Mais de um mês se passou desde que o governo do Japão relaxou as orientações sobre o uso de máscaras faciais. No entanto, o pedido de remoção dessa proteção sempre que possível não foi amplamente aceito pela população.
Nunca houve uma lei obrigando o uso de máscara no país, mas mais de dois anos de pandemia tornaram o uso delas mais que um costume, quase que uma obrigação.
Especialistas dizem que muitas pessoas não sabem que o governo propõe desde 20 de maio que as máscaras podem ser retiradas em determinadas circunstâncias. Eles dizem que isso deve permanecer assim até que uma figura conhecida, como o primeiro-ministro Fumio Kishida, descreva publicamente as novas diretrizes.
Em ambientes internos, a aceitação do público dessas regras mais flexíveis é ainda mais lenta. O uso de máscaras agora é desnecessário para aqueles que mantêm mais de 2 metros de distância quando quase não há conversa.
O Ministério da Educação pediu às escolas que deixem os alunos sem máscara durante as atividades físicas e que as crianças mais novas tirem as máscaras em seus deslocamentos escolares.
O pedido se justifica porque houveram vários casos de crianças que usaram máscaras durante as aulas de ginástica que passaram mal e tiveram que ser levadas ao hospital devido à exaustão pelo calor ou insolação.
Em público
Os anúncios em espaços públicos continuam exigindo o uso rigoroso de máscaras, já que as empresas permanecem vigilantes contra o Coronavírus.
A East Japan Railway Co., cujo serviço de trem inclui a área metropolitana de Tóquio, ainda pede aos passageiros que usem máscaras o tempo todo. A empresa disse que os anúncios ¨permanecerão inalterados, a menos que haja um pedido do governo¨.
¨A pressão dos colegas é muito forte no Japão, e as pessoas tendem a modificar seus comportamentos com base em como os outros agem¨, explica Naoki Sato, professor honorário do Kyushu Institute of Technolog. Para ele, a sensação de que não se pode tirar a máscara permanece.
fonte: Kyodo