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Viver é a melhor opção: A importância de falar sobre suicídio

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A discussão sobre suicídio é frequentemente cercada por estigmas e tabus, o que pode dificultar a abertura para o diálogo e a busca de ajuda. No entanto, falar sobre suicídio é essencial para a prevenção e para apoiar aqueles que estão em risco. O Setembro Amarelo, campanha global dedicada à conscientização sobre a prevenção do suicídio, é uma oportunidade crucial para promover a saúde mental e oferecer suporte. Neste contexto, é importante entender a relevância da comunicação aberta sobre o tema, a história do Setembro Amarelo e a importância de buscar ajuda profissional.

  1. A Importância de Falar Sobre Suicídio

Falar sobre suicídio é fundamental para desestigmatizar o tema e encorajar aqueles que estão enfrentando pensamentos suicidas a buscar ajuda. Muitas vezes, o medo do julgamento ou a vergonha impede que pessoas em sofrimento compartilhem suas experiências e procurem apoio. Estudos mostram que a comunicação aberta sobre o suicídio pode reduzir o estigma e aumentar a disposição das pessoas para buscar ajuda. A prevenção eficaz começa com a capacidade de discutir o assunto de maneira franca e empática, criando um ambiente onde os indivíduos se sintam seguros para expressar suas angústias e receber o suporte necessário.

  1. História e Propósito do Setembro Amarelo

O Setembro Amarelo é uma campanha internacional que surgiu no Brasil em 2015, promovida pelo Centro de Valorização da Vida (CVV) em parceria com diversas organizações. A escolha do mês de setembro é significativa, pois o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio é comemorado no dia 10 de setembro.

O Setembro Amarelo tem suas raízes em uma história comovente dos Estados Unidos. Em 1994, Mike Emme, um jovem de 17 anos conhecido por sua habilidade em restaurar automóveis, cometeu suicídio. Mike, conhecido como “Mustang Mike” devido ao seu trabalho de restauração de um Mustang 68 pintado de amarelo, lutava com problemas psicológicos graves que passaram despercebidos por seus pais e amigos. Durante o velório de Mike, seus entes queridos criaram uma cesta cheia de cartões decorados com fitas amarelas, acompanhados da mensagem: “Se você precisar, peça ajuda.” Essa simples, mas poderosa, iniciativa tocou muitos e ajudou a inspirar um movimento de prevenção ao suicídio, destacando a importância de oferecer suporte e visibilidade.

O laço amarelo, símbolo da luta contra o suicídio, foi escolhido em homenagem a essa história e para representar a esperança e a luta pela vida. Desde então, o Setembro Amarelo se expandiu para se tornar uma campanha internacional, promovendo a conscientização e incentivando a discussão aberta sobre o suicídio.

A campanha do Setembro Amarelo visa aumentar a conscientização sobre a saúde mental e os sinais de alerta para o suicídio, promovendo a educação sobre o assunto e incentivando a busca de ajuda. Durante este mês, diversas atividades são realizadas, como palestras, rodas de conversa e eventos comunitários, com o objetivo de informar e engajar a sociedade na prevenção do suicídio.

  1. A Importância de Procurar Ajuda

Buscar ajuda é um passo crucial para a prevenção do suicídio e para a manutenção da saúde mental. Profissionais de saúde mental, como psicólogos e psiquiatras, são treinados para oferecer suporte e tratamento para pessoas que enfrentam crises emocionais. Além disso, linhas de apoio, como o CVV, estão disponíveis 24 horas por dia para oferecer suporte imediato e confidencial.

É importante que tanto indivíduos quanto familiares estejam atentos aos sinais de alerta do suicídio, como mudanças comportamentais abruptas, isolamento social e menções a pensamentos suicidas. A intervenção precoce pode fazer uma diferença significativa na vida de uma pessoa em crise, oferecendo a oportunidade de tratamento e recuperação.

Falar sobre suicídio é uma questão de vida e morte, e a importância de abordar o tema com abertura e empatia não pode ser subestimada. O Setembro Amarelo serve como um lembrete anual da necessidade de desestigmatizar o suicídio e promover a saúde mental. Ao encorajar a comunicação aberta e a busca de ajuda, podemos contribuir para a construção de uma sociedade mais compreensiva e solidária.

A mensagem central é clara: viver é a melhor opção, e todos nós desempenhamos um papel vital em garantir que aqueles que estão em crise saibam que há esperança e apoio disponível.

Precisa de ajuda? Veja a quem procurar:

Apoio em língua portuguesa
1 Consulado-Geral do Brasil em Tóquio
Atendimento emergencial psicossocial gratuito em português ou japonês, com limite de 10 sessões por pessoa.
📧 assistencia.cgtoquio@itamaraty.gov.br


2 LAL – Linha de Apoio ao Latino
Atendimento por telefone para pensamentos suicidas e outras questões psicológicas.
http://lal-yokohama.org/home/


3 CVV: Centro de Valorização da Vida
Situado no Brasil, pode ser acessado via chat ou e-mail por quem reside no exterior.
https://www.cvv.org.br/


4 Serviço de Assistência aos Brasileiros no Japão (SABJA)
📞 050-6861-6400
https://www.nposabja.org/


Apoio em língua japonesa


1 Consulado-Geral do Brasil em Tóquio
Atendimento emergencial psicossocial gratuito em português ou japonês, com limite de 10 sessões por pessoa.
📧 assistencia.cgtoquio@itamaraty.gov.br


2 Inochi SOS
Serviço mantido por NPO japonesa e apoiado pelo Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar.
https://www.lifelink.or.jp/inochisos/


3 Serviços de consulta/orientação por província
O Centro de promoção de medidas contra suicídio do Japão lista em sua página serviços divididos por província.
https://jscp.or.jp/soudan/


4 Yorisoi hotline
Serviço 24h de apoio para diversos tipos de demandas, inclusive suicídio. Também disponível em português.
http://www.since2011.net/yorisoi/


5 Inochi no denwa
Linha telefônica dedicada exclusivamente para prevenção do suicídio. Cada província tem seu próprio número de atendimento e horários de funcionamento.
https://www.inochinodenwa.org/?page_id=267


6 Kokoro no kenko sodan dial
Atendimento por telefone direcionado a questões psicológicas.
📞 0570-064-556


7 Kodomo no SOS no sodan madoguchi
Atendimento por mídias sociais e telefone voltado para menores de idade, disponibilizado pelo Ministério da Educação.
https://www.mext.go.jp/a_menu/shotou/seitoshidou/06112210.htm

8 NHK – Jisatsu to mukiau
Página da emissora de televisão dedicada a temas relacionados a suicídio.
https://heart-net.nhk.or.jp/mukiau/

Viva como um Imperador! Experiência única no castelo japonês com banquete e trajes tradicionais

Se você sempre sonhou em viver como um verdadeiro imperador japonês, a experiência única “Senhor do Castelo” no icônico Castelo de Odawara é a oportunidade perfeita para você!

A apenas 80 quilômetros de Tóquio, Odawara combina charme histórico e aventuras imersivas, proporcionando uma viagem no tempo para o período feudal japonês. Os visitantes têm a chance de se transformar em “daimyo” – senhores de castelo – com direito a trajes tradicionais e um banquete digno de um nobre.

Desde o momento em que você coloca o capacete “kabuto” e ajusta a tira de queixo com cordão, a transformação é completa. Guiados por especialistas em figurinos e armaduras, os participantes se vestem com precisão histórica, incluindo a famosa “katana” e “wakizashi”.

O Castelo de Odawara, que desempenhou um papel crucial na história do Japão, oferece mais do que apenas uma reconstituição medieval. Os visitantes exploram a fortaleza majestosa, com suas muralhas impressionantes e torres de guarda, enquanto imitam a jornada de antigos senhores de guerra.

A experiência não se limita ao passado. Em uma recepção animada, os visitantes desfrutam de uma apresentação de habilidades ninjas e são recebidos por músicos tradicionais que tocam tambor “taiko”, alaúde “shamisen” e flauta “shinobue”.

E o final do dia é marcado por um banquete “kaiseki” inesquecível, com iguarias locais servidas em um ambiente autêntico, completo com danças de gueixas e uma lareira “irori”.

Com uma combinação de história, cultura e gastronomia, o “Senhor do Castelo” oferece uma imersão total na vida dos nobres samurais e é uma oportunidade imperdível para qualquer entusiasta da cultura japonesa.

Ficou interessado? Para fazer a sua reserva, basta fazê-la através do site oficial da Associação de Turismo de Odawara.

Conheça a trajetória de Lucilene Yukawa, de dekassegui a empreendedora visionária no Japão

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Natural de Catanduva, São Paulo, Lucilene Yukawa, ex-professora de inglês na sua cidade natal, é hoje uma mulher multifacetada com uma história inspiradora. Mãe de quatro filhos e avó, Lucilene chegou ao Japão há 31 anos, estabelecendo-se no Estado de Toyama.


Como muitos dekaseguis, começou sua trajetória em fábricas de produção, com a perspectiva de trabalhar duro, economizar dinheiro e retornar ao Brasil, mas logo percebeu que queria construir uma vida permanente no Japão, sem estar presa às fábricas de produção:


“Eu queria continuar aqui, mas não queria continuar trabalhando numa fábrica de produção. Não desmerecendo, mas eu achava que poderia fazer algo mais.”, ressalta Lucilene.


Foi em 1990 que a jornada de Lucilene começou, como a de muitos brasileiros: buscando melhores oportunidades econômicas.
“Na época, eu era professora de inglês em um colégio de freiras em Catanduva. Meu marido (descendente de japoneses) e eu vimos o Japão como uma oportunidade para melhorar nossa condição financeira,” lembra.

E como que foi esse início para você aqui? A ideia inicial sempre foi abrir um negócio aqui no Japão?
“Não, na época a intenção era mesmo trabalhar aqui, juntar o dinheirinho e voltar pro Brasil, né? Mas aí eu fui adorando essa cultura”, afirma Lucilene.
E assim deu-se início à sua jornada trabalhando no Japão, primeiro em uma madeireira e depois em uma fábrica de alumínio, onde teve seu primeiro contato com o setor de empreiteiras.


“Foi quando conheci um Tantosha de uma empreiteira que tinha muitos filipinos. Ele não dominava inglês e eu o ajudei na comunicação”, conta Yukawa. Essa experiência despertou nela a paixão pelo empreendedorismo e a vontade de ajudar outros estrangeiros a superar barreiras linguísticas e burocráticas.
Mas foi apenas seis anos depois de trabalho em fábricas que Lucilene começou a vislumbrar a possibilidade de ter seu próprio negócio:


“Eu sou muito comunicativa e sempre quis ajudar. Na época, muitos filipinos tinham dificuldade de se comunicar, e eu via que podia fazer a diferença”, explica. E complementa: “Fui me informando, comecei a estudar, tirando licenças que exigem para você ter uma empreiteira, e foi quando eu falei: Pronto, acho que agora eu posso seguir com minhas próprias pernas, se der errado é por minha culpa, se der certo também por minha culpa”.

Transformando desafios em oportunidades no Japão
No competitivo e tradicional ambiente empresarial japonês, encontrar espaço para inovação e inclusão pode ser um grande desafio, especialmente para estrangeiros, o que não foi diferente na jornada de Lucilene:


“Se aparecesse um carro torto ou riscado no estacionamento, corre lá que foi algum estrangeiro”, relembra Lucilene, no período em que trabalhava em uma grande empreiteira. E foram episódios como este, de preconceito e dificuldades, que a levaram a despertar para o lado empreendedor e buscar formas de deixar o serviço em fábricas.


Determinação foi o motor que impulsionou Lucilene a fundar sua própria empreiteira, mesmo sabendo que não seria um caminho fácil:
“Não é tão romântico como parece”, adverte. “Para abrir a firma, precisei de dinheiro, orientação de um contador e enfrentar vários desafios”, afirma a entrevistada.


Sem recursos financeiros imediatos, Lucilene enfrentou recusas consecutivas nos bancos, que questionavam sua capacidade de sucesso como mulher em um setor dominado por grandes empresas japonesas. Persistente, conseguiu o capital necessário com ajuda da família e finalmente abriu sua empresa, mas a luta estava apenas começando.


A batalha não foi apenas por reconhecimento profissional, mas também por igualdade de oportunidades em um setor dominado por empresas japonesas.
“Tiveram situações de eu agendar uma entrevista, chegar lá, e já perceberem que sou estrangeira só pela pronúncia do meu nome. Isso cria uma barreira inicial”, explica Lucilene.


À medida que sua empresa cresceu e se destacou na região, Lucilene começou a receber reconhecimento e apoio. “Depois que a gente cresceu, que começou a se destacar em várias coisas aqui na região, aí muitos ligaram, queriam fazer empréstimos, mas aí era minha vez de falar ‘não'”, destaca.

Neste modelo de negócio (terceirização de mão de obra) qual o maior desafio atual: Encontrar novas empresas ou trazer mão de obra para estas empresas?
“Hoje está mais difícil essa pecinha da mão de obra chegar até a empresa,” revela Lucilene. Segundo a empreendedora, o maior desafio atual das empreiteiras no Japão é encontrar a mão de obra especializada para as empresas.


Para Lucilene, isso se deve à dificuldade na aceitação de oportunidades para muitos trabalhadores estrangeiros. Yukawa exemplifica: “Eu tinha aula de japonês para os funcionários, mas vinham só uns gatos pingados. Aí, eu abri para o público e pedi para quem viesse que trouxesse um alimento para montar cestas para famílias carentes. Nisso, apareceram muitos de fora e, através dessa boa ação, nossos funcionários também começaram a participar”, relembra.


A resistência a novas oportunidades de capacitação é outro obstáculo que Lucilene observa “Temos um plano de carreira para ajudar na parte da solda, tirar licença de lift, de tamakake, de koren, mas ninguém quer fazer. Infelizmente, as reclamações de falta de hora extra ou excesso de trabalho surgem, mas quando há oportunidades de qualificação, muitos não aproveitam”, relata.

Diversificação de negócios e relações Brasil- Japão


Além de sua principal empresa de recrutamento, que conecta trabalhadores estrangeiros ao mercado japonês, Yukawa diversificou suas atividades empresariais, tanto no Japão quanto no Brasil, criando um ecossistema de negócios que abrange educação, esportes e serviços consulares.

A Yukawa Jinzai, com escritórios em São Paulo e Mato Grosso, está voltada para facilitar a migração de trabalhadores brasileiros para o Japão, especialmente os descendentes. “Nós cuidamos de todo o processo, desde visto, passaporte, elegibilidade até o financiamento de passagem”, explica Yukawa. Esse suporte integral garante que os trabalhadores estejam bem preparados e documentados para iniciar suas jornadas no Japão.


Além da Yukawa Jinzai, Lucilene fundou em 2016 o Yukaia Group, que inclui a Escola de Futebol Zico 10 em Toyama e Hamamatsu. “Começamos em fevereiro e já estamos com tudo em andamento” diz Yukawa, destacando o crescimento contínuo dessa iniciativa esportiva.


Outra vertente do Yukaia Group é a educação a distância (EAD), com programas para ensino médio e fundamental. No entanto, essa área não teve a adesão esperada. “Achei que ia ter muita procura, mas não tem. Mesmo jovens que poderiam concluir o ensino médio não o fazem”, observa Yukawa. A EAD visa oferecer flexibilidade para que os estudantes possam concluir seus estudos, mas a resistência à modalidade ainda é um desafio.


Yukawa também desmitifica a percepção negativa sobre os cursos online, compartilhando uma visão mais moderna e positiva: “Hoje, essa ideia de que cursos online são para quem não quer estudar já caiu por terra. Na verdade, os cursos online desenvolvem muito mais características, como disciplina e determinação, do que muitas vezes a faculdade presencial”.


Além dessas iniciativas, o Yukaia Group oferece serviços consulares e de passagem, facilitando processos burocráticos para os brasileiros no Japão. “Nós orientamos sobre vistos, elegibilidade e outros aspectos consulares, especialmente para aqueles que estão longe de Nagoya e precisam de apoio” comenta Lucilene.

Como começou esse contato com o Zico? Por que uma escola de futebol?
“Meu filho era fanático por futebol, mas as escolas de futebol eram distantes e muitas vezes não tinham professores capacitados, apenas pais brincando com as crianças”, relembra Lucilene.


A oportunidade de fundar a Escola de Futebol Zico 10 surgiu quando ela conheceu os filhos de Zico, Bruno e Thiago, durante uma viagem ao Brasil. “Foi uma conversa que durou três anos, até que o Zico disse que estava liberado para abrir a escola aqui”, conta.


Para Lucilene, a Escola de Futebol Zico 10 não é apenas sobre ensinar técnicas de futebol. O objetivo principal é resgatar crianças que, muitas vezes, estão imersas em telas de telefone e redes sociais, e proporcionar-lhes uma vida mais ativa e social.


“A base é ensinar futebol, mas também formar cidadãos. Queremos que as crianças aprendam a respeitar o próximo… Isso é algo que vão levar para a vida.”

Aberta a toda comunidade, a Escola Zico 10 conta hoje com uma mistura de japoneses, brasileiros, peruanos, paraguaios, dentre outras nacionalidades; porém, Lucilene relembra que o foco não é apenas descobrir talentos: “Não somos uma escola de ‘olheiros’. Nosso objetivo é orientar e formar, não apenas focar em quem tem potencial para ser um grande jogador”, explica Lucilene. A filosofia é que, enquanto nem todos se tornarão jogadores de futebol profissionais, todos podem aprender valiosas lições de vida através do esporte.


O projeto está crescendo rapidamente, com uma nova unidade aberta em Hamamatsu: “Fizemos uma inauguração e já começamos com as aulas desde fevereiro deste ano”, compartilha Lucilene, evidenciando o sucesso inicial e a recepção positiva da comunidade. “O futebol, o esporte em geral, tem o poder de unir as crianças e ensinar-lhes habilidades que vão além do campo.”


A iniciativa da Escola de Futebol Zico 10 é mais do que um negócio; é um projeto de vida que visa fazer uma diferença significativa no futuro das crianças, proporcionando-lhes uma base sólida tanto no esporte quanto na vida.
“O nosso intuito é ensinar através da brincadeira informal, onde as crianças se soltam e desenvolvem suas habilidades”, conclui Lucilene, reforçando a importância de um ambiente lúdico e educativo.


E fora do âmbito esportivo, existem novos projetos focados no auxílio à comunidade?
“Sim. Nós temos um training center onde vamos orientar as pessoas que querem aprender a soldar e ajudá-las a tirar as licenças necessárias”, compartilha Lucilene, sobre o novo projeto ambicioso: um centro de treinamento voltado para qualificação de mão de obra no Japão.


O centro, que já está em funcionamento, visa fornecer tanto conhecimento teórico quanto prático, atendendo às necessidades de diversos perfis de trabalhadores: “Tem pessoas que já têm a licença de solda, mas não têm a experiência. Outros têm a experiência, mas não têm a licença, ou têm experiência no Brasil, mas aqui é totalmente diferente”, explica Yukawa.


Para garantir a melhor formação possível, o centro conta com professores brasileiros e japoneses, proporcionando uma abordagem multicultural que beneficia os alunos.


“O objetivo é criar uma mão de obra mais especializada e qualificada, o que beneficia tanto as empresas quanto os trabalhadores. Para a empresa, adquirir mão de obra qualificada traz tranquilidade, e para o profissional, isso significa receber o valor que realmente merece pela sua qualificação”, conclui a empreendedora.

Tem uma mensagem que você queira deixar para o mercado, para inspirar outras pessoas, empreendedores?
“Foca, corre atrás. Não importa se é mulher, se é homem, isso não importa. O que vale é ter o objetivo e o resto é resto”, finaliza Lucilene.

Filme japonês com protagonistas brasileiros estreia no Brasil

 “Como está a família, Dona Neusa?”, diz o quitandeiro sentado na porta de sua loja já na primeira sequência da nova película do diretor Izuru Narushima que chega às salas japonesas no dia 6 de janeiro, na primeira leva de estreias cinematográficas do ano. Batizado de “Família”, o filme é protagonizado por Koji Yakusho (Dias Perfeitos) que, aos 67 anos de idade e mais de quatro décadas de carreira, é considerado um dos maiores nomes da dramaturgia nipônica. O elenco conta, ainda, com nomes conhecidos do showbizz japonês como Ryo Yoshizawa (Kamen Rider Fourze) e Miyavi, músico e Embaixador da Boa Vontade da ACNUR, a agência da ONU para refugiados.

Junto às estrelas, os créditos do filme destacam dois nomes estrangeiros ainda desconhecidos do grande público. Lucas Sagae e Fadile Waked são brasileiros e, em suas estreias como atores, carregam o peso de representar a juventude brasileira no Japão numa história carregada de emoção e com altas doses de realismo. Ao trazê-los no elenco, “Família” se torna o primeiro filme japonês que chega ao grande circuito trazendo brasileiros que foram criados na Terra do Sol Nascente como protagonistas, um marco nas três décadas de história da comunidade brasileira no Japão.

 

Lucas Sagae e Fadile Waked em cena de “Família” (foto: cedida/©2022 “Familia” FILM PARTNERS)

Caminhos de luta
Lucas Sagae tem 18 anos e sua ancestralidade japonesa vem da mãe, que veio para o Japão com o pai do rapaz. Nascido no Japão, Sagae tem o sonho de conhecer pessoalmente seu país de origem. Ele, como muitos jovens na mesma situação, nunca foi ao Brasil. Poderia ser a mesma história de Marcos, seu personagem em “Família”, um adolescente brasileiro cheio de boa vontade que, para proteger a namorada e os amigos, acaba se envolvendo com um grupo de mafiosos perigosos da região onde mora. Lutador e praticante de artes marciais na vida real, Sagae teve que aprender a apanhar para dar vida ao personagem que leva surras homéricas ao longo das duas horas de película.

Prestativo, mas um pouco retraído. Assim é o Lucas que nos recebe na entrevista exclusiva que os protagonistas brasileiros deram para o GUIA JP dias depois das sessões para imprensa realizadas em Tóquio em dezembro de 2022. Essas foram duas coisas da própria personalidade que o jovem levou para o personagem. “Eu sou assim. Sinto essa vontade de ajudar as pessoas porque me ajudaram bastante. Sofri bullying na escola e meus amigos sempre me deram a mão”, conta ele.

 

O cantor Miyavi vive um gângster em “Família” (foto: cedida/©2022 “Familia” FILM PARTNERS)

A luta, para Lucas, foi uma forma de defesa — não contra os assediadores, mas no combate a um inimigo invisível: a diabetes. “Descobri a doença aos 11 anos, depois de um exame que fiz na escola”, lembra ele que, já na época, era apaixonado por esportes. “Eu jogava beisebol no time escolar e tive que parar tudo”, continua, relembrando o momento difícil, que chegou a levá-lo à depressão. Foi durante o tratamento contra a doença que Lucas se encontrou com o kickboxing. O tratamento levou o rapaz ao equilíbrio do corpo e a luta, trouxe paz para a alma.

Foi na academia em que treina que Lucas viu o anúncio que o levou ao elenco de “Família”. Morador de Kani, Gifu, ele diz ter ficado surpreso com a chamada para os testes do filme. “É uma cidade pequena. Não esperamos encontrar uma oportunidade como essas por lá”, explica, bem humorado. O anúncio buscava por jovens entre 16 e 22 anos. Lucas tinha 15. “Fui fazer o teste já achando que seria reprovado por causa da idade”, recorda. O resultado foi diferente e, depois de diversas etapas de seleção, o lutador que dominou a diabetes acabou protagonista de filme.

Das revistas para a tela
Na sessão para as lentes da nossa fotógrafa, já dá para perceber a familiaridade que ela tem com as câmeras. Fadile Waked, 23, atua como modelo desde os 12 anos de idade, quando vivia em Nagoya. O sucesso no mundo da moda não impediu que ela nutrisse outro sonho: o de ser atriz. Fadile não imaginava, no entanto, que pudesse realizá-lo aqui mesmo, no Japão. Filha de um libanês e uma brasileira, a jovem veio parar na Terra do Sol Nascente porque a mãe divorciou-se do pai e se casou novamente com um descendente de japoneses.

A carreira de modelo acabou levando a moça para Tóquio, onde ela já fotografou para dezenas de marcas. Fadile acabou sabendo do teste através de contatos e pediu para a sua agência inscrevê-la na seleção. A aprovação veio e ela mergulhou nas filmagens, interrompidas pela pandemia e retomadas assim que os protocolos de segurança foram definidos, meses depois.

 

Festa no danchi: descontração de brasileiros ajudou Shoji Yakusho em cena (foto: cedida/©2022 “Familia” FILM PARTNERS)

Como o elenco brasileiro é formado por não-atores, Fadile e seus colegas  mergulharam num processo de preparação que levou três meses. Sob o olhar atento do diretor, ela foi trazendo elementos da sua própria personalidade para compor a Erika, uma jovem meiga e solar, que trabalha como hostess num clube noturno. “Ela é alegre e tagarela como eu. Mas, também, é bem expressiva nas emoções”, conta a jovem.

Maternal e amigável, Erika é o elo entre Marcos e o núcleo japonês da trama, a família Kamiya, cujo patriarca é Seiji, um ceramista em crise, personagem do veterano Koji Yakusho. O encontro entre os dois protagonistas masculinos ocorre de maneira inusitada, quando Marcos tenta fugir dos mafiosos chefiados pelo Kaito, um vilão frio vivido de forma quase caricatural pelo também cantor Miyavi.

Uma trama atual
É por uma ação de Erika que a família Kamiya acaba na roda de samba em um danchi — conjunto habitacional — cheio de brasileiros. A cena com os japoneses perdidos num pagode bem brasileiro é um dos momentos do filme com os quais os brasileiros no Japão certamente irão se identificar. Em entrevista divulgada pela assessoria de imprensa da película, Koji Yakusho relata as boas recordações que tem da gravação, realizada no Homi Danchi, em Toyota, Aichi. “Os figurantes brasileiros pareciam estar se divertindo no set”, diz ele. “Foi uma filmagem difícil, mas a alegria deles ajudou bastante. Sou muito grato”, completa.

No início do filme, a família Kamiya ganha um novo membro, Nadia, esposa de Manabu (Ryo Yoshizawa), filho de Seiji que trabalha numa empresa japonesa na Argélia. A personagem é vivida pela atriz paquistano-japonesa Malyka Ali. A partir daí, a história da família Kamiya e as desventuras do casal formado por Erika e Marcos vão se desenvolvendo de forma perturbadora até o clímax da obra que vai sendo conduzida com altos e baixos pelo diretor.

 

Ryo Yoshizawa vive Manabu, filho do personagem principal vivido por Koji Yakusho (foto: cedida/©2022 “Familia” FILM PARTNERS)

A película tem bons momentos, em especial nos encontros entre Seiji, Erika e Marcos. Ver como o personagem japonês acaba se envolvendo com uma história que aparentemente não diz respeito a ele fala muito sobre a relação entre os nipônicos e os estrangeiros residentes no Japão. Com suas feições de homem comum e uma atuação muito correta, Koji Yakusho traz credibilidade e verdade ao personagem, o que faz muita diferença.

Outro ponto forte é a participação de outros brasileiros em papéis menores, com destaque para Alan Shimada que vive Rui, amigo de Marcos, também perseguido pelos mafiosos locais. Shimada é membro do grupo de rap Green Kids, com o nome artístico de Flight-A. Formado por quatro brasileiros, um peruano e um japonês, o conjunto lançou  o clipe de “Datsugoku” (algo como ‘fuga’), música que o grupo apresenta em uma das cenas do filme. Flight-A liberou na época da estreia do filme no Japão o clipe de “Don’t Give Up”, uma incursão solo que também está na trilha sonora da obra. 

Descontando a inexperiência dos atores para papéis tão difíceis, “Família” é um retrato sincero de um momento em gestação para o Japão, um país cuja sociedade enxerga a si mesma como homogênea, mas que vive no século um desafio que vale a sua própria existência. Com uma população que já começou a encolher, ou o Japão acolhe o diferente ou tende a desaparecer.

 

Grupo Green Kids mostra a inserção de brasileiros na cena hip-hop local (foto: cedida/©2022 “Familia” FILM PARTNERS)

O filme cutuca o país na ferida já aberta da inclusão dos estrangeiros que aqui vivem. Protagonista da obra, Koji Yakusho faz uma observação que nem sempre é percebida pelos japoneses. “Acredito que quem não se pareça japonês realmente viva situações de discriminação e preconceito [no país]”, diz o ator. “Infelizmente, enquanto eu estiver vivo, provavelmente não vai ser possível ver o fim do preconceito e da desigualdade”, prossegue.

Enquanto tempos melhores não vêm, o ator deixa um recado. “Gostaria que as pessoas, ao verem o filme, sintam que, para nós seres humanos, os laços entre pessoas, dentre eles a família, são importantes”, diz. Entre erros e acertos, esta é a principal mensagem trazida pelo filme que estreia no Brasil no próximo dia 15 de agosto.

#29 Alvaro de Sa Freire Jr. – Economista Chefe e Gestor Versal Finance

Neste episódio do J1Talks, conversamos com Alvaro de Sa Freire Jr. e ele nos contou algums fatos que ocorreram no passado e tornaram a se repetir na economia dos países.
Ouça atentamente até o final para entender como funciona o sistema monetário e como isso influencia na sua vida diária. Sua experiência internacional é tão vasta que Alvaro já cuidou de clientes financeiros japoneses no Brasil além de bancos na Europa.
Foi um dos episódios mais longos, mas ao mesmo tempo, com mais densidade de informações que ultrapassam décadas de história das crises financeiras até os dias atuais.
Os temas abordados foram desde o império romano até o Bitcoin. E mais, como o BRICS+ está mudando a forma como os países utilizam moedas para fazer transações comerciais.
E para quem vive no Japão, entenda como pode ser seu futuro na ilha.
Muito obrigado! Responda nossa enquete e compartilhe a vontade.

Consulado-Geral do Brasil em Hamamatsu e Comunidade Brasileira – Parceria em prol do Empreendedorismo e do Empoderamento Feminino

Em virtude da significativa quantidade de nacionais brasileiros residentes no Japão com vocação empresarial, conferi alta prioridade ao fomento do empreendedorismo comunitário desde o início de minha gestão à frente do Consulado-Geral do Brasil em Hamamatsu. O Espaço do Empreendedor Brasileiro (EEB) do Consulado, o único da rede consular brasileira no exterior, presta consultoria presencial e individualizada a micro e pequenos empresários e leva a cabo diversos projetos e iniciativas para auxiliá-los a abrir ou expandir suas firmas e, dessa forma, a desenvolver plenamente seu potencial.

Merecem especial atenção as iniciativas do EEB dedicadas a mulheres. Muitas sonham com a abertura ou expansão de seus próprios negócios, mas são obrigadas a enfrentar longas jornadas de trabalho em fábricas para garantir o sustento familiar. Essa rotina provoca significativo cansaço físico e mental e, frequentemente, impede a transformação daqueles sonhos em salões de beleza, pet-shops, restaurantes e lojas de vestuário e calçados.

No dia 2 de junho passado, o Consulado em Hamamatsu lançou, no “Salão de Exposições de Hamamatsu” (ZIVA), dois novos projetos de incentivo ao empreendedorismo comunitário e ao empoderamento feminino: a “Feira do Micro e Pequeno Empreendedor Brasileiro no Japão” – Feira MIPE, e o catálogo “Artesanato Brasil”.

A cerimônia de lançamento dos projetos contou com a presença de diversas autoridades – do vice-prefeito de Hamamatsu, sr. Yutaka Yamana; do diretor-executivo da Fundação Internacional de Hamamatsu – HICE (vinculada à prefeitura desta cidade), sr. Hiroshi Anma; do presidente da Aliança de Intercâmbio Brasil-Japão, sr. Shozo Takagi; do vice-diretor da Agência de Cooperação Internacional do Japão – JICA Chubu, sr. Yoshihiro Miyamoto; e do presidente do “Brazilian Business Group” (BBG), sr. Marcelo Hironaka; de empresários; de outras personalidades; de mídias comunitárias brasileiras e da imprensa japonesa.

A Feira MIPE serviu de plataforma que propiciou a cerca de 140 expositores a inédita oportunidade de participação em diversas atividades essenciais para o êxito de qualquer empreendimento privado, a saber: reuniões para a exploração de novas propostas de negócios; encontros para criação e fortalecimento de redes de networking corporativo; e a divulgação de produtos e serviços junto a numeroso público visitante, estimado em cerca de 5 mil pessoas. Destaco a oportunidade de acesso direto dos expositores ao seleto grupo de tomadores de decisões que prestigiaram a Feira MIPE com suas presenças – políticos, líderes empresariais, personalidades, mídias comunitárias brasileiras e imprensa japonesa.

Tenho carinho muito especial pelo “Artesanato Brasil”, projeto de fomento do empreendedorismo e empoderamento femininos realizado em parceria com a “Metacom Communication”, cujo objetivo é apoiar e divulgar o trabalho de 65 talentosas artesãs brasileiras residentes no Japão por meio de exposições de seus trabalhos e da distribuição de exemplares do catálogo “Artesanato Brasil” a seleto público. Os trabalhos, caracterizados por diversidade de técnicas e materiais utilizados – tais como cerâmica, macramê, tricô e bordados –, retratam a riqueza da cultura artesanal de diversas regiões brasileiras.

Em razão de sua relevância e público-alvo, o “Artesanato Brasil” recebeu apoios institucionais ou financeiros de peso: do Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte – MEMPE; do “Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas “ – SEBRAE Nacional; e do Grupo Mulheres do Brasil, da Agência de Cooperação Internacional do Japão – JICA, cujas sedes regionais abrirão seus respectivos espaços para futuras exposições em outras cidades japonesa; de mais de 20 patrocinadores; da mídia comunitária brasileira no Japão e da imprensa japonesa.

Ambos os projetos constituem relevantes contribuições do Consulado-Geral do Brasil em Hamamatsu para a realização dos sonhos de micro e pequenos empresários e empresárias integrantes da nossa vibrante comunidade residente neste país. O sucesso de seus negócios lhes garantirá a renda necessária para a transformação de suas vidas e as de suas famílias.

Em síntese, a Feira MIPE e o catálogo ” Artesanato Brasil” demonstram a força e o potencial da comunidade brasileira em todo o Japão.

O JAPÃO NÃO CONSEGUE ENGAJAR!

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Por: Matheus Braga

Antes de iniciar o texto desta coluna, tomo este espaço para me apresentar ao amigo leitor. Me chamo Matheus Braga, jornalista brasileiro e apaixonado pelo Japão. Sou o criador da página J.League Insider Brasil, onde posto, em português, as principais informações e curiosidades da J.League. Como um fã assíduo do futebol japonês, reparo o grande problema que o Japão tem em não conseguir se estabelecer como uma grande liga nacional na década 2020, mesmo tendo uma das melhores seleções nacionais.


Ao longo das próximas edições da GuiaJP, tentarei falar um pouco daquilo que identifico como os principais problemas para o estabelecimento da J.League no mercado internacional. Sei que existem diferenças culturais na visão de um brasileiro e de um japonês, mas a intenção aqui é ajudar a melhorar o futebol japonês.


Para este primeiro texto, é preciso falar em valores. Neste momento em que falamos, o Japão está sendo HUMILHADO pelos clubes europeus, e não são só os de alto escalão. Diferentes clubes do “velho continente” usam a J.League como um celeiro barato para promessas futuras. Compram dos clubes japoneses por 1 milhão de euros e vendem por 100 milhões. Mas por que isso acontece?
Na minha visão, além de uma certa “má vontade” na avaliação de jogadores da J.League, existem problemas nos contratos firmados e no tal “sonho europeu” dos jogadores.


Recentemente, Kuryu Matsuki, um dos maiores destaques do Japão, foi vendido por apenas 4 milhões de euros. Esse valor pode parecer gigante aos olhos japoneses, mas afirmo que não estará entre as 10 mais valiosas do Southampton esse ano. Essas vendas por valores ridículos pro mercado internacional transformam a J.League em uma liga que existe para ser abusada pelos europeus. Eles conseguem os destaques e o Japão fica sem o dinheiro, ou seja, menos possibilidade de realizar contratações e competir como o bilionário mercado da Arábia Saudita.


A J.League, como organização, precisa rever literalmente TUDO, desde as condições de investimento externo no clubes, passando por contratos firmados entre clube e jogador, até a forma de negociar com a Europa. Basicamente, a liga precisa intervir para garantir que os clubes consigam o que é justo para cada organização, sem se preocupar com a vontade do jogador. Aqui no Brasil, nossos atletas também querem ir pra Europa, mas conseguimos negociar preços justos.
Se os europeus não quiserem pagar mais caro, pelo menos a liga melhorará ao manter seus destaques.


Para encerrar, deixo uma frase que pode assustar, mas é a realidade. Clubes pequenos da Europa vem a J.League como um lugar a ser explorado, uma fonte de lucro quase garantido, destruindo clubes e, às vezes, jogadores.
Se a J.League não se atualizar e intervir nesses sistema predatório, ficará insustentável manter a liga e os clubes do que jeito que a conhecemos e o tal plano de 100 anos, irá falhar antes mesmo dos 50.

Associação Central Nipo-Brasileira promove encontro de intercâmbio entre empresas e universitários em Tóquio 

O Encontro de Intercâmbio entre Empresas e Estudantes, organizado pela Associação Central Nipo-Brasileira, está programado para acontecer em 5 de agosto de 2024, das 14h00 às 16h00, na Sala de Conferência da The Nippon-Foundation. Este evento pioneiro oferece uma plataforma única para estudantes universitários, formados e intercambistas sul-americanos, juntamente com japoneses que já vivenciaram intercâmbio na América do Sul, interagirem diretamente com representantes de diversas empresas japonesas.

Com o objetivo de promover conexões significativas e oportunidades de aprendizado prático, o encontro incluirá apresentações detalhadas das empresas participantes, seguidas de sessões de conversa livre em pequenos grupos. Os participantes terão a chance não apenas de praticar japonês para negócios, mas também de explorar potenciais colaborações e aprender sobre as operações das empresas em vários setores.

A participação no evento é gratuita, com inscrições abertas para aproximadamente 70 participantes, incluindo cerca de 30 estudantes de intercâmbio. Os interessados devem se registrar previamente e estar preparados para interagir com representantes empresariais, utilizando cartões de visita para facilitar o networking.

Para mais informações sobre inscrições e detalhes adicionais, visite os links abaixo:

O caminho do coração

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O caminho do coração

Existe no coração de cada ser humano uma tocha de luz. Um fogo ativador que estimula o amor e a alegria. São poderes naturais que nos fazem mais humanos, mais bondosos e que nos levam a sentir que pertencemos a algo maior do que nós.

Mas por qual motivo deixamos de acessar essa força? Por que esquecemos que dentro do nosso coração estão todas as chaves para a felicidade?

Talvez seja porque simplesmente não olhamos para dentro. No fundo, sentimos medo desse mergulho, medo do vazio. Esquecemos que é do vazio que nascem todas as possibilidades. Toda potencialidade emerge desse espaço e desse silêncio.

O silenciar das palavras induz a uma reconexão com o ser interno e nos leva a fazer uma avaliação das prioridades da vida. Dando essencial valor ao que não deve ser deixado de lado, passamos a caminhar com propósito e segurança.

Entretanto, estamos sempre buscando fora de nós por respostas. Corremos desesperadamente tentando encontrar o sentido apenas nas coisas do mundo, na sabedoria alheia, no prazer desmedido, nas posses e exageros.

Por que razão acudimos de um lado a outro na tentativa de aplacar as nossas angústias íntimas, sem nos perguntar que mensagem nos trazem e o que desejam de nós?

A alegria verdadeira se encontra guardada no tesouro do nosso coração. Quem se atreve a mergulhar? Quem se atreve a fechar os olhos e se aquietar para escutar a voz da própria alma?

O mergulho não precisa ser solitário, pois temos na terapia um enorme apoio para falar e entender os anseios que surgem de nossas reflexões.

O autoconhecimento é como uma luz que adentra nossa consciência, revelando os recursos e potenciais que já dispomos para viver de forma mais plena e feliz!

 

Psicóloga
Alessandra Hartveld
CRP- 05/ 22269
Psicóloga do Projeto Sakura.

Projeto Sakura – Atendimento psicológico no Japão

www.projetosakura.com.br

 

QUESTIONAMENTOS PARA QUEM ESTÁ CONSIDERANDO SE MUDAR PARA O JAPÃO 

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Mudei-me para o Japão recentemente com a vontade de me abrir a uma nova experiência, a um novo aprendizado. Já estive no Japão algumas vezes, mas agora, estou com outra visão.
Percebi o quanto os brasileiros que estão no Japão trazem consigo um pedaço do Brasil e o quanto se esforçam para se adaptar à cultura japonesa. Alguns gostam mais do Brasil, outros, mais do Japão. Percebo que alguns fatores são importantes para uma boa vivência e adaptação. São questionamentos muito particulares para cada pessoa ou família, mas que são necessários para uma boa adaptação. Eles são:

  1. Por que as pessoas envolvidas querem sair da situação que se encontram para vir para outro país? Além do questionamento dos motivos emocionais que levaram a tomarem essa decisão (muitos estão tentando resolver problemas, mas, muitas vezes, criam outros problemas maiores).
  2. O objetivo de vir para o Japão: objetivos individuais, do casal e da família.
  3. O planejamento: quem virá, escolha da cidade, escola para filhos, possibilidades de trabalhos, redes de apoio, qual a melhor época para vir. Esse é um questionamento que engloba: de que forma suas decisões impactarão na educação (formal e social) de seus filhos, como vocês lidarão com o relacionamento conjugal estando em outro país, enfim, várias questões que vão além do dinheiro que ganharão em outro país.
  4. O preparo para cada etapa como documentação, adaptação à moradia, trabalho, aos costumes e aos conflitos que haverá inevitavelmente.
  5. E ter, claro, a meta, o foco e até onde cada um pode ir emocionalmente, sem criar conflitos internos de valores, preservando a saúde mental. Nesse item, podemos pensar sobre mudanças de metas – Muitas vezes, a meta era ficar 2 anos para conseguir algo no Brasil, mas as pessoas vão ficando e ficando, e a meta muda, mas não fica claro para as pessoas envolvidas, e, sem perceberem, se perdem nas metas e isso pode gerar conflitos.

Tenho refletido muito sobre a saúde mental, sobre como estamos resolvendo nossos problemas e o quanto conseguimos enxergar estando inundados de dúvidas e em descompasso com nossos parceiros de vida (esposo(a), filhos(as), pai, mãe, irmãos).

Por conta disso, a psicoterapia é um momento de parada para reflexão, identificação de si, do outro e do mundo, para um melhor direcionamento nas escolhas e metas de forma orgânica e dinâmica.

    LEILA HARU OKUDA MARCHEZEPE

    CRP: 06/36663.

    Psicóloga do Projeto Sakura