Em algum momento da vida, aposto que você já ouviu falar da tal autoestima, da importância de desenvolver e cultivar a mesma e sobre como ela pode nos ajudar ou atrapalhar, quando se encontra baixa. Hoje, vamos falar um pouco melhor sobre isso e entender o que chamamos de autoestima, a sua importância e como desenvolvê-la.
A autoestima pode ser definida, de maneira geral, como o sentimento de apreço, afeto ou carinho que você tem por si mesma(o). Tem a ver com a admiração, respeito e julgamento que cada um faz de si. A autoestima é desenvolvida desde a infância, na maneira como os pais passam confiança, amor, segurança e incentivam seus filhos. Assim, se você que está lendo este texto é pai ou mãe, fique atento(a) para o modo como trata o seu filho(a) e se você passa a confiança e a segurança necessárias para desenvolver e alimentar a autoestima nele(a).
Agora me responda uma pergunta simples, você gosta de si mesma(o)? Você se admira, se respeita, se valoriza? Se a resposta para essa pergunta for sim, então muito bem, sua autoestima está elevada. Mas se sua resposta for não é com você que quero falar hoje.
Talvez você nunca tenha parado para observar, mas a maneira como você se sente em relação a si mesmo(a) afeta diretamente todas as outras áreas da sua vida, desde a maneira como age no seu trabalho, com o seu parceiro(a), com seus pais, com seus filhos etc. Se não me sinto confiante e bem comigo, acabo tratando as pessoas mal, não estabelecendo relações saudáveis, me colocando em situações difíceis que não me valorizam etc.
Desta forma, é importante desenvolver a autoestima porque ela afeta, de maneira direta, todos os aspectos da nossa vida. Tanto que, uma pessoa que tem depressão — e, concomitantemente, baixa autoestima — passa a não ter prazer em nada da sua vida, não vê alegria em nada e não tem forças para sair do lugar.
Se você, ao fazer uma autoanálise nesse momento, percebeu que sua autoestima se encontra baixa e entendeu a importância de desenvolvê-la, vamos pensar então em algumas estratégias para melhorá-la. Seguem algumas dicas:
– Autoconhecimento: você precisa se conhecer, saber dos seus gostos, fraquezas, qualidades e defeitos para aprimorar aquilo que pode melhorar e valorizar o que já tem de bom;
– Manter-se bem com o seu corpo: você precisa gostar da sua imagem refletida no espelho. Se essa imagem te incomoda, pense em estratégias para mudá-la. E lembre-se, você é muito mais do que um corpo e uma forma;
– Identifique as suas qualidades e não só os defeitos: às vezes damos ênfase apenas aos nossos defeitos e não valorizamos nossas qualidades. Veja o que você tem de bom para oferecer;
– Trate-se com amor, respeito e carinho: não espere que o outro faça isso por você. Você mesma(o) pode se amar e respeitar;
– Invista em algo que te deixe feliz: pode ser coisas simples como dançar, ler, descansar, ouvir música, caminhar. Tirar um tempo para você é investir em si mesmo;
Mas lembre-se que, caso seja difícil, você não precisa fazer isso sozinho(a). Você pode contar com a ajuda de especialistas, como psicólogos(as), que irão te ajudar a identificar o que há de melhor em você e rever o que tem te colocado para baixo. O melhor investimento que podemos fazer é em nós mesmos, no nosso bem-estar e na nossa autoestima. Tente fazer isso e você verá como irá refletir em todos os outros aspectos da sua vida. Afinal, como você quer estar bem e cuidar do outro, se você não se cuida?
Psicóloga
Juliana Fernanda de Barros
CRP 06/11635
Psicóloga formada pela UNESP-SP, Doutoranda em Psicologia pela UNESP,
Psicóloga do Projeto Sakura desde 2016.