Músico já tocou com artistas brasileiros e japoneses
O mestre Dorival Caymmi já dizia: ¨Quem não gosta de samba, bom sujeito não é. É ruim da cabeça ou doente do pé¨.
Brincadeiras à parte, se você gosta do ritmo, não pode perder a apresentação de Jun Kagami, guitarrista, vocalista e compositor mundialmente conhecido.
O show será realizado em 27 de maio, no Hakuju Hall, em Tóquio.
O evento conta com o apoio da Embaixada do Brasil e da Associação Nipo-brasileira.
Depois de ter estudado na Berklee College of Music e no Royal College of Music em Londres, pesquisou sobre música brasileira no Conservatório Musical Marcelo Tupinambá.
Numa conversa que tiveram durante a estada de Jun no Brasil, Antonio Carlos Jobim lhe disse que ¨bossa nova é um dentre vários sambas¨.
A frase o teria feito pensar na carreira e se dedicar ao samba.
Flyer do evento (Divulgação)
A amiga Elizete Cardoso, uma das cantoras mais representativas do Brasil, apresentou Jun aos irmãos Horondino José da Silva e Jorge José da Silva (percussionista), que se tornaram seus mestres.
Desde 2003, mudou sua base de produção para o Rio de Janeiro e tem atuado principalmente em colaboração com artistas cariocas.
Depois de retornar ao Japão, ele se envolveu na produção de vários comerciais para grandes empresas como Mercian Wine, Lipton Tea e Morinaga Milk Industry.
Também foi convidado para gravar com muitos artistas, como o ganhador do Oscar, Ryuichi Sakamoto, falecido no último dia 28 de março, Tetsuya Komuro, Toshifumi Hinata e THE BOOM.
Além disso, com o próprio grupo chamado ¨Xacara¨, lançou 5 álbuns originais através de grandes gravadoras, como a CBS Sony e a Sony Record.
Álbum solo
Em 2010,o músico lançou o primeiro álbum solo, ¨Jun¨.
Uma das apresentações de Jun (Foto: Divulgação)
A partir da produção desse álbum, que tinha como tema o ¨samba belo¨, passou a se questionar sobre suas atividades musicais.
E com o intuito de querer ser apenas músico, e não um ¨animador¨ ou ¨performista¨, desde 2012 vem restringindo suas apresentações musicais.
O álbum solo tem 13 músicas e pode ser comprado aqui.
E para mais informações sobre o artista, basta acessar o site oficial clicando aqui.
SERVIÇO
Jun Kagami
Data: 27 de maio de 2023 (sábado)
Horário: 19h (start) e 18h30 (abertura)
Local: Hakuju Hall, que fica em 〒151-0063 Tokyo, Shibuya City, Tomigaya, 1-37-5
Valor: Ingresso antecipado ¥5,000. No dia, ¥5,500
Venda de ingresso: Office Floresta
Telefone: 080-8010-1624
E-mail:huizif157@gmail.com
Apoio: Embaixada do Brasil e Associação Nipo-brasileira
O sistema de ensino do Japão é dividido basicamente em 6 anos de Escola Primária (Shogakko), 3 anos de Escola Ginasial (Chugakko), 3 anos de Colegial (Koko) e 4 anos de Universidade (Daigaku) ou 2 anos de Universidade de curto período (Tanki daigaku).
Os 9 anos de educação em escola primária e ginasial são obrigatórios. Mas para a entrada no colegial ou universidade, há uma prova de admissão.
Nesta primeira semana de abril, milhares de alunos voltarão às salas de aula em todo o Japão.
E alguns deles, pela primeira vez.
Mochilas em várias cores (Foto: Alexandre Ezaki)
Para aqueles que vão entrar na primeira série (ichinensei), além da expectativa natural de fazer novos amigos e aprender coisas novas, existe um objeto em comum que desperta vários sentimentos de alegria na criança: a tradicional mochila quadrada japonesa, chamada de Randoseru.
Confira a seguir a história da mochila e dicas de como escolher a ideal para seu filho.
Material
Randoseru(ランドセル) é uma mochila feita de couro ou material sintético semelhante ao couro.
Tradicionalmente, é dada à criança no início do primeiro ano escolar, quando ela usa a mesma bolsa até a 6ª série.
A explicação mais comum é que o nome vem do holandês ransel ou do alemão ränzel, que significa ¨mochila¨.
Uma randoseru típica mede aproximadamente 30 cm de altura, por 23 cm de largura, por 18 cm de profundidade. Quando vazia, pesa aproximadamente 1,2 kg.
As mochilas possuem laterais em couro rígido e compartimentos internos divididos. Fecham com uma longa aba que percorre todo o comprimento da bolsa e prende na parte inferior.
Para aumentar a segurança no trânsito das crianças que vão e voltam da escola caminhando, muitas cidades começaram a trabalhar com o Instituto de Segurança no Trânsito (交通安全協会, kōtsū anzen kyōkai ) para distribuir coberturas plásticas amarelas ou verde-limão, que cobrem a mochila para aumentar a visibilidade.
A maior parte da produção de randoseru é feita à mão.
Uma randoseru é construída com um corpo de peça única e cerca de 200 acessórios, uma combinação de materiais cortados e placas de suporte de uretano. A montagem envolve crimpagem, costura à máquina, perfuração de cada alça de ombro e rebitagem.
Embora as cores tradicionais de vermelho para meninas e preto para meninos sejam obrigatórias para algumas escolas (geralmente particulares), muitas instituições educacionais permitem que as famílias escolham a cor, marca e material que desejarem.
História
O uso da randoseru começou no final do período Edo.
Junto com uma onda de reformas ocidentais nas forças armadas japonesas, a mochila foi introduzida como uma nova maneira de os soldados de infantaria carregarem sua bagagem.
Em 1885, o governo japonês e o Gakushuin Elementary School tiveram a iniciativa de utilizar a randoseru como modelo de mochila padrão para todos os estudantes do ensino fundamental.
Preços são variados (Foto: Alexandre Ezaki)
Em Gakushuin foi proibida a prática de ir à escola em carros e riquixás, promovendo a ideia de que os alunos deveriam levar seus próprios equipamentos e ir à escola a pé. Neste momento, a bolsa parecia mais uma mochila normal.
Isso mudou em 1887. O príncipe herdeiro da época ganhou uma mochila ao entrar na escola primária. Para homenagear os soldados do país, o formato da mochila lembrava as mochilas usadas nas forças armadas. Isso imediatamente se tornou moda e a forma foi se adaptando ao modelo atual.
Embora fossem muito caras para a pessoa comum durante o início do século XX, com a ascensão econômica do Japão após a Segunda Guerra Mundial, o uso da randoseru se espalhou para estudantes de todo o país.
Cor
Em escolas mais conservadoras, a cor, a marca e o design são obrigatórios, geralmente com vermelho como cor tradicional para meninas e preto para meninos.
Versões mais coloridas como rosa, marrom, azul escuro, verde, azul e até bicolor também estão disponíveis. Essas variedades existem desde a década de 1960, mas venderam mal devido à mentalidade de bloqueio do sistema educacional que gradualmente começou a mudar no início dos anos 2000.
Numa pesquisa de 2021, o roxo foi a cor mais popular para as meninas, seguida pelo vermelho, rosa e azul claro. Para os meninos, o preto ficou em primeiro lugar, seguido pelo azul marinho, azul e verde.
Uma dica. Lembre-se também de pensar em como a cor provavelmente se desgastará com o tempo. As cores claras podem mostrar mais sujeira do que uma cor mais escura, enquanto as marcas de arranhões são mais visíveis em cores mais escuras.
Avalie também que a mochila deverá ser usada durante 6 anos. Mesmo que uma criança mais nova queira uma bolsa rosa bebê brilhante, talvez quando estiver um pouco mais velha não goste tanto.
Além disso, uma bolsa com um design simples, em vez de uma moderna ou excessivamente enfeitada, pode fazer uma transição mais perfeita.
Preço
A randoseru é vendida em lojas de departamento, como Aeon, e lojas especializadas em couro e até redes, como Nitori.
Dependendo de suas preferências e orçamento, há uma variedade de fatores a serem considerados ao comprar uma dessas bolsas.
Não faltam opções para os estudantes (Foto: Alexandre Ezaki)
A durabilidade e importância da mochila se refletem em seu custo.
O preço varia de ¥ 10.000 a ¥ 100.000 (geralmente para versões de luxo).É uma boa ideia definir seu orçamento para que você possa se concentrar no mercado de bolsas de sua escolha.
Além disso, não tenha medo, porque em todos os preços, há muitos estilos e cores para escolher.
Tradicionalmente, muitos avós no Japão compram randoseru como presentes para seus netos.
Mas se a grana está curta, tem uma saída. Frequentemente a randoseru pode ser encontrada em sites de leilão em condições novas ou usadas, a preços muito mais baixos, especialmente após o início do ano letivo japonês, em abril.
Quem sempre esteve na busca da informação, dessa vez virou notícia.
Na noite de sábado, 1º, foi realizada a ¨1ª Homenagem aos Jornalistas e Mídias da Comunidade Brasileira¨, evento idealizado pelo jornalista Silvio Mori e realizado pelo Consulado-Geral do Brasil em Hamamatsu (Shizuoka) em parceria com o Portal Japão.
A comemoração foi alusiva ao Dia do Jornalista, celebrado em 7 de abril e instituída pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI).
Cerca de 80 pessoas participaram da festa, que aconteceu no Café Tournez La Page, em Hamamatsu. A apresentação foi de Vanessa Handa.
Os patrocinadores foram Eureka Japan, Casa da Sogra, Avance, Out-Sourcing, Aliena Corporation, Hiro World, Mundial Foods, Agência Ichiban, Linda Store, Infi 21, GK Service, Matsuura Giken, Oriente Film e Kowa.
MPB e Bossa Nova
A noite começou com a apresentação de música popular brasileira e bossa nova, com a dupla Michele Costa e Edison Maisatto.
A cantora Michele Costa é Bacharel em Música, Canto e Arte Lírica, formação pela USP no Brasil. Ela atua na área musical como Preparadora Vocal, Regente de Coro, Produtora Musical, Pianista e Arranjadora.
Michele e Edison se apresentaram no evento (Foto: Alexandre Ezaki)
Michele se mudou para o Japão há 9 meses e recentemente lançou seu novo álbum autoral nas plataformas digitais, chamado ¨Intuição¨.
E Edison Maisatto é músico autodidata, amante da Bossa Nova e da música popular brasileira. Atuou no Japão juntamente com a esposa, a cantora Cris Maisatto, durante mais de 20 anos.
Com ela apresentou-se no programa Entrance Concert, na empresa de televisão Nara TV, um programa de uma hora de música brasileira. A participação no programa ¨24 Televison¨ é equivalente ao ¨Criança Esperança¨ do Brasil.
Com o produtor Sussumu Asakura sempre nos bastidores, culminou com a gravação de um CD da esposa Cris Maisatto, intitulado ¨Falando de Amor¨, apenas com músicas de Tom Jobim, com participação especial do Maestro e pianista francês Gilles Gambus, da extinta Orquestra Paul Mauriat.
Vários projetos
O Cônsul Aldemo Garcia abriu os discursos da noite, lembrando que a iniciativa foi do jornalista Silvio Mori e de Elisa Nakakusu, do Portal Japão.
Ele disse que sempre procurou prestigiar a mídia comunitária. ¨É muito importante para a informação da nossa comunidade¨.
Há dois anos à frente do Consulado de Hamamatsu, agradecendo e elogiando a equipe ¨que resolve todos os problemas¨ do órgão governamental, Aldemo afirmou que pode fazer um algo mais.
¨Isso possibilita a gente criar e apoiar mesmo as ideias mais absurdas que aparecem. Em 2022, por exemplo, realizamos as Olimpíadas Escolares e o Brazilian Day Hamamatsu¨, relembrou.
Aldemo agradeceu a presença da mídia japonesa no evento, lembrando que antigamente havia muitas notícias ruins sobre os brasileiros, mas que atualmente são publicadas várias menções positivas.
Cônsul Aldemo Garcia agradeceu aos jornalistas (Foto: Alexandre Ezaki)
Também destacou projetos como o Espaço do Trabalhador Brasileiro; o Bossa Brasil, que procura trazer o melhor da música brasileira; os Jogos Escolares Brasileiros que vão acontecer em 22 de julho em Fukuroi; nos dias 16 e 17 de setembro haverá a segunda edição do Brazilian Day Hamamatsu, que já confirmou a presença de Lisa Ono no primeiro dia; a criação do coletivo Arte Brasil, com 30 artistas brasileiros participando de um catálogo que será lançado em dois meses; e o CD Bossa da Comunidade, cujo objetivo é promover os talentos brasileiros para o público japonês.
¨O mais ambicioso é o projeto Casa Brasil-Japão, um centro cultural. Os japoneses têm 400 centros culturais no Brasil, então vamos começar o nosso primeiro aqui, em Hamamatsu¨, comemorou Aldemo.
Mensagens
Em seguida, jornalistas que já passaram pelo Japão como correspondentes das principais emissoras do Brasil, mandaram mensagens em vídeo aos que ainda estão por aqui.
Márcio Gomes, ex-correspondente da Rede Globo e atualmente na CNN Brasil, falou da importância do trabalho jornalístico: ¨Levar cultura, informação, comunicação, dicas de sobrevivência. O trabalho do jornalista é transmitir o que é importante¨.
Cintia Godoy, correspondente da Record de 2013 a 2020, disse que tem saudades eternas do Japão e dos brasileiros. ¨As matérias que eu mais gostava de fazer eram as com a nossa comunidade, que me deram o privilégio de ouvir e aprender¨, agradeceu.
O jornalista Carlos Gil foi o próximo, correspondente da Globo no Japão que cobriu pautas importantes, como a pandemia do Coronavírus e os Jogos Olímpicos de 2020 (realizados em 2021). ¨Assim que possível voltaremos para abraçar todos os amigos que deixamos.¨
Entre 2011 e 2013, André Tal foi o correspondente da Record no país, e ele aproveitou para engrandecer a profissão. Fernando Jordão, do SBT News, enalteceu o trabalho dos jornalistas e da correspondente Erika Okazaki, uma das homenageadas.
Márcio Gomes falou da importância do trabalho jornalístico (Foto: Alexandre Ezaki)
Alberto Gaspar e outros três correspondentes lembraram das dificuldades do trabalho anos atrás, sem Google, sem telefone celular, com a internet primitiva. ¨Viva o Dia do Jornalista¨, concluiu.
Discursos e emoção
O primeiro jornalista homenageado foi Osny Arashiro, atualmente blogueiro do site Japão Aqui. Mais tarde, numa rede social, ele disse: ¨Foi uma oportunidade de reencontrar antigas amizades e colegas de trabalho. Agradeço também ao Cônsul Aldemo Garcia, o primeiro diplomata a lembrar da nossa profissão e nos homenagear, dando o exemplo de que trabalhamos por uma causa única e que a concorrência entre mídias é apenas sinônimo do bem informar¨.
O discurso mais emocionante da noite foi da correspondente Silvia Kikuchi, desde 2020 na Rede Record de Televisão. Veterana, passou pela mídia impressa e digital.
Ela agradeceu a homenagem e fez questão de falar, com lágrimas nos olhos, que não apenas os jornalistas deveriam ser lembrados neste dia. ¨Quem está lá sentado, quem administra, quem cuida da faxina, do dinheiro, da administração. Todo mundo faz parte desse jornalismo¨, finalizou Silvia.
Neide Hayama tem mais de 30 anos de atuação no jornalismo, com experiência em rádio, jornal, revista, agência de comunicação, mídia social, podcast e assessoria. Ela também emocionou os presentes, primeiro agradecendo ao Silvio Mori, que organizou a festa mas não pôde estar presente e lembrando da importância da comunicação: ¨A ideia foi dele, que batalhou bastante, um cara genial. Dedico essa homenagem para ele. Numa conversa falamos que poderíamos nos unir mais. E assim surgiu a ideia. Vamos nos comunicar¨, sugeriu.
Erika Okazaki, correspondente do SBT (Foto: Alexandre Ezaki)
Erika Okazaki, atual correspondente do SBT, se define como uma pessoa que nasceu com ¨asas¨ e que até agora conheceu 15 países. Em conversa com dois estudantes de jornalismo presentes à festa, eles falaram que uma pesquisa levantou que um dos cursos que as pessoas mais se arrependiam de fazer era o Jornalismo.
Erika sonhava em ser bioquímica, mas formou-se em Moda e depois em Jornalismo. ¨Nunca imaginei receber uma homenagem dessa, sabendo que posso ser ponte entre Brasil e Japão. É tão gratificante. Por isso tenho certeza que vocês (os estudantes) nunca vão se arrepender de se formarem jornalistas. Nunca esqueçam. O jornalismo é feito por pessoas e pode tocar o coração delas. Tenho certeza que vocês vão ter muita gratidão por essa profissão¨, previu a correspondente.
Mídia japonesa
A mídia japonesa que trata de assuntos brasileiros também foi lembrada.
E três deles estiveram presentes ao Café: Hibino Tsumugi (Shizuoka Shinbun), Ohira Kaname (Asahi Shinbun) e Watanabe Mayumi (Chunichi Shinbun).
Hibino confessou que, por causa da dificuldade da língua portuguesa, achou que não conseguiria cobrir a comunidade brasileira, mas foi bem acolhida e recebeu ajuda. ¨Gostaria de continuar ajudando a comunidade e mostrar aos japoneses a importância dos brasileiros¨, disse.
A jornalista Watanabe, que agora está trabalhando em Tóquio, afirmou que mesmo longe quer continuar dando espaço para a comunidade de Hamamatsu e região.
E Ohira afirmou estar assustado com a homenagem. No final de fevereiro, o jornalista conseguiu emplacar uma série de 4 reportagens com a comunidade brasileira, intitulada ¨Vivendo no Japão¨.
Ele explicou: ¨Não coloquei Trabalhando no Japão porque com a baixa natalidade, os estrangeiros estão realmente ajudando o Japão a se erguer novamente. Não apenas trabalhando, mas vivendo aqui¨.
Mídias brasileiras
O trabalho árduo e com dedicação dos jornalistas não teria tanto retorno se as empresas não abrissem espaço para a divulgação das matérias, vídeos, podcasts. Por isso, a mídia brasileira no país foi homenageada pelo Consulado.
A Guia JP também foi homenageada (Foto: Cris Ezaki)
Rosa Toyonaga, a diretora da Rede Record Japan, falou das dificuldades de manter uma mídia diária. ¨E mesmo assim, conseguimos levar gratuitamente para a comunidade as notícias do Brasil, entretenimento, superproduções¨, afirmou. E ela não agradeceu apenas aos jornalistas. Assim como Silvia, a colega de emissora destacou a importância dos técnicos, pessoal do marketing, R7, jornalistas e todos que fazem parte da Record.
O podcast, mídia que vem crescendo nos últimos anos, também foi lembrado. Carlinhos Vilaronga, da Nabecast Podcast & Multimedia e um dos líderes do Coletivo Podosfera Nipo-Brasileira no Japão, recebeu a homenagem. ¨Nossa galera é formada por mães, pais, pessoal que sai do trabalho noturno (yakin) e ainda grava conteúdo de manhã para entreter e informar a comunidade brasileira¨, pontuou.
A revista Guia JP também foi homenageada. Nossos diretores, Emmanuel Cáceres e Aline Higa, foram representados pelo jornalista Alexandre Ezaki, que recebeu o certificado das mãos do presidente da Kowa, Nelson Saito.
Alexandre recebe o Certificado em nome dos nossos diretores (Foto: Cris Ezaki)
Homenageados
A seguir, confira a lista completa dos prestigiados com o Certificado do Consulado.
Quando se fala em Saitama, a maioria das pessoas se refere, de forma muitas vezes nada elogiosa, “àquela província que fica logo ali no norte de Tóquio”. É o preço que se paga por estar tão próximo a uma das maiores e mais fulgurantes “cidades” do mundo. Aliás, não é só uma mera proximidade. Saitama é uma parte tão natural do crescimento de Tóquio que, na prática, é impossível separar as duas províncias.
Uma intrincada rede de transporte público conecta diversas localidades de Saitama a Tóquio em menos de uma hora de viagem. Excelente notícia para quem trabalha nas áreas mais centrais, melhor ainda para quem faz o caminho inverso. Sim, porque cada vez mais toquiotas estão descobrindo que não faz sentido algum a expressão “dasaitama”, um infame trocadilho feito com as palavras “dasai” (brega, jeca, fora de moda) e o nome da província. Saitama não somente é perto de Tóquio como também oferece centenas de opções para quem pensa em turismo e lazer. Nesta edição, o GUIA JP fez uma lista de dez coisas que você não pode deixar de fazer em Saitama. E não pense que foi fácil. A província tem tantas opções de passeio, gastronomia, arte e lazer que foi difícil fechar a lista. Por isso, pegue essas dicas como um começo e abre os olhos para descobrir uma Saitama que muita gente ainda não sabe que existe!
1- Ver o Festival Noturno de Chichibu
Chichibu fica no extremo oeste da província e é o maior município de Saitama. A região já foi o centro de uma província histórica do Japão e, por isso, tem uma forte identidade local que se expressa em diversas tradições. A mais resplandecente delas é o Chichibu Yomatsuri, um festival noturno realizado todos os anos nos dias 2 e 3 de dezembro e que atrai mais de 400 mil visitantes por dia para a pacata cidade de pouco mais de 63 mil habitantes.
O centro do festival é o Santuário Chichibu que tem, pelo menos, 1000 anos de história. O prédio principal, por exemplo, foi construído em 1592 sob as graças do então xogum Tokugawa Ieyasu. As belíssimas esculturas de tigres, dragões e outros animais míticos lembram o Toshogu de Nikko. Não é um acaso. Muitas delas foram esculpidas pelos mesmos artesãos que fizeram a fama do santuário dedicado ao fundador do último xogunato da história japonesa. O templo também tem um espaço dedicado à história do evento noturno tradicional mais badalado da província, o Chichibu Matsuri Hall.
Festivais japoneses são conhecidos pelos mikoshi, os andores que são considerados santuários portáteis dentro da fé xintoísta. No Chichibu Yomatsuri, é como se os mikoshi tivessem tomado anabolizantes e ficados gigantescos como carros alegóricos do carnaval carioca. Chamados de dashi, esses carros são ricamente decorados com lanternas que fazem o visitante esquecer o frio das montanhas e acompanhar, embasbacado, o que uma cidade tão pequena pode fazer em nome da fé e da tradição. São seis carros, que representam os bairros da cidade e circulam em direção à praça central, do final da tarde até o início da noite do dia 3.
Além dos dashi, os fogos de artifício também se destacam no festival. São quase três horas de queima de fogos! Nem no verão, que é a temporada de hanabi, se vê tanto de uma vez só. Isso faz com que o evento de Chichibu, realizado no começo do inverno, seja uma oportunidade rara, e muito especial, de ver fogos de artifício fora de época. Não é à toa que o Chichibu Yomatsuri é considerado um dos três mais belos festivais japoneses com carros alegóricos, fazendo companhia ao badaladíssimo Gion Matsuri de Kyoto e ao Takayama Matsuri, nas montanhas da província de Gifu.
O festival também é um paraíso para quem curte comida de rua. Nas cercanias do Santuário Chichibu, as famosas barraquinhas estão sempre cheias de delícias como o yakissoba, o takoyaki, o karaagee as maçãs do amor. Não esqueça, também, de provar o porco no missô, uma especialidade da região.
Santuário Chichibu 2 e 3 de dezembro
Saitama-ken Chichibu-shi Banbamachi 1-3 埼玉県秩父市番場町1-3 0494-22-0262 www.chichibu-jinja.or.jp
2- Caçar morangos
Ichigo é morango em japonês. E quem já comeu os famosos morangos de Atibaia, no Brasil, sabe muito bem a diferença entre um morango produzido no Japão e os primos da nossa terra distante. Estando lá, a gente ama, claro. E tem mais que amar, mesmo. É o que tem. Mas, chegando aqui e comendo um morango japonês, toooooooda a percepção que a gente tem sobre a fruta muda. O morango japonês cai no paladar de forma diferente. Ele é mais doce, mais cheiroso e, ainda por cima, é mais bonito, fruto da seleção que os agricultores fazem.
Toda essa introdução é necessária porque não existe amante de morango — mesmo o humildezinho que a gente amava lá no Brasil — que nunca tenha sonhado em ter uma plantação à disposição para comer a fruta direto do pé, até cair no chão de satisfação. Bem, no Japão essa versão do paraíso se chama ‘ichigo-gari (いちご狩り), algo que pode ser traduzido como ‘caça aos morangos’.
Saitama é uma das províncias de Kanto com mais lugares para caçar morangos. A Sayama Berry Land é um desses locais, um sítio que há 18 gerações resiste à urbanização da província e segue produzindo alimentos. São sete estufas de morango distribuídas nos 80 mil metros quadrados da propriedade que produz, ainda, mirtilo e cogumelo shiitake, que também podem ser colhidos diretamente, em épocas distintas. As instalações são acessíveis a pessoas com dificuldades de locomoção, com espaço para cadeira de rodas, por exemplo. A temporada de morangos na Sayama Berry Land vai de dezembro a maio e a reserva, recomendável, pode ser feita no site do sítio.
Sayama Berry Land de dezembro a maio Saitama-ken Sayama-shi Horigane 1262-5 埼玉県狭山市堀兼1262-5 04-2958-8000 www.sayama-sb.com
3- Ver os pingentes de gelo
Pingentes de gelo são aquelas formas produzidas a partir do congelamento da água quando esta escorre em gotas. O extremo oeste é a região mais fria da província de Saitama e é ali que a natureza criou um belo espetáculo conhecido como o Misotsuchi no Tsurara, algo como “os pingentes de gelo de Misotsuchi”. Nas encostas da parte mais montanhosa da cidade, às margens do Rio Arakawa, a água que mina vai congelando no inverno formando um belo espetáculo que atrai turistas de várias partes do Japão.
Com o sucesso do Misotsuchi no Tsurara, outras localidades próximas passaram a produzir artificialmente os pingentes de gelo. No Vale de Onouchi, já na vila vizinha de Ogano, a comunidade se organizou para criar um ambiente similar, na área em que uma ponte de madeira atravessa o rio. Os moradores montaram um sistema para borrifar a água nas encostas e, com o frio, as gotas vão se congelando, formando os pingentes. O efeito é incrível!
Tanto o Misotsuchi no Tsurara quanto o Vale de Onouchi são belos mas têm um problema quando o assunto é transporte: ficam em áreas afastadas nas montanhas. Na praticidade, ganham os Pingentes de Gelo de Ashigakubo, que ficam a 10 minutos da estação de mesmo nome, na cidade de Yokoze, vizinha de Chichibu. No local, os pingentes também são formados artificialmente, com o mesmo tipo de borrifadores de água.
Como em cada local as formações são diferentes, visitar os três não parece demais. Ainda mais que as três atrações têm iluminação noturna em dias específicos, o que traz ainda mais beleza e destaque para os pingentes. Quem disse que entrar numa fria não pode ser legal?
Misotsuchi no Tsurara (三十槌の氷柱)janeiro e fevereiro de cada ano (confira as datas antes de viajar) Saitama-ken Chichibu-shi Otaki 4066 埼玉県秩父市大滝4066
Onouchi Keikoku Hyochu (尾の内渓谷氷柱) janeiro e fevereiro de cada ano (confira as datas antes de viajar) Saitama-ken Chichibu-gun Ogano Kawarasawa 埼玉県秩父郡小鹿野町河原沢
Ashigakubo no Tsurara (あしがくぼの氷柱) janeiro e fevereiro de cada ano (confira as datas antes de viajar) Saitama-ken Chichibu-gun Yokoze Ashigakubo 埼玉県秩父郡横瀬町芦ケ久保 0494-25-0450
4- Beber kombuchá
Sim, todo mundo fala dele como a mais nova receita milagrosa de saúde dos descolados. Mas, não, o kombuchá não é novidade. A bebida é milenar e tem origens na China e sua fama já corria continentes desde muito antes da internet ser inventada. Ela é citada até na Bíblia. No livro de Rute, há uma passagem em que a personagem que dá nome à obra é convidada pelo proprietário de terras Booz a convida para tomar um vinagre que os historiadores acreditam ser uma versão local do kombuchá.
A bebida probiótica é um fermentado feito a partir da planta do chá, com uma espécie de zoogeleia, ou seja, uma cultura de microorganismos. Pode-se incluir na receita, ainda, açúcar e frutas ou especiarias para saborizar. O resultado é uma bebida refrescante, frisante e cheia de nutrientes que fazem bem à flora intestinal, auxiliam a digestão.E o que tudo isso tem a ver com a província de Saitama?
É que, apesar do nome com tudo para ser japonês, o kombuchá que está bombando mundo afora não é muito popular por aqui. (Aliás, não confundir com o chá feito com a alga kombu que leva o mesmo nome.)E a única empresa com licença para produzir o fermentado no Japão fica justamente na cidade de Kawaguchi, em Saitama. O Kombucha Ship é a parte da empresa encarregada de apresentar a bebida para o público. No seu tap room(uma espécie bar, onde se pode provar as bebidas), a empresa oferece os três tipos de kombuchá básicos produzidos em Saitama: Original, Yuzu Heads (saborizado com yuzu) e Pinksour Party, que leva hibisco e capim limão. Além disso, a empresa costuma oferecer no local versões sazonais e limitadas. Fino!
Ogawa é uma pequena cidade no centro da província de Saitama, conhecida pela produção de washi, o tradicional papel japonês. A água é um elemento importante na produção do washi. Uma das características principais da água em Ogawa é a dureza, ou seja, a riqueza de minerais. A cidade fica na base das montanhas de Chichibu que têm como uma das rochas principais o calcário. Quando a água percola pelas rochas calcárias da região, ela fica cristalina o suficiente para servir para o papel e, ao mesmo tempo, rica em minerais. Essa é a água classificada como dura. A condição geológica de Ogawa é rara no Japão e foi o que atraiu Yuemon Matsuoka para a região, ainda no período Edo.
Matsuoka vinha de Echigo, na atual província de Niigata, onde a água também é classificada como dura.Parte de uma família de produtores de saquê, o homem viu potencial para criar sua própria fábrica na cidade que florescia como entreposto comercial. Assim nasceu a Matsuoka que, anos mais tarde, passou a dar ao seu saquê o nome de Mikadomatsu, usando o caractere que indica nobreza (帝) e o “matsu/松”, ou pinheiro, símbolo de prosperidade.
Atualmente, a Matsuoka produz mais de 40 tipos de bebidas diferentes, algumas delas premiadas com medalhas de ouro em competições nacionais de saquê. Embarcando num movimento de renovação, a empresa tem investido em novos formatos, como saquês saborizados, frisantes e licores. Além disso, a marca tem procurado se aproximar de novos públicos, inclusive atraindo estrangeiros para visitar sua fábrica. As visitas, infelizmente, ainda são só em japonês e é necessário fazer reserva. Mas alguns guias têm organizado visitas com estrangeiros, que saem bastante satisfeitos com a atenção recebida.
As visitas guiadas começam com a prova da água da região e mostram, nas próprias instalações da fábrica, como é feita a produção do saquê. O passeio inclui uma olhada nas antigas instalações, da época em que toda a produção era feita de forma artesanal. Nostálgico, o armazém de tonéis antigos mostra como se armazenava o saquê. A fábrica manteve, ainda, uma sala administrativa com os cadernos de registro da produção que eram usados no passado. Após a visita, o mestre-produtor faz a apresentação dos principais saquês da empresa, numa degustação gratuita, e os produtos também estão disponíveis para compra no local. Difícil é sair com uma garrafa só. Ou, ainda, ir embora sem provar o sorvete de saquê.
Retratar a essência de um destino de viagem é um verdadeiro desafio para quem sai numa viagem fotográfica. Isso acontece porque, neste caso, fotografamos com o intuito de mostrar ao mundo o lugar como nós o vemos. Não é fácil já que podemos cair na armadilha de ficar deslumbrados com a beleza dos pontos turísticos, das praias, das pessoas e esquecer o principal que é a fotografia da vida.
Com o tempo, a gente aprende que a experiência de vida que se ganha numa viagem dessas é muito mais profunda que a beleza estética de qualquer fotografia que venhamos a tirar. Neste sentido, aquela câmera super nova, aquele tripé caríssimo, aquela objetiva perfeita, aqueles cursos com famosos fotógrafos, aqueles modelos de composição perfeita só podem nos levar até certo ponto. Dali em diante vem aquilo que eu chamo de fotografia da vida que pode ser traduzida naquela que faz o fotógrafo viver novas experiencias, sair da zona de conforto para criar algo verdadeiramente belo. Ela também faz o expectador pensar, refletir, imaginar o que estaria fazendo naquele local, naquele tempo. Paisagens, pessoas, situações, tudo está dentro do espectro deste tipo de imagem.
Partindo disso, deixo algumas dicas para você melhorar a sua experiência de fotografia em viagens. Viaje só ou muito bem acompanhado
Para muita gente parece triste ou assustadora a ideia de viajar só. Mas ter liberdade é um dos fatores principais para você explorar a fundo o seu destino. Muitas vezes a viagem é desconfortável, passa longe de ser barata e oferece pouquíssimas horas de descanso. Se alguém topar essas condições, então vale a pena a companhia. Caso contrário, prefira viajar sozinho. Planeje tudo minuciosamente
Pesquise muito, vá à biblioteca, consulte na internet, veja a previsão do tempo, pense em tudo antes de sair em viagem. Em alguns casos, será preciso aguardar muito tempo para fazer uma única foto ou caminhar a pé um longo percurso ou enfrentar um meio de transporte desconfortável. Por isso, esteja preparado para tudo, até mesmo abandonar seus planos iniciais e refazê-los no meio do caminho. Aprenda algo da língua local
Esse é um dos desafios para quem vai para o exterior. Não que seja necessário chegar fluente, mas ajuda muito saber pelo menos o mínimo para uma comunicação em locais não turísticos. Saudações e agradecimentos são essenciais e ficam ainda mais simpáticos quando feitos na língua local.
Insira-se
Provavelmente a área mais turística será cheia de pompa e pouco reveladora da realidade local. Se você quiser alcançar melhores resultados, vai ter que ir além. Aquele festival nativo, aquela comida caseira, aquela localidade desconhecida devem estar na sua mira. Outra dica: dedique tempo para experimentar a culinária local. Aprende-se muito da cultura de um povo através da alimentação. Além disso, será possível acrescentar componentes incríveis à sua fotografia e ganhar uma perspectiva diferente daquela que você já conhece. Esteja saudável
Existem rotas que pedem um preparo físico razoável, em especial se envolverem subida de montanha. Mas não é raro que uma boa fotografia possa estar justamente naquela descida de caiaque, no alto daquela rua íngreme ou em outra situação que exija um pouco mais do seu físico. Além disso, se você quiser maximizar o tempo para ter muitas imagens, vai ter que se locomover bastante, mais do que o habitual. Então cuide do corpo. Fuja das altas temporadas
Mesmo que você, como fotógrafo, não esteja interessado num destino turístico badalado, vai acabar ficando refém dos preços de passagens aéreas e hotéis nas altas temporadas. Além de economizar dinheiro, você terá mais respiro para fotografar em locais menos cheios de turistas. Viva a viagem desde o planejamento
Enfim, viva cada momento da sua viagem. Só esta experiência pode te abrir os olhos para o inusitado. Esteja aberto para a aventura da sua vida. Organize-se para aproveitar de tudo. Acima de tudo saiba que uma boa fotografia de viagem conta uma boa história e nenhum pacote turístico vai te trazer isto. Planeje a sua viagem e escreva você mesmo esse momento especial da sua vida. Cada clique que você fizer será o resultado dessa experiência.
Marcio Saiki – Fotógrafo de fotografias
Você agradece pelo seu salário durante o trabalho ou só quando o dinheiro entra na sua conta? Você agradece no momento que vai pagar as contas? Você já agradeceu por receber e pagar uma conta inesperada?
Se você agradece, parabéns! Você está tratando o dinheiro com o valor que ele merece. Se você não faz, atente-se, isso pode ser o motivo pelo qual você precisa correr cada vez mais atrás do dinheiro.
Uma vez fiquei internado durante uma semana, e quando recebi a notícia que teria alta fiquei extremamente feliz, até receber a conta do hospital. Meu êxtase cessou na hora dando lugar a uma grande preocupação. Me senti desconfortável com tal mudança de comportamento e naquele momento resolvi “olhar” para esse incômodo. Percebi que ao invés de estar grato por ter o dinheiro para pagar aquela conta, estava reclamando por algo que eu podia realizar. Comecei a pensar em quantas pessoas participaram da construção daquele hospital para que eu pudesse ser socorrido, quantas enfermeiras ficaram acordadas de plantão trocando o soro enquanto eu dormia, quantas pessoas prepararam a minha comida, lavaram a louça que sujei, entre muitas outras reflexões. Foi quando vi o quanto é importante a gratidão pela oportunidade que temos no nosso dia a dia de reequilibrar tudo o que usufruímos e não agradecer simplesmente por ter pedaços de papéis na carteira.
O dinheiro é como um cachorro: quanto mais você corre atrás dele, mais ele foge. Se você quer abundância na sua vida, o primeiro passo é aceitar essa abundância. Muitas pessoas de forma inconsciente não aceitam ter muito dinheiro simplesmente por honra à família, carregando o senso de justiça cego em não se permitir ter mais que os próprios pais, ou pelo fato de alimentar crenças sobre o dinheiro. Quem nunca ouviu expressões como “dinheiro é sujo”, “dinheiro não dá em árvore”, “tal pessoa é podre de rico”?
Somos animais como há dez mil anos atrás e fazemos tudo por dois motivos: Autopreservação e preservação da nossa espécie. Como animais, lutamos pela sobrevivência e não por gozar de uma vida feliz. Crescemos em um meio de crenças onde a sobrevivência prevalece, crenças onde dinheiro, abundância e ambição são confundidos com arrogância, prepotência e ganância.
É muito importante entender que o dinheiro é uma ENERGIA. As notas de dinheiro são simplesmente pedaços de papel sem valor algum, servem apenas como uma forma de comunicação no mundo sobre a precificação das coisas. Se você não transformar esse pedaço de papel em valor pra sua vida, ele não tem valor algum.
Você não é, e nunca será a última estação de trem na linha do dinheiro, existem outras pessoas no mundo que precisam dele assim como você. Todos nós somos apenas um canal de fluxo dessa energia. AGRADEÇA pela oportunidade de pagar as suas contas e pare de reclamar ao recebê-las. Transforme essa energia em valor para a sua vida e não se esqueça que se você deixa o trem sujo, a próxima parada, pode ser a do seu filho.
Pela primeira vez, os jornalistas brasileiros que atuam no Japão, veículos de comunicação voltados para a comunidade brasileira no país e correspondentes internacionais das grandes emissoras do Brasil serão homenageados pelo Consulado Geral do Brasil em Hamamatsu (Shizuoka).
A condecoração é alusiva ao Dia do Jornalista, comemorado no Brasil em 7 de abril, data instituída pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI) em 1931.
Na ocasião, jornalistas japoneses que cobrem a comunidade brasileira no Japão, como Asahi Shimbum, NHK, Chunichi Shimbum e Shizuoka Shimbum, também serão homenageados.
Será o primeiro reconhecimento oficial à categoria (Arte: Divulgação)
A solenidade acontece no dia 1° de abril, no Tournez La Page, em Hamamatsu. O evento contará com a presença de jornalistas de diversas áreas, representantes das mídias brasileiras no Japão, empresários e convidados especiais.
O evento conta com apoio da Eureka Japan Produções, Kowa, Mahalo e Hiro World.
Nesta quarta-feira, 22, o Japão venceu os Estados Unidos por 3 a 2 e conquistou o 3º título do Clássico Mundial de Beisebol (World Baseball Classic).
O triunfo do Japão em Miami, seu primeiro título WBC desde 2009, foi assistido por multidões que se reuniram em locais públicos em todo o país, como bares e clubes.
O campeonato é como a Copa do Mundo, disputada a cada quatro anos. Até hoje foram realizadas apenas cinco edições.
A grande final terminou em um duelo que entrará para a história do beisebol.
Atletas comemoram o título (Foto: Getty Images)
Shohei Ohtani, o maior astro do beisebol japonês atualmente, famoso pelas rebatidas e arremessos, enfrentou seu companheiro de equipe no Los Angeles Angels e capitão dos Estados Unidos, Trout.
¨Meu sonho se tornou realidade¨, disse Ohtani sobre a vitória do Samurai Japan. ¨Foi um grande alívio poder encerrar o jogo. Mas é triste que este torneio tenha acabado¨, completou.
Ohtani foi eleito o MVP do WBC após conseguir as melhores estatísticas durante todo o torneio.
Técnicos
A final também marcou o encontro de dois técnicos consagrados.
O comandante do Japão, Hideki Kuriyama, disse que a vitória pode ter um grande impacto na popularidade do esporte no país.
¨As crianças no Japão que estão assistindo isso podem pensar que isso é muito legal e eles podem querer ser jogadores de beisebol¨, destacou.
Já o técnico dos Estados Unidos, Mark DeRosa, disse que foi uma final de livro de histórias para o mundo do beisebol, mas que esperava ¨terminar um pouco diferente¨.
Que os japoneses são apaixonados por flores, nós já sabemos. Isso porque elas são marcos da mudança das estações e da passagem do tempo. No Japão, a observação das flores é popular não somente pela beleza do espetáculo que proporcionam mas, também, porque os locais atribuem a elas significados. Esta simbologia, expressa em poemas, canções e outras obras de arte criam uma relação profunda entre a natureza e a vida humana. No Japão, este senso estético e filosófico é chamado de mono no aware, algo como “consciência da efemeridade das coisas”.
No Japão, as primeiras árvores a florir depois do inverno são as ameixeiras. Por isso, eles têm destaque especial na memória dos japoneses. Antes das cerejeiras conquistarem o coração dos japoneses, durante o Período Edo (1603 – 1808), eram as ameixeiras que mobilizavam os nobres nos hanami, os encontros para observar as flores. Elas estão presentes em milhares de poemas, pinturas, romances e outras obras de arte, produzidas no país ao longo dos séculos.
O nome da atual era do Japão, Reiwa, foi criado através de caracteres encontrados no Man’yō-shū, considerada a mais antiga coletânea poética em língua japonesa, compilada no ano de 759. Os caracteres que formam Reiwa (令和) fazem parte de um poema sobre a flor de ameixeira.
Neste mês promissor do início da primavera, O tempo está ótimo e o vento, suave A ameixeira desabrocha como se estivesse num camarim e a orquídea lança um perfume doce, como um sachê
O nome da era foi tirado das palavras 令月/reigetsu (mês promissor) e 和/yawaragi (suave, gentil) e significa “beleza e harmonia”.
Em uma de suas obras sobre as flores do Japão, o pesquisador e professor Tanaka Osamu diz que não há coincidência na escolha de um poema sobre a flor de ameixeira para a criação do nome da Era Reiwa. A ameixeira é “parte integral das tradições japonesas”, conta ele no livro Nihon no hana wo itoshimu (algo como “o amor pelas flores japonesas”).
“Desde tempos imemoriais, os japoneses esperam com entusiasmo o desabrochar das ameixeiras que há muito vêm aparecendo com destaque nas artes e na poesia”, escreveu ele.
Flores voadoras
Significando “nobreza”, “devoção”, “perseverança” e “pureza de coração”, a flor de ameixeira aparece numa bela lenda que envolve o estudioso o santuário Kitano Tenmagu, um dos mais conhecidos de Kyoto. Sugawara no Michizane era um admirado poeta e pesquisador da segunda metade do século 9 quando caiu em desgraça com a corte imperial e foi mandado para o exílio em Kyushu, a centenas de quilômetros de distância, no sudoeste do Japão.
Na preparação para a partida, Sugawara escreveu uma poema em homenagem à uma ameixeira que ele adorava.
Quando soprarem os ventos do oeste espalha o teu perfume, ó flor de ameixeira Mesmo que teu mestre se tenha ido, nunca te esqueças da primavera
Diz a lenda que a árvore sentiu tantas saudades de Sugawara que voou até ele até o local de seu exílio, onde criou raízes e cresceu. Esta árvore, hoje conhecida como Irotamagaki, pode ser vista no Santuário Dazaifu Tenmangu, na cidade de Fukuoka.
Sugawara, por sua vez, nunca mais voltou a Kyoto. Após a sua morte, no ano de 901, a cidade caiu em desgraça, com praga e seca. Na época, os fenômenos foram atribuídos à injustiça cometida pelo imperador contra ele. Para apaziguar a sua alma, os locais fundaram o Kitano Tenmangu e passaram a reverenciá-lo como a divindade do saber Tenman Tenjin.
O santuário é conhecido pelo belo jardim de ameixeiras e é muito visitado na temporada da floração. A árvore mais sagrada do santuário, chamada de Beni Wakon Bai, é uma ameixeira de 350 anos que, acredita-se, tenha sido plantada a partir de enxerto extraído da árvore amada por Sugawara e que o inspirou em seu poema.
Onde ver as ameixeiras no Japão
As ameixeiras costumam florescer no meado de fevereiro e podem ser vistas até o início de março em parques de várias partes do país. Confira algumas dicas.
Todo ano é a mesma coisa. Chega fevereiro e os japoneses só pensam em… sakura! Sim, com o inverno se encaminhando para o final, o povo começa a se planejar para, finalmente, poder botar a cara na rua sem medo de levar uma pancada de ar frio na lata. Ano após ano aqui no Japão, a gente acaba adquirindo os hábitos locais e, quando menos espera, já está se perguntando se saiu a previsão da floração das cerejeiras, uma coisa que ninguém nem imaginava que existia enquanto morava no Brasil.
Mas como não esperar ansiosamente pelo curto espaço de tempo em que as cerejeiras florescem? Tudo muda! Do nada, parece que o mundo inteiro ficou cor de rosa. E as prateleiras dos mercados? Tem doce de sakura, mel de sakura, cerveja de sakura, sal de sakura e qualquer-outra-coisa-que-a-gente-nem-sabia-que-existia, só que de sakura. As ruas, então… Qualquer shotengai, por mais mequetrefe que seja, fica todo florido. Flores de plástico, claro, daquelas que os Titãs diziam que não morrem. Mas não tem como negar que até as flores de mentira dão vida nova às ruas de comércio mais escondidas do país. Até a gente fica meio que, sei lá, molengão. Afinal, as cerejeiras floridas vão derretendo até o coração mais gelado e se mostrando um presente da natureza depois de um inverno que, para muitos, pode ser bem desanimador.
Bem, você deve imaginar que toda essa adoração pelas sakura não veio do nada. O costume de apreciar as cerejeiras em flor tem séculos de história dentre os japoneses. De costume restrito às aristocracias, o hanami (contemplação das flores) se tornou um festival extremamente popular e, ao longo dos séculos, inspirou artistas de todas as áreas: do ukiyo-e à música contemporânea, passando pela poesia haiku. Todas essas manifestações não são apenas porque a floração é linda. Ela tem um significado profundo para os japoneses, refinado ao longo dos séculos.
Nesta edição, o GUIA JP fala sobre a importância desse momento para os japoneses e te dá boas dicas para você aproveitar bem o curto momento da floração das cerejeiras.
================
Não é de hoje que os japoneses esperam o inverno acabar para sentar-se embaixo das cerejeiras e celebrar o início da primavera. Num país com quatro estações bem definidas, festividades para marcar essas mudanças não é algo incomum. Vinda da China, a celebração do Setsubun no início de fevereiro marca o fim do inverno e o início “oficial” da primavera. Porém, na época, ainda costuma ser frio em boa parte do país.
As ameixeiras dão as primeiras flores a desabrochar na primavera japonesa. Chamadas de ume em japonês, essas plantas vieram da China para o Japão e suas flores eram adoradas pelos japoneses até o Período Nara (710-794). Até então, a influência da cultura chinesa no Japão era imensa e boa parte do que hoje consideramos como “cultura japonesa” tem sua base nos conhecimentos importados da China até essa época.
O período histórico seguinte marca a mudança da capital do país para Heian, que depois ganhou o nome de Kyoto. Essa foi uma época de grandes mudanças na sociedade japonesa, com movimentos que procuravam se afastar da influência chinesa e criar uma cultura que representasse o país na sua essência. Foi nesse momento que a sakura começou a se tornar admirada pelas aristocracias do país.
Essa obra, Yayoi Asukayama Hanami, foi criada por Shigemasa Kitao entre 1772 e 1776 e retrata um hanami no Parque Asukayama, cujas cerejeiras foram plantadas pelo xogum Tokugawa Yoshimune.
Somente alguns séculos depois que o hanami como a gente conhece passou a existir. Em 1598, o Toyotomi Hideyoshi, um dos mais poderosos senhores feudais da época, organizou uma festa da pesada à sombra das cerejeiras do Templo Daigoji, em Kyoto. Óbvio que o convescote reunia só “diretoria” mas, ao que parece, a festa ecoou longe e não demorou muito tempo para que o povão também fizesse suas estripulias.
O século 17 chega ao Japão com o Período Edo (1603-1868). Foi o início de uma longa época marcada pela paz, construída através da unificação do país em torno do clã Tokugawa. Edo, que séculos depois se tornaria Tóquio, era o centro desse novo poder instituído. Com menos brigas e tensões, as pessoas encontram mais tempo para o lazer, para arte. Essa amansada criou oportunidades para a realização de eventos como a apreciação das flores. Estando perto do poder, o Edo foi o cenário perfeito para isso. Acredita-se que os primeiros hanami populares tenham acontecido na cidade, em especial em Ueno, onde ficavam vários templos importantes.
Oitavo governante do novo xogunato, Tokugawa Yoshimune (1684-1751) pode ser creditado como o maior incentivador da forma como admiramos as flores de cerejeira nos dias de hoje. Foi ele que plantou uma enorme quantidade de cerejeiras em Edo, o que muitos autores creditam como o movimento definitivo para que a cultura do hanami se espalhasse, primeiro por lá e, depois, pelo país. Mas naquela época, o colorido rosa não era o predominante porque a espécie de sakura que mais admiramos hoje ainda nem existia.
De uma queda, foi ao chão
Uma das principais características da floração das cerejeiras é a sua efemeridade. Da abertura total do botão até a queda das pétalas não se passa mais que uma semana. E o mais interessante é que as sakura de uma região trabalham de forma sincronizada, ou seja, florescem juntas e caem juntas. Não é coincidência.
Existem dezenas de espécies de cerejeiras, mas acredita-se que entre 70 e 80 por cento das sakura do Japão são do tipo somei-yoshino, um híbrido criado artificialmente entre o final do Período Edo e o início do Período Meiji (1868-1912). As árvores dessa espécie são plantadas usando uma técnica chamada tsugiki (enxertia, em português). Através desta técnica, tecidos diferentes de plantas são conectados para que cresçam juntos. No caso das somei-yoshino, o uso da técnica garante que todos os pés tenham a mesma origem genética e, por isso, um ciclo de vida praticamente sincronizado. Por isso, é muito provável que o sucesso das somei-yoshino se deva ao fato de que os pés trabalhem ao mesmo tempo, causando o impacto na paisagem que vemos na época das floradas. Por cerca de uma semana, o espetáculo rosa domina a atenção de todo mundo. No final, as pétalas caindo como confetes encerram a temporada com chave de ouro. Curta, mas marcante.
Essa efemeridade, ou seja, a curta duração, é uma das ideias evocadas pelas sakura e que está por trás dessa adoração que os japoneses têm por esta pequena e delicada flor. Na cultura do país, a floração da cerejeira representa a própria vida humana, uma brevidade dentro da existência do planeta. Transitoriedade é uma outra ideia relacionada à planta. Em outras palavras, nada é eterno. Tudo passa, muitas vezes num curto período de tempo. São pensamentos herdados do budismo e, de acordo com eles, a temporada de floração das cerejeiras deve nos lembrar que é importante viver com esplendor e com foco no agora, sem medo do fim. Até porque, de acordo com os ensinamentos budistas, tudo é cíclico, como a floração das cerejeiras.