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Cuidados Paliativos

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Você já ouviu falar em Cuidados Paliativos?

São abordagens realizadas por uma Equipe Multidisciplinar quando um paciente tem uma doença ameaçadora de vida. O tratamento passa a focar no bem-estar do paciente e de sua família e na melhora da qualidade de vida que este paciente tem até a sua morte.

Os profissionais que atuam nos Cuidados Paliativos são: médicos, psicólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, capelães, nutricionistas, enfermeiras, advogados. Todos esses profissionais trabalham para garantir principalmente a humanização no tratamento, a dignidade e autonomia do paciente, respeitando seus valores e crenças.

Estamos falando dos sintomas e dores físicas, emocionais, sociais e espirituais que o paciente traz do momento atual da doença e também dos momentos ao longo da sua história, e que precisam ser ouvidas, acolhidas, legitimadas e em certos casos, resgatadas.

E na medida em que as pessoas têm essa legitimação dos seus sentimentos, preocupações e medos compreendidos e respeitados pelos profissionais, família e amigos, o cenário se torna mais humanizado, mais aceito, menos difícil de vivenciar a situação de morte e, posteriormente, de luto.

Anteriormente, não se falava muito sobre morte, supersticiosamente, diziam que falar sobre o assunto traria má sorte ou até a própria morte. Há 3 anos, no entanto, a pandemia não deixou sequer que nos preparássemos para tempos tão dolorosos; falava-se de morte constantemente nos noticiários diários, o que gerou um pânico mundial. Fomos obrigados a falar sobre perdas, sobre cuidados, sobre medos.

Atualmente, retomamos nossas vidas, mas o assunto sobre morte e luto está mais aberto para conversas e reflexões.

E os Cuidados Paliativos falam sobre a morte no tempo de vida daquele paciente, nem prolongado, nem antecipado, mas no tempo certo daquela pessoa.

Enfim, todos nós iremos vivenciar essas situações de vida e de morte, dos outros e de nós mesmos. E que elas sejam de forma mais respeitosa possível, de modo mais tranquilo que pudermos oferecer às pessoas que amamos e a nós mesmos.

Podemos falar mais sobre esse assunto?

 

Psicóloga
Leila Haru Okuda Marchezepe
CRP 06/11635
Psicóloga do Projeto Sakura

Cinco dias em Kagoshima

Dicas imperdíveis para um feriado prolongado na província mais meridional da ilha de Kyushu

Janeiro é o mês do aniversário de um dos meus melhores amigos. Ele é meu parceiro de copo e pratos e já viajamos juntos para alguns dos mais remotos locais do Japão. Kagoshima era a única província do país na qual eu nunca tinha pisado e, por isso, decidi convidá-lo para uma viagem gastro-histórica. Divido aqui com vocês, em forma de diário, os melhores momentos desta viagem.

DIA 1 – Reconhecendo o local

Kagoshima fica na ponta sul da ilha de Kyushu e, por conta de sua posição geográfica, é riquíssima em histórias e paisagens naturais. Chegamos ao aeroporto no final da manhã e o ônibus nos levou até o centro da cidade em cerca de 40 minutos. Era feriado, tudo estava meio morto e fomos procurar um lugar para comer. Num shotengai (calçadão) coberto próximo à estação de Kagoshima-Chuo fomos à procura de um restaurante de tonkatsu muito bem avaliado on-line. A espera era grande. Pegamos a senha e fomos dar uma volta.

Uma das poucas lojas abertas era a Fukae, dedicada ao shochu, bebida típica da ilha de Kyushu. Enfileiradas nas prateleiras, as garrafas coloridas – e inteligíveis para quem não lê japonês – chamam atenção. O shochu é uma bebida destilada que pode ser feita com diversos ingredientes. Em Kagoshima, o tipo mais popular é o imojochu, feito com batata-doce (imo, em japonês). O simpático vendedor apresenta os rótulos com atenção e explicações bem detalhadas e é difícil escolher um só. Deixo para depois.

No passeio pelo shotengai, acabamos encontrando o Kagaribi, um restaurante pequenininho de lámen que chamou nossa atenção. A fome era grande e entramos.

Pilotado por duas mulheres, o que é raro no mundo do lámen, o espaço de 8 lugares serve o tonkotsu, uma sopa feita com ossos de porco e rica em umami. Pedi o prato que leva o nome da casa e recebi uma tigela muito saborosa. Recomendadíssimo! O tonkatsu? Até fomos mas, honestamente, deixa quieto.

DIA 2 – Explorando a cidade a pé

Escolhi o Art Hotel Kagoshima por causa da vista esplendorosa do Sakurajima, o vulcão ativo que é símbolo da província. Acordamos com uma pequena quantidade de fumaça branca saindo da cratera, algo que, fui saber depois, é bem comum. Caminhamos pela beira da baía até o Mercado de Kagoshima com a intenção de tomar o café da manhã por lá. Estava meio tarde, não conseguimos ver o mercado em si e fomos direto para o Ichiba Shokudo. A ideia era comer peixe fresco, mas a foto mais chamativa do cardápio era a do aji fry, o carapau empanado e frito, como uma milanesa. De fato, o peixe chegou crocante e delicioso, muito bem acompanhado de verduras fresquinhas e um molho de pasta de soja missô bem adocicado. Para não sair da tradição, também fomos no chirashizushi, uma tigela de arroz coberta com sashimis diversos. Aqui, o destaque maior era o kaijiru, uma sopa de missô sarada em mariscos, com um sabor excepcional. Valeu muito a pena.

Seguimos na caminhada, desta vez à procura do shoyu local. O molho de soja de Kagoshima é conhecido por ser mais viscoso e adocicado. Nossa primeira visita foi a uma das lojas da Choshiya que produz shoyu desde 1735. Localizada num antigo posto de gasolina, a venda é um espaço supersimples que ganha vida por causa do vendedor e do seu gato. Ele nos ofereceu uma degustação dos produtos da casa que são bem interessantes. Além do shoyu, a Choshiya produz diversos outros molhos, todos à base do original de soja. Valeu a visita.

Mais 30 minutos de caminhada adiante e chegamos ao Monte Shiroyama, uma pequena elevação que oferece uma vista privilegiada para a cidade. A subida, pelo lado do hotel que fica no topo, tem uma escadaria e é bem amigável. O local é ocupado por um parque e a vista de cima é muito bonita, com o Sakurajima em destaque na paisagem. Uma visão inesquecível!

DIA 3 – Circulando o vulcão de bicicleta

O povo local tem muito respeito pelo Sakurajima. “Sakura” é a flor da cerejeira e “jima” é ilha. Hoje conectado a Kyushu por um minúsculo pedaço de terra, o vulcão era cercado de água por todos os lados até 1914 quando uma enorme erupção fez o serviço.

Nos últimos anos, foram tantas erupções no Sakurajima que as pessoas perderam a conta. Mas o Centro de Informações da “ilha” não deixa passar nada. A montanha de 1.117 metros é monitorada com atenção pelos cientistas. Eles consideram erupção toda exalação de cinzas que alcance mil ou mais metros de altura. Ou seja, a fumacinha branca que vimos ontem do quarto não é formada por cinzas. É apenas vapor d’água e, portanto, não se qualifica como erupção.

Da parte central da cidade de Kagoshima, são 15 minutos de barco até a ilha. Alugamos uma bicicleta esportiva no Centro de Informações e partimos para a volta à ilha. Poucos restaurantes estavam abertos e, por isso, levamos uma merendinha. Mas em menos de dez minutos de pedalada encontramos o Lapita, uma sorveteria. Com um interior feito com partes de antigas construções, o local é uma obra de arte em si. A Mana, dona da loja, veio de Tóquio para a ilha realizar seu sonho de morar no local. Os sorvetes dela são impecáveis, mas o de satsuma-imo, a batata-doce local, é cremoso e inesquecível.

Foi a adição de energia que precisávamos para a rota que totaliza 36 km e é cheia de altos e baixos. Além das belas vistas da Baía de Kinko, a imagem do vulcão vai mudando ao longo do trajeto. Num determinado ponto, no bairro de Kurokami, a cratera sul, que é a mais ativa, fica tão próxima que chega a amedrontar. Aliás, no bairro fica um dos pontos que remetem à erupção de 1914. O portal do santuário xintoísta local, que tinha 3 metros antes do evento, foi praticamente todo soterrado, ficando de altura menor que o de uma pessoa adulta.

É seguro passear no Sakurajima? Essa é uma pergunta capciosa. A antiga ilha é habitada e o risco que o turista sofre é o mesmo dos seus cinco mil moradores. A cratera está sob vigilância constante e, embora uma erupção seja imprevisível, eventos de grandes proporções costumam ter sinais e toda vez que a montanha fica mais invocadinha, alertas são emitidos. Além disso, há vários abrigos e rotas de fuga pelo mar. Tenha atenção e aproveite o passeio. O maior contato que você deve ter com a atividade vulcânica na ilha será o gostoso escalda-pés de água naturalmente aquecida que fica perto do Centro de Informações e que tem uma bela vista da montanha fumegante.

DIA 4 – Banquete francês e história local

Este foi o dia do aniversário do meu amigo e eu decidi convidá-lo para um almoço no Automne, considerado um dos melhores restaurantes de alta gastronomia de Kagoshima. A casa fica numa residência de mais de 100 anos de idade num pequeno penhasco à beira-mar. Impecável, o ambiente é tudo o que se imagina em termos de discrição e elegância japonesa, com espaços abertos, muito bem iluminados e um belo jardim com uma cachoeira.

O menu em seis passos traz ingredientes da região em diversos preparos franceses, num delicado encontro entre duas gastronomias que se combinam bem. Estiveram lá os frutos do mar, o kuroge wagyu, carne de boi marmorizada de alta qualidade, as inúmeras verduras e, claro, temperos como o shoyu e o missô. Tudo preparado com esmero e muito sabor, acompanhado por vinhos europeus de alta qualidade. Foi uma daquelas refeições que reverberam no paladar e no coração por muito tempo.

Daqui, seguimos prontos para a próxima parte da viagem, um mergulho na história de Kagoshima. Começamos pela Satsuma Glass Kogei, uma fábrica histórica de produção de copos no estilo kiriko, em que o vidro é trabalhado pelos artesãos com cortes para trazer cores e formas. Fiquei apaixonado por cada copo e cada garrafa produzidos em processo realmente artesanal. O ateliê de fabricação fica em área aberta e a gente pode assistir à destreza com que os trabalhadores criam as belas peças vendidas na loja ao lado.

A poucos metros da fábrica fica o Sengan-en, a residência de veraneio do clã Shimazu, que dominou Kagoshima até o século 19. O jardim, datado do século 17, é o cenário para uma residência incrível com quase 30 cômodos. Hoje, ela é apenas uma parte do que era até o final do xogunato e representa bem a sofisticação e o poder dos Shimazu na região. Tivemos a sorte de pegar uma visita guiada (em japonês) que apontou os detalhes da casa com muita clareza e contou histórias sobre a família e sobre visitantes ilustres que ali passaram. Foi possível entender como a estratégica posição e o olhar do clã Shimazu colocou Kagoshima na vanguarda da modernização do Japão no meado do século 19.

A área da cidade com a fábrica e o jardim faz parte dos Sítios da Industrialização Japonesa no Período Meiji, uma série de construções espalhadas pelo Japão e tombada como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.

DIA 5 – Vai me enterrar na areia?

Estamos em Ibusuki, cidade a pouco mais de uma hora de trem de Kagoshima. O dia começou com uma caminhada até o Porto de Yamakawa, uma área conhecida pela pesca do atum-bonito, ou katsuo, em japonês. O atum-bonito é um peixe de carne vermelha e sabor ferroso, muito apreciado pelos japoneses. Começamos o dia visitando o mercado que fica no Michi no Eki, as paradas de estrada do país. Lá, conhecemos o simpático Ken-chan, um senhor de 80 anos que vende diversos produtos derivados do atum-bonito, dentre eles o katsuobushi, essencial na gastronomia japonesa.

O peixe passa por um processo de cozimento, defumação e cura que pode levar até seis meses. O resultado final lembra o duríssimo guaraná em barra, muito comum no norte do Brasil. Depois, ele é laminado em lascas finíssimas para gerar um caldo rico em umami. Depois de fazer compras – e tomar uma dose de shochu – na barraca do Ken-chan, pudemos fazer um tour completo pela fábrica da Daimaru, que nos mostrou todo o processo, basicamente artesanal, da produção do katsuobushi. Antes, claro, a gente provou, no restaurante do Michi-no-eki, um katsuokatsu, empanado de atum-bonito. Perfeitíssimo.

Na volta para o centro de Ibusuki, passamos na principal atração da cidade. O suna-mushi é um relaxamento para o corpo que usa as areias quentes da Praia de Yunohama. A areia superficial do local nem parece tão quente ao primeiro toque. Basta escavar bem pouquinho para sentir que a água ali é quente. A placa indica que a temperatura é de mais de 80 graus!

A experiência, portanto, é ser enterrado na areia, num local sem água infiltrada, por 10 minutos. O tempo é considerado ideal para não ter problemas de tontura ou queda de pressão.

Para a atividade, não precisamos levar nada. O Suna Mushi Kaikan oferece um quimono que protege o corpo da areia e uma toalha para proteger os cabelos. A sensação é um pouco sufocante de início, muito mais pelo peso da areia do que pela temperatura, bem tolerável. Depois de ter perdido o medo, gostei da experiência que terminou no banho termal do local.

Depois da enterrada, foi hora de voltar para o hotel, dar uma descansada e se preparar para regressar a Tóquio, com a certeza de que deixo para trás um destino ainda pouco explorado

por quem visita o Japão. Uma pena! Kagoshima é um dos lugares mais sensacionais que eu visitei neste país.

por Roberto Maxwell

ZONA DE CONFORTO

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ZONA DE CONFORTO 

A zona de conforto é uma maravilha, principalmente no Japão. Uma ótima renda anual – praticamente sem precisar falar a língua japonesa, sem diploma universitário e geralmente só fazendo trabalho braçal – proporcionam uma felicidade sem igual, pois tudo é muito fácil. O poder aquisitivo, comparando com o do Brasil, é realmente muito grande: carrões, mil tipos de “brinquedos”, roupas e acessórios, equipamentos top etc.

Se fica desempregado, tem a ajuda do governo; se vem a crise, idem. As repartições públicas funcionam quase perfeitamente no Japão, os clientes de todos os tipos de estabelecimento são muito bem atendidos etc. Apesar da renda e do poder aquisitivo, o “preço” disso é muito alto, pois o esforço para conseguir tudo isso, na verdade é grande demais, mas a zona de conforto “anestesia” tudo, até a parte ruim.

Tudo está sob o controle da pessoa – dentro destas limitações – e o cérebro tem uma sensação de segurança muito grande. Por isso, inconscientemente as pessoas recusam mudanças, às vezes até agressivamente, pois são ameaças ao conforto conquistado. Então a pessoa se torna “refratária” aos novos desafios e “impermeável” às ideias e criatividade, positivas para o próprio desenvolvimento pessoal. Sente que não precisa tomar iniciativa nenhuma para nada, não precisa estudar nada etc. Esta é mais ou menos a descrição da “zona de conforto” que muitos não percebem que estão nela ou não admitem. A quantidade de pessoas que está “desfrutando” da zona de conforto é muito grande; só uma pequena minoria não está nela e batalha muito. É claro que isso é compreensível, mas não é nada benéfico.

Muitos vieram ao Japão com sonhos na cabeça e lutaram muito para conquistá-los. No Brasil, nem sonho podiam ter. Quase todos sentiram fortemente os reveses que custavam para alcançar o objetivo. Barreira da língua, choque cultural, saudades da família e dos amigos, saudades daquela terra imensa e maravilhosa. Claro que todos sofreram, pois estavam numa zona de conforto no Brasil. Sofreram muito aqui no Japão, mas sempre “anestesiados” pela “grande recompensa”, aos poucos todos começaram a se aconchegar na nova zona de conforto. Por isso, quase ninguém sente a necessidade de aprender a língua japonesa ou adquirir qualquer outra aptidão, pois “não precisam”. Afinal, ganham mais do que aquele pobre universitário que se ralou de estudar e virou “peão” igual todos.
Mas o que há de errado em estar na zona de conforto? Apenas uma coisa errada: justamente ‘estar’ na zona de conforto! O que a zona de conforto pode estar te fazendo:

  •  Perder a sensibilidade aos problemas, para simplesmente se acomodar neles.
  • Sentir que tudo na vida é difícil, trabalhoso ou tedioso.
  • Enxergar a vida apenas superficialmente, sem nada interessante.
  •  Desvalorizar tudo, pois não nada parece acrescentar algo de bom.
  • Procrastinar tudo e não ver nenhum problema nisso.

Isso tudo é um desperdício de vida. O tempo perdido na zona de conforto, impede de ter uma vida mais interessante, que vale a pena ser vivida. Por isso, pare e reflita sobre este problema. Procure perceber e detectar como a zona de conforto está te afetando e saia dessa. Afinal, o tempo passa rápido demais!
Foto: © O.P.C. / AC Photo.

A diferença entre ouvir e escutar alguém

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Vivemos em um mundo cada vez mais conectado, onde as pessoas passam a maior parte do tempo em redes sociais e em interações virtuais. No entanto, a questão não é a tecnologia e as redes sociais em si, mas como as pessoas utilizam ela. Acostumados a consumir conteúdos curtos e de fácil interação, tudo a um click de você, as pessoas estão perdendo ou deixando de estimular outras habilidades, e uma delas é a comunicação.

Mediante a criação de outras formas de se comunicar, como vídeos, textos curtos, emojis, etc., algumas pessoas têm perdido a habilidade de escutar o outro e ao invés disso, apenas ouvem. Mas qual seria a diferença entre ouvir e escutar? Ouvir diz respeito ao sentido da audição, é aquilo que o ouvido capta, sendo um processo mecânico referente ao sentido da audição. É o som que ouvimos além da nossa vontade. Enquanto escutar remete ao ato de ouvir com atenção, prestar atenção ao que o outro está falando, compreender e processar o que está sendo captado pela audição. Escutar não tem relação com concordar ou discordar, mas levar em consideração o que o outro está te dizendo.

Esse ato de escutar está cada vez mais raro hoje em dia, pois as pessoas têm mais necessidade de falar do que escutar. Além disso, a pressa e o desinteresse faz com que as pessoas ouçam umas às outras, mas não as escutem de verdade. Quantas vezes você já viu ou vivenciou a seguinte cena: uma pessoa está falando e a outra está mexendo no celular apenas balançando a cabeça ou emitindo comentários rasos como: “é complicado”, “é difícil”, “que chato”, e continua no celular. Será que esta pessoa está te escutando ou ouvindo? É extremamente desmotivador conversar com alguém assim e, infelizmente, essa é a realidade que encontramos na maioria dos bares, restaurantes e dentro de casa.

Outra questão interessante para a gente pensar em relação à comunicação é: você escuta para responder ou compreender? Tem pessoas que te escutam com o intuito de apenas responder e retrucar o que você está dizendo, não há uma iniciativa de tentar compreender. Observamos muito essa comunicação quando duas pessoas estão discutindo. Enquanto que escutar para compreender é quando você tenta validar o que o outro está dizendo, tenta entender o ponto de vista da pessoa e emite a sua opinião com respeito e não como uma imposição.
A partir disso, vale a pena questionarmos: estamos escutando ou ouvindo as pessoas? Estamos escutando para tentar compreender ou apenas responder? Pense em como você tem se comunicado com os seus amigos e familiares, pois como diz Paulo Coelho “quem não sabe ouvir, não escuta os conselhos que a vida dá”.

Psicóloga
Juliana Fernanda de Barros
CRP 06/11635
Psicóloga do Projeto Sakura desde 2016.

Samurai negro foi tema da escola campeã do carnaval paulista

Saiba quem foi Yasuke

A Mocidade Alegre, escola de samba da zona norte de São Paulo, conquistou o título do Grupo Especial do Carnaval de 2023.

O desfile da Escola foi perfeito, tanto que a escola conseguiu 10 em todos os quesitos, totalizando 270 pontos, apenas um décimo a mais que a segunda colocada, a Mancha Verde, que terminou com 269.9 pontos.

 

Carro da Mocidade Alegre (Foto: Portal Carnaval)

 

Depois de um jejum de 9 anos, a Morada do Samba chegou ao seu 11º campeonato. O enredo homenageou Yasuke, o primeiro samurai negro do qual se tem registro histórico.

Origem

A história de Yasuke é cheia de incertezas.

Há dúvidas se ele seria um escravo, um cristão livre, ou alguma outra possibilidade, mas os registros indicam ter sido o primeiro samurai negro do Japão.

Yasuke chegou ao Japão em 1579, a serviço de missionários jesuítas italianos. É importante ressaltar que nenhum relato afirma que ele era escravo, e sim um ajudante da comitiva.

Em sua chegada, o povo japonês ficou tão impressionado com o seu físico que houve uma enorme aglomeração para vê-lo.

Relatos diziam que ele tinha 1,88m de altura (muito superior à média japonesa), com a força ¨equivalente a 10 homens¨.

Existem poucas informações sobre a origem dele, mas alguns acreditam que ele veio do povo Macua, uma sociedade matriarcal dos povos originários de Moçambique.

 

Desfile da campeã (Foto: O Povo)

 

Também há quem diga que sua origem esteja na Etiópia, Angola, Nigéria e até Portugal.

De acordo com a lista de samurais do Japão nascidos no exterior, Yasuke foi o primeiro estrangeiro a receber o título.

Ele também foi mencionado nos arquivos do Clã Maeda, que diz que foi concedida a ele uma residência própria, assim como o cerimonial da katana feito por Oda Nobunaga.

O senhor feudal também lhe concedeu o direito de porte de arma e Yasuke era constantemente visto cavalgando ao seu lado em batalhas e mostrando sua alta patente militar.

Fim incerto

Com Oda Nobunaga interessado na unificação das províncias japonesas e na cultura europeia, Yasuke desenvolveu uma forte amizade com o líder.

Em junho de 1582, Oda foi atacado e forçado ao seppuku (ou harakiri), nome pelo qual o suicídio de samurais é conhecido no ocidente.

Após a morte de Oda, Yasuke juntou-se ao filho e herdeiro Oda Nobutada, que tentava impor suas forças no castelo Nijō.

Yasuke lutou ao lado de Nobutada por um longo período, mas sem sucesso.

Depois de ser derrotado e capturado pelo exército de Akechi, foi levado de volta aos jesuítas.

 

O samurai negro (Foto: Wikipedia)

 

A partir daí, nao existem mais registros do que teria acontecido ao samurai. Por isso tantas suposições.

Alguns acreditam que Yasuke não foi executado pelo exército de Akechi pelo respeito que até os adversários tinham por suas habilidades de batalha.

Outros acreditam que ele tenha sido poupado pelo respeito por sua cor, já que pessoas de pele escura também eram admiradas religiosamente naquele período. Naquela época ainda existiam muitas figuras de Budas negros nos templos japoneses.

E outros acreditam que Akechi não executou Yasuke porque não queria ofender os jesuítas, necessitando de todos os aliados que pudesse ter após sua conquista territorial.

Ídolo pop

A história de Yasuke sempre atraiu os olhares da cena pop mundial.

Yasuke ficou mais em evidência em 2019, quando foi anunciada uma produção live-action estrelada por Chadwick Boseman (Pantera Negra), que infelizmente faleceu em 2020, vítima de câncer, antes do projeto caminhar.

 

Anime da Netflix (Divulgação)

 

Em 2021, a Netflix lançou uma série de anime nipo-americana baseada na história do guerreiro.

Em solo brasileiro, Yasuke foi citado nas músicas do rapper Emicida, assim como na coleção Lab Yasuke da grife Laboratório Fantasma.

Recentemente, a editora Skript lançou um quadrinho brasileiro inspirado no samurai.

 

Fontes: Mocidade Alegre e Wikipedia

 

VPN – O que é e como usar?

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Ferramenta de segurança online permite assistir conteúdos bloqueados regionalmente

Navegar nas redes é sempre um risco. Hackers — invasores de sistemas — estão sempre à procura de vulnerabilidades para roubar dados de empresas e usuários comuns. Além disso, existe a questão da privacidade. Sites do mundo todo coletam informações sobre mim e você, mesmo em situações simples como uma pesquisa.
Tudo isso faz com que o desenvolvimento de tecnologias de proteção se desenvolva com velocidade. Antivírus e firewalls protegem nossos aparelhos de ataques externos. Já a tecnologia VPN visa a proteção da nossa privacidade ao navegar pela internet. “O VPN é como um túnel”, explica Seikou Kamisaki, CEO da Tokyo Cyber Security Inc., empresa baseada no Japão e que oferece soluções de segurança cibernética. “Através deste túnel, é possível navegar pela internet de forma segura”, continua ele.
VPN é uma sigla para Virtual Private Network, algo que pode ser traduzido para o português como Rede Privada Virtual. Trata-se de uma extensão ou um aplicativo que você instala em seu aparelho de conexão à internet para criar um ambiente que dificulta o rastreamento dos seus dados de navegação, protegendo assim a sua privacidade e os dados que você envia pelas redes. Voltando à metáfora do parágrafo anterior, a VPN funciona justamente como um túnel, impedindo a quem está fora — ou seja, os demais usuários — de ver o que você está acessando ou os dados que você está enviando.

Da proteção de dados de pagamento aos filmes bloqueados por localização
Na prática, o que você faz é escolher um serviço de VPN e instalar no seu navegador ou aparelho de telefonia celular. Seikou Kamisaki, por exemplo, oferece um serviço para telefones móveis e computadores (Windows e Linux) chamado VPN Brasil. “Nas nossas pesquisas, identificamos que a maior parte do acesso hoje é feito por aparelhos móveis como telefones celulares e tablets”, conta ele.
São atividades que vão da navegação nas redes sociais até o consumo de conteúdos digitais, como filmes e séries, passando pelas compras on-line.

Neste último caso, por exemplo, o VPN ajuda a proteger os dados de cartão de crédito que são enviados e até mesmo o endereço do site que o usuário acessa, evitando que seus hábitos de consumo sejam acessados por outras pessoas.
Usuários comuns também se beneficiam do uso de uma VPN para acessar conteúdos de streaming bloqueados por geolocalização. Estamos falando daquele filme ou série que você só encontra na Netflix de outros países ou mesmo o acesso ao Globoplay, o canal online que inclui a programação da Rede Globo, além de programas inéditos da plataforma.
Esses serviços identificam o usuário pelo IP, uma espécie de endereço virtual que cada usuário da rede possui. Neste endereço, a sua localização é identificável e, sem a VPN, o servidor de conteúdo sabe que você está numa área de restrição para o conteúdo. Usando um VPN, seu IP deixa de ser visível e, assim, você consegue acessar conteúdos em todo o planeta. “Não quer dizer que você irá acessar de graça”, lembra Seikou Kamisaki. “É preciso ter uma conta ativa no serviço. Mas as restrições caem e você pode ter acesso ao que quiser, de forma totalmente legal”, encerra ele.

TESTAMOS!
Fizemos um teste com o VPN Brasil
Um dos serviços digitais oferecidos pela Tokyo Cyber Security Inc., o VPN Brasil oferece acesso a uma rede privada virtual, com suporte em português. Para usá-lo neste teste, baixamos o aplicativo Open VPN (iOS e Android), mas é possível fazer a configuração diretamente no aparelho.
Depois de configurado, acessamos a Netflix pelo aplicativo para assistir ao filme “Meu Vizinho Totoro” do diretor japonês Miyazaki Hayao. A animação é uma das mais populares obras do estúdio Ghibli, que licenciou todo o seu catálogo das gigantes de streaming de origem norte-americana para todo o mundo, exceto o Japão. O filme, com legenda em português, apareceu rápido na busca. O tempo de carregamento, no entanto, foi um pouco maior comparado com os conteúdos acessíveis sem o uso do VPN. Porém, uma vez carregado, o filme rodou em boa qualidade sem interrupções.

Relacionamento entre pais e filhos

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Relacionamento entre pais e filhos

A família constitui o primeiro núcleo e contato social da criança, influenciando em seu processo de socialização e descobertas. Pensando nos diferentes ambientes e relações sociais das crianças e adolescentes, podemos destacar as escolares, sociais e familiares. A maneira com a qual a interação familiar ocorre é algo extremamente importante de se pensar. É preciso lembrar de que toda criança, seja qual for a idade, apresenta comportamentos “adequados” e “inadequados”, já que ela está em um processo de aprendizagem contínuo. A modelagem (todo comportamento realizado que se aproxime do comportamento desejado é reforçado), é uma das maneiras que as crianças aprendem, ou seja, a partir dos comportamentos dos adultos.

Então, como vocês estão se relacionando com os seus filhos?

Ao ensinar as diferentes habilidades sociais para os pequenos, facilitamos o convívio social e as interações com os pares em diferentes ambientes. Quando foi a última vez que você elogiou algo feito pelo seu filho? Elogios são muito importantes. Além de ser um reforçador natural de uma interação social, a criança percebe o que faz de bom e fica motivada para repetir o comportamento que foi aprovado pelos outros. O elogio bom é aquele que não vem junto com críticas.

Sabemos que existem maneiras e realidades diversas de como os pais direcionam a educação dos filhos: alguns são flexíveis, outros mais rígidos, permissivos, ausentes de afeto, enfim, cada um educa de uma forma diferente. Torna-se necessário que os pais desenvolvam modos assertivos e apropriados de educarem e orientarem. Ajustar a comunicação e o estabelecimento de regras, por exemplo, são fatores decisivos para uma educação de qualidade. Esse ponto é muito importante, pois a dinâmica muda conforme a faixa etária, uma vez que a maneira de lidar e manejar uma criança é diferente daquela utilizada com um adolescente.

Como incentivar a criança a ser participativa nas atividades do cotidiano?

Um ponto dessa dinâmica a ser pensado é, a criança ou adolescente tem condições de realizar a tarefa ou atividade proposta? É necessário ter isso claro para que no decorrer da execução, os pais ou responsáveis possam reforçar (elogiar) adequadamente os comportamentos desejados. Por exemplo, se a criança costuma deixar o quarto bagunçado, no início, valorize cada objeto que ela colocar no lugar; no caso de um adolescente, se ele tiver dificuldade em manter o quarto organizado, a dinâmica se mantém, acrescentando possibilidades de diálogo, explicando qual a finalidade da organização do quarto e quais são as possíveis consequências de arrumar ou não o cômodo. Ficar atento a essa dinâmica de interação torna o processo de aprendizado mais tranquilo para todos e aumenta a possibilidade da generalização de comportamentos adequados em diferentes situações.

Outro aspecto tão importante quanto o apresentado acima é o emocional das crianças e adolescentes. Se muitas vezes nós mesmos sentimos dificuldades de entender ou expressar nossos sentimentos, imagine eles que estão em um processo de desenvolvimento se conhecendo e descobrindo, isso se torna muito mais complicado.

Quando foi a última vez que você conversou com seus filhos sobre sentimentos?

Uma dica que pode auxiliar nesse sentido é a seguinte: ao conversar com uma criança sobre o sentimento, foque em como ela os expressa, pois para um mesmo sentimento, existem maneiras diversas de se comportar, exemplo: quando uma criança está feliz, como ela se comporta? E quando está triste? Muitos sentimentos podem ser parecidos, porém, cada pessoa aprende uma maneira diferente de expressá-los. Desenvolver essa habilidade é essencial para ajudar os pequenos a entenderem seus sentimentos. Lembre-se sempre de que crianças que sabem entender seus sentimentos conseguirão resolver conflitos futuros de forma mais pacífica.

Caso você tenha alguma dúvida, dificuldade ou necessitar de orientação no relacionamento com seus filhos, procure a equipe de psicólogos do Projeto Sakura!
Gomide, P.I.C. (2004). Pais presentes, pais ausentes. Petrópolis: Vozes.

Psicólogo
Gabriel Goldstein Barros
CRP- 08/28170
Psicólogo do Projeto Sakura.

Projeto Sakura – Atendimento psicológico no Japão

www.projetosakura.com.br

Projeto para gestão de empreiteiras vence Brazil Startup Pitch

Confira quais os projetos apresentados pelos pitchers

O empresário Robson Amano, da SmartBit IT Solutions, de Toyohashi (Aichi), teve apenas um voto a mais que o segundo colocado e é o vencedor do Brazil Startup Pitch 2023, realizado na sexta-feira, 10, no Centro Intercultural em Hamamatsu (Shizuoka).

Robson Amano, vencedor do Brazil Startup Pitch 2023, recebe premiação de Emmanuel Caceres, CEO da J1 KK Foto: Márcio Uda

A votação foi feita pela plateia e pelos quatro jurados: Nelson Saito, fundador da Kowa Corporation; Alison Aguiar, Head do Banco do Brasil no Japão e Ásia-Pacífico; Ricardo Wakuta (Dino), especialista em empreendedorismo e conexões B2B; e Priscilla Kajihara, especialista na área de beleza e proprietária da PK Beauty Academy.
Nesta terceira e última reportagem da série, veja como foram as apresentações dos pitchers e os projetos defendidos por eles.

Kowa

Pitchers

Após duas palestras e um intervalo para saborear os salgados oferecidos pelo Hiro World, foi a vez da apresentação dos pitchers, denominados por Emmanuel Caceres, CEO da J1 KK e realizador do evento, como ¨os 5 corajosos empresários¨.

Aline Shiroiwa, da Topclass Academy, apresentou os cursos da escola e um modelo de cozinha criado para garantir a aprovação de todos os tipos de inspeção sanitária.

Aline Shiroiwa, da Topclass Academy Foto: Cesar Ogassawara


O projeto de Edwilson Suguimoto e Thiago Matsuno, da IDEABOX IT, foi um aplicativo para food-truck, que usa GPS para facilitar a localização para os clientes e dos próprios clientes.

Edwilson Suguimoto e Thiago Matsuno, da IDEABOX IT Foto: Cesar Ogassawara

Roberto Nacaya, da Tokai Invest, apresentou o Código X, uma técnica para fazer trade com qualquer ativo. A escola é focada em Forex e o curso dura 6 meses.

Roberto Nacaya, representando o pitch apresentado pela empresa Tokai Invest, o Código X Foto: Márcio Uda

Representando a AiiA Platform, Sergio Hirakauva apresentou a plataforma criada para ensinar cursos na área de tecnologia, como Inteligência Artificial e metaverso. Enquanto estuda, o aluno poderá ser remunerado.

Representando a AiiA Platform, Sergio Hirakauva em apresentação de seu pitch Foto: Márcio Uda

ezHaken

Robson Amano, da SmartBit IT Solutions, venceu com o programa ezHaken, que é um sistema de gestão de empreiteiras.
O sistema possui a funcionalidade central de gestão de contratos de trabalho temporário e algumas funcionalidades secundárias, como gestão de documentos, gestão de clientes e captação de currículos de candidatos.

Robson Amano recebe premiação no evento Brazil Startup Pitch 2023 Foto: Márcio Uda

¨O sistema vem sendo desenvolvido há mais de 4 anos e foi lançado em 2022. Atualmente temos uma empresa que usa o sistema e mais duas em processo de implantação¨, informou Robson.
Ele contou que já estava satisfeito por ter sido escolhido para apresentar o projeto e que participou sem nenhuma expectativa de ganhar. ¨Mas fiquei muito feliz e vou usar o prêmio para desenvolver e divulgar o programa¨, adiantou.


Robson é programador e está empreendendo há anos. Conhecedor profundo das dificuldades que o empresário passa, ele deixou uma mensagem de incentivo ao brasileiro que procura uma chance no competitivo mercado japonês.¨São várias as dificuldades que um empreendedor enfrenta no Japão, mas acredito que o aprendizado contínuo e a persistência são as chaves para o sucesso¨, finalizou.

Robson Amano, vencedor da premiação e comissão organizadora Brazil Startup Pitch 2023 Foto: Márcio Uda

E para quem ficou interessado no evento e em como participar, o realizador do Brazil Startup Pitch, Emmanuel Caceres, adianta que uma nova edição já está prevista e praticamente confirmada.¨Será no verão¨, anunciou.

A realização do Brazil Startup Pitch foi da J1 Seeds, prefeitura de Hamamatsu e Hamamatsu Foundation for International Exchange (HICE, com apoio do Consulado-Geral do Brasil em Hamamatsu.
O patrocínio foi da Kowa Corporation, Brasiliana, Ecojima, Soma Kogyo, Fattione e Hiro World.
Se você gostou do assunto e quer saber mais, leia também as duas reportagens anteriores: ¨Projeto de tecnologia vence o Brazil Startup Pitch¨  e ¨Brazil Startup Pitch apresentou duas palestras¨

Brazil Startup Pitch apresentou duas palestras

Veja dicas valiosas de dois especialistas em branding

Com apenas um voto a mais que o segundo colocado, o empresário Robson Amano, da SmartBit IT Solutions, de Toyohashi (Aichi), é o vencedor do Brazil Startup Pitch 2023, realizado na sexta-feira, 10, no Centro Intercultural em Hamamatsu (Shizuoka).
A votação aconteceu da seguinte forma. Os 4 membros da bancada e a plateia depositaram o J1 Coin, um dinheiro fictício criado para o evento. O candidato com mais ¨dinheiro¨, venceria.
A banca de jurados foi composta por quatro especialistas: Nelson Saito, fundador da Kowa
Corporation; Alison Aguiar, Head do Banco do Brasil no Japão e Ásia-Pacífico; Ricardo Wakuta (Dino), especialista em empreendedorismo e conexões B2B; e Priscilla Kajihara, especialista na área de beleza e proprietária da PK Beauty Academy.

Mercado japonês
Conhecimento e informação são essenciais para qualquer negócio.¨Por isso programamos duas palestras para os empreendedores. Agregar conhecimento e know-how nunca é demais¨, explicou Emmanuel Caceres, CEO da J1 KK e realizador do evento.

Com a finalidade de entender sobre como um negócio pode prosperar no mercado local, a palestrante Muraki Noriyo, representante do Hamamatsu Kigyoka Café (Câmara de Comércio de Hamamatsu), ministrou a palestra ¨Como introduzir o seu negócio no mercado japonês¨.

Muraki Noriyo , representante do Hamamatsu Kigyoka Café (Câmara de Comércio de Hamamatsu) Foto: Márcio Uda

Especializada em marca, branding, promoção e organização profissional, a japonesa falou sobre os 5 pontos para ter sucesso, que são: a diferença entre business e hobby; definir quem é o seu cliente; fazer a análise dos 3 Cs, que seriam o Customer (cliente),Concurrent (concorrente) e Company (a empresa ou você); priorizar o lucro e não a venda.
E o quinto ponto levantado pela palestrante foi uma valiosa dica. ¨Meu conselho é que você dê o primeiro passo pequeno. Se a reação for boa, você expande. Se for ruim, mude a direção¨, disse.
E concluiu: ¨Comece pequeno e cresça grande.¨

Kowa
Valor da marca

¨Quanto vale a sua marca?¨ foi o tema da exposição apresentada por Emmanuel Caceres.
Em 2014, a J1 começou focada no desenvolvimento de marketing e acabou seguindo para
especialização em branding, que é tudo aquilo que trás reputação para a marca.
Ao iniciar um negócio, ele recomenda pensar no desenvolvimento da marca. ¨A sua marca é o ativo mais importante da sua empresa¨, alertou.
Emmanuel lembrou que o produto é passageiro, mas a marca, não. Por isso ele sugeriu investir em ações que gerem mais relevância para a marca.
Segundo o empresário, todas as ferramentas disponíveis foram criadas para atender uma necessidade humana.

Emmanuel Cáceres, CEO da J1 KK, ministra o seminário “Quanto vale a sua marca?” Foto: Márcio Uda

¨As ferramentas evoluem, mas a necessidade humana não. E nossa busca como entusiastas do branding é detectar a necessidade humana¨, finalizou Emmanuel.

Continua
A realização do Brazil Startup Pitch foi da J1 Seeds, prefeitura de Hamamatsu e Hamamatsu Foundation for International Exchange (HICE, com apoio do Consulado-Geral do Brasil em Hamamatsu.
O patrocínio foi da Kowa Corporation, Brasiliana, Ecojima, Soma Kogyo, Fattione e Hiro World.
Se você gostou do assunto e quer saber mais, leia também a reportagem ¨Projeto de tecnologia vence o Brazil Startup Pitch¨, clicando aqui

Projeto de tecnologia vence Brazil Startup Pitch

Foi por apenas um voto de diferença

O empresário Robson Amano, da SmartBit IT Solutions, de Toyohashi (Aichi), é o grande vencedor do Brazil Startup Pitch 2023, realizado na noite de sexta-feira, 10, no Centro Intercultural em Hamamatsu (Shizuoka).

A votação ocorreu da seguinte forma: Os 4 membros da bancada e a plateia depositaram o J1 Coin, um dinheiro fictício criado para o evento. O candidato com mais ¨dinheiro¨, venceria.
¨Com 93 J1 Coins dos jurados e mais 19 da plateia, o empresário Robson Amano é o ganhador do Brazil Startup Pitch¨, anunciou Emmanuel Cáceres, CEO da J1 KK, realizadora do evento.

Robson Amano
Robson Amano, vencedor da premiação do Brazil Startup Pitch 2023. Foto: Márcio Uda

Foi apenas um voto a mais que o segundo colocado. ¨Essa pequena diferença vem comprovar o nível de todos os concorrentes e da banca avaliadora¨, destacou Emmanuel.

Kowa

Os quatro especialistas que fizeram parte da banca do evento foram Nelson Saito, fundador da Kowa Corporation; Alison Aguiar, Head do Banco do Brasil no Japão e Ásia-Pacífico; Ricardo Wakuta (Dino),especialista em empreendedorismo e conexões B2B; e Priscilla Kajihara, especialista na área de beleza e proprietária da PK Beauty Academy.

Alison Aguiar, Head do Banco do Brasil no Japão e Ásia-Pacífico ; Nelson Saito, fundador da Kowa Corporation; Priscilla Kajihara, especialista na área de beleza e proprietária da PK Beauty Academy; Emmanuel Cáceres, CEO da J1 KK; e Ricardo Wakuta (Dino), especialista em empreendedorismo e conexões B2B. Foto: Cesar Ogassawara

Como prêmio, a empresa vencedora recebeu um aporte de crédito de marketing oferecido pela J1Seeds no valor de ¥200.000 e um prêmio em dinheiro de ¥100.000, oferecido pela J1 e pelos patrocinadores.
A realização do evento foi da J1 Seeds, prefeitura de Hamamatsu e Hamamatsu Foundation for International Exchange (HICE, com apoio do Consulado-Geral do Brasil em Hamamatsu.

O patrocínio foi da Kowa Corporation, Brasiliana, Ecojima, Soma Kogyo, Fattione e Hiro World.

Abertura

O primeiro a discursar na abertura do evento foi Hisayuki Yamamoto, diretor-executivo da HICE. Ele destacou a parceria da entidade com a J1 e lembrou a importância do evento: ¨Nosso objetivo é apoiar os negócios e novas parcerias para os brasileiros¨, disse.

Hisayuki Yamamoto, diretor-executivo da HICE. Foto: Márcio Uda

Em seguida foi a vez de Emmanuel dar as boas-vindas. ¨Acreditamos estar diante de um movimento que dará muitos frutos para o Japão e para a comunidade brasileira envolvida¨, avaliou.
O Embaixador do Consulado Geral do Brasil em Hamamatsu, cônsul Aldemo Garcia, lembrou das várias parcerias com a J1 e com a prefeitura.


Falando sobre o tema do seminário que seria apresentado por Emmanuel, o cônsul disse: ¨O tema de construção de marcas é fascinante. Infelizmente o Brasil não tem marcas reconhecidas mundialmente, somente a Havaianas¨.

Embaixador do Consulado Geral do Brasil em Hamamatsu, cônsul Aldemo Garcia Foto: Márcio Uda

Uma novidade anunciada pelo cônsul foi que a HICE será indicada como pessoa jurídica para receber a Ordem do Rio Branco, uma honraria cedida pelo governo brasileiro.

Continua
O Brazil Startup Pitch continuou com duas palestras, com a apresentação dos pitchers e com o anúncio do resultado.

Quer saber como foi?
Acompanhe o JP Guide que em breve vamos trazer uma nova matéria sobre o evento.