Por que você não precisa deixar a empresa para ser um empreendedor
Esse conceito foi apresentado em 1985 por Gifford Pinchot III no livro “Intraempreendedorismo” e há mais de duas décadas vem ganhando cada vez mais espaço dentro de empresas e organizações.
Mas afinal, qual é a diferença entre “empreendedorismo” e “intraempreendedorismo”?
Se você não sabe, vai uma dica …..
Você é uma pessoa que tem iniciativa, que gosta de inovar, de criar ideias, de executar, não tem medo de correr riscos, é proativa, resiliente e está sempre em busca de novas oportunidades?
Se a resposta for positiva, você tem grandes chances de ter uma veia empreendedora.
Geralmente, pessoas com essas características sentem a necessidade de criar e de inovar, desta forma estão sempre envolvidas de alguma forma com o empreendedorismo, seja desenvolvendo um negócio, um projeto profissional, pessoal ou social ou criando networking. Porque empreender é um estilo de vida.
Mas a dúvida permanece… como posso empreender se não tenho um negócio próprio?
Existem algumas formas de empreendedorismo, como o corporativo, o social e o individual.
O teórico Joseph Schumpeter (1950) popularizou o termo empreendedorismo, como algo desenvolvido por pessoas versáteis, com habilidades técnicas para produzir e organizar recursos financeiros e operações internas, além de lidar muito bem com vendas.
O empreendedorismo corporativo, ou intraempreendedorismo, foi apresentado em 1985 por Gifford Pinchot III no livro “Intraempreendedorismo — Porque você não precisa deixar a empresa para ser um empreendedor”.
Muitas pessoas com o perfil empreendedor resolvem apostar em suas propostas inovadoras e iniciar o seu próprio negócio. Criam uma empresa e começam a desenvolver habilidades de gestão empreendedora.
Entretanto, para empreender não necessariamente precisa ter uma empresa. Pessoas com as mesmas características têm se destacado no mundo corporativo como “intrapreneur”, que significa “intraempreendedor” ou empreendedorismo dentro de uma corporação ou organização. Um intraempreendedor não precisa necessariamente ser o proprietário ou o gestor da empresa.
O intraempreendedorismo é uma modalidade de empreendedorismo praticada por funcionários dentro da empresa em que trabalham, partindo sempre daquele princípio que diz que empreender é um estilo de vida baseado em atitudes.
Se você tem um espírito empreendedor, porém não tem um negócio próprio, talvez você encontre uma oportunidade para empreender dentro da empresa na qual trabalha ou empreender em um projeto social.
Funcionários empreendedores ou intraempreendedores são pessoas com visão e iniciativa, capazes de identificar problemas e descobrir soluções que beneficiem o negócio como um todo. Geralmente, são pessoas proativas que se destacam pelo seu desempenho diferenciado e por aplicar competências, habilidades e atitudes com olhos de “dono do negócio”.
De acordo com Morais (2013), nos dias atuais ser empreendedor profissional é uma qualidade e algo inerente há poucos indivíduos, pois nem todos possuem proatividade em se saírem bem diante das adversidades que ocorrem nos dias atuais do mercado global. No entanto, o empreendedor profissional, por ter esses atributos e muitos outros, pode também ser chamado de profissional do futuro (MORAIS, 2013).
Mas para isso, além da força de vontade, é necessária a construção de relacionamentos e não de processos. Criar uma relação de confiança mútua, receber apoio e incentivos, ter motivação, seja através de retornos financeiros ou por verem as suas ideias aplicadas e reconhecidas pelo topo da organização.
O fenômeno do intraempreendedorismo tem chamado a atenção de pesquisadores e estudiosos ao redor do mundo, especialmente nas últimas duas décadas.
Grandes empresas como a Nokia, IBM ou a Apple utilizam este conceito para acelerar o aparecimento de inovações e para a resolução de problemas, sendo encarado como um
fator chave para a adaptação das organizações às alterações atuais rápidas e aos desafios da globalização.
O intraempreendedorismo, para alguns, pode ser um caminho seguro para aprender a empreender antes de iniciar o seu próprio negócio. Pois os intraempreendedores possuem as mesmas características dos empreendedores, incluindo a capacidade de assumir riscos, vender suas ideias e perceber oportunidades onde outros não veem, porém, preferem trabalhar para uma empresa a fim de testar ideias, aprender com os erros e preparar-se para um dia ter seu próprio negócio.
Atitude empreendedora.
O sucesso de um negócio ou de um projeto, além do trabalho duro, depende muito da gestão empreendedora. É preciso agir de maneira inteligente, ter uma atitude empreendedora. Ter iniciativa e buscar oportunidades, senso de liderança, persistência, comprometimento, estabelecer metas, capacidade de idealizar, planejar e monitorar ações, capacidade de correr riscos calculados, entre outros.
Atitude empreendedora é uma característica típica de pessoas que têm coragem para assumir riscos e grandes responsabilidades. Existem pessoas empreendedoras sendo funcionárias de outros e empresários que não são.
O significado de empreendedorismo é muito mais amplo, está mais relacionado ao comportamento do indivíduo e à sua visão de mundo.
Se você ainda tem dúvidas sobre o que é empreendedorismo, se você tem um perfil empreendedor ou se está propenso a se tornar um, veja o que os pensadores e estudiosos do tema têm a lhe dizer.
Filion (1999,p.19), um dos principais disseminadores do empreendedorismo define o empreendedor como “uma pessoa que imagina, desenvolve e realiza visões”. É alguém que inova e assume riscos.
Julien (apud Schmitz,2009,p.17) descreve: “empreendedor é aquele que não perde a capacidade de imaginar, tem uma grande confiança em si mesmo, é entusiasta, tenaz, ama resolver problemas, ama dirigir, combate a rotina e evita constrangimentos” .
Dolabela (1999) completa: “o empreendedor acredita que pode realizar seu próprio sonho, julgando-se capaz de mudar ambiente em que está inserido. Ao buscar definir seu destino, ele assume esses riscos”.
Você se identificou com algum desses conceitos?
Pessoalmente, compartilho da perspectiva de que todos nascem com o potencial para serem empreendedores, isso faz parte da natureza humana, pois para realizar algo é preciso agir.
Acredito na teoria de que algumas pessoas são empreendedoras natas, essas, a paixão pelo o que fazem é a força motriz para seguirem a diante com os seus projetos. Outras “surgem” a partir da disposição e da iniciativa para aprender a empreender, objetivando transformar uma ideia ou um sonho em realidade.
“Faça o que você puder, onde você está e com o que você tem” – Theodore Roosevelt
Um abraço!