-Geral do Brasil em Tóquio, aqui no Japão a agressão é tomada em sentido amplo, não somente quando há contato físico. Assim, o ato de cuspir em alguém, por exemplo, também poderá ser considerado uma agressão. O advogado ressalta ainda o perigo de revidar agressões. Mesmo que uma outra pessoa tome a iniciativa de insultar você primeiro, ou venha a provocá-lo, ameaçá-lo, agredi-lo, ou caso você queira apenas defender um amigo que se envolveu numa confusão, ações que no Brasil são tidas como “legítima defesa” têm grandes chances de complicar a situação para todos os envolvidos. Diante de uma agressão ou de uma ofensa, o caminho seguro é chamar uma autoridade policial o mais rapidamente possível e formalizar o ocorrido, sem revidar, deixando que as autoridades policiais tomem as devidas providências.

Se for necessário, dirija-se ao posto policial (KOBAN) mais próximo ou use o telefone de consulta geral da Delegacia de Polícia para consultar sobre crimes e prevenção a crimes. Algumas organizações sem fins lucrativos ou ONGs de apoio aos estrangeiros também oferecem serviços de consulta gratuita. Os Consulados brasileiros no Japão também estão habilitados a aconselhar sobre a forma de agir e oferecem atendimentos de orientação jurídica gratuitos. Quanto aos problemas jurídicos que exigem representação judicial, as consultas também podem ser feitas no Ho Terasu (Centro Japonês de Apoio Jurídico, uma agência governamental independente) ou nas Ordens de Advogados regionais. Para maiores informações, consulte também a Associação de Intercâmbio Internacional da Prefeitura mais próxima.

 

João de Mendonça Lima Neto

Cônsul-Geral do Brasil em Tóquio.

Assumiu o Consulado-Geral do Brasil em Tóquio em fevereiro de 2018.

Graduou-se em filosofia e economia pela Universidade de Sofia nos anos 70 e serviu como diplomata na Embaixada em Tóquio nos anos 90.

Como Embaixador, serviu em Hanoi e Abu Dhabi e como diplomata em Paris, Assunção, Londres e Xangai.

Seu hobby é fotografia.

Publicou vários livros e textos.

Um lámen Michelin fora da rota

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Alguns bairros a gente só visita mesmo em ocasiões muito especiais. É o caso de Minami-nagasaki, uma tranquila área residencial na linha suburbana Seibu Ikebukuro, em Tóquio. No pequeno shotengai — rua comercial — adjacente à estação, no segundo andar de um prédio que só se destaca do entorno por ser uma construção mais contemporânea, fica o Kane Kitchen Noodles, citado no Guia Michelin 2021 na categoria Bib Gourmand.

O prato assinatura do local é um lámen de shoyu, feito com um blend de diferentes molhos de soja, uma característica já comum na produção de tigelas neste estilo. A base da sopa é feita com frango e mariscos, ambos muito bem representados no sabor, num bom balanço com o molho de soja e com um pouco de vegetais para trazer frescor. Sopa e massa — gostosa e bem cozida — fazem uma boa combinação.

Das coberturas, todas bem feitas, o destaque fica para o char siu de frango, muito macio e suculento. O ovo cozido também é bem feito, com sabor leve, mas como todo o resto do prato, sem surpresas.

Sendo assim, o que mais me chamou a atenção no espaço e em sua comida foi o fato de um restaurante com um trabalho que podemos chamar de bom — e apenas isso — estar numa lista de tanto destaque, numa metrópole com lámens de tamanha excelência e qualidade. O atendimento é bacana, simpático. Já o espaço, muito limpo, parece um pouco decadente, embora seja possível ver que houve um restaurante elegante num passado não muito distante.

Quando visito um restaurante que me deixa essa impressão, procuro outras resenhas para entender em que pé ando em compasso com pessoas que gostam tanto de lámen quanto eu e, de fato, vi que muitos comensais, japoneses e estrangeiros, gostam muito do lámen do Kane Kitchen. Mas, da minha parte, apesar da refeição não ter sido nada desagradável, surpreendente mesmo foi ter ido até Minami-nagasaki atrás deste lámen. Talvez demore um tempo até que eu visite o bairro novamente.

SERVIÇO

Kane Kitchen Noodles
Tokyo-to Toshima-ku Minaminagasaki 5−26−15 Machiterasu Minaminagasaki2F-A [mapa]

UT Suri-Emu – Empresa de Recrutamento no Japão

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