Enfrenta? Ou foge?
Quero deixar claro que o medo é sim muito importante nas nossas vidas, mas precisa estar presente numa “dose” equilibrada. A falta dele pode nos colocar em risco, e seu excesso pode nos paralisar e impedir alguns avanços.
São diversos sentimentos, lembranças, traumas, inseguranças, fantasias que, ao longo da nossa vida, podem nos paralisar, amedrontar, impedir ou dificultar novos aprendizados e superações. Dito isso, o medo, na maioria das vezes, pode se apresentar frente a um objeto, animal ou situação.
Como então encontramos a justa medida?
Conhecendo e/ou reconhecendo o que nos amedronta, identificando, assim, nosso maior medo. Nem sempre identificamos o quanto o medo pode nos trazer prejuízos, como por exemplo: evitar situações que nos deixam inseguros, suando frio e com o coração disparado. O medo pode gerar sofrimento e isso não deve ser considerado normal. Portanto, fique atento se ele o impede de obter conquistas.
Quando não percebemos ou não enfrentamos nossos medos, teremos uma vida com menos possibilidades de avanços, superações e aprendizados. Na sua maioria, as pessoas dominadas pelo medo trazem na sua história de vida situações de excessiva cobrança dos pais, rigidez nas relações, sendo também vítimas de situações de humilhação ou desvalorização.
O desafio está em aprender a lidar com o que não está sob o nosso controle, como por exemplo o medo de não ser aceito, de fracassar ou de compromissos/responsabilidades. Mas é sim possível viver uma vida com menos angústia e mais feliz.
A coragem anda junto com o medo. Respire fundo, se conheça e acredite na sua capacidade de aprender a fazer diferente e enfrentar seus medos. Se necessário, busque a ajuda de um psicólogo.
Carla C. B. Amaral Barros é psicóloga (CRP 08/06111) e coordenadora do Projeto Sakura.