Reunião aconteceu em Hiroshima, sede da reunião do G7
Durante a reunião, Lula destacou para o premiê australiano a ressurgência do Brasil nas relações internacionais em seu terceiro mandato, juntamente com a retomada das políticas sociais e obras de infraestrutura para retomar o crescimento econômico.
O presidente também deixou claro que uma de suas prioridades é reforçar a proteção do meio ambiente e da biodiversidade. E mencionou os investimentos australianos na produção de hidrogênio verde no estado do Ceará que, segundo ele, complementam a matriz energética brasileira, que ¨já é bastante limpa¨.
Albanese, por sua vez, ressaltou a importância da eleição de Lula em 2022, especialmente em relação à defesa do meio ambiente.
O presidente brasileiro lembrou ao premiê australiano que, como ambos são políticos de origem trabalhista, é importante pensar em como promover novas relações entre capital e trabalho, inclusive para evitar a precarização gerada pelas novas tecnologias e fortalecer os sindicatos, ¨a exemplo do que aconteceu na reforma trabalhista da Espanha¨.
Lula reforçou a Albanese que tem a intenção de conhecer a Austrália.
E felicitou o país pela organização da Copa do Mundo de futebol feminino, em parceria com a Nova Zelândia, em julho.
Participação no G7
O presidente do Brasil chegou ao Japão no início desta sexta-feira, como um dos convidados da Cúpula anual do G7, grupo que reúne sete das oito maiores economias mundiais.
Ao longo dos dois dias de trabalho, além de participar de três sessões temáticas, ele terá pelo menos outras seis reuniões bilaterais com chefes de Estado e de governo, uma com o secretário-geral da ONU e um encontro com empresários japoneses.
O próximo compromisso, previsto para sábado, 20, será um encontro com o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida. Foi ele quem convidou Lula e o governo brasileiro a participar do evento durante um telefonema no início de abril.
Relação com a Austrália
Com quase oito décadas de sólidas relações diplomáticas – a primeira missão diplomática australiana na América do Sul foi instalada no Rio de Janeiro, em 1946 –, Brasil e Austrália têm uma parceria estratégica para cooperação em diversos níveis.
Um componente importante nas relações bilaterais é o intenso interesse de jovens brasileiros em estudar na Austrália. Segundo o último censo da Educação australiana, com dados de 2021, havia 14,6 mil alunos vindos do Brasil no país. Antes das restrições causadas pela pandemia da Covid-19, esse número chegou a 27 mil pessoas.
Em 2022, o Brasil exportou US$ 732 milhões em produtos para a Austrália e as importações no sentido inverso somaram US$ 2,67 bilhões, um volume total de US$ 3,4 bilhões em negócios.
Os principais produtos exportados pelo Brasil foram equipamentos de construção, café e celulose. O carvão dominou a pauta de importações brasileiras vindo da Austrália, com 84% do volume total.
Fonte: Secom (Secretaria de Comunicação)